BLOG DEDICADO À PROVINCIA DE NAMPULA- CONTRIBUINDO PARA UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA EM MOCAMBIQUE

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ALL MENKIND WERE CREATED BY GOD AND ARE IQUAL BEFORE GOD, AND THERE IS WISDOM FROM GOD FOR ALL

Tuesday, November 30, 2010

ECONOMIA SEM A "POLITICA"?




O Descusro do Sr. Presidente da Libia trouxe a claridade daquilo que sempre se pensou sobre os líderes Africanos. Assim, quando cuidadosamente se dar uma olhada nas foto dos lideres Africanos, pode se observar que na maioria deles estao cansados e mesmo de pe nao conseguiam ficar.Dei uma olhada cuidadosa, e conclui que muitos deles se tornaram Presidentes deste as independencia dos seus paises ate a data, ou foram ministros varias vezes e agora estao a servir como Presidentes. Esse é o caracter dos politicos Africanos. Nao precisam de "política" apenas precisam economia.

A pergunta é : Como uma economia pode ser erquida sem uma politica uniforme e democratica?

E'dificil de entender o discurso do Sr. Presidente Kadafi. Entratanto para muitos Africanos nao constitue uma novidade o discurso do Senhor Kadafi que junto com a sua magnada defende a vatalicidade e o infinito dos seus poderes.

O kadafi certamente falou em nome de todos ali presentes, “África precisa de economia e não de política”,. Esta é a ideologia dos lideres Africanos que acreditam que um desenvolvimento economico dum país nao requer fe uma poltica de boa governaçao.

Nao existem duvidas que ali o kadafi estava se defender junto com os seus lacaios ditactores Africanos contra os defensores da democracia e boa governaçao. Deve se ter a certesa que o Sr. Pr Roberto Mugabe do Zimbabwue gostou do discurso e o Jose eduardo dos santos de Angola aplaudiu demais em favor do discurso do Kadafi.

Mas que Africa é essa nossos líderes querem nos deixar?
Uma África com ausencia de politica? Um continente dominado por ditactores? Por isso a imigraçao na África para os continentes mais ricos do mundo nao parará, pois os Africanos fogem da pobreza e uma das razoes que provoca a pobreza na Africa é a falta da política democratica eficiente, que faz com que a economia nao seja bem gerada e planificada devido da dominaçao definitiva dos governos paroquiais e vitalicios.

É a falta da boa politica que faz com que os homens Áfricanos sobretudo"academicos" se refugiam para Europa,EUA e alguns países da America latina.
É a falta de politica que faz com que os lideres Áfricanos tendem ser vitalicios e Ditactores. E'por falta de politica que a pobreza torna cada vez mais grande. E'falta de poítica Senhores Presidentes Africanos.
Pocurem maneiras de nao exluir a boa politica de governaçao porque é so com ela que se pode alcançar medidas economicas que possa contribuir no desenvolvimento do nosso lindo continente.

Uma boa politica, em fim uma boa deplomacia é importante e necessária no desenvolvimento de um país.

África precisa politica sim! Precisa uma politica onde o poder do povo é respeitado e obedecido.Precisa a politica com pessoas maduras no poder ,fora dos Ninjas que assaltam o poder do povo para sempre. Africa precisa politica de eleiçoes sem fraudes, tambem uma politica onde o povo Africano possa confiar o seus líderes.

Sim Sr. Presidente Kadafi;
Sim Sr. Presidentes Africanos; Africa chora já desde a muito tempo para uma boa política.

Abraços!!

Kadafi compara FMI e Banco Mundial à Al-Qaeda de Bin Laden


Na abertura da Cimeira África/União Europeia



“O FMI e o Banco Mundial destruíram a África e, por isso, a palavra terrorismo também pode ser aplicada ao Banco Mundial e a OMC, bem como a Osama bin Laden e à al-Qaeda”, afirmou Kadafi.
O líder líbio, Muamar Kadafi, advertiu ontem a Europa afirmando que, na falta de uma parceria em pé de igualdade com a África, este continente poderá ponderar noutras opções, particularmente a China, Índia, Rússia ou países da América Latina.

Kadafi falava em Tripoli, capital líbia, durante a sessão de abertura da Cimeira África-União Europeia (África-UE), um evento, de dois dias, no qual Moçambique se faz representar por uma delegação chefiada pelo Presidente Armando Guebuza.

Segundo Kadafi, com a emergência de outras potências económicas no mundo, torna-se imperativo para a África olhar para as áreas onde as condições de comércio e investimento poderão traduzir-se numa melhoria significativa das condições de vida.

