BLOG DEDICADO À PROVINCIA DE NAMPULA- CONTRIBUINDO PARA UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA EM MOCAMBIQUE

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ALL MENKIND WERE CREATED BY GOD AND ARE IQUAL BEFORE GOD, AND THERE IS WISDOM FROM GOD FOR ALL

Friday, July 6, 2012

Dhlakama convida jovens a prepararem-se para o substituírem na liderança da Renamo

Em Conselho Nacional que decorre desde ontem. No encontro, a deputada Lúcia Afate chamou atenção aos presentes para reflectirem sobre as eleições autárquicas e criticou a Renamo por excluir-se das intercalares. A intervenção foi ovacionada. Em discurso de abertura da primeira sessão ordinária do Conselho Nacional da Renamo, alargada aos delegados políticos provinciais, que decorre desde ontem em Nampula, o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, direccionou a sua mensagem à juventude, instado os jovens que fazem parte das fileiras daquela formação política e outros que pretendem aderir à mesma a prepararem-se para assumir a liderança daquele partido. Dhlakama disse que o Conselho Nacional, que decorre desde ontem, vai debater questões ligadas a perspectivas e progressões da juventude na liderança do partido, porque, na sua opinião, a juventude mostra ter capacidade para o efeito. O líder lembrou aos presentes que começou a dirigir a Renamo aos 23 anos de idade, portanto, quando jovem, e provou ter capacidade, uma vez que contribuiu para a introdução da democracia no país. “Meus amigos, temos jovens que não são da nossa idade, que precisam de olhar para a Renamo com perspectivas do que este partido poderá ser nos próximos 30 anos. O que eu era em 1977 com o meu colega André Matxangaissa? Éramos jovens inteligentes, com visão para frente. é, por isso, que aos 23 anos já dirigia a Renamo. É preciso que os jovens saibam que não estão na Renamo apenas para aumentar o número de membros ou reivindicar 20% dos assentos parlamentares. Têm que ter perspectivas e olharem o que é que esse partido será nos próximos 30 anos; preparem-se para assumir a liderança do partido”, disse Dhlakama. Fonte: «Jornal O País»

