Wednesday, August 31, 2011
Dhlakama apela aos investidores para abandonarem o país
O líder da Renamo quer um “Governo de Transição” alegando que “é preciso fazer desmoronar o império da Frelimo”
“Advirto aos estrangeiros, investidores, que Moçambique não está em segurança, por isso é melhor abandonarem o país muito cedo para não saírem a correr e perder muita coisa. Poderão voltar depois de Dezembro com o Governo de Transição” – Afonso Dhlakama
Nampula (Canalmoz) - O líder do partido Renamo, Afonso Dhlakama, disse na manhã de ontem, na sua residência, na cidade de Nampula, que o clima de paz e segurança não está nos melhores momentos, por isso todo o investimento a esta altura poderá ser um desperdício. Numa entrevista exclusiva ao Canalmoz, Dhlakama lançou mesmo um apelo aos que tem Moçambique como destino preferencial para negócios e laser: “Advirto aos estrangeiros e investidores que Moçambique não está em segurança por isso é melhor abandonarem o país muito cedo para não saírem a correr e perder muita coisa. Poderão voltar depois de Dezembro com o governo de transição”, disse o líder da Renamo que já dirigiu uma sangrenta guerra civil durante cerca de 16 anos.
O presidente da Renamo diz não ter moral política para encorajar os investidores a se manterem em Moçambique, por o momento que se segue não ser dos melhores.
“Eu sempre encorajei para que fosse investido em Moçambique, mas não vale a pena enganar as pessoas que Moçambique está bem”, disse Dhlakama.
“Lutar para dar poder ao Povo”
“Tudo isto é para dar poder ao povo. Nós ainda somos jovens e temos força para lutar pela democracia”, acrescentou o líder da Renamo.
Ele acrescentou que “a Frelimo deve-se preparar para sair do poder”, “por bem ou por mal”, porque “estamos cansados da escravatura que o povo moçambicano está a passar, as humilhações e as injúrias”.
Dhlakama a quem a Frelimo tem chamado de ‘louco” entende que a mudança da actual ordem política no país não passa mais por realização de eleições, mas, sim, por se fazer desmoronar o “império” da Frelimo.
“Não pode haver eleições em Moçambique depois das últimas realizadas em 2009 enquanto a Frelimo está no poder”.
“Se voltar a haver eleições estaremos a reclamar o roubo de votos e eleições fraudulentas em vão”. “Acabamos legitimando os ladrões e criminosos da Frelimo”, concluiu.
Num outro desenvolvimento, Afonso Dhlakama assegurou que “um governo de transição (GT) é a única alternativa para que Moçambique saia da situação em que se encontra”.
“O País está partidarizado. Até os recursos naturais”.
“Moçambique, com o Governo de Transição, poderá realizar as primeiras eleições democráticas, livres, justas e transparentes”, disse Dhlakama. “Fora isso é inaceitável”.
“Tudo vai ser pacífico”
Dhlakama diz que este processo de mudanças no país ainda poderá ser pacífico, mas “tudo depende da Frelimo”.
“Se eles [a Frelimo] quiserem que seja pacífico nós vamos reagir pacificamente, se não quiserem não nos restará alguma outra opção”, tendo em conta que “com a Frelimo no poder nada pode mudar”.
“As instituições são falsas”
O líder da Renamo não receia o apoio externo à Frelimo. Sustenta que “mesmo durante a luta pela democracia a Frelimo era bem apoiada por todo o mundo”, mas “agora isto vai ser para doer”.
Dhlakama refere que “com a Frelimo as instituições existentes no país são falsas”. “São instituições falsas, porque a Frelimo rouba e não aceita mudanças democráticas” e “todo o povo é refém da Frelimo”.
O povo moçambicano está incapacitado de poder contrariar os “caprichos da Frelimo”, por isso “como no passado assim como no presente dirigirei a revolução para desalojar a Frelimo, porque nenhum outro moçambicano pode fazer isso”. “Podem-lhe assassinar”.
“Olhando para Moçambique, ninguém mais pode fazer isso porque da maneira como a Frelimo está não é possível um moçambicano enfrentar”, conclui Dhlakama.
O carismático líder da “perdiz”, como se provou pelos banhos de multidão na sua digressão pelas províncias do Norte em que escalou Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Niassa, anunciou já os seus planos aos seus seguidores para derrubar a Frelimo. Alegou entretanto que “as pessoas não se arriscam” a derrubar a Frelimo, “porque temem represálias e têm medo de serem assassinadas, já que tudo em Moçambique é Frelimo”.
“Reconheço que vários intelectuais se tornam escravos da Frelimo. É assim que o sistema está, por isso aceito sacrificar-me para que o povo seja dono do país e tenhamos um governo do povo, vindo dos moçambicanos”, afiançou Dhlakama.
Os quartéis
Durante o seu périplo pelas províncias do norte do país, incluindo a da Zambézia, que acentuou frequentemente, Dhlakama anunciou a instalação de quartéis militares para o que considera “acomodação para os ex-guerrilheiros da Renamo expulsos” das fileiras das Forças Armadas da Defesa de Moçambique, exército único, produto do Acordo Geral da Paz, AGP.
Instado dos tais militares das FADM que segundo ele têm sido expulsos e compulsivamente passados à reserva, o nosso interlocutor garantiu que dentro de semanas “quase todos os quartéis estarão implantados no país”.
Resposta ao incumprimento do AGP
A implantação dos quartéis a que Dhlakamase tem referido “é a resposta ao incumprimento do AGP”, diz.
“Esta decisão não é para fazer guerra, mas, sim, para evitar que os expulsos das fileiras das FADM não possam cometer desmandos nas suas aldeias”, porque “eles sempre me perguntam o que devem fazer já que a Frelimo queria que fossem escravos deles e que para ocupar algum lugar de chefia no exército não dependia do mérito, mas, sim, do dispor de um cartão da Frelimo como membro”.
Afonso Dhlakama tem sido frequentemente apontado nos últimos anos como um homem que diz coisas que não cumpre, no entanto alguns académicos tem vaticinado ultimamente que a qualquer momento Dhlakama pode surpreender e agir mesmo. (Aunício da Silva)
Fonte:Canalmoz
Monday, August 29, 2011
Nigeria: Why Nation Broke With Gaddafi
Nigeria's recognition of the Libya's National Transition Council (NTC) as the "legitimate representative of the Libyan people" did not just surprise many Nigerians, it has been seen as a threat to South Africa and a shock to the African Union (AU). Indeed, South Africa has condemned the Nigerian action with foreign commentators saying Nigeria's profile surged because of the backing.
Unknown to South Africa, though, Nigeria's financial and political influence could loom larger in a post-Gaddafi Africa, where Libyan petrodollars and his machinations are no longer the force they once were. Political experts however say Gaddafi's fall makes Nigeria a stronger player in African affairs and that through the Economic Community of West African States (ECOWAS), headed by President Jonathan, Nigeria could take advantage of Gaddafi's fall and the resulting power vacuum to push its goals of increased political stability in West Africa and beyond.
Seeing Nigeria's backing as a clash of African power, an American analyst said, "If Nigeria and South Africa are indeed the two "African superpowers," South Africa may feel threatened by Nigeria taking the initiative in this fashion. South Africa may fear that other countries will soon follow Nigeria's lead, which would make the AU a follower, and not a forger, of the African stance on Libya."
In fact, the move has reignited the superiority tussle between South Africa and Nigeria. The ruling African National Congress (ANC) in South Africa , in a press conference said Nigeria is "jumping the gun" by recognising the rebels before the African Union (AU) makes its decision. Nigeria and South Africa, which are both members of the United Nations Security Council, voted in favour of imposing a No Fly Zone on Libya, but South Africa objects to NATO's military intervention in Libya.
Perhaps, the ANC's criticism of Nigeria reflects how difficult South Africa's balancing act has become, as South Africa strives to stay involved in negotiating political outcomes in Libya while at the same time seeking to stand as a champion of African opposition to outside interference.
Nigerian deputy Minister of Foreign Affairs, Prof. Viola Onwuliri on Tuesday said, "It is my honour and privilege this morning to inform you that the Federal Government has formally recognised the National Transitional Council (NTC) of Libya as a legitimate representative of the Libyan people." The minister also called on longtime Libyan leader Muammar Gaddafi to give up power immediately.
This is seen as a sudden turn around of the federal government on the Libyan crisis. Aside voting for the UN resolution, Nigeria had been mute on Libya. Even last Monday, in a media briefing in Lagos, Minister of Foreign Affairs, Ambassador Olugbenga Ashiru, was evasive on whether Nigeria was recognising the NTC as legitimate voice in Libya. Rather, he had said, "Nigeria stands ready to work with the democratic forces in Libya in the transition process."
Asked why Nigeria was slow in coming to speak on Libya and condemn Gaddafi's long stay in office and violence against his people, and why it did not join NATO in its military action, Ashiru could only say the country voted in the UN resolution to enforce a no fly zone over Libya, adding, "the unmistakable message from the battle for the control of Tripoli and other cities is that the people of Libya are anxious and determined to take their destiny in their own hands and to ensure the realisation of their own quest for freedom and democracy."
The only reference the minister made on the Transitional Council of Libya, was that, "the federal government regrets the sufferings, hardships and needless loss of lives that struggle has caused Libyans," adding that Nigeria would back Libya in its bid to install democratic rule and enforce the rule of law.
In fact, acting director general of the Nigerian Institute of International Affairs, (NIIA) while defending NATO 's role in Libya, said the import of the minister's message was to reconcile the warring groups in Libya for the good of the people. Nigeria, he said, was not backing any group but was concerned with the plight of the people.
His view was equally shared by Prof Ogaba Oche of the same institute who while saying NATO is committing the same crimes UN accused Charles Taylor on Sierra Leon, said the UN resolution was purely on humanitarian ground, and that Gaddafi's fall may become another era of tribal conflict in Libya.
But the way things appear now, it shows that the government was testing the minds of Nigerians, and when it found out that many people welcomed the idea, it announced the recognition of the NTC which has . caused an uproar in Africa. Nigeria was not the first to recognise the NTC. Gambia first did, followed by Senegal. But Nigeria's backing changes Africa's position.
Why would Nigeria suddenly break with Gaddafi? Perhaps, the government believes that Gaddafi has lost, and that future harmony between the two countries will be enhanced if Nigeria recognizes the TNC now. Also, Nigerian leaders may not be sad to see Gaddafi go. Gaddafi has riked Nigeria in several ways. Nigeria strongly objected last year when Gaddafi advocated the breakup of Nigeria as a solution to interreligious conflict, so much that Nigeria withdrew its ambassador from Tripoli for a time.
The fall of Gaddafi, however, may be to Nigeria's advantage. Oil experts say disruptions in Libyan oil production could increase Europeans' reliance on and willingness to pay top dollar for Nigerian oil.
Sabotage continues to damage Nigerian production, but with Libyan output likely to be short of full capacity for quite some time, Nigeria may yet reap the benefits.
Source: Vanguard News
Governo recruta empresários chineses para investir em Nacala
Maputo (Canalmoz) - O governo moçambicano, através do Centro de Promoção de Investimentos (CPI), está a desencadear uma campanha de mobilização de empresários chineses para investirem na Zona Económica Especial em desenvolvimento em Nacala, na província de Nampula, no norte do País.
Para o efeito, de acordo com o director do CPI, Lourenço Sambo, vai ter lugar no próximo mês, em Maputo, uma conferência económica que contará com a presença de empresários chineses. Nessa conferência, a fonte que estamos a citar diz que o governo moçambicano vai apresentar as oportunidades de negócio e de investimentos existentes na Zona Especial Económica de Nacala.
Lourenço Sambo adianta que neste momento, os principais bancos chineses estão a considerar a viabilidade de vários projectos de investimento em Moçambique, destacando-se a construção do Aeroporto Internacional de Nacala “com que o governo pretende tornar a zona mais atractiva”.
Moçambique poderá tornar-se o segundo destino de investimentos chineses em África diz Sambo. Cita como “prova do interesse chinês” o facto do governo de Beijing, aquando da visita do presidente da República, Armando Guebuza, no início de Agosto corrente, ter concedido “um crédito de 15 milhões de dólares norte-americanos em forma de donativo e crédito sem juros para além de ter isentado de direitos aduaneiros cerca de 130 produtos importados de Moçambique” para aquele gigante asiático.
O director do CPI endeusa a China e menciona que grandes projectos são graças ao investimento do governo chinês. Cita, entretanto, o exemplo da ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Maputo.
Fonte: Canalmoz: (Raimundo Moiane)
Para o efeito, de acordo com o director do CPI, Lourenço Sambo, vai ter lugar no próximo mês, em Maputo, uma conferência económica que contará com a presença de empresários chineses. Nessa conferência, a fonte que estamos a citar diz que o governo moçambicano vai apresentar as oportunidades de negócio e de investimentos existentes na Zona Especial Económica de Nacala.
Lourenço Sambo adianta que neste momento, os principais bancos chineses estão a considerar a viabilidade de vários projectos de investimento em Moçambique, destacando-se a construção do Aeroporto Internacional de Nacala “com que o governo pretende tornar a zona mais atractiva”.
Moçambique poderá tornar-se o segundo destino de investimentos chineses em África diz Sambo. Cita como “prova do interesse chinês” o facto do governo de Beijing, aquando da visita do presidente da República, Armando Guebuza, no início de Agosto corrente, ter concedido “um crédito de 15 milhões de dólares norte-americanos em forma de donativo e crédito sem juros para além de ter isentado de direitos aduaneiros cerca de 130 produtos importados de Moçambique” para aquele gigante asiático.
O director do CPI endeusa a China e menciona que grandes projectos são graças ao investimento do governo chinês. Cita, entretanto, o exemplo da ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Maputo.
Fonte: Canalmoz: (Raimundo Moiane)
Centenas de mensagens SMS contestam José Eduardo dos Santos
Olhar com indiferença o que se passa na Líbia parece ser a estratégia oficial
Foram hoje postas a circular, em Angola, muitas centenas de mensagens de SMS, apelando a um levantamento popular. Entre elas: “Depois de Gadhafi, é hora de JES (José Eduardo dos Santos). E ainda: “32 anos é muito” lê-se num dos escritos que está a circular por via do SMS.
Não obstante, olhar com indiferença o que se passa na Líbia parece ser a estratégia oficial.
Sobretudo com dois bons eventos a decorrer e a concentrar as atenções dos angolanos :
o campeonato africano de basquetebol em Madagáscar e o aniversário do presidente angolano, a assinalar-se no próximo dia 29, este último evento praticamente transformado numa festa nacional. São factos explorados politicamente.
As emissoras do Estado destacam a cobertura das actividades comemorativas do aniversário de Dos Santos com anúncios na Rádio e TV com emissão obrigatória, o que não é permitido a nenhum outro partido político em Angola.