Maior parceiro da África

Estatísticas da UE, divulgadas semana passada, indicam que, em 2009, cerca de 36 por cento das importações de África foram da Europa, contra 12,7 da China, 6,2 por cento dos Estados Unidos e 3,2 por cento da Índia.

No mesmo ano, 37 por cento das exportações de África foram para a UE, seguindo-se os EUA com 16,5 por cento, a China com 10,6 por cento e a Índia com 4,7 por cento.

No seu longo discurso, de pouco menos de uma hora, o líder líbio também apelou à abolição da Organização Mundial do Comércio (OMC), porque, segundo afirmou, não serve os interesses de África e de outros países em desenvolvimento.

O líder da revolução verde argumentou que a OMC exige a abertura das fronteiras de África, para aniquilar as indústrias deste continente.

Para Kadafi, a parceria entre a Europa e África falhou. O líder líbio criticou algumas organizações mundiais tais como a (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), considerando-as “terroristas”.

“O FMI e o Banco Mundial destruíram a África e, por isso, a palavra ‘terrorismo’ também pode ser aplicada ao Banco Mundial e a OMC, bem como a Osama bin Laden e à al-Qaeda”, afirmou Kadafi.

Segundo disse, a Europa insiste em falar de governação e de direitos humanos. “África precisa de economia e não de política”, declarou Kadafi.

Doravante, o continente exige uma relação “win-win” baseada em interesses mútuos e não exploração.

Kadafi disse que a África quer negociar com grupos que respeitam o seu espaço, soberania, regimes e que não interfiram nos seus assuntos internos.

Também apelou para a introdução de reformas no Conselho de Segurança das Nações Unidas, afirmando que a África exige um assento permanente para a União Africana e para União Europeia.

O estadista líbio abordou a questão da imigração ilegal para a Europa, advertindo que o seu país poderá interromper, a qualquer momento, os seus esforços para travar este fenómeno se os europeus não incrementarem a assistência técnica e financeira ao seu país.

“Nós temos que travar esta imigração ilegal. Se não o fizermos, a Europa vai transformar-se num continente negro, e será engolida por pessoas de diferentes religiões”, disse Kadafi.

O líder líbio afirmou que a Líbia não será mais o “guarda” da Europa. Aliás, a questão de imigração é um dos pontos da agenda da presente cimeira. Eventualmente, disse Kadafi, o continente “branco” poderá tornar-se “negro”.

Por isso, reiterou a sua exigência para os países europeus desembolsarem uma soma anual de cinco biliões de euros, para travar o fluxo de imigrantes africanos através do Mar Mediterrâneo.

Segundo Kadafi, a Europa deve resolver um problema que ela própria criou, explicando que apenas a Itália conseguiu entender a dimensão real do problema, daí que aquele país europeu está a cooperar com a Líbia. Esta é a razão pela qual a Itália conseguiu adiar a questão da imigração ilegal.

Kadafi considerou a sua proposta justa, pois a culpa era da colonização de África pelos europeus, motivo pelo qual cabe a estes países suportar os respectivos custos. “Os nossos recursos naturais foram roubados”, disse Kadafi.

A cimeira decorre sob o lema “Investimentos, Crescimento Económico e Criação de Emprego”, que se enquadra perfeitamente naquilo que são as aspirações dos africanos, e Moçambique em particular.

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Anadarko descobre maior reserva mundial de gás natural na bacia do Rovuma


gás encontrado pela Anadarko é suficiente para desenvolver um projecto de exploração para posterior exportação do recurso

A multinacional americana Anadarko Petroleum Corporation anunciou a descoberta de maior reserva mundial de gás natural na bacia do Rovuma. A descoberta aconteceu concretamente ao longo da costa norte da província de Cabo Delgado.
“A descoberta também encontrou mais de 550 metros de rede de gás natural em vários Oligoceno de alta qualidade e Eoceno areias”, avança um comunicado de imprensa Anadarko, citado pela AIM.

O local da nova descoberta de gás (Campo da Lagosta) encontra-se próximo de onde a empresa Anadarko possui outras duas descobertas, mais concretamente nos campos de Barquentine e Windjammer. Refira-se que o gás descoberto no Windjammer ocorreu em Fevereiro de 2010, sendo que em Barquentine ocorreu em Outubro último.

Recorde-se que, em Agosto último, a Anadarko revelou a descoberta, em mar, de presença de petróleo na bacia do Rovuma. Trata-se de uma descoberta com potencial para a exploração de mais de três biliões de barris. Os americanos adiantaram ainda, na sua página de internet, que as características da zona de descoberta de petróleo em Moçambique são muito similares às do Golfo de México, nos Estados Unidos de América (EUA).