Sunday, July 1, 2012

Religião: População católica encolhe no Brasil. Evangélicos avançam

Censo 2010 mostra que, pela primeira vez, total de católicos no país teve redução em números absolutos. Assembleia de Deus é a maior corrente evangélica Foto dos "milagres" que acontecem durante o culto (fiéis em cadeiras de rodas que andam, no detalhe: cadeira de rodas) na igreja pentecostal Deus é Amor em São Paulo - Roberto Setton O Brasil ainda é a maior nação católica do mundo, mas, na última década, a Igreja teve uma redução da ordem de 1,7 milhão de fieis, um encolhimento de 12,2%. Os dados são da nova etapa de divulgação do Censo de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A tendência de redução dos católicos e de expansão das correntes evangélicas era algo esperado. Mas pela primeira vez o Censo detecta uma queda em números absolutos. Antes do levantamento de 2010, o quadro era apenas de crescimento de católicos em ritmo cada vez menor. Mantida essa tendência, em no máximo 30 anos os católicos e evangélicos estarão empatados em tamanho na população. Os números mostram uma redução acentuada de poder da Igreja Católica no país nas últimas décadas: a mudança foi lenta entre 1872 e 1970, com perda de 7,9% de participação no total da população ao longo de quase um século; e tornou-se acelerada nos últimos 20 anos, quando a retracção foi de 22%. “O impacto desta mudança é grande para a Igreja Católica. A Rússia teve uma revolução e permaneceu ortodoxa. Os Estados Unidos, mesmo com a Guerra Civil, mantiveram-se protestantes. Entre os países grandes, mudanças assim só ocorreram em consequência de de guerras e revoluções. No Brasil, a revolução é silenciosa”, diz José Eustáquio Diniz, demógrafo da Escola Nacional de Estatísticas. Se em 1970 havia 91,8% de brasileiros católicos, em 2010 essa fatia passou para 64,6%. Quem mais cresce são os evangélicos, que, nesses quarenta anos saltaram de 5,2% da população para 22,2%. O aumento desse segmento foi puxado pelos pentecostais, que se disseminaram pelo país na esteira das migrações internas. A população que se deslocou era, sobretudo, de pobres que se instalaram nas periferias das regiões metropolitanas. Nesses locais, os evangélicos construíram igrejas no vácuo da estrutura católica. “Houve uma mudança na distribuição espacial das pessoas. A Igreja Católica é como um transatlântico, que demora muito para mudar um pouquinho a rota, devido ao tamanho da sua estrutura burocrática. Já os evangélicos são como pequenas embarcações”, explica Cesar Romero Jacob, cientista político da PUC-Rio. A analogia apresentada por Jacob aplica-se com perfeição à comparação entre o tempo e o custo para se ordenar um padre e o período de formação de um pastor, algo que ocorre em menos de três meses. “Não existe espaço vazio”, resume.
Nas periferias, na ausência do estado e da Igreja Católica, os pentecostais actuaram como guias espirituais e como figuras centrais do assistencialismo. “As evangélicas pegaram fieis onde a Igreja Católica não tinha se preparado para arregimentar a nova população, e adaptaram a mensagem para diversos públicos”, diz Eustáquio Diniz. Família – A preservação da família é um dos motivos que, segundo Jacob, serve para explicar o crescimento da Assembleia de Deus no país. De acordo com o censo de 2010, ela é o maior segmento evangélico, com 12 milhões de fiéis, e o segundo maior do Brasil, atrás da Igreja Católica. Em comparação com a igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, que perdeu 228 mil fiéis nos últimos 10 anos e hoje tem 1,8 milhão de arrebanhados, a Assembleia de Deus prega valores morais mais rígidos. “Nos anos 90, época de expansão da favelização, a mãe não queria a desestruturação da sua família, o que a Assembleia não deixa”, explica Jacob, lembrando-se da proibição, por exemplo, de bebidas alcoólicas e de roupas femininas mais insinuantes. A favelização e a ocupação das periferias são resultado da migração dos anos 80 e 90, que deixou de ser motivada pela possibilidade de ascensão social e passou a acontecer pela expulsão das pessoas do campo, na sua maioria pobres. As correntes pentecostais acompanharam esses deslocamentos e, ainda na década de 90, entraram maciçamente na política. A política tornou-se um instrumento de crescimento da própria igreja pentecostal ou do pastor. “É uma população com baixa renda e escolaridade. Entre as pessoas independentes economicamente e bem formadas fica mais difícil o voto de cabresto”, afirma Jacob. A pesquisa do censo revela que, apesar de os pentecostais crescerem na população pobre e de baixa renda, na última década fez-se presente também na nova classe média. “A “teologia da prosperidade” é um dos factores desse processo”, diz Eustáquio Diniz.
Missa da manhã desta sexta-feira na Igreja de Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, Rio de Janeiro: catolicismo encolheu no Brasil - Lucas Landau Detalhes regionais e etários - Nos últimos 10 anos, manteve-se estável a proporção de cristãos. Isso indica tanto uma migração de católicos para as correntes evangélicas e para outras religiões. O segmento dos sem religião também cresceu percentualmente, e chegou a 8% da população em 2010. O contingente de católicos foi reduzido em todas as regiões e manteve-se mais elevado no Sul e no Nordeste. O Norte foi onde houve a maior redução relativa dos católicos. Quanto à faixa etária, a proporção de católicos foi maior entre as pessoas com idade superior a 40 anos. Segundo o estudo, isso é decorrente de gerações formadas durante os anos de hegemonia católica. Já os evangélicos pentecostais têm a sua maior proporção entre as crianças e os adolescentes, sinalizando uma renovação da religião. O grupo com idade mediana mais velha é o dos espíritas (37 anos) que cresceu na última década e chegou a 3,8 milhões de pessoas, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul. Os espíritas são os que apresentaram melhores indicadores, como a maior proporção de pessoas com nível superior completo (31,5%). Fonte: Cecília Ritto, veja.com.br