A falta de electricidade ajuda a que a maioria dos angolanos não tenha livre acesso à informação. O interior do país é praticamente um mundo á parte de Angola. O acesso aos canais internacionais fica caro nalguns casos.
Num quadro como este os direitos dos angolanos são repetidas vezes sonegados e, silenciosamente!
Entretanto são os jovens os mais interessados nos acontecimentos pelo mundo. Seguem-lhe o exemplo. Têm convocada uma manifestação para o próximo dia 3 de Setembro.
Segundo Alexandre Santos da organização deste movimento, vão reivindicar pela retirada do poder de Eduardo dos Santos, também a retirada do rosto das notas do kwanza, a moeda nacional, contestar a violação do Artigo 107) da Constituição, entre outros argumentos.
As autoridades estão avisadas faz tempo. É um desafio a sua própria capacidade de resposta neste género de acontecimentos. A própria polícia tem sido acusada de ser instrumentalizada para reprimir actos de manifestação pública.
No sábado passado, o "rapper" Carbono Casimiro e quatro outros indivíduos foram detidos pela Polícia Nacional de Angola, no Largo adjacente à tourada em Luanda, local para onde tinha sido convocada uma conferência de imprensa. Os profissionais de imprensa não escaparam e o correspondente da VOA em Luanda foi um dos jornalistas levados para a esquadra.
Fonte: Voz da America
Saturday, August 27, 2011
G12 apela ao diálogo entre Governo e oposição
G12 apela ao diálogo entre Governo e oposição
A COLIGAÇÃO G12, de Francisco Campira, defendeu, terça-feira, a abertura de um espaço de diálogo entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, para se ultrapassarem as diferenças de ordem política e social que opõem as principais forças políticas nacionais. Maputo, Sábado, 27 de Agosto de 2011:: Notícias
A posição foi manifestada numa conferência de Imprensa realizada no Maputo, que serviu para “repudiar” o ambiente de instabilidade e crispação que a organização diz existir no país “devido às reivindicações feitas pela oposição, sobretudo a Renamo, mas que não são atendidas pelo partido no poder ”.
A “perdiz”, através do seu líder, Afonso Dhlakama, tem estado a reivindicar uma renegociação do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado entre o antigo movimento rebelde e o Governo, em Roma, em 1992. Nas suas exigências, a Renamo pretende ver renegociada a integração dos seus militares nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM); maior apoio aos seus desmobilizados no processo de reinserção social, para além de outros temas que afirma não terem sido cumpridos na implementação do AGP.
“A coligação G12 está preocupada com a forma como a Frelimo tem estado a olhar para estas reivindicações, de forma desprezível e com arrogância, pois entende que para se salvaguardar a paz é necessário que no mais breve espaço de tempo possível o Presidente da República abra espaço para o diálogo com a Renamo, de forma a se ultrapassar a crise em que vivemos”, salienta Campira.
Na óptica do G12, a Frelimo deve ter consciência das “violações que está a cometer na alínea b) dos pontos dois e quatro do Protocolo IV do AGP, que garantem a apartidarização das Forças de Defesa e Segurança (FDS), a integração de 50 porcento de cada parte nos seus efectivos, que são o cerne deste conflito”.
O G12 afirma-se atento à situação política que o país vive, daí que considera que Moçambique está a viver “uma crise política, com alguns momentos de aparente estabilidade, desde a realização das eleições de 1994”.
Segundo esta coligação, nenhum processo eleitoral foi pacífico, quer nos períodos da sua preparação, quer nos pós-eleitorais. Para esta organização, tais crises têm-se agudizado devido ao facto de a Frelimo optar por desvalorizar e ignorar todas as reivindicações apresentadas pela oposição, sociedade civil e comunidade internacional, entre outros actores sociais e políticos.
É neste contexto que o G12 se solidariza com a Renamo e suas reivindicações, apelando ao partido no poder para a realização urgente do diálogo com a oposição.
Fonte: Jornal Noticias
Malawian President Declares 'War' on Critics
Malawi's President Bingu wa Mutharika said Thursday he had declared "war" on his critics, who are planning a vigil on September 21 to protest his government's policies.
"Let's fight a war if you want war. Enough is enough," Mutharika said at the opening of an agricultural fair.
Diverting from his prepared speech, Mutharika said his government had powers to arrest protest organisers if the September vigil goes ahead.
"I can arrest you if I wanted, but I believe in democracy. But I will deal with you and I am threatening you that I will arrest you this time around," he said.
Critics accuse Mutharika of becoming increasingly autocratic, presiding over an economic downward spiral and alienating the country's foreign donors.
Last month 19 people were killed in the impoverished southern African country when police opened fire on anti-government protesters.
Civil society organisations in Malawi had earlier called for nationwide vigils on August 17 to protest Mutharika's rule, but cancelled them after Mutharika made an appeal to "save lives and destruction of property."
The president said Thursday that "foreign elements" were sponsoring the protest plans.
"In the name of human rights, the activities of these groups are being underwritten by foreign elements to cause mayhem and insecurity," he said, adding: "I will hunt you down and bring you to justice."
Photographer/WEF
Bingu Wa Mutharika, President of Malawi
He also accused businesses of "sabotaging" the country's economy, which has been crippled by shortages of fuel and foreign exchange.
Mutharika came to office in 2004 and was re-elected with a large majority in 2009.
But he has since been criticised for expelling rivals from the ruling party, expanding presidential power and signing laws that have restricted protests and media freedom.
The United States last month put on hold a $350-million grant for Malawi's energy sector out of concern over the authorities' crackdown on protests.
Britain has also suspended aid over a failure to address its concerns about "economic management and governance".
Fonte: All Africa News
Friday, August 26, 2011
DEMOCRACIA MÁSCARA EM MOÇAMBIQUE
Com a renuncia dos edis dos municipios cujos são do partido vitalício no poder (Frelimo) mostra que a democracia em Moçambique está mascarada. Duma forma silênciosa a Frelimo quiz informar a todos moçambicanos que os tais Presidentes dos municípios não foram e nunca tinham sido eleitos pelo povo moçambicanos, mas sim teriam sisdo esacolhidos pela Frelimo.
Não restam dúvidas que as renúncias de cargos pelos edeis de Pemba, Quelimane e Cuamba foram executadas por pressão partidária nomedamente (Frelimo).Este acto só pode ser tolerado em Moçambique, onde poucos cidadãos entendem o significado do voto que depositam. Doutro lado pode se dizer que a frelimo ainda continua convencido sobre a cegueira dos moçambicanos. Entretanto os serventes da Frelimo tais como os Macuacuas continuam negar ter sido a Frelimo que comandou a massiva renúncia.
Moçambique parece estar a voltar para trás e este comportamento não passa de ser uma ignorancia e falta de conhecimento de lógica sobre a verdade. Dia após dia ouvimos como a frelimo está retardando ao totalitarismo. Ora são os edis dos municipios que renunciam em massa sem nenhuma devida justicação ao povo , ora são as celulas de partidos que se establecem nas empresas públicas tais como earportos. O muito engraçado sobre tudo isso é que os que representam o partido Frelimo dizem terem passado por UEM em Maputo, a mais alta instituição académica de Moçambique. Que tipo de formação estes tipos de gente ganharam nesta instituição? Para servir a verdade ou servir mentiras?
Como é que um inteligente como o Macuacua pode ser mentalmente dominado pelas doctrinas e idiologias ´de políticas falças? Como é que a segueira da Frelimo pode dominar um cara como O Edson Macuacua?
Alquem pode me explicar? Lamento muito!!!!!!!
Não restam dúvidas que as renúncias de cargos pelos edeis de Pemba, Quelimane e Cuamba foram executadas por pressão partidária nomedamente (Frelimo).Este acto só pode ser tolerado em Moçambique, onde poucos cidadãos entendem o significado do voto que depositam. Doutro lado pode se dizer que a frelimo ainda continua convencido sobre a cegueira dos moçambicanos. Entretanto os serventes da Frelimo tais como os Macuacuas continuam negar ter sido a Frelimo que comandou a massiva renúncia.
Moçambique parece estar a voltar para trás e este comportamento não passa de ser uma ignorancia e falta de conhecimento de lógica sobre a verdade. Dia após dia ouvimos como a frelimo está retardando ao totalitarismo. Ora são os edis dos municipios que renunciam em massa sem nenhuma devida justicação ao povo , ora são as celulas de partidos que se establecem nas empresas públicas tais como earportos. O muito engraçado sobre tudo isso é que os que representam o partido Frelimo dizem terem passado por UEM em Maputo, a mais alta instituição académica de Moçambique. Que tipo de formação estes tipos de gente ganharam nesta instituição? Para servir a verdade ou servir mentiras?
Como é que um inteligente como o Macuacua pode ser mentalmente dominado pelas doctrinas e idiologias ´de políticas falças? Como é que a segueira da Frelimo pode dominar um cara como O Edson Macuacua?
Alquem pode me explicar? Lamento muito!!!!!!!
Pio Matos cede a pressão
Edil de Quelimane poderá avançar como independente
Por Raul Senda
Depois dos presidentes das autarquias de Cuamba, Arnaldo Maloa, e de Pemba, Sadique Yacub, abdicarem dos seus tronos, esta terça-feira, Pio Matos, edil de Quelimane, rendeu-se à pressão partidária e apresentou à respectiva Assembleia Municipal a carta de renúncia do seu mandato, volvidos aproximadamente dois anos e meio no poder. Com o abandono de Pio Matos sobe para três o número de edis que abandonaram os cargos esperando-se que nos próximos dias juntem-se os presidentes dos municípios de Chókwè e Manhiça.
À comunicação social, Pio Matos declinou avançar os motivos que o levaram a renunciar, devendo fazê-lo nesta quinta-feira na sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Quelimane expressamente convocada para o efeito.
Porém, o SAVANA sabe que sobre Pio Matos pesam acusações de uma gestão danosa da capital de Zambézia e “desentendimentos insanáveis” com alguns membros da Frelimo naquele ponto do país. Aliás, quase todos os presidentes convidados a renunciar são acusados de uma gestão danosa das autarquias e resistências às constantes intromissões do partido na gestão municipal. Mas em declarações a AFP nesta quarta-feira, Pio Matos precisou que tinha razões pessoais para abandonar o cargo e negou que tenha sido pressionado pelo seu partido.
“Se continuasse no cargo com esses problemas (pessoais) teria afectado o meu desempenho”, disse, observando que não era nem doença ou problemas familiares. Garantiu que tem intenções de prosseguir as suas actividades políticas dentro da Frelimo.
Contudo, uma fonte próxima de Pio Matos garantiu ao SAVANA que o edil pondera avançar como independente nas eleições intercalares. Este era o terceiro mandato de Pio Matos no município de Quelimane.
Lembre-se que Arnaldo Maloa, edil de Cuamba foi o primeiro presidente do município a renunciar publicamente o seu cargo. Na sua justificação Maloa explicou que renunciou ao mandato por razões profissionais, pois foi-lhe atribuída uma bolsa de estudo e prefere seguir e deixar o lugar à disposição.
Por sua vez , Sadique Yacub, de Pemba, justificou a sua saída alegando motivos de saúde sem, no entanto, apresentar as devidas provas médicas. Contudo, Sadique disse dias antes que, há muito que a sua relação com estruturas do partido atingiu níveis de crispação. O presidente demissionário dissera numa entrevista concedida ao SAVANA que estava a ser alvo de uma campanha de perseguição orquestrada pelos seus “camaradas”, alegadamente por ter adoptado uma postura rigorosa no cumprimento da lei de terras, sobretudo no que diz respeito à atribuição de DUAT’s. Na altura alguns elementos ligados à Frelimo disseram que Yacub havia ido longe demais e a sua queda era uma questão de tempo.
Enquanto isso, dois outros presidentes de igual número de municípios deverão nos próximos dias apresentar os seus pedidos de renúncia. Trata-se de Jorge Macuácua, da autarquia de Chókwè (Gaza) e Alberto Chicuamba, da Manhiça (Maputo).
Fonte: Savana – 26.08.2011
Thursday, August 25, 2011
Expulsão de jornalistas e activistas gera protestos
Escrito por Francisco Carmona
-“Fomos escorraçados e tratados como cães”, Nelo Cossa, jornalista do Magazine Independente
- “Angola não merece assumir a presidência da SADC até que o país consiga resolver o seu défice democrático interno”, Sociedade Civil
-“Apelamos à serenidade e não à diabolização do povo angolano”, Manuel Mendes,
presidente da Casa de Angola em Moçambique
A detenção seguida de expulsão de dois jornalistas moçambicanos e 17 líderes e activistas da sociedade civil em Luanda está a provocar uma onda de protestos e a indignar diversos sectores da sociedade moçambicana e organizações mundiais que advogam a favor da liberdade de imprensa e de expressão.
Desde 11 de Agosto as autoridades angolanas têm estado a obstruír as actividades da sociedade civil planeadas em torno da 31ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC que termina esta quinta-feira em Luanda.
Os serviços de migração do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro em Luanda recusaram a entrada de dois jornalistas moçambicanos e 17 activistas e líderes da sociedade civil da África Austral. Apreenderam publicações pertencentes a activistas da sociedade civil do Zimbabué. As autoridades angolanas não apresentaram nenhuma explicação plausível para estas acções.
Esta situação voltou a reacender o debate das dificuldades migratórias na SADC, numa altura em que a palavra de ordem é a integração regional. Os activistas da sociedade civil deslocavam-se a Angola para tomar parte de uma série de actividades à margem da cimeira da SADC.
Jornalistas expulsos por problemas de Estado
Aos dois jornalistas moçambicanos foi lhes recusada a entrada no território angolano, sob alegação de que têm “problemas de Estado”. Trata-se de Joana Macie, jornalista do jornal notícias, principal diário do país, e Nelo Cossa, Chefe de Redacção do Magazine Independente, um semanário privado editado em Maputo.
Os dois, que pretendiam entrar pela primeira vez em Angola, faziam parte de um grupo de cinco jornalistas moçambicanos que iam a Luanda participar de um seminário organizado pela Gender Link e pelo Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), uma instituição governamental. Aliás, foi esta última instituição que emitiu a carta-convite, documento que foi determinante para a obtenção de visto na embaixada angolana em Maputo.
No entanto, outros três jornalistas (Hermínia Machel da TVM, Francisco Carmona do SAVANA e Orlando Ngovene da Rádio Moçambique) não tiveram problemas apesar de todos (5) terem obtido vistos na embaixada angolana em Maputo sob as mesmas condições. Todos estavam no mesmo voo (SA54). Apenas entraram três que estavam nos primeiros lugares da fila. Dois foram barrados pelos zelosos agentes de migração no Aeroporto 4 de Fevereiro.