De acordo com o vice-presidente da Anadarko para exploração no mundo, Bob Daniels, a



recente descoberta de gás natural “coloca a província de Cabo-Delgado como um

potencial produtor de nível mundial de gás natural”.

O gás encontrado pela Anadarko é suficiente para desenvolver um projecto de exploração para posterior exportação do recurso.

Daniels afirmou que “será necessária uma perfuração adicional de avaliação, no local da descoberta, apesar de acreditarmos que as três descobertas anunciadas, até agora, já superam os recursos necessários para apoiar o desenvolvimento de um projecto de GNL (Gás Natural Liquefeito). Dado o comércio global de GNL e a sua indexação ao mercado global dos combustíveis, este recurso pode oferecer um valor económico enorme para Moçambique, o governo e a sociedade”.

Anadarko deverá, em breve, perfurar mais um poço de pesquisa de hidrocarbonetos, localizado a mais de 17 milhas para o sul em relação ao poço da recente descoberta. Trata-se do quarto furo a nível da bacia do Rovuma.

Noticias- O pais online

Kenya Airways explora rota Nampula-Nairobi


Terça, 30 Novembro 2010 00:00 Redacção .

"Os voos serão realizados todas as segundas e quintas-feiras, sem escalas


A companhia aérea Kenya Airways, em parceria com as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), lança no próximo dia 2 de Dezembro a sua nova rota directa Nampula-Nairobi.
De acordo com um comunicado enviado ao nosso jornal, os voos serão realizados todas as segundas e quintas-feiras, sem escalas.

O lançamento destes voos será feito em dois eventos, sendo que o primeiro irá realizar-se no aeroporto de Nampula, no dia 2 de Dezembro, onde irá ser cortada a fita cerimonial, e o segundo será em Maputo, no dia 3 de Dezembro.

Com estes voos, os residentes de um dos pólos económicos mais importantes de Moçambique e não só passam agora a ter acesso directo a Nairobi e à extensa rede global de destinos da Kenya Airways. 

Este é o 51º destino para onde a Kenya Airways viaja e o 42º em África, expandindo desta forma a rede de voos da companhia aérea.

A Kenya Airways tem crescido nos últimos anos como parte de uma iniciativa estratégica de ligar as maiores cidades africanas ao resto do mundo. 