Friday, June 29, 2012

Brasil e Japão lançam instrumento de apoio à agricultura de Nacala

Agricultura de Nacala vai conhecer novo impulso Em Julho próximo. Os dois países são importantes parceiros de apoio à erradicação da fome no país, estando envolvidos em vários projectos de promoção da produção e produtividade agrícola. O Nacala Fund, um instrumento financeiro que visa desenvolver a agricultura no Corredor de Nacala, província de Nampula, vai ser lançado em Julho próximo na capital política brasileira, Brasília, informou o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Moçambique (CCIBM). O presidente da CCIBM, Sinfrónio Júnior, apresentou ao Presidente da República, Armando Guebuza, semana passada, no Rio de Janeiro, a proposta técnica para a constituição do fundo de investimento que foi elaborada com o apoio da Fundação Getúlio Vargas. O Nacala Fund visa proporcionar capital de investimento para projectos agrícolas de grande escala e de construção de infra-estruturas no Corredor de Nacala, no norte de Moçambique, sendo uma iniciativa triangular entre os governos de Moçambique, Japão e Brasil, para a promoção do desenvolvimento económico e social de Moçambique. Citado pelo jornal JM Online, de Uberaba, estado de Minas Gerais, Sinfrónio Júnior adiantou que, depois do lançamento do projecto em Brasília, com a presença do ex-presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, o Nacala Fund será apresentado em Nampula, Moçambique, e, no início de Agosto, no Tóquio, capital do Japão. Fonte: «Jornal O País»

Entidades islâmicas aliciam jovens de famílias pobres nas mesquitas para o Sudão

Entidades islâmicas moçambicanas estão a aliciar jovens de famílias pobres nas mesquitas do interior de Moçambique, para alegadamente estudarem no Sudão num "processo não transparente", denunciaram hoje os cinco estudantes moçambicanos repatriados pelo Governo sudanês. Cinco dos 45 estudantes moçambicanos no Sudão chegaram na quinta-feira à capital moçambicana, Maputo, depois de terem sido expulsos pelo Governo de Cartum, na sequência de um diferendo com a Universidade que frequentavam. Recentemente, o grupo de moçambicanos que estudava na Universidade Internacional de África no Sudão denunciou à Lusa as "precárias condições" de vida naquele país africano, responsabilizando "algumas organizações islâmicas" moçambicanas de os terem enviado a Cartum, mas com "objetivos obscuros". Em declarações hoje aos jornalistas, os estudantes contaram que o processo de seleção de estudantes do nível médio para o Sudão é feito pelas mesquitas nas regiões pobres de Moçambique por organizações islâmicas que "anualmente usam nova metodologia de recrutamento". "Num ano, há uma organização que recruta numa mesquita, no ano seguinte é noutra", contou o porta-voz do grupo de estudantes, Magaia João Albino, natural de Nampula, no norte de Moçambique. Segundo o estudante moçambicano expulso da Universidade Internacional de África no Sudão, "os responsáveis (pela mobilização) estão em Maputo", contudo, desconhece-se ao certo "o número total destes responsáveis que estão metidos nesse assunto". "Os que conhecemos são pessoas que trabalharam diretamente connosco. Segundo eles, as bolsas partem de Maputo, mas eles têm várias pessoas (que alistam jovens) nas províncias de Nampula e Zambézia, concretamente nos distritos de Nacala e Pebane", disse Magaia João Albino. "Eu, por exemplo, sou natural de Nampula e estava no Gurué (na província da Zambézia). Fiz a minha 12.ª (classe) na Escola Secundária de Gurué. Depois de eu concluir, chegou-me um comunicado na mesquita e eu tive que enviar uma cópia do meu certificado a Quelimane, onde está um responsável ligado aos de Maputo. Mais tarde fui convocado para ir fazer exame de admissão para adquirir a bolsa. Fui a Quelimane", contou. Segundo Magaia João Albino, alguns candidatos às bolsas de estudo fazem exames de admissão "nas mesquitas, outros em casa de alguém", ou seja, dos responsáveis islâmicos que alistam jovens moçambicanos interessados em fazer o ensino superior no Sudão. Mas cada estudante deve ter um valor monetário para sair da sua província de origem até Maputo, onde é recebido por um membro de uma das organizações islâmicas, que retirou todo o dinheiro dos candidatos, supostamente para cambiar para a libra sudanesa e prometeu atribuir um subsídio correspondente a 300 dólares a cada um. "Primeiramente, quando ele nos recebeu o tipo de alojamento que nós tivemos logo descobrimos que isso não era bolsa de estudo, era uma jogada, porque ele nos tirou da estação (de autocarros) pôs-nos em casa dele, depois colocou-nos na mesquita, depois pôs-nos noutro sítio. Tudo isso para que o governo ou alguém não se apercebesse que existem estudantes aglomerados em algum sítio" em Maputo, disse. De acordo com os cinco estudantes, as organizações islâmicas moçambicanas enviam jovens para o Sudão "para ganhar algo dos dirigentes árabes, ou seja, eles vendem os estudantes". MMT. Fonte:Lusa – 29.06.2012