Numa primeira justificação para o impedimento, as autoridades de migração do Aeroporto alegaram um “problema de Estado”. Mas quando convidado a clarificar o que é “problema de Estado”, um oficial de migração declinou entrar em detalhes alegando que a questão estava a ser tratada ao nível superior.
Várias tentativas feitas pelos três jornalistas que passaram a fronteira e Eduardo Namburete, director da Gender Link, em Moçambique, junto da embaixada moçambicana em Luanda e no Ministério do Interior angolano no sentido de se desbloquear a situação redundaram em fracasso.
Mas quando o assunto foi despoletado na Rádio Ecclésia, uma emissora ligada à Igreja Católica, o Governo angolano começou a desdobrar-se em explicações.
Simão Milagres, porta-voz da Direcção de Emigração, sublinhou que os dois jornalistas moçambicanos não tinham vistos, o que é mentira. Os vistos dos cinco jornalistas moçambicanos foram obtidos na embaixada angolana em Maputo, contra um pagamento de USD100 e documentos emitidos pela CEFOJOR.
“Fomos escorraçados e tratados como cães. Sob ameaça com armas de fogos fomos levados a um autocarro que nos conduziu até ao avião”, disse Nelo Cossa, jornalista do Magazine Independente.
Estado policiado
O controlo cerrado em Luanda é de tal ordem que vários hotéis na capital angolana foram orientados para fotocopiarem passaportes e fornecerem, numa base diária, dados relevantes dos hóspedes aos serviços de migração.
Um funcionário de um dos hotéis da capital disse que se trata de uma “medida de segurança” imposta pelas autoridades de migração. “Se não obedeces levas uma pesada multa”, lamentou.
Regime manda cancelar conferência
Os activistas expulsos iam participar na 7ª Conferência da Sociedade Civil. Esta conferência estava a ser coordenada pelo Fórum das Organizações Não Governamentais Angolanas (FONGA). A Conferência foi cancelada em sinal de protesto, mas uma fonte do FONGA garantiu ao SAVANA que foi por ordens do regime.
Este evento acontece a cada ano, na véspera da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, uma iniciativa que visa colher subsídios das organizações não governamentais, com propósito de contribuir e/ou influenciar as decisões dos governantes.
“Angola não merece assumir a presidência da SADC até que o país consiga resolver o seu défice democrático interno, falta de transparência e contínua repressão de vozes da sociedade civil”, sublinharam os líderes das organizações da sociedade civil da África Austral filiadas na Apex Regional em comunicado.
Dos cerca de 20 activistas expulsos à sua chegada a Angola conta-se uma cidadã americana, Doreen Francis Stabinsky, residente na Zâmbia. Chegou quarta-feira e recambiada dia seguinte para a Zâmbia.
Sexta-feira passada as autoridades angolanas retiveram Loveness Kuda Nyakujarah, da Gender Link, que também foi expulsa no dia seguinte, depois de ter passado 24 horas no aeroporto em condições deploráveis.
Em Luanda comenta-se que o regime de José Eduardo dos Santos estava a barrar a entrada de activistas ao país, num esforço para evitar embaraços. É que na passada quarta-feira, a OSISA- Open Society Initiative for Southern Africa-organizou uma conferência com a participação de vários sectores da sociedade civil, onde a questão de vistos de entrada foi duramente criticada, o que terá irritado o regime.
Ao que o SAVANA apurou, o Governo havia orientado as autoridades migratórias para que permitissem a entrada de participantes aos vários eventos à margem da cimeira sem grandes sobressaltos.
Mas o quadro terá sofrido profundas mudanças, depois das duras críticas ao Governo feitas na Conferência organizada quarta-feira pela OSISA.
Na Conferência, Isaac Elias, director da Open Society-Angola, notou que as autoridades angolanas, deviam dar provas de um “tratamento mais humanizado à população da região”, abrandando excessos de burocracia nos vistos. Na conferência da OSISA sublinhou-se que Angola não estava preparada para assumir a presidência rotativa da organização. Apelaram aos líderes da região a não entregar a presidência a Angola.
O regime de Luanda é conhecido pelas excessivas limitações que impõem ao exercício da liberdade de imprensa e expressão, apesar das evidentes garantias constitucionais sobre esta matéria.
“TOMAMOS CONTA DO SUCEDIDO”,
Henrique Banze
Na voz do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, o governo moçambicano reagiu com cautelas ao incidente de Luanda e diz não ter ainda elementos suficientes para tirar as conclusões do que efectivamente esteve por detrás do recambiamento dos dois jornalistas.
Banze fez notar que o governo já tomou nota do sucedido com os jornalistas Joana Macie e Nelo Cossa, impedidos de entrar em Luanda e posteriormente recambiados, por motivos ainda não claros.
Porém, o Secretariado Executivo do Sindicato Nacional de Jornalistas e o MISA-Moçambique, manifestaram o seu repúdio e indignação pelo sucedido.
Em comunicados separados, os dois consideram as medidas tomadas um exagero e desnecessárias e atentam contra a dignidade dos jornalistas e do povo moçambicano, pelo que devem merecer os devidos esclarecimentos.
“As autoridades angolanas agiram de forma intimidatória ao colocarem em causa a sua integridade física, colocando a polícia nacional, daquele país, para os escoltar até ao avião sob ameaça de uso de força aquando da exigência das bagagens e passaportes”, sublinha o MISA-Moçambique.
“O argumento segundo o qual os referidos jornalistas não dispunham de vistos de entrada, tornado público posteriormente pelas autoridades de migração angolanas, é de todo descabido e destituído de qualquer senso, visto que os passaportes em posse dos visados vem neles estampado o respectivo visto de entrada”, nota o comunicado do SNJ.
“O Secretariado Executivo do SNJ condena de forma enérgica este acto de prepotência e arrogância desnecessárias por parte das autoridades de migração angolanas, e espera que a bem das relações de amizade e irmandade que unem os povos dos dois países sejam dados os devidos esclarecimentos”.
Fonte: SAVANA
-“Fomos escorraçados e tratados como cães”, Nelo Cossa, jornalista do Magazine Independente
- “Angola não merece assumir a presidência da SADC até que o país consiga resolver o seu défice democrático interno”, Sociedade Civil
-“Apelamos à serenidade e não à diabolização do povo angolano”, Manuel Mendes,
presidente da Casa de Angola em Moçambique
A detenção seguida de expulsão de dois jornalistas moçambicanos e 17 líderes e activistas da sociedade civil em Luanda está a provocar uma onda de protestos e a indignar diversos sectores da sociedade moçambicana e organizações mundiais que advogam a favor da liberdade de imprensa e de expressão.
Desde 11 de Agosto as autoridades angolanas têm estado a obstruír as actividades da sociedade civil planeadas em torno da 31ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC que termina esta quinta-feira em Luanda.
Os serviços de migração do Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro em Luanda recusaram a entrada de dois jornalistas moçambicanos e 17 activistas e líderes da sociedade civil da África Austral. Apreenderam publicações pertencentes a activistas da sociedade civil do Zimbabué. As autoridades angolanas não apresentaram nenhuma explicação plausível para estas acções.
Esta situação voltou a reacender o debate das dificuldades migratórias na SADC, numa altura em que a palavra de ordem é a integração regional. Os activistas da sociedade civil deslocavam-se a Angola para tomar parte de uma série de actividades à margem da cimeira da SADC.
Jornalistas expulsos por problemas de Estado
Aos dois jornalistas moçambicanos foi lhes recusada a entrada no território angolano, sob alegação de que têm “problemas de Estado”. Trata-se de Joana Macie, jornalista do jornal notícias, principal diário do país, e Nelo Cossa, Chefe de Redacção do Magazine Independente, um semanário privado editado em Maputo.
Os dois, que pretendiam entrar pela primeira vez em Angola, faziam parte de um grupo de cinco jornalistas moçambicanos que iam a Luanda participar de um seminário organizado pela Gender Link e pelo Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), uma instituição governamental. Aliás, foi esta última instituição que emitiu a carta-convite, documento que foi determinante para a obtenção de visto na embaixada angolana em Maputo.
No entanto, outros três jornalistas (Hermínia Machel da TVM, Francisco Carmona do SAVANA e Orlando Ngovene da Rádio Moçambique) não tiveram problemas apesar de todos (5) terem obtido vistos na embaixada angolana em Maputo sob as mesmas condições. Todos estavam no mesmo voo (SA54). Apenas entraram três que estavam nos primeiros lugares da fila. Dois foram barrados pelos zelosos agentes de migração no Aeroporto 4 de Fevereiro.
Numa primeira justificação para o impedimento, as autoridades de migração do Aeroporto alegaram um “problema de Estado”. Mas quando convidado a clarificar o que é “problema de Estado”, um oficial de migração declinou entrar em detalhes alegando que a questão estava a ser tratada ao nível superior.
Várias tentativas feitas pelos três jornalistas que passaram a fronteira e Eduardo Namburete, director da Gender Link, em Moçambique, junto da embaixada moçambicana em Luanda e no Ministério do Interior angolano no sentido de se desbloquear a situação redundaram em fracasso.
Mas quando o assunto foi despoletado na Rádio Ecclésia, uma emissora ligada à Igreja Católica, o Governo angolano começou a desdobrar-se em explicações.
Simão Milagres, porta-voz da Direcção de Emigração, sublinhou que os dois jornalistas moçambicanos não tinham vistos, o que é mentira. Os vistos dos cinco jornalistas moçambicanos foram obtidos na embaixada angolana em Maputo, contra um pagamento de USD100 e documentos emitidos pela CEFOJOR.
“Fomos escorraçados e tratados como cães. Sob ameaça com armas de fogos fomos levados a um autocarro que nos conduziu até ao avião”, disse Nelo Cossa, jornalista do Magazine Independente.
Estado policiado
O controlo cerrado em Luanda é de tal ordem que vários hotéis na capital angolana foram orientados para fotocopiarem passaportes e fornecerem, numa base diária, dados relevantes dos hóspedes aos serviços de migração.
Um funcionário de um dos hotéis da capital disse que se trata de uma “medida de segurança” imposta pelas autoridades de migração. “Se não obedeces levas uma pesada multa”, lamentou.
Regime manda cancelar conferência
Os activistas expulsos iam participar na 7ª Conferência da Sociedade Civil. Esta conferência estava a ser coordenada pelo Fórum das Organizações Não Governamentais Angolanas (FONGA). A Conferência foi cancelada em sinal de protesto, mas uma fonte do FONGA garantiu ao SAVANA que foi por ordens do regime.
Este evento acontece a cada ano, na véspera da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, uma iniciativa que visa colher subsídios das organizações não governamentais, com propósito de contribuir e/ou influenciar as decisões dos governantes.
“Angola não merece assumir a presidência da SADC até que o país consiga resolver o seu défice democrático interno, falta de transparência e contínua repressão de vozes da sociedade civil”, sublinharam os líderes das organizações da sociedade civil da África Austral filiadas na Apex Regional em comunicado.
Dos cerca de 20 activistas expulsos à sua chegada a Angola conta-se uma cidadã americana, Doreen Francis Stabinsky, residente na Zâmbia. Chegou quarta-feira e recambiada dia seguinte para a Zâmbia.
Sexta-feira passada as autoridades angolanas retiveram Loveness Kuda Nyakujarah, da Gender Link, que também foi expulsa no dia seguinte, depois de ter passado 24 horas no aeroporto em condições deploráveis.
Em Luanda comenta-se que o regime de José Eduardo dos Santos estava a barrar a entrada de activistas ao país, num esforço para evitar embaraços. É que na passada quarta-feira, a OSISA- Open Society Initiative for Southern Africa-organizou uma conferência com a participação de vários sectores da sociedade civil, onde a questão de vistos de entrada foi duramente criticada, o que terá irritado o regime.
Ao que o SAVANA apurou, o Governo havia orientado as autoridades migratórias para que permitissem a entrada de participantes aos vários eventos à margem da cimeira sem grandes sobressaltos.
Mas o quadro terá sofrido profundas mudanças, depois das duras críticas ao Governo feitas na Conferência organizada quarta-feira pela OSISA.
Na Conferência, Isaac Elias, director da Open Society-Angola, notou que as autoridades angolanas, deviam dar provas de um “tratamento mais humanizado à população da região”, abrandando excessos de burocracia nos vistos. Na conferência da OSISA sublinhou-se que Angola não estava preparada para assumir a presidência rotativa da organização. Apelaram aos líderes da região a não entregar a presidência a Angola.
O regime de Luanda é conhecido pelas excessivas limitações que impõem ao exercício da liberdade de imprensa e expressão, apesar das evidentes garantias constitucionais sobre esta matéria.
“TOMAMOS CONTA DO SUCEDIDO”,
Henrique Banze
Na voz do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Henrique Banze, o governo moçambicano reagiu com cautelas ao incidente de Luanda e diz não ter ainda elementos suficientes para tirar as conclusões do que efectivamente esteve por detrás do recambiamento dos dois jornalistas.
Banze fez notar que o governo já tomou nota do sucedido com os jornalistas Joana Macie e Nelo Cossa, impedidos de entrar em Luanda e posteriormente recambiados, por motivos ainda não claros.
Porém, o Secretariado Executivo do Sindicato Nacional de Jornalistas e o MISA-Moçambique, manifestaram o seu repúdio e indignação pelo sucedido.
Em comunicados separados, os dois consideram as medidas tomadas um exagero e desnecessárias e atentam contra a dignidade dos jornalistas e do povo moçambicano, pelo que devem merecer os devidos esclarecimentos.
“As autoridades angolanas agiram de forma intimidatória ao colocarem em causa a sua integridade física, colocando a polícia nacional, daquele país, para os escoltar até ao avião sob ameaça de uso de força aquando da exigência das bagagens e passaportes”, sublinha o MISA-Moçambique.
“O argumento segundo o qual os referidos jornalistas não dispunham de vistos de entrada, tornado público posteriormente pelas autoridades de migração angolanas, é de todo descabido e destituído de qualquer senso, visto que os passaportes em posse dos visados vem neles estampado o respectivo visto de entrada”, nota o comunicado do SNJ.
“O Secretariado Executivo do SNJ condena de forma enérgica este acto de prepotência e arrogância desnecessárias por parte das autoridades de migração angolanas, e espera que a bem das relações de amizade e irmandade que unem os povos dos dois países sejam dados os devidos esclarecimentos”.
Fonte: SAVANA
Diplomatas líbios em Maputo renegam regime de kadafi e declaram seu apoio aos rebeldes
Fim do regime na líbia gera mudanças em Maputo
O governo moçambicano, entretanto, ainda não reconheceu publicamente o Conselho Nacional de Transição da Líbia, facto que põe em causa a legalidade do acto promovido pelos diplomatas líbios em Maputo.