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Monday, November 29, 2010

UTILIZAR A LUSOFONIA E A CPLP COM CRIATIVIDADE É VITAL

Contrapondo a tendência das vantagens unilaterais

Beira (Canalmoz) - O mosaico lusófono no mundo é uma realidade e os países que o compõem encontram-se em situações diferentes de desenvolvimento socioeconómico.
Embora em termos numéricos sua população não seja nada que se compare a outros grupos de países a sua importância tem crescido ao longo dos anos.
Diplomaticamente é reconhecido o papel que Portugal tem desempenhado ao nível das Nações Unidas. Economicamente Brasil pertence aos BRIC e goza de posição cimeira em áreas como a avicultura e produção de açúcar, biocombustíveis, café, pesquisa e exploração de petróleo no mar a grandes profundidades, indústria aeroespacial, extracção mineira só para citar alguns exemplos. Angola já suplantou a Nigéria como o maior exportador de petróleo africano e possui um dos mais altos níveis de crescimento económico em África.
Mas o panorama nos países da CPLP não é nenhum mar de rosas como algumas interpretações podem querer fazer crer. Como no resto dos países do mundo existem problemas e alguns deles até bastante graves.
Politicamente pode-se dizer “sem papas na língua” que há problemas de deficit democrático e de cultura democrática. Excepto Portugal, Brasil, Cabo Verde que tem realizado eleições credíveis e transparentes, todos os outros países membros da CPLP têm problemas recorrentes de eleições suspeitas e tingidas pela manipulação, fraude, eliminação de concorrentes e deturpação do quadro legal para favorecer determinados partidos.
Outro deficit que merece atenção de todos é o que os diversos interlocutores, públicos e privados estão fazendo no quadro das relações existentes entre os nossos países. Há todo um potencial de cooperação que existe mas que não está a ser aproveitado pelos países, pelas empresas, pelas instituições.
A abordagem eleita pelos governos, pelos empresários e corporações que avançam com projectos multifacetados nos mais variados países da CPLP tem sido obviamente com vista a promover operações lucrativas e neste sentido a agressividade dos intervenientes difere. As estratégias postas em prática também são outra área em que os países da CPLP ainda têm que concertar posições.
Há espaço para progredir e isso só poderá acontecer se as diversas entidades políticas e corporativas envolvidas assumirem uma postura que promova os interesses de todos.
Há espaço para mudanças em conceitos e procedimentos. Se os parceiros da CPLP não conseguirem estabelecer fundamentos práticos que conduzam a uma cooperação mutuamente frutuosa e benéfica para todos os pronunciamentos políticos vão redundar no inócuo e inconsequente.
Até aos dias de hoje e perante um quadro cheio de possibilidades e com potencialidades de todo o tipo verifica-se um fraquíssimo aproveitamento dos mesmos. Os governantes abraçando a ideia em voga de criação de organizações baseadas em alinhamentos linguísticos e históricos embarcaram, na CPLP, aparentemente sem conceitos claros sobre o que cada governo membro pretendia ver realizado ou concretizado. Por causa de custos e de agendas internas muitas acções foram sendo adiadas e outras não sendo equacionadas. Se algum ímpeto existe nas relações entre os países lusófonos é fruto de interesses empresariais que se estão adiantando ao que os políticos fazem. E esse facto tira liderança e a capacidade dos responsáveis políticos desempenharem um papel de coordenação estratégica da cooperação entre os parceiros. Fica-se por vezes com a impressão de que com a CPLP veremos os seniores submetendo os juniores como acontece com a globalização em geral das relações político-económicas mundiais.
Importa redescobrir cenários e aceitar cooperar em termos que tragam mais-valias para os parceiros e não relações de subalternidade ou de dependência.
A países como Moçambique importa colocar os seus objectivos na mesa e manifestar com vigor quais são as suas pretensões ao cooperar com o Brasil, Angola, Portugal e outros integrantes da CPLP.
Falar a mesma língua é um factor importante mas não é o suficiente para definir as relações entre países. Os interesses e a avaliação de como se promovem tais interesses em benefício de quem coopera são fundamentais para que se criem fluxos e dinâmicas apropriadas e vantajosas para as partes.
A tendência muitas vezes evidenciada de sobrepor e colocar a agenda dos que mais recursos financeiros e tecnológicos possuem à frente de tudo que se faça na CPLP pode levar a que se produzam conflitos de interesse que acabem minando a cooperação que se pretende desenvolver.
Existem condições concretas para a mudança e enriquecimento das instituições implantadas que simplesmente requerem a clarividência de governantes e comunidade corporativa e empresarial dos países que constituem e compõem a CPLP.
Há que pegar no que se tem e explorar as vantagens comparativas que todos possuem. Entrar para um caminho de diplomacia responsável que ultrapasse os estreitos corredores da defesa de lobbies que muitas vezes não passam de interesses unilaterais e descobrir as vantagens da abertura e frontalidade negocial. Defendendo os interesses nacionais muitas vezes significa abdicar do que parece à primeira vista lucro fabuloso e optar por situações de equilíbrio de vantagens sustentáveis.
Os governantes de hoje tem de com responsabilidade e clarividência abrir caminho para uma CPLP mais forte, unida e coesa na arena internacional. De nada vale continuarmos a ver um fórum que se reúne periodicamente e que só produz resoluções programáticas que jamais se concretizam.
Enquanto há travões e demoras a concretizar projectos mutuamente vantajosos outros conquistam o espaço que produtos e mercadorias provenientes da CPLP poderiam estar ocupando no mundo.
Se queremos impacto e consequência nas nossas relações temos de abraçar outra maneira de estar e de agir.

(Noé Nhantumbo)



2010-11-29 11:43:00

Saturday, November 27, 2010

Dhlakama quer mais mulheres nos centros de decisão


Vai lançar o projecto “Democracia Mulher”


O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, defendeu, este fim-de-semana, em Nampula, uma maior participação da mulher nos centros de tomada de decisão. Dhlakama manifestou este posicionamento durante um encontro organizado pela liga feminina da Renamo, a nível da cidade de Nampula, que contou com a participação de mais de uma centena de mulheres daquela formação política.
Para o líder da Renamo, a mulher moçambicana continua a ter uma fraca representatividade nos grandes centros de decisão, por culpa da Frelimo, daí que vai lançar um novo pacote denominado “democracia mulher”.

PÉRIPLO PELO PAÍS
Na cidade de Nampula, Dhlakama deu início a um périplo pelo país, visando auscultar e pedir apoio às populações para as manifestações que o seu partido pretende organizar, caso o governo e a Frelimo não aceitem negociações propostas pela Comissão Política da Renamo.