Sunday, June 24, 2012

África do Sul: Zuma, um estadista defensor de uma “Nação” Zulu

Dom, 24 de Junho de 2012 18:28 . Um segundo mandato do Presidente Jacob Zuma, na liderança do Congresso Nacional Africano (ANC), no poder na África do Sul, está sendo refutado por vários quadrantes da vida, com uns a considerarem o estadista sul-africano como um defensor da “Nação” Zulu. Prince Mashele, Director Executivo do Forum para o Diálogo Público e professor de Ciêncas Políticas na Universidade sul-africana de Pretória, capital sul-africana, fez uma análise, há dias, sobre o assunto. Mashele, que é também autor de um livro intitulado “Death of Our Society”, que traduzido de inglês para português significa “Morte da Nossa Sociedade”, disse que Zuma passa mais tempo em construir alianças estratégicas na província do KwaZulu-Natal, sua terra natal, o que dá imprensão de estar a dar primazia a sua tribo (Zulu). Citando um membro do Comité Exectivo Provincial (PEC) do Congresso Nacional Africano (ANC) em Mpumalanga, a oeste da província sulista moçambicana de Maputo, o articulista admitiu que o apoio de Zuma no KwaZulu-Natal é mais por ser um Zulu. No anonimato, o referido membro considerou se tratar de um segredo que existe desde que Zuma se tornou Presidente, nas eleições gerais de 2009, que a província do KwaZulu-Natal tem sido premiada. Ilustrou o caso do grosso dos postos ministerais ser chefiado por pessoas de origem Zulu. Os Xosas, da tribo dos antigos Presidentes, Nelson Mandela, e Thabo Mbeki, foram afastados dos seus postos. Sublinhou que o aparato de segurança é dirigido por Zulus, não só, como também eventos de importância internacional decorrem na província do KwaZulu-Natal. Mashele escreveu que até existem sul-africanos que acreditam que a área de Nkandla, aldeia natal de Zuma, tornar-se-á, num futuro próximo, numa grande cidade, onde estão sendo construidos hoteis e igrejas de categoria mundial. O articulista afirmou que como resultado disso, a lealidade política zulu mudou do Partido da Liberdade Inkatha (IFP), do Príncipe Zulu, Mangosuthu Buthelezi, para o ANC. A província do KwaZulu-Natal, segundo Mashele, é a mais representativa do partido no poder no país. Ele considerou que o que está a acontecer naquela região é um simples cálculo utilitário, a avaliar que para um Zulu, o importante é o IFP, uma pequena formação fundamentalista cultural a operar em algumas partes do KwaZulu-Natal, e o ANC, dirigido por um Presidente de Nkandla. Ele falou do que classificou da morte lenta do Inkatha e a tomada do ANC do grosso do KwaZulu-Natal. Sendo um partido político que procura ganhar as próximas eleições, o ANC deve, de facto, aplaudir o papel que Zuma está a efectuar, com vista a trazer antigos membros do Inkatha nas suas fileiras. Não passa muito tempo que a região do KwaZulu-Natal foi uma “dores” de cabeça para o ANC, sobretudo antes e depois da queda do “apartheid” em 1994. O Inkatha notabilizou-se em campanhas tendentes a frustrar o processo negocial sul-africano, o que viria a resultar em escaramuças sangrentas na região, entre seus apoiantes e do ANC. Houve um tempo em que para acabar como o Inkatha parecia um sonho. É precisamente Zuma que agora aparece a revitalizar o IFP, sempre numa perspectiva, segundo Mashele, de galvanizar a cultura Zulu. Por muitos anos, Buthelezi provou ser um adepto do empreendimento tribal Zulu, o que é um perigo para o próprio nacionalismo sul-africano, a avaliar que o ANC poderá ser visto como um instrumento de exaltação de uma dada etnia. Fonte: (RM/AIM)