É um facto consumado. Sem ou não consentimento do governo moçambicano, o pessoal diplomático da embaixada da Líbia em Maputo anunciou, ontem, em conferência de imprensa, que renega o regime de Muamar Kadafi e que, a partir daquele momento, se juntava ao Conselho Nacional de Transição, órgão político dos rebeldes.
Na ocasião, os “representantes” dos rebeldes líbios substituíram a bandeira verde de Kadafi pela bandeira de quatro cores e meia lua, que representa os rebeldes. Esta posição representa o rompimento das relações diplomáticas com o regime que governou a Líbia durante os últimos 40 anos.
O encarregado de negócios da embaixada da Líbia em Maputo, Rajab Dakam, disse que os contactos diplomáticos com Kadafi foram interrompidos há bastante tempo devido à guerra. Confirmou ainda que 17 diplomatas, incluindo o embaixador, foram obrigados, em carta enviada pelo regime de Kadafi, ao princípio deste mês, a regressar para Líbia. Por conseguinte, o pessoal daquela embaixada que ficou em Moçambique decidiu apoiar os rebeldes, porque o reinado do coronel colapsou.
Ainda na sua intervenção, numa conferência de imprensa bastante concorrida, o diplomata líbio disse que “todos os meus colegas no meu país e toda a comunidade líbia em Moçambique juntaram-se à revolução desde o dia 17 de Fevereiro passado.”
Na sequência destas declarações, Dakam, que se mostrou apreensivo com a carga de perguntas lançadas pelos jornalistas presentes na referida conferência de imprensa, disse não fazer sentido que a Embaixada da Líbia em Maputo continue alheia ao que está a suceder na sua terra, daí que decidiu tomar tal posição. “Eu creio que vocês sabem qual é a situação da Líbia. quase todas as cidades estão sob controlo dos rebeldes, incluindo a capital Trípoli. Penso, igualmente, que o império Kadafi chegou ao fim. Agora é uma questão de tempo que eles procuram cumprir, mas é o fim de tudo”.
Bandeira dos rebeldes já flutua em Maputo
Quatro cores (verde, branco, vermelho e preto) compõem a nova bandeira que os líbios já assumiram como o seu actual símbolo em substituição da antiga completamente verde.
A nova bandeira já flutua na Embaixada da Líbia em Maputo. Ela foi içada por voltas das 13h00 de ontem, depois de uma longa maratona para a sua impressão. Aliás, devido às correrias para a sua fabricação, foi movimentado meio mundo daquela missão diplomática e tudo foi feito quase em “cima do joelho”, facto que se reflecte na sua baixa qualidade, para quem a analisa com um olho “clínico”.
Ao lado da nova bandeira, num outro mastro, flutua igualmente a bandeira da União Africana. Já a antiga bandeira foi atirada não se sabe para onde, num acto de distanciamento do regime do coronel Muamar Kadafi.
Governo moçambicano contornado
Pelo menos até à hora da realização da conferência de imprensa, ontem, o encarregado de negócio da embaixada da líbia em Maputo assumiu que o seu posicionamento de apoiar o Conselho Nacional de Transição não era do conhecimento do executivo de Armando Guebuza.
Fonte: O País Online
Wednesday, August 24, 2011
Nampula: Detido Director da Juventude e Tecnologia por rombo financeiro
O director de educação, juventude e tecnologia da cidade de Nampula, Augusto Tawancha, encontra-se detido na cadeia civil daquela urbe, por alegago envolvimento no rombo financeiro de cerca de nove milhões de meticais.
Encontra-se detida também a chefe da administração e finanças do sector, acusados de pertencerem ao esquema de duplicação de folhas de pagamento dos subsídios de chefia e horas extras.
Supostamente ligado com o mesmo caso, foi também detido o director de agricultura no distrito de Angoche.
O Governo provincial não comenta estes casos até que seja notificado pelos órgãos competentes.
Confrontado pelos jornalustas, na última segunda-feira, o Secretário Permanente provincial, António Máquina, evocou o princípio da presunção da inocência para não falar sobre o assunto uma vez, como referiu, os casos estão ainda sob alçada da justiça.
Ainda em conexão com a má gestão de fundos do sector da educação em Nampula, estão detidas a directora de Nacala-a-Velha e uma funcionária do distrito de Monapo.
Fonte: RM
Encontra-se detida também a chefe da administração e finanças do sector, acusados de pertencerem ao esquema de duplicação de folhas de pagamento dos subsídios de chefia e horas extras.
Supostamente ligado com o mesmo caso, foi também detido o director de agricultura no distrito de Angoche.
O Governo provincial não comenta estes casos até que seja notificado pelos órgãos competentes.
Confrontado pelos jornalustas, na última segunda-feira, o Secretário Permanente provincial, António Máquina, evocou o princípio da presunção da inocência para não falar sobre o assunto uma vez, como referiu, os casos estão ainda sob alçada da justiça.
Ainda em conexão com a má gestão de fundos do sector da educação em Nampula, estão detidas a directora de Nacala-a-Velha e uma funcionária do distrito de Monapo.
Fonte: RM
Empresários sul-africanos procuram negócios em Nacala no norte de Moçambique
Um grupo de empresários sul-africanos ligados à Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD) e à Business Foundation (NBF) visitam até sexta-feira a Zona Económica Especial de Nacala, em Nampula, numa missão de prospecção de oportunidades de investimento na área de infra-estruturas, escreve hoje o jornal Notícias.
Com o mesmo objectivo o grupo de 13 empresários visitou o Parque Industrial de Beluluane, na província de Maputo, uma reserva de cerca de 700 hectares de terra, alguns dos quais já providos de infra-estruturas básicas para acolher projectos de indústria ligeira.
O Director Geral do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), Danilo Nalá, explicou que alguns dos empresários já trazem informação sobre Moçambique, mas parte do grupo terá nesta visita, o seu primeiro contacto com a realidade moçambicana.
No quadro da visita à Zona Económica Especial de Nacala, os empresários sul-africanos deverão participar, num encontro de negócios e bolsa de contactos envolvendo representantes de companhias que investem naquela área, além de visitar o Porto de Nacala e a construtora brasileira Odebrecht, responsável pelas obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala.
Até finais do primeiro semestre deste ano tinham sido aprovados trinta e sete projectos de investimentos para a Zona Económica Especial de Nacala, aos quais corresponde um volume de investimento na ordem dos 383 milhões de dólares norte-americanos que levará à criação de sete mil e quinhentos postos de trabalho.
A Zona Económica Especial de Nacala foi a primeira a ser criada em Moçambique, em Dezembro de 2007, ocupando uma área total de 1.307 quilómetros distribuídos pelos distritos de Nacala-Porto e Nacala-a-Velha. As empresas localizadas em Zonas Económicas Especiais gozam de isenção dos direitos aduaneiros na importação de matérias-primas, equipamentos e demais bens comprovados como destinados à prossecução de actividades de investimento naquelas zonas.
Fonte: (rm/macauhub)
Com o mesmo objectivo o grupo de 13 empresários visitou o Parque Industrial de Beluluane, na província de Maputo, uma reserva de cerca de 700 hectares de terra, alguns dos quais já providos de infra-estruturas básicas para acolher projectos de indústria ligeira.
O Director Geral do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), Danilo Nalá, explicou que alguns dos empresários já trazem informação sobre Moçambique, mas parte do grupo terá nesta visita, o seu primeiro contacto com a realidade moçambicana.
No quadro da visita à Zona Económica Especial de Nacala, os empresários sul-africanos deverão participar, num encontro de negócios e bolsa de contactos envolvendo representantes de companhias que investem naquela área, além de visitar o Porto de Nacala e a construtora brasileira Odebrecht, responsável pelas obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala.
Até finais do primeiro semestre deste ano tinham sido aprovados trinta e sete projectos de investimentos para a Zona Económica Especial de Nacala, aos quais corresponde um volume de investimento na ordem dos 383 milhões de dólares norte-americanos que levará à criação de sete mil e quinhentos postos de trabalho.
A Zona Económica Especial de Nacala foi a primeira a ser criada em Moçambique, em Dezembro de 2007, ocupando uma área total de 1.307 quilómetros distribuídos pelos distritos de Nacala-Porto e Nacala-a-Velha. As empresas localizadas em Zonas Económicas Especiais gozam de isenção dos direitos aduaneiros na importação de matérias-primas, equipamentos e demais bens comprovados como destinados à prossecução de actividades de investimento naquelas zonas.
Fonte: (rm/macauhub)
Nacala: Mina de fosfato equiparada a Moatize
A MINA de fosfato em Nacala, província de Nampula, pretendida pela brasileira Vale, pode ter uma dimensão semelhante à mina de carvão que a mesma empresa está a explorar em Moatize, na província de Tete.
Maputo, Quarta-Feira, 24 de Agosto de 2011:: Notícias
Fonte da Vale é citada pela agência Macahub como tendo dito recentemente em Brasília que a empresa está a estudar a possibilidade de investir em Moçambique na referida mina e que a concessão está a ser discutida entre a empresa brasileira e a Direcção Nacional de Minas de Moçambique.
A Vale pretende explorar a mina de fosfato que seria utilizado em fertilizantes.
O grupo mineiro Vale deverá apresentar ao Governo moçambicano, no próximo ano, o estudo de viabilidade para a exploração da referida mina.
Recentemente, o director nacional de Minas de Moçambique, Eduardo Alexandre, disse que se trata de um projecto “bastante interessante”, acrescentando que o produto final da mina de fosfato será a produção de adubos.
O fosfato é um dos três nutrientes primários das plantas e é um componente dos adubos para a agricultura. É extraído de depósitos de rocha sedimentar e tratado quimicamente para aumentar a sua concentração e torná-lo mais solúvel, o que facilita a sua absorção pelas plantas.
O grupo brasileiro Vale anunciou também que pretende investir 3 milhões de dólares na construção de uma fábrica de adubos em Nacala-à-Velha.
A agência Macauhub adiantou que o expediente para a viabilização do projecto está numa fase adiantada e que a consulta comunitária para a cedência de uma área de 700 hectares a serem ocupados pelo projecto está agendada para a próxima semana, tudo levando a crer que o espaço será em breve entregue à Vale.
A fonte referiu também que o projecto foi já apreciado pelo governo provincial de Nampula, tendo o porta-voz Páscoa Azevedo informado que “se auguram melhores dias para os distritos de Nacala-à-Velha e Monapo”, sendo neste último que se encontra o jazigo de fosfato.
O capital social da mineira Vale é controlado pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), com 49 porcento, Banco Bradesco (21,21 porcento), a “trading” japonesa Mitsui (18,24 porcento) e Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social Participações (BNDESpar) com 11,51 porcento.
Fonte: Moç./Todos
Tuesday, August 23, 2011
Rebeldes entram em quartel-general de Khadafi, dizem testemunhas
Forças rebeldes entraram nesta terça-feira no quartel-general do líder líbio, Muamar Khadafi, em Trípoli, após horas de confrontos violentos com forças leais ao regime.
Testemunhas afirmam que centenas de rebeldes invadiram o complexo de prédios em Bab al-Azizia, uma das poucas áreas que aparentemente ainda estavam sob controle do regime.
Confrontos na LíbiaExcentricidade e brutalidade marcam o governo de Khadafi na LíbiaParadeiro de Khadafi permance incertoO quão perigoso é comemorar com tiros para o alto?Tópicos relacionadosOriente médio, InternacionalSegundo uma rádio ligada aos oposicionistas, a bandeira tricolor utilizada pelos rebeldes foi hasteada no complexo governamental, no lugar do pavilhão verde utilizado pelo regime de quatro décadas. A informação, no entanto, não tem verificação de fontes independentes.
Horas antes da invasão, dezenas de picapes cheias de combatentes rebeldes entraram em Trípoli e partiram para um ataque maciço ao quartel-general. As forças rebeldes já haviam anunciado que a invasão era a prioridade nesta terça-feira.
Imagens de TV mostraram grossas colunas de fumaça preta subindo de prédios ao redor da cidade, entre eles prédios que integram o QG de Khadafi. Um rebelde ouvido pela rede de TV Al Jazeera confirmou que nem todo o complexo está sob poder dos opositores.
Os rebeldes também estão saqueando o complexo, segundo o chefe do escritório da BBC Middle East, Paul Danahar, que está dentro do quartel-general.
A invasão ocorre apenas momentos depois de a agência de notícias russa Interfax ter divulgado a informação de que Khadafi conversou por telefone com uma autoridade russa nesta terça-feira, dizendo que estava em Trípoli, "bem de saúde" e que não pretendia deixar a Líbia.
O paradeiro de Khadafi, que vem sendo caçado por rebeldes desde que eles entraram em Trípoli, no fim de semana, é motivo de inúmeras especulações. Alguns acreditam que o líder líbio estaria em seu quartel-general, mas a informação não foi confirmada.
O repórter da BBC em Trípoli Rupert Wingfield-Hayes disse acreditar que a chave para o fim do conflito seja a captura de Khadafi.
Combates
Imagens da rede de TV Sky News mostravam grupos de rebeldes fortemente armados reunidos a cerca de 50 metros do QG, vestidos com roupas civis. O som de granadas, morteiros e artilharia podiam ser ouvidos ao fundo.
Testemunhas disseram que centenas de rebeldes entraram no quartel-general, e que muitos disparavam para o ar, em sinal de comemoração.
Na manhã de terça-feira, Saif al-Islam, um dos filhos de Khadafi, reapareceu em público, desmentindo relatos de que havia sido preso por rebeldes. Ele falou a jornalistas abrigados no Hotel Rixos, na capital, insistindo em afirmar que o governo de seu pai havia "quebrado a espinha" da ofensiva rebelde, e que as forças leais ao regime estavam vencendo a batalha.
Políticos ocidentais, líderes rebeldes e comandantes militares da Otan minimizaram a afirmação.
"Uma breve aparição de madrugada não significa que alguém está no controle de um país, de uma capital, ou de qualquer coisa, na verdade", disse a porta-voz da Otan Oana Lungescu.
Um representante das forças opositoras reconheceu, no entanto, o constrangimento criado pela aparição de Saif-al-Islam.
"Ele foi capturado e aparentemente escapou. Esta é a informação que temos. Para ser sincero, é um constrangimento", disse à BBC o porta-voz Hany Hassan Soufrakis.
Próximos passos
Membros do Conselho Nacional de Transição (CNT), baseado em Benghazi, já se preparam para voar para a capital líbia.
Governos europeus, árabes e dos EUA já reconhecem o governo interino do CNT
Os rebeldes entraram em Trípoli no fim de semana, e, após um rápido avanço, encontraram forte resistência de forças leais a Khadafi na segunda-feira em algumas áreas da capital.
