19/08/2011
O vice-presidente da República, Michel Temer, vai proceder hoje a abertura da Conferência Brasil Moçambique que tem como tema central no combate à pobreza e à fome através do desenvolvimento agropecuário.
Um dos objetivos da conferência, que decorrerá na cidade de Uberaba, no Estado de Minas Gerais, é discutir o intercâmbio de projectos entre os dois países, como informa o representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, o moçambicano Hélder Muteia.
Segundo Muteia, o Brasil tem modelos de sucesso no combate à fome que englobam toda a cadeira produtiva e, desde que adaptados à realidade de Moçambique, podem efectivamente contribuir para reduzir a fome. Entre eles, figuram os programas Pró-Savana, Mais Alimentos e Povoação Bovina, que se destinam, respectivamente, à pesquisa e transferência de tecnologia para o desenvolvimento agrícola; financiamento para aquisição de maquinaria, e o melhoramento genético do gado.
O evento, que é uma realização da Câmara de Comércio e Indústria Brasil Moçambique, tem o apoio do deputado Paulo Piau, segundo o qual o vice-presidente Temer, além de confirmar a sua presença em Uberaba, entende a importância do intercâmbio de informações e tecnologias entre os dois países.
O jornal “Folha de S.Paulo” noticiou no passado Domingo, 14, que o governo moçambicano vai conceder consideráveis extensões de terras a agricultores brasileiros para o plantio de soja, milho e algodão.
"Os agricultores brasileiros têm experiência acumulada que é muito bem-vinda. Queremos repetir em Moçambique o que fizeram no cerrado há 30 anos", disse o ministro da Agricultura moçambicano, José Pacheco, em declarações ao jornal paulista.
Com base nessa notícia, Moçambique colocou à disposição do Brasil 6 milhões de hectares em quatro estados do norte do país, para explorá-las em regime de concessão por 50 anos, mediante o pagamento de imposto de 37,5 Meticais ( 21 Reais) ao ano por hectare.
A condição imposta pelo Governo moçambicano para a concessão dessas terras é que seja contratada no país pelo menos 90% da mão-de-obra.
Moçambique também vai dar outras facilidades aos brasileiros, como isenção de impostos para a importação de máquinas e equipamentos agrícolas.
Segundo ainda a "Folha de S.Paulo", a primeira leva de 40 agricultores brasileiros vai viajar em setembro a Moçambique para se implantar em terras das províncias de Niassa, Cabo Delgado, Nampula e Zambezi
Fonte: RM
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