Líderes mundiais vêm exortando Khadafi a deixar o poder.
O CNT já é reconhecido como governo interino pelos Estados Unidos e por vários países da Europa e do mundo árabe. O Brasil ainda não se posicionou sobre o tema.
O chefe do CNT, Mustafa Abdul Jalil, disse que Khadafi e seus aliados devem enfrentar a Justiça e serem julgados. Ele pediu aos rebeldes, no entanto, que evitem julgamentos sumários.
Diante da aparentemente iminente queda de Khadafi, a Turquia (que reconhece o CNT) anunciou uma ajuda de US$ 300 milhões para a formação do novo governo líbio.
Egito e Bahrein também anunciaram nesta terça-feira o reconhecimento ao governo interino do CNT.
O levante contra o regime de 41 anos de Khadafi começou em fevereiro. Rebeldes controlaram o leste do país e bolsões do oeste, antes de avançar na direção da capital. A Otan vem atacando forças leais a Khadafi pelo ar, cumprindo um mandato da ONU para garantir a segurança de civis.
Fonte: BBC Brasil
Explosions around Gaddafi compound
Heavy fighting is taking place in areas of Tripoli for a second day, with opposition forces concentrating their firepower on Libyan leader Muammar Gaddafi's compound in the Bab al-Azizya district of the Libyan capital.
The al-Mansoura district was also the focus of fierce clashes between government forces and opposition fighters on Tuesday, two days after the rebels marched into the heart of the city, prompting scenes of jubiliation.
But Gaddafi's forces are reportedly fighting back using heavy weapons including mortars and shells fired in the direction of Green Square, which rebels have renamed Martyrs' Square, casting doubts on opposition claims that much of the city was under their control.
Al Jazeera's James Bays said he could see smoke rising into the sky from the vicinity of Gaddafi's compound. The Libyan leader's whereabouts is unknown.
"The battle is certainly not over. The city is on a knife edge," our correspondent said.
There have been reports of NATO planes flying very low on top of Gaddafi's compound.
In a dramatic development, Saif al-Islam, the son of Libyan leader Muammar Gaddafi, appeared in al-Mansoura early on Tuesday morning to refute claims that he had been captured by opposition forces and rally government loyalists.
"There is confusion among the ranks of opposition fighters on the ground," Al Jazeera's Zeina Khodr reporting from Tripoli said. "Some people are asking whether the National Transitional Council has been infiltrated."
The head of Libya's opposition National Transitional Council (NTC) on Monday announced the end of Gaddafi's decades-long rule.
But the re-appearance of Saif, an influential figure who is wanted by the International Criminal Court, has raised fresh questions about the NTC leadership's grip on a fast-changing situation.
Al Jazeera's senior political analyst, Marwan Bishara, analyses the fight for Tripoli and what it means for Libya
Al Jazeera's Jacky Rowland reporting from Benghazi said: "Now we are seeing accusations, doubts, and confusion.
"It is going to be interesting to see how the NTC explains this debacle and how it seeks to reinforce and strengthen these alliances and enable the rebels to get to Tripoli itself."
The NTC held a joint press conference in Benghazi with Ahmet Davutoglu, the Turkish foreign minister on Tuesday.
"We stand by NTC leader Mustafa Abdel Jalil ... He established the path for Libya for the future," Davutoglu said.
Rebel checkpoints
The celebrations that followed the rebels push into central Tripoli on Sunday night, when opposition force took control of the Green Square and claimed victory, gave way to caution and confusion on Monday as they were met by resistance.
Throughout Monday, there was gunfire near Gaddafi's compound in the west of the city. Rebels set up checkpoints throughout the neighbourhoods in an attempt to maintain law and order.
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"While Gaddafi's forces have withdrawn from most areas of Tripoli, sleeper cells haven't," Khodr said.
Gaddafi supporters also remained in control of the Rixos hotel, where foreign correspondents have been based throughout the six-month conflict.
Snipers scattered across the city continued to wage resistance, while a rebel convoy was ambushed by Gaddafi loyalists using anti-aircraft weapons.
An opposition fighter told Al Jazeera: "We haven't been able to launch an attack we are waiting for more men and heavy weapons."
Elsewhere in the country, the US military said that its warplanes had shot down a scud missile fired from Sirte, Gaddafi's hometown, indicating that remnants of Gaddafi's forces were continuing to resist.
Rebel fighters in eastern Libya advanced towards the oil terminal of Ras Lanuf after taking the coastal town of Ageila from forces loyal to Gaddafi.
Moussa Ibrahim, the government spokesperson, claimed Gaddafi forces had control of at least 75 per cent of Tripoli. But rebels said Gaddafi supporters only held about 20 per cent of the city.
The tenuous nature of the rebel's grip on Tripoli has dampened rebel hopes of a swift victory and raised concerns that the city of two million people could be the stage for a protracted armed struggle.
Source: Al Jazeera and Agencies
Anadarko descobre mais gás natural em Moçambique
Esta é a quinta descoberta da companhia na Bacia do Rovuma
O poço terá aproximadamente 70 metros de profundidade e contém cerca de 169 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito. Esta é a quinta descoberta da Anadarko de gás na Bacia do Rovuma.
A petrolífera norte-americana Anadarko anunciou ter encontrado um poço de gás natural na Bacia do Rovuma, costa marítima a norte de Moçambique, a 4 mil metros de profundidade, uma descoberta que vem confirmar as expectativas da empresa.
Segundo a companhia, o poço terá aproximadamente 70 metros de profundidade e contém cerca de 169 mil milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito (GNL). Trata-se da quinta descoberta da Anadarko na Bacia do Rovuma, depois da última ocorrida em Fevereiro de 2011 corrente.
“A nossa primeira avaliação corresponde às nossas expectativas, confirmando a modelagem sísmica que esperávamos, fornecendo confiança à nossa interpretação geológica”, avançou o vice-presidente da Anadarko, Bob Daniels, citado pela Agência Oje.
Fonte: «Jornal O País»
EUA qualificam de "absolutamente falsas" alegações de que o seu Governo está a financiar Renamo
A Embaixada dos EUA em Maputo considerou hoje "absolutamente falsas" as alegações de que o seu Governo terá prometido ao principal partido da oposição moçambicana, RENAMO, financiamento para tornar o país ingovernável e provocar a queda da FRELIMO.
O semanário Domingo, editado em Maputo, noticiou na sua última edição a existência de um alegado acordo entre o Governo norte-americano e a RENAMO, para ajudar este partido a desalojar a FRELIMO do poder, que ocupa há mais de 36 anos, desde a independência do país em 1975.
O jornal, conhecido por posições muito próximas à FRELIMO, cita a chefe das operações da polícia moçambicana na província de Niassa, norte do país, Maria Yassine, a dizer que tomou conhecimento do suposto plano em conversa com um guarda-costas do presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama.
"O partido RENAMO estabeleceu um acordo com os Estados Unidos da América para financiar os quartéis que o partido vai criar até dezembro e empurrar a FRELIMO do poder à força", terá dito o referido guarda-costas.
Ouvida hoje pela Lusa, a embaixada dos EUA, através do adido adjunto de Imprensa e Cultura, Ethan Tabor, considerou "absolutamente falsas" tais alegações.
"As alegações do apoio dos Estados Unidos da América para quartéis da RENAMO são absolutamente falsas", refere a representação diplomática norte-americana em nota enviada à Lusa.
O porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga, instado pela Lusa a pronunciar-se sobre as acusações, escusou-se a comentar o assunto.
O presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, tem ameaçado ultimamente aquartelar os seus antigos guerrilheiros alegadamente marginalizados nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), que integraram em 1992, no quadro da criação do exército unificado.
Os guerrilheiros da RENAMO foram integrados no exército governamental, como resultado do Acordo Geral de Paz, que pôs fim a 16 anos de guerra civil.
Fonte: Lusa – 22.08.2011
Monday, August 22, 2011
Dom Jaime Gonçalves diz que ideia dos quartéis não o surpreende
Declarações de Afonso Dhlakama
As declarações do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de aquartelar os seus ex-guerrilheiros não causam espanto a Dom Jaime Gonçalves, tendo em conta os seus discursos anteriores.
O arcebispo da Beira, Dom Jaime Pedro Gonçalves, afirmou, semana finda, que não ficou surpreendido nem tão pouco alarmado com as recentes declarações do líder da Renamo, segundo as quais pretende criar quartéis em diversos pontos do país para aquartelar os seus ex-guerrilheiros e militares que estão alegadamente a ser desmobilizados sem justa causa do exército nacional. “É que Moçambique, nos seus poucos anos de independência, está experimentando a diversidade de partidos, diversidade de ideias e de opiniões quase sempre oposta a dos seus habitantes. Ainda não acabamos de viver as ideias que estão na cabeça de cada moçambicano. Por isso, não me admira que ainda haja pessoas que de alguma maneira possam prever alguma desordem e alguma falta de paz nas nossas cidades”.
Dom Jaime Gonçalves, que falava a jornalistas, na Beira, durante as celebrações do 104º aniversário de elevação daquela urbe à categoria de cidade, acrescentou que, para a felicidade do país, os desejos bélicos de algumas lideranças não encontram espaço nas mentes dos moçambicanos, o que torna estes discursos vazios.
Fonte: «Jornal O País»
As declarações do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de aquartelar os seus ex-guerrilheiros não causam espanto a Dom Jaime Gonçalves, tendo em conta os seus discursos anteriores.
O arcebispo da Beira, Dom Jaime Pedro Gonçalves, afirmou, semana finda, que não ficou surpreendido nem tão pouco alarmado com as recentes declarações do líder da Renamo, segundo as quais pretende criar quartéis em diversos pontos do país para aquartelar os seus ex-guerrilheiros e militares que estão alegadamente a ser desmobilizados sem justa causa do exército nacional. “É que Moçambique, nos seus poucos anos de independência, está experimentando a diversidade de partidos, diversidade de ideias e de opiniões quase sempre oposta a dos seus habitantes. Ainda não acabamos de viver as ideias que estão na cabeça de cada moçambicano. Por isso, não me admira que ainda haja pessoas que de alguma maneira possam prever alguma desordem e alguma falta de paz nas nossas cidades”.
Dom Jaime Gonçalves, que falava a jornalistas, na Beira, durante as celebrações do 104º aniversário de elevação daquela urbe à categoria de cidade, acrescentou que, para a felicidade do país, os desejos bélicos de algumas lideranças não encontram espaço nas mentes dos moçambicanos, o que torna estes discursos vazios.
Fonte: «Jornal O País»
Sunday, August 21, 2011
Maiores Investimentos Industriais para Sul,E Investimentos de Agricultura para Norte?
O povo do norte de moçambique recebe e abraça com muita alegria a noticia de investimentos no sector agricola no norte de moçambique , nomeadamente Nampula, Zambezia, Cabo Delgado e Niassa cujo será feito com fundos vindos dos agricultores brasileiros.
Porém, é de salientar que percebe-se o desiquibrio de investimentos em Moçambique. Verifica-se as maiores investimentos tais como projectos indutrias têm sido direccionados para provincia do Maputo e cidade de maputo em particular.
O governo moçambicano se preoucupa muito quando for uma questão de establecer fazendas (machambas) no norte, infelizmente não se preoucupa em conquistar investidores para os gicantes projectos no norte como a tal refinaria de Nacala-a-Velha que até aqui está totalmente parado e quase abandonado por não ter investidores ou ascionistas. Tem se notado que os maiores projectos de investimentos tem se concentrado no sul do país principalmente na provincia do Maputo. Quando confrontados sobre esta questão os governantes moçambicanos afirmam que isso deve se o facto que Maputo é a capital.
Por exemplo no tremestre do ano 2011 $ 691, 704, 410 na ceidade de Maputo e provincia do Maputo contra apenas $6,831, 195. A distribuição de investimento é muito desiqilibrado em Moçambique e as provincias do norte são as mais desfavorecidas como mostra a tabela acima.
Verifica-se que os governantes moçambicanos se preocupam em transformar o norte de Moçambique como umna zona agricola quando o sul avança nas áreas de habitação e de grande industrias.
Esta má distribuição de investimentos preoucupa aos cidadãos do norte de Moçambique os quais estão serm saber com quem reclamar ficando apenas a lamentar sobre a situação.
Esperamos que o governo de moçambique venha a procurar os investidores para o projecto de refinaria de Nacal-a-Velha na Porvincia do Nampula. Produzimos o amendoin sim, mas também precisamos de industrias nas terras do norte.
Paz!!!!
Friday, August 19, 2011
Renamo de mãos dadas com Pio Matos
O assunto da renúncia de Pio Matos, Presidente do Concelho Municipal de Quelimane, amainou um pouco nos últimos dias. Alguns órgãos de comunicação social já não priorizam o assunto como destaque. Enquanto isso, os círculos de opinião na cidade de Quelimane não se cansam em saber donde veio esta informação de que Pio Matos estava em vias de renunciar mandato.
O jornal Diário da Zambézia (DZ) tem-se desdobrado em ouvir diversas sensibilidades em volta deste caso. Mesmo no seio do partido Frelimo, onde Matos é membro, as coisas não estão assim de maneiras a dizer Pio sai.
Há uma ala forte que defende a continuidade do edil de Quelimane, até ao fim do seu mandato. Isso porque, esta ala teme as consequências futuras, quando as eleições forem realizadas.
Esta quarta-feira, o DZ procurou ouvir duas pessoas membros da Assembleia Municipal de Quelimane (AMQ), todas da bancada da oposição. Por uma questão de protecção, os mesmos pediram para que não não fossem postos os seus nomes em hasta pública.
Ora, sabe-se que a bancada opositora na AMQ é a da Renamo. E é esta Renamo que segundo as duas pessoas que entrevistadas pelo DZ, dizem que em casos de a Assembleia Municipal de Quelimane receber a dita carta de renúncia, a bancada da Renamo vai chumbar esta renúncia.
“Não vamos deixar passar esta proposta, porque se a Frelimo soubesse que Pio é mau gestor não iria lhe deixar concorrer para o terceiro mandato.” - disse um dos entrevistados.
Num outro passo, o outro entrevistado disse que mesmo que a Frelimo queira usar a ditadura de voto, a Renamo não vai deixar o assunto passar.
Quando questionados o porquê deste posicionamento da bancada da Renamo face a este cenário, os entrevistados foram unânimes em afirmar que a própria Frelimo sabia que Pio não era um bom homem, então quiseram que ele ficasse no poder e agora já que não está a servir os seus interesses querem-no mandar embora. “Isso não é justo e não iremos facilitar nenhum voto” - disseram os interlocutores.
Mas porquê essa aliança?
Uns entendem que essa aliança trará ganhos políticos caso a Frelimo avance mesmo com a retirada compulsiva de Pio Matos do poder. Isto porque de acordo com os entendidos desta matéria, se a Renamo vota contra a renúncia, estará assim a ganhar confiança e a mostrar a opinião pública que afinal, o erro partiu da própria Frelimo que tanto defendeu combate cerrado conta a corrupção, mas que na verdade este combate não é reflectido.
E não só isso, a Renamo, sabendo que goza de alguma simpatia no seio de alguns munícipes, ai estará a dizer também que a única força capaz de governar o município já não é a Frelimo, mas sim uma outra.
E então, será que a Frelimo vai avançar com a ideia de mandar renunciar os presidentes dos Concelhos Municipais? Esta é a pergunta que o DZ deixa no ar.
Fonte: DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 18.08.2011
O jornal Diário da Zambézia (DZ) tem-se desdobrado em ouvir diversas sensibilidades em volta deste caso. Mesmo no seio do partido Frelimo, onde Matos é membro, as coisas não estão assim de maneiras a dizer Pio sai.
Há uma ala forte que defende a continuidade do edil de Quelimane, até ao fim do seu mandato. Isso porque, esta ala teme as consequências futuras, quando as eleições forem realizadas.
Esta quarta-feira, o DZ procurou ouvir duas pessoas membros da Assembleia Municipal de Quelimane (AMQ), todas da bancada da oposição. Por uma questão de protecção, os mesmos pediram para que não não fossem postos os seus nomes em hasta pública.
Ora, sabe-se que a bancada opositora na AMQ é a da Renamo. E é esta Renamo que segundo as duas pessoas que entrevistadas pelo DZ, dizem que em casos de a Assembleia Municipal de Quelimane receber a dita carta de renúncia, a bancada da Renamo vai chumbar esta renúncia.
“Não vamos deixar passar esta proposta, porque se a Frelimo soubesse que Pio é mau gestor não iria lhe deixar concorrer para o terceiro mandato.” - disse um dos entrevistados.
Num outro passo, o outro entrevistado disse que mesmo que a Frelimo queira usar a ditadura de voto, a Renamo não vai deixar o assunto passar.
Quando questionados o porquê deste posicionamento da bancada da Renamo face a este cenário, os entrevistados foram unânimes em afirmar que a própria Frelimo sabia que Pio não era um bom homem, então quiseram que ele ficasse no poder e agora já que não está a servir os seus interesses querem-no mandar embora. “Isso não é justo e não iremos facilitar nenhum voto” - disseram os interlocutores.
Mas porquê essa aliança?
Uns entendem que essa aliança trará ganhos políticos caso a Frelimo avance mesmo com a retirada compulsiva de Pio Matos do poder. Isto porque de acordo com os entendidos desta matéria, se a Renamo vota contra a renúncia, estará assim a ganhar confiança e a mostrar a opinião pública que afinal, o erro partiu da própria Frelimo que tanto defendeu combate cerrado conta a corrupção, mas que na verdade este combate não é reflectido.
E não só isso, a Renamo, sabendo que goza de alguma simpatia no seio de alguns munícipes, ai estará a dizer também que a única força capaz de governar o município já não é a Frelimo, mas sim uma outra.
E então, será que a Frelimo vai avançar com a ideia de mandar renunciar os presidentes dos Concelhos Municipais? Esta é a pergunta que o DZ deixa no ar.
Fonte: DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 18.08.2011
Vice-Presidente do Brasil abre conferência sobre combate à pobreza em Moçambique
19/08/2011
O vice-presidente da República, Michel Temer, vai proceder hoje a abertura da Conferência Brasil Moçambique que tem como tema central no combate à pobreza e à fome através do desenvolvimento agropecuário.
Um dos objetivos da conferência, que decorrerá na cidade de Uberaba, no Estado de Minas Gerais, é discutir o intercâmbio de projectos entre os dois países, como informa o representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, o moçambicano Hélder Muteia.
Segundo Muteia, o Brasil tem modelos de sucesso no combate à fome que englobam toda a cadeira produtiva e, desde que adaptados à realidade de Moçambique, podem efectivamente contribuir para reduzir a fome. Entre eles, figuram os programas Pró-Savana, Mais Alimentos e Povoação Bovina, que se destinam, respectivamente, à pesquisa e transferência de tecnologia para o desenvolvimento agrícola; financiamento para aquisição de maquinaria, e o melhoramento genético do gado.
O evento, que é uma realização da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Moçambique, tem o apoio do deputado Paulo Piau, segundo o qual o vice-presidente Temer, além de confirmar a sua presença em Uberaba, entende a importância do intercâmbio de informações e tecnologias entre os dois países.
O jornal “Folha de S.Paulo” noticiou no passado Domingo, 14, que o governo moçambicano vai conceder consideráveis extensões de terras a agricultores brasileiros para o plantio de soja, milho e algodão.
"Os agricultores brasileiros têm experiência acumulada que é muito bem-vinda. Queremos repetir em Moçambique o que fizeram no cerrado há 30 anos", disse o ministro da Agricultura moçambicano, José Pacheco, em declarações ao jornal paulista.
Com base nessa notícia, Moçambique colocou à disposição do Brasil 6 milhões de hectares em quatro estados do norte do país, para explorá-las em regime de concessão por 50 anos, mediante o pagamento de imposto de 37,5 Meticais ( 21 Reais) ao ano por hectare.
A condição imposta pelo Governo moçambicano para a concessão dessas terras é que seja contratada no país pelo menos 90% da mão-de-obra.
Moçambique também vai dar outras facilidades aos brasileiros, como isenção de impostos para a importação de máquinas e equipamentos agrícolas.
Segundo ainda a "Folha de S.Paulo", a primeira leva de 40 agricultores brasileiros vai viajar em setembro a Moçambique para se implantar em terras das províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambezi
Fonte: RM
O vice-presidente da República, Michel Temer, vai proceder hoje a abertura da Conferência Brasil Moçambique que tem como tema central no combate à pobreza e à fome através do desenvolvimento agropecuário.
Um dos objetivos da conferência, que decorrerá na cidade de Uberaba, no Estado de Minas Gerais, é discutir o intercâmbio de projectos entre os dois países, como informa o representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, o moçambicano Hélder Muteia.
Segundo Muteia, o Brasil tem modelos de sucesso no combate à fome que englobam toda a cadeira produtiva e, desde que adaptados à realidade de Moçambique, podem efectivamente contribuir para reduzir a fome. Entre eles, figuram os programas Pró-Savana, Mais Alimentos e Povoação Bovina, que se destinam, respectivamente, à pesquisa e transferência de tecnologia para o desenvolvimento agrícola; financiamento para aquisição de maquinaria, e o melhoramento genético do gado.
O evento, que é uma realização da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Moçambique, tem o apoio do deputado Paulo Piau, segundo o qual o vice-presidente Temer, além de confirmar a sua presença em Uberaba, entende a importância do intercâmbio de informações e tecnologias entre os dois países.
O jornal “Folha de S.Paulo” noticiou no passado Domingo, 14, que o governo moçambicano vai conceder consideráveis extensões de terras a agricultores brasileiros para o plantio de soja, milho e algodão.
"Os agricultores brasileiros têm experiência acumulada que é muito bem-vinda. Queremos repetir em Moçambique o que fizeram no cerrado há 30 anos", disse o ministro da Agricultura moçambicano, José Pacheco, em declarações ao jornal paulista.
Com base nessa notícia, Moçambique colocou à disposição do Brasil 6 milhões de hectares em quatro estados do norte do país, para explorá-las em regime de concessão por 50 anos, mediante o pagamento de imposto de 37,5 Meticais ( 21 Reais) ao ano por hectare.
A condição imposta pelo Governo moçambicano para a concessão dessas terras é que seja contratada no país pelo menos 90% da mão-de-obra.
Moçambique também vai dar outras facilidades aos brasileiros, como isenção de impostos para a importação de máquinas e equipamentos agrícolas.
Segundo ainda a "Folha de S.Paulo", a primeira leva de 40 agricultores brasileiros vai viajar em setembro a Moçambique para se implantar em terras das províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambezi
Fonte: RM
ANGOLA TEM MEDO DE DEMOCRACIA
Sim!! Angola tem medo de democracia. A verdade é que a República de Angola com a sua liderança vitalícia tem medo da democracia. Até pode se dizer que tem medo de Moçambique. Sim, medo de Moçambique porque o Moçambique de hoje não é como o Moçambique de ontem.
A verdade é que a evolução que Moçambique deu na área de democracia cria condições de ameaças à dictatura Angolana. Por isso um jornalista moçambicano pode constituir uma ameaça à um regime vitalíco como o de Angola. O repatriamento dos jornalistas moçambicanos diz-nos isso.
Moçambique já podia servir como um exemple aos angolanos infelizmente a camada média angolana está totalmente com uma mente colonizada pelo seus controladores luandeses. Será que o povo de Angola não nota isso? È muito interessado. È muito interessante sendo Moçambique um país que fala a lingua Portugesa assim como Angola mas o processo democratíco em Moçambique dá vontade de participar eo de Angola torna seco cada vez mais? Onde estão os Seguidores da verdade do MPLA? lá que a UNITA ficou a ser música.
O MPLA é antidemocratico pois nunca ficou disposto a implementar democracia em Angola. A Frelimo é 10 vezes maior em termos de conceitos de democracia que o MPLA. A Frelimo é um partido dos moçambicanos assim como a Renamo, MDM com maduridade democratica suficiente. O povo moçambicano é democratoco e inteligente com uma visão para um Moçambique democratico e melhor.
Quem quer aprender democracia dentre os países da SADC como Angola? Quando tempo os Angolanos ficarão dormidos e com medo de democracia? A verdade é que os Ditadores Luandeses se entregarão. Os jornalistas moçambicanos não pararão de ir para Angola pois Angola é parte da SADC. Se Angola é parte da SADC porque é que tem medo de jornalistas moçambicanos?
Esta pergunta pesa nas cabeças daqueles angolanos com medo de democracia, como no caso do seu ditador JES.
Pena dos Angolanos!!!!!!
A verdade é que a evolução que Moçambique deu na área de democracia cria condições de ameaças à dictatura Angolana. Por isso um jornalista moçambicano pode constituir uma ameaça à um regime vitalíco como o de Angola. O repatriamento dos jornalistas moçambicanos diz-nos isso.
Moçambique já podia servir como um exemple aos angolanos infelizmente a camada média angolana está totalmente com uma mente colonizada pelo seus controladores luandeses. Será que o povo de Angola não nota isso? È muito interessado. È muito interessante sendo Moçambique um país que fala a lingua Portugesa assim como Angola mas o processo democratíco em Moçambique dá vontade de participar eo de Angola torna seco cada vez mais? Onde estão os Seguidores da verdade do MPLA? lá que a UNITA ficou a ser música.
O MPLA é antidemocratico pois nunca ficou disposto a implementar democracia em Angola. A Frelimo é 10 vezes maior em termos de conceitos de democracia que o MPLA. A Frelimo é um partido dos moçambicanos assim como a Renamo, MDM com maduridade democratica suficiente. O povo moçambicano é democratoco e inteligente com uma visão para um Moçambique democratico e melhor.
Quem quer aprender democracia dentre os países da SADC como Angola? Quando tempo os Angolanos ficarão dormidos e com medo de democracia? A verdade é que os Ditadores Luandeses se entregarão. Os jornalistas moçambicanos não pararão de ir para Angola pois Angola é parte da SADC. Se Angola é parte da SADC porque é que tem medo de jornalistas moçambicanos?
Esta pergunta pesa nas cabeças daqueles angolanos com medo de democracia, como no caso do seu ditador JES.
Pena dos Angolanos!!!!!!
Thursday, August 18, 2011
SADC NAS MÃOS DO DITADOR "JES"- ANGOLA
É difícil compreenderuma organização como a SADC pode estar desposta a discutir assuntos relacionados à currupção e poder vitalício, quando a mesma é dirigida por um currupto e vitalício.
Não é certo afirmar que a SADC poderá propôr a discução de currupção e poder vitalício quando o Presidente desta organização agora indicado é ditador e currupto.
José Eduardo dos Santos é um dos homens infeil ao povo Angolano e Africano em geral.O senhor José Eduardo dos Santos não reune condições nem se quer capacidades de liderança para dirigir a SADC do nosso tempo. Como é que um individuo resistente à mudanças democraticas pode ser confiado? Como é que a eleição dum Presidente da SADC é feita? Qual é o metódo usado para essa eleição? será que esta organização é mesmo para resolver problemas do povo, ou apenas problemas dos Presidentes dos paises da SADC? Oque é que se passa com os nossos presidentes Africanos sobretudo da SADC? É triste, triste, triste.
Esta situação demonstra que a maioria dos Presidentes Africanos não são capazes de corrigir os seus amologos curruptos e ditactores e ao contrário optam por emula-los.É muito díficil de acreditar que um homem que nem se quer sabe definir a democracia seja indicado para dirigir uma organização como a SADC. Muitos Africanos com olhos de ver poderão concordar comigo que este não seria o momento para por no poder duma organização como aquela pessoa como josé Eduardo dos Santos.
No entanto é bom saber que esse tipo de liderançã nunca mais terá espaço na Africa, porque os Africanos já abriram os olhos e mesmo os Angolanos vão vencer um ditador como O José Eduardo dos Santos, como aconteceu com O Mubarack e como será também com Kadafi.
Assim, compreênde-se que a SADC é uma organização apenas de um punhado de pessoas africanas, pois se fosse uma organização duma determinada região da África que tem como objectivo resolver problemas que lidam o bem estar desse povo, Mr. JES não teria sido confiado para dirigir esta organização.
Com este tipo de comportamento tomado pelos Presidentes da SADC em confiar o Sr. JES a ser Líder da SADEC implica a insinceridade na implementação da democracia na região.
Viva A livre expressão!!!!!!
RAUL NOVINTE
Não é certo afirmar que a SADC poderá propôr a discução de currupção e poder vitalício quando o Presidente desta organização agora indicado é ditador e currupto.
José Eduardo dos Santos é um dos homens infeil ao povo Angolano e Africano em geral.O senhor José Eduardo dos Santos não reune condições nem se quer capacidades de liderança para dirigir a SADC do nosso tempo. Como é que um individuo resistente à mudanças democraticas pode ser confiado? Como é que a eleição dum Presidente da SADC é feita? Qual é o metódo usado para essa eleição? será que esta organização é mesmo para resolver problemas do povo, ou apenas problemas dos Presidentes dos paises da SADC? Oque é que se passa com os nossos presidentes Africanos sobretudo da SADC? É triste, triste, triste.
Esta situação demonstra que a maioria dos Presidentes Africanos não são capazes de corrigir os seus amologos curruptos e ditactores e ao contrário optam por emula-los.É muito díficil de acreditar que um homem que nem se quer sabe definir a democracia seja indicado para dirigir uma organização como a SADC. Muitos Africanos com olhos de ver poderão concordar comigo que este não seria o momento para por no poder duma organização como aquela pessoa como josé Eduardo dos Santos.
No entanto é bom saber que esse tipo de liderançã nunca mais terá espaço na Africa, porque os Africanos já abriram os olhos e mesmo os Angolanos vão vencer um ditador como O José Eduardo dos Santos, como aconteceu com O Mubarack e como será também com Kadafi.
Assim, compreênde-se que a SADC é uma organização apenas de um punhado de pessoas africanas, pois se fosse uma organização duma determinada região da África que tem como objectivo resolver problemas que lidam o bem estar desse povo, Mr. JES não teria sido confiado para dirigir esta organização.
Com este tipo de comportamento tomado pelos Presidentes da SADC em confiar o Sr. JES a ser Líder da SADEC implica a insinceridade na implementação da democracia na região.
Viva A livre expressão!!!!!!
RAUL NOVINTE
NO MALAWI ENCERRADOS BANCOS E NEGÓCIOS
Estabelecimentos comerciais e bancários encontram-se encerrados, desde as últimas horas da quarta-feira, face a receios do recrudescimento de violência em várias cidades do Malawi, onde populares exigem a demissão do Presidente malawiano, Bingu wa Mutharika, acusado de arruinar a economia daquele país vizinho.
Citando fontes malawianas, jornais sul-africanos escrevem que alguns grupos dos direitos humanos do Malawi anunciaram o adiamento dos protestos contra o Presidente, para avaliarem o próximo passo que deverão tomar nesta sua campanha tendente a afastar Mutharika do poder.
O “Sunday Times”, que se edita em Joanesburgo, reporta que por se recear “banho de sangue”, os estabelecimentos comerciais e bancários se encontram encerrados até à normalização da situação, que é dada tensa.
Grupos dos direitos humanos malawianos, que concordaram para que haja mediação pelas “Nações Unidas”, ameaçaram com mais protestos se Mutharika não abordar ao que chamaram de “elevados” níveis da pobreza e “aguda” escassez de combustíveis líquidos no país.
Disseram que irão mobilizar, nas próximas semanas, mais manifestações de protesto se Mutharika continuar a ignorar as suas exigências sobre a melhoria das condições de vida.
Até aqui, a polícia malawiana matou 19 pessoas e causou ferimentos em outras 58 em manifestações que se alastram há mais de um mês, agravando assim o clima de tensão, que obrigou aos doadores a suspenderem as suas ajudas.
Grupos dos direitos humanos exigem que o Presidente Mutharika declare a sua riqueza, resolva a carência de divisas e de combustíveis, situação que tem ofuscado sobremaneira a economia, bem como querem que restabeleça as relações diplomáticas com a Grã-Bretanha, ex-potência colonial e principal doador do Malawi.
Eles haviam definido Quarta-feira ultima como data limite para Mutrharika começar a dialogar com a oposição e grupos dos direitos humanos, prazo já adiado para uma data ainda não definida.
A polícia continua a controlar as principais ruas de várias cidades malawianas, onde a tensão é dada como preocupante.
Líderes oposicionistas apelaram, quarta-feira, para manifestações idênticas a protestos que afastaram os presidentes da Tunísia e do Egipto, nos princípios deste ano.
Fonte: AIM – 18.08.2011
Citando fontes malawianas, jornais sul-africanos escrevem que alguns grupos dos direitos humanos do Malawi anunciaram o adiamento dos protestos contra o Presidente, para avaliarem o próximo passo que deverão tomar nesta sua campanha tendente a afastar Mutharika do poder.
O “Sunday Times”, que se edita em Joanesburgo, reporta que por se recear “banho de sangue”, os estabelecimentos comerciais e bancários se encontram encerrados até à normalização da situação, que é dada tensa.
Grupos dos direitos humanos malawianos, que concordaram para que haja mediação pelas “Nações Unidas”, ameaçaram com mais protestos se Mutharika não abordar ao que chamaram de “elevados” níveis da pobreza e “aguda” escassez de combustíveis líquidos no país.
Disseram que irão mobilizar, nas próximas semanas, mais manifestações de protesto se Mutharika continuar a ignorar as suas exigências sobre a melhoria das condições de vida.
Até aqui, a polícia malawiana matou 19 pessoas e causou ferimentos em outras 58 em manifestações que se alastram há mais de um mês, agravando assim o clima de tensão, que obrigou aos doadores a suspenderem as suas ajudas.
Grupos dos direitos humanos exigem que o Presidente Mutharika declare a sua riqueza, resolva a carência de divisas e de combustíveis, situação que tem ofuscado sobremaneira a economia, bem como querem que restabeleça as relações diplomáticas com a Grã-Bretanha, ex-potência colonial e principal doador do Malawi.
Eles haviam definido Quarta-feira ultima como data limite para Mutrharika começar a dialogar com a oposição e grupos dos direitos humanos, prazo já adiado para uma data ainda não definida.
A polícia continua a controlar as principais ruas de várias cidades malawianas, onde a tensão é dada como preocupante.
Líderes oposicionistas apelaram, quarta-feira, para manifestações idênticas a protestos que afastaram os presidentes da Tunísia e do Egipto, nos princípios deste ano.
Fonte: AIM – 18.08.2011
Moçambique: Petrobras Biocombustível construirá fábrica de etanol em 2012
A brasileira Petrobras Biocombustível vai criar uma fábrica de etanol em Moçambique, virada exclusivamente para o mercado moçambicano, anunciou o presidente do grupo, Miguel Rossetto.
A iniciativa terá como parceira a Guarani, de São Paulo, subsidiária da Petrobras em Moçambique, que está a desenvolver projetos na área do açúcar.
Em junho, o governo moçambicano aprovou um regulamento que prevê que, a partir de 2012, os utentes de combustíveis em Moçambique sejam legalmente obrigados a ter no depósito, no mínimo, 10% de etanol e 90% de gasolina, bem como 3% de biodiesel e 97% de diesel fóssil.
A obrigatoriedade da mistura de combustíveis fósseis e biocombustíveis a partir do próximo ano poderá permitir ao executivo moçambicano poupar mais de 15 milhões de euros por ano.
Autor/fonte: Cargo News
Cimpor passa a ser dona da Cimentos de Nacala
17/08/2011
A Cimpor chegou a acordo no início de Julho para adquirir os 49% que ainda não detinha na moçambicana CINAC - Cimentos de Nacala, anunciou hoje o presidente executivo da cimenteira portuguesa, que passa assim a deter a totalidade do capital da empresa que é detentora de uma moagem de cimento, terrenos e pedreiras de calcário.
A Cimpor tinha adquirido 51% do capital da CINAC à sua accionista Camargo Corrêa, numa operação finalizada no primeiro semestre deste ano, pelos quais pagou 6,4 milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros).
O acordo para a aquisição dos restantes 49% prevê uma parte do pagamento em dinheiro, que o CEO da Cimpor não revelou, e outra parte em troca de acções.
O grupo moçambicano Insitec passa a ter uma participação de 1% na Cimentos de Moçambique.
Em Moçambique, a Cimpor tem actualmente uma quota de mercado da ordem dos 80%, tendo este mercado atingido um volume de negócios para o grupo no primeiro semestre deste ano de 47,5 milhões de euros.
Fonte: RM
A Cimpor chegou a acordo no início de Julho para adquirir os 49% que ainda não detinha na moçambicana CINAC - Cimentos de Nacala, anunciou hoje o presidente executivo da cimenteira portuguesa, que passa assim a deter a totalidade do capital da empresa que é detentora de uma moagem de cimento, terrenos e pedreiras de calcário.
A Cimpor tinha adquirido 51% do capital da CINAC à sua accionista Camargo Corrêa, numa operação finalizada no primeiro semestre deste ano, pelos quais pagou 6,4 milhões de dólares (cerca de 4,5 milhões de euros).
O acordo para a aquisição dos restantes 49% prevê uma parte do pagamento em dinheiro, que o CEO da Cimpor não revelou, e outra parte em troca de acções.
O grupo moçambicano Insitec passa a ter uma participação de 1% na Cimentos de Moçambique.
Em Moçambique, a Cimpor tem actualmente uma quota de mercado da ordem dos 80%, tendo este mercado atingido um volume de negócios para o grupo no primeiro semestre deste ano de 47,5 milhões de euros.
Fonte: RM
Investimento português cria primeiro complexo turístico em Nacala-a-Velha
17/08/2011
Um investidor português, residente no Malawi, Fernando Pecas, vai construir o primeiro complexo turístico de Nacala-a-Velha, no norte de Moçambique, onde se situa o terceiro porto do país, anunciou hoje (quarta-feira) o empresário à Lusa.
O empreendimento, denominado Complexo Coimbra, integra uma infra-estrutura hoteleira, com 50 quartos, restaurante-bar, sala de conferências com capacidade para 120 pessoas e um campo golfe.
As obras começaram na semana passada, devendo terminar em 2012.
Fernando Pecas disse que decorrem neste momento contactos com outros parceiros para obtenção de um fundo adicional para a transformação de água, porquanto a região debate-se com sérios problemas de abastecimento para o consumo interno e das comunidades circunvizinhas.
Para o administrador do distrito, Daniel Francisco Chapo, a iniciativa vai impulsionar o desenvolvimento sócio-económico naquela região.
"O Governo tem conjugado esforços com o sector privado no sentido deste dotar o distrito de hotéis ou estâncias turísticas de boa qualidade, portanto adequadas ao seu estatuto de Zona Económica Especial". Afirmou Chapo.
Com uma área de 1.720 quilómetros quadrados e uma população estimada em 90 mil habitantes, o distrito de Nacala-a-Velha não possui nenhuma estância turística considerada de qualidade, embora esteja contemplado na segunda fase do Projecto Capulana.
O projecto foi introduzido pelo Ministério do Turismo e que consiste na construção de hotéis de três estrelas no distrito.
Fonte: RM
Um investidor português, residente no Malawi, Fernando Pecas, vai construir o primeiro complexo turístico de Nacala-a-Velha, no norte de Moçambique, onde se situa o terceiro porto do país, anunciou hoje (quarta-feira) o empresário à Lusa.
O empreendimento, denominado Complexo Coimbra, integra uma infra-estrutura hoteleira, com 50 quartos, restaurante-bar, sala de conferências com capacidade para 120 pessoas e um campo golfe.
As obras começaram na semana passada, devendo terminar em 2012.
Fernando Pecas disse que decorrem neste momento contactos com outros parceiros para obtenção de um fundo adicional para a transformação de água, porquanto a região debate-se com sérios problemas de abastecimento para o consumo interno e das comunidades circunvizinhas.
Para o administrador do distrito, Daniel Francisco Chapo, a iniciativa vai impulsionar o desenvolvimento sócio-económico naquela região.
"O Governo tem conjugado esforços com o sector privado no sentido deste dotar o distrito de hotéis ou estâncias turísticas de boa qualidade, portanto adequadas ao seu estatuto de Zona Económica Especial". Afirmou Chapo.
Com uma área de 1.720 quilómetros quadrados e uma população estimada em 90 mil habitantes, o distrito de Nacala-a-Velha não possui nenhuma estância turística considerada de qualidade, embora esteja contemplado na segunda fase do Projecto Capulana.
O projecto foi introduzido pelo Ministério do Turismo e que consiste na construção de hotéis de três estrelas no distrito.
Fonte: RM
Município de Pemba: Sadique Yacub formaliza renúncia
O PRESIDENTE do Conselho Municipal da Cidade de Pemba, Sadique Yacub, acaba de apresentar, à Assembleia Municipal local, o pedido de renúncia do exercício daquelas funções, para as quais foi eleito em Outubro de 2008.
Maputo, Quinta-Feira, 18 de Agosto de 2011:: Notícias
A formalização do pedido foi feita terça-feira última, durante os trabalhos da XIII sessão plenária do órgão legislativo, tendo o demissionário alegado razões de saúde para abandonar a presidência deste município.
Na sequência, a Assembleia Municipal de Pemba deliberou aceitar e remeter às entidades de tutela para os procedimentos subsequentes, apesar do sentimento de tristeza que deixou nos seus colegas do governo autárquico e membros do órgão deliberativo, que afirmaram se sentir órfãos de um companheiro que os deixa a meio caminho do mandato.
Sadique Yacub, justifica a sua posição em carta 048/GP/CMP/2011, de 10 de Agosto corrente, na qual refere estar a padecer de diabetes, doença que nos últimos dias se veio a juntar-se à hipertensão arterial, o que não lhe permite estar em plenas funções.
A assembleia “gelou” quando se confirmou o que já vinha sendo falado nos bastidores e, tempo depois, alguns membros subiram ao pódio para manifestar a sua indignação, como foi o caso de Marcos Muandumbe, da bancada da Frelimo, para quem o acto que acabava de presenciar constituiu uma autêntica surpresa.
“Mas tratando-se duma situação de saúde, nada podemos fazer, apenas saudá-lo pela coragem que pôde reunir, pois não são muitos que assim agem”, disse a fonte.
Para Albertino Nema, outro membro da bancada maioritária, seria necessário avaliar muito bem as causas que o levaram a decidir pela cessação de funções, tudo porque a justificativa para o efeito carece de um acompanhamento de documento médico, confirmando a sua incapacidade física.
“Devíamos analisar este assunto com cuidado. Por isso eu pediria tempo para encontrar a forma viável de lidar com o assunto. Temos que avaliar o que está por detrás deste pedido de renúncia numa altura em que cada vez mais a cidade de Pemba precisa dele” disse Nema.
Para o chefe da bancada da Renamo, Mussa Incacha, a posição de Sadique Yacub só se pode aceitar por evocar o estado da sua saúde, sem o que haveria lugar para mantê-lo no lugar, por deliberação da assembleia, ainda que isso fosse mais ousado.
“Trata-se de um assunto sensível e custa deixar sair um homem com vontade de fazer as coisas, mas não podemos preferir ter um presidente doente, a saúde está em primeiro lugar”disse Incacha, antes de abraçar o edil demissionário.
Por seu turno, o presidente da assembleia Municipal, Vasco Pereira, pediu aos seus colegas para acarinhá-lo, pois está a sair muito bem, por uma razão que não se pode contornar, a saúde.
A Assembleia Municipal, acabou adoptando uma resolução, que antes da sua aprovação, Sadique Yacub tratou de corrigir a sua redacção, alegadamente por conter palavras ou expressões que não constam da sua carta, criando azo a más ou diferentes interpretações, nomeadamente, renúncia e incapacidade física.
Fonte: Moç/Todos
Maputo, Quinta-Feira, 18 de Agosto de 2011:: Notícias
A formalização do pedido foi feita terça-feira última, durante os trabalhos da XIII sessão plenária do órgão legislativo, tendo o demissionário alegado razões de saúde para abandonar a presidência deste município.
Na sequência, a Assembleia Municipal de Pemba deliberou aceitar e remeter às entidades de tutela para os procedimentos subsequentes, apesar do sentimento de tristeza que deixou nos seus colegas do governo autárquico e membros do órgão deliberativo, que afirmaram se sentir órfãos de um companheiro que os deixa a meio caminho do mandato.
Sadique Yacub, justifica a sua posição em carta 048/GP/CMP/2011, de 10 de Agosto corrente, na qual refere estar a padecer de diabetes, doença que nos últimos dias se veio a juntar-se à hipertensão arterial, o que não lhe permite estar em plenas funções.
A assembleia “gelou” quando se confirmou o que já vinha sendo falado nos bastidores e, tempo depois, alguns membros subiram ao pódio para manifestar a sua indignação, como foi o caso de Marcos Muandumbe, da bancada da Frelimo, para quem o acto que acabava de presenciar constituiu uma autêntica surpresa.
“Mas tratando-se duma situação de saúde, nada podemos fazer, apenas saudá-lo pela coragem que pôde reunir, pois não são muitos que assim agem”, disse a fonte.
Para Albertino Nema, outro membro da bancada maioritária, seria necessário avaliar muito bem as causas que o levaram a decidir pela cessação de funções, tudo porque a justificativa para o efeito carece de um acompanhamento de documento médico, confirmando a sua incapacidade física.
“Devíamos analisar este assunto com cuidado. Por isso eu pediria tempo para encontrar a forma viável de lidar com o assunto. Temos que avaliar o que está por detrás deste pedido de renúncia numa altura em que cada vez mais a cidade de Pemba precisa dele” disse Nema.
Para o chefe da bancada da Renamo, Mussa Incacha, a posição de Sadique Yacub só se pode aceitar por evocar o estado da sua saúde, sem o que haveria lugar para mantê-lo no lugar, por deliberação da assembleia, ainda que isso fosse mais ousado.
“Trata-se de um assunto sensível e custa deixar sair um homem com vontade de fazer as coisas, mas não podemos preferir ter um presidente doente, a saúde está em primeiro lugar”disse Incacha, antes de abraçar o edil demissionário.
Por seu turno, o presidente da assembleia Municipal, Vasco Pereira, pediu aos seus colegas para acarinhá-lo, pois está a sair muito bem, por uma razão que não se pode contornar, a saúde.
A Assembleia Municipal, acabou adoptando uma resolução, que antes da sua aprovação, Sadique Yacub tratou de corrigir a sua redacção, alegadamente por conter palavras ou expressões que não constam da sua carta, criando azo a más ou diferentes interpretações, nomeadamente, renúncia e incapacidade física.
Fonte: Moç/Todos
Wednesday, August 17, 2011
Governo líbio e rebeldes mantêm conversações secretas na Tunísia
Para alguns analistas, estas negociações representam uma última oportunidade e poderão, em caso de um desfecho positivo, permitir a aceleração da resolução da crise na Líbia.
O emissário do secretário-geral das Nações Unidas para a Líbia, Abdel Ilah Khatib, juntou-se segunda-feira (15) às negociações secretas que agrupam, desde o fim de semana, na ilha de Djerba, no sul da Tunísia, representantes das autoridades líbias e da oposição armada dirigida pelo Conselho Nacional de Transição (CNT), soube-se de fontes concordantes em Túnis.
Estas discussões realizam-se numa altura em que os grupos armados líbios concretizaram importantes avanços no terreno dos confrontos, em particular na frente oeste, nomeadamente com a sua entrada na cidade de Zaouia, a 50 quilómetros a oeste de Tripoli, bem como a tomada das cidades de Garyane e de Sorman, segundo informações divulgadas pela imprensa.
Para alguns analistas, estas negociações representam uma última oportunidade e poderão, em caso de um desfecho positivo, permitir a aceleração da resolução da crise na Líbia.
Relatos da imprensa deram igualmente conta da presença, na ilha de Djerba, de responsáveis sul-africanos, visto que o presidente da África do Sul Jacob Zuma é membro do Comité ad Hoc da União Africana (UA) para a resolução da crise líbia.
Além dos imperativos da realidade da correlação de forças no terreno entre os dois protagonistas, os observadores afirmam que as discussões de Djerba vão apoiar-se numa síntese entre a iniciativa de paz da UA e o plano de paz do emissário do secretário-geral da ONU que convergem em vários pontos, nomeadamente o estabelecimento de um cessar-fogo e a instalação de uma autoridade de transição com vista a satisfazer as aspirações do povo líbio.
De qualquer modo, para os analistas que acompanham a evolução da crise líbia, vários sinais deixam acreditar que a contagem decrescente começou e que uma solução será encontrada nos próximos dias, entre uma solução política negociada graças às discussões em curso ou militar, tendo em conta as mudanças rápidas que ocorrem nas frentes de combate.
Fonte: AFRICA21 – 16.08.2011
O emissário do secretário-geral das Nações Unidas para a Líbia, Abdel Ilah Khatib, juntou-se segunda-feira (15) às negociações secretas que agrupam, desde o fim de semana, na ilha de Djerba, no sul da Tunísia, representantes das autoridades líbias e da oposição armada dirigida pelo Conselho Nacional de Transição (CNT), soube-se de fontes concordantes em Túnis.
Estas discussões realizam-se numa altura em que os grupos armados líbios concretizaram importantes avanços no terreno dos confrontos, em particular na frente oeste, nomeadamente com a sua entrada na cidade de Zaouia, a 50 quilómetros a oeste de Tripoli, bem como a tomada das cidades de Garyane e de Sorman, segundo informações divulgadas pela imprensa.
Para alguns analistas, estas negociações representam uma última oportunidade e poderão, em caso de um desfecho positivo, permitir a aceleração da resolução da crise na Líbia.
Relatos da imprensa deram igualmente conta da presença, na ilha de Djerba, de responsáveis sul-africanos, visto que o presidente da África do Sul Jacob Zuma é membro do Comité ad Hoc da União Africana (UA) para a resolução da crise líbia.
Além dos imperativos da realidade da correlação de forças no terreno entre os dois protagonistas, os observadores afirmam que as discussões de Djerba vão apoiar-se numa síntese entre a iniciativa de paz da UA e o plano de paz do emissário do secretário-geral da ONU que convergem em vários pontos, nomeadamente o estabelecimento de um cessar-fogo e a instalação de uma autoridade de transição com vista a satisfazer as aspirações do povo líbio.
De qualquer modo, para os analistas que acompanham a evolução da crise líbia, vários sinais deixam acreditar que a contagem decrescente começou e que uma solução será encontrada nos próximos dias, entre uma solução política negociada graças às discussões em curso ou militar, tendo em conta as mudanças rápidas que ocorrem nas frentes de combate.
Fonte: AFRICA21 – 16.08.2011
Wednesday, August 10, 2011
Moçambique deverá aceder a créditos não concessionais da China
Armando Guebuza na China.
A entrada do Banco de Desenvolvimento da China, CDB, vai trazer uma nova perspectiva na abordagem do sector privado e na canalização de financiamentos para o investimento público.
A China deverá alargar as formas de financiar Moçambique nos seus programas de desenvolvimento e combate à pobreza, com a inclusão deste país africano na lista dos beneficiários dos fundos do Banco de Desenvolvimento da China (CDB). “A nova fase implica a obtenção de créditos comerciais da China, na base de ganhos mútuos, porque, até aqui, muitos projectos em curso em Moçambique resultaram de créditos concessionais”, disse, ontem, em Beijing, fonte diplomática moçambicana.
A fonte, citada pela AIM, comentava sobre os resultados da reunião da IV Sessão da Comissão Mista Moçambique e China, que antecedeu a visita de Estado, de seis dias, que o Presidente Armando Guebuza efectua àquele país asiático, desde ontem. Com efeito, a questão do CDB poderá fazer parte dos cerca de 12 acordos ou memorandos de entendimento que serão rubricados durante a presente visita de Estado.
A referida Comissão Mista tinha em vista, entre outras questões, preparar acordos que, por si, significam um verdadeiro recorde no que respeita ao número de instrumentos assinados numa única visita oficial entre ambos os países.
Até aqui, os créditos concessionais são cedidos, a nível governamental, através do Banco de Exportação e Importação da China, o EximBank, como é o caso do financiamento ao “novo” Aeroporto Internacional de Maputo, cujas obras ainda estão em curso.
O CDB é um banco líder em questões de crédito comercial, mas numa base de “ganhos mútuos”. A instituição financeira tem cerca de 700 biliões de dólares americanos aplicados fora da China, segundo dados avançados à imprensa moçambicana, em Beijing.
O actual objectivo de Moçambique é conseguir parte desse dinheiro para alimentar os seus projectos de desenvolvimento. Para o efeito, o Presidente Guebuza teve um encontro com o presidente deste banco, Chen Yuan.
Crédito comercial tratado por comissão sino-moçambicana
A vice-ministra para a Planificação e Desenvolvimento, Amélia Nakhare, confirmou que o assunto do CDB foi tratado a nível da Comissão Mista Moçambique e China.
Segundo a fonte, a entrada do CDB vai, certamente, trazer uma nova perspectiva na abordagem do sector privado e na canalização de financiamentos para o investimento público. Ela disse haver um espaço aberto para a entrada do CBD em Moçambique, para que mais projectos de desenvolvimento avancem sem sobressaltos.
A vice-ministra não avançou os montantes pretendidos por Moçambique para o próximo triénio, via CDB, mas frisou que “há um espaço aberto para que efectivamente os investimentos ocorram”.
Fonte: «Jornal O País»
Tuesday, August 9, 2011
Armando Guebuza na China à procura de financiamento
As tradicionais fontes de financiamento fecharam-se com a crise.
Em Pequim, o Presidente da República vai procurar dinheiro para financiar a construção de infra-estruturas vitais para o nosso país, nomeadamente, a barragem de Mpanda N’kuwa, a espinha dorsal Tete-Maputo de transporte de energia eléctrica e quiçá a ponte Maputo-Ka Tembe
Com o Ocidente abalado pela crise financeira, a China tornou-se, em definitivo, o país da moda para obter dinheiro mais barato, mais rápido e sem pré-condicionalismos.
O gigante socialista é um dos destinos mais visitados pelos altos dirigentes moçambicanos - esta é a terceira visita do Chefe de Estado e há duas já realizadas pelo actual primeiro-ministro, Aires Ali.
O governo moçambicano elegeu 26 projectos com o selo de “prioritários” para o quinquénio 2009-2013, e está a tentar convencer a China a financiá-los na totalidade dos seus 2 076 biliões de dólares americanos.
Alguns desses projectos já foram viabilizados quase sem juros. São os casos da segunda fase da reabilitação e modernização do Aeroporto Internacional de Maputo (104.7 milhões USD) e a construção de infra-estruturas desportivas – leia-se Estádio Nacional e seus projectos adjacentes (50.2 milhões USD). A estes projectos acrescentam-se pequenos financiamentos à educação e concessão de 72 autocarros para o transporte público de passageiros. Mas a fatia mais importante dos projectos ficou em stand by, ou seja, o governo chinês ainda não deu o seu “sim”. No fundo, é isto que leva Guebuza à China a convite do seu homólogo Hu Jintão, é a necessidade de desbloquear financiamentos para alimentar a economia perante as incertezas levantadas pelos principais investidores no país face à crise financeira.
Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»
Frelimo força presidentes de municípios a renunciar aos cargos
Suposta gestão danosa nas autarquias e conflitos com o partido.
Quatro outros edis poderão renunciar aos mandatos nos próximos dias. Trata-se de Pio Matos, de Quelimane; Sadique Yacub, de Pemba; Jorge Macuácua, de Chókwè; e Alberto Chicuamba, da Vila da Manhiça.
Pela primeira vez na República de Moçambique, um edil renuncia ao seu cargo. Trata-se do presidente do município de Cuamba, Arnaldo Maloa, que ontem confirmou ter apresentado uma carta à Assembleia Municipal, no passado dia 1 de Agosto, na qual renuncia ao cargo de edil daquela que é a mais “vibrante” cidade da província do Niassa.
Ao que “O País” apurou, o “convite” para apresentação de cartas de renúncia foi feito pela direcção central do partido Frelimo, na sequência de denúncias das estruturas locais contra os edis de Cuamba, Pemba, Chókwè, Quelimane e Manhiça.
As estruturas de base do partido acusam os referidos edis de protagonizarem uma gestão danosa dos fundos, para além de, reiteradamente, ignorarem as decisões e recomendações do partido a nível local.
Aliás, sabe-se que aos convites à renúncia, segue-se o relatório de uma equipa mandatada pela Comissão Política aos referidos municípios para aferir a veracidade dos factos relatados.
Para evitar uma humilhação e um possível aproveitamento político por parte da oposição, a Frelimo, ao invés de esperar por uma sindicância do governo, que podia culminar com uma eventual perda de mandato, o partido terá “aconselhado” os autarcas a escreverem cartas de renúncia e submetê-las à Assembleia Municipal respectiva.
Com efeito, Arnaldo Maloa foi o primeiro a acatar a recomendação e, no passado dia 1 de Agosto, submeteu a respectiva carta de renúncia à Assembleia Municipal de Cuamba, alegando motivos de força maior mais concretamente a necessidade de dar continuidade aos estudos, em virtude de ter tido acesso a uma oportunidade única e inadiável.
“Deve-se a uma situação profissional poderosa. Ganhei uma bolsa para estudar e a lei orgânica prevê que quando é assim, normalmente, o edil tem que fazer a interrupção e colocar à disposição o cargo”, disse Maloa quando contactado pelo “O País” para explicar as razões de fundo que o levam a abandonar o Município de Cuamba, ao qual jurou dedicar as suas forças durante cinco anos.
Sadique acusa partido
Ainda na zona Norte do país, mas desta feita da província de Cabo Delgado, um outro edil terá recebido o convite de renúncia ao cargo.
Trata-se de Sadique Yacub, edil da cidade de Pemba. A sua relação azeda com o partido Frelimo a nível da cidade e província chegou a transbordar para as páginas dos jornais.
Em entrevista ao nosso jornal do dia 26 de Fevereiro do ano passado, este edil acusou claramente os “camaradas” de lhe fazerem vida negra. Disse estar a ser alvo de uma campanha de perseguição orquestrada pelos seus companheiros de partido, alegadamente, por estar a fazer cumprir a lei de terras no concernente à atribuição dos Títulos de Uso e Aproveitamento de Terras.
Fonte: Opaís Online
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