O périplo será também uma oportunidade para o líder da Renamo lançar bases para a implantação de uma nova ordem política no país. Em contacto com a nossa equipa de reportagem, o porta-voz nacional da Renamo, Fernando Mazanga, disse que a “a nova ordem que a Renamo pretende ver lançada no país vai permitir a salvaguarda da democracia multipartidária no país e remover os escombros do monopartidarismo. Vivemos num Estado alicerçado por estruturas monopartidárias. O colono, em 1975, entregou o poder à Frelimo e não ao povo moçambicano, é por isso que dizem que tem direito de ficar ricos (...) a nova ordem visa libertar o povo moçambicano e salvaguardar a democracia multipartidária”.

Ao que “O País” apurou a partir de Nampula, Dhlakama já escalou os distritos de Angoche, Nacala-Porto e Memba.

O porta-voz da Renamo disse que depois de Nampula, Dhlakama deverá rumar para Cabo Delgado e Niassa.

“DHLALAKAMA NÃO ABANDONOU a FAMÍLIA"
O “País” questionou ao porta-voz da Renamo se achava normal que o presidente do maior partido da oposição, cujo domicílio “oficial” é Maputo - até porque é onde exerce o seu direito de voto - continue a residir em Nampula e a “obrigar” a máquina central do partido instalada em Maputo a mobilizar-se para Nampula, a fim de se reunir com ele, como aconteceu com a última reunião da Comissão Política. É que, na verdade, o que está acontecer na Renamo é o seguinte: o partido vai atrás do presidente, para com ele se reunir, sempre que se decide promover uma reunião de alto nível partidário. Relativamente a esta questão, Mazanga tratou de explicar que a última reunião da Comissão Política, que teve lugar justamente em Nampula, “saudou a permanência do presidente naquela cidade”. Mazanga - quase ignorando o ditame constitucional de que a capital política do país é Maputo - disse que “Nampula é neste momento a capital política de Moçambique”.



Sobre o facto de Dhlakama - que para todos efeitos continua casado com a dona Rosália, que vive na cidade de Maputo, juntamente com os filhos - continuar longe da família, Mazanga disse que “o presidente não abandonou a sua família (...) nós, como partido, não nos intrometemos na vida privada do presidente. Na verdade, cada um sabe como gere a sua família”, sentenciou Mazanga.

Perguntas ao Governo terminam com agressões verbais


Executivo no parlamento



Terminou, ontem, com troca de palavras duras, a sessão de perguntas e respostas entre os deputados da Assembleia da República e o Governo, que decorreu quarta e quinta-feiras. Depois de uma sessão calma e tranquila na quarta-feira, esta quinta-feira, a Renamo foi estrondosa. Quase a encerrar, Armindo Milaco chegou a convidar o governo de Guebuza a demitir-se, acusando-o de incapacidade de resolver os problemas do povo.

“Senhor primeiro-ministro, não é bom sair por bem e passarem a gerir o que roubaram, durante esses anos todos, e continuar a vida normalmente, do que esperar que a ira do povo suba e vos tire à força e confisque tudo o que vocês roubaram?”, questionou Milaco.

Na óptica da Renamo, uma das razões dessa proposta de auto-demissão, é o facto de a cobrança das taxas para o pagamento de guardas, contínuos, exames ser ilícito e ilegal. Mais, segundo a Renamo, as inspecções não fazem sentido e, por isso, questiona: “por que o Governo permite a entrada no país de carros de segunda, terceira, quarta e quinta mão? E, depois, decreta inspecções de viaturas?” A Renamo entende que ainda que se realizem inspecções, se as vias de acesso continuarem degradadas, os acidentes vão continuar. É que, para a “perdiz”, as estradas degredadas é que causam problemas mecânicos nas viaturas e, por conseguinte, os acidentes.

Para a Renamo, o comércio está também a falhar: as trocas comerciais com a China são exemplo claro. Milaco disse que os bens chineses não têm qualidade. “Compras sapato chinês às 08h30 e, até às 13h00, já está estragado. Compra telemóvel chinês hoje e, até amanhã às 09h00, não funciona. Que acordos de cooperação estás a fazer?” Estes são alguns argumentos que a Renamo apresenta para sustentar a sua proposta de auto-demissão por parte do Governo pois, no entender da “perdiz”, as políticas do Executivo estão a falhar.

O APAÍS – 26.11.2010

Wednesday, November 24, 2010

Moçambique poderá exportar cereais em 2015

Moçambique poderá tornar-se num exportador líquido de cereais a partir de 2015, ano em que as autoridades prevêem atingir uma auto-suficiência alimentar, contando, para o efeito, com a assistência técnica e financeira do Japão e do Brasil.
“O governo gostaria de eliminar o défice na produção do arroz”, disse Ventura Macamo, um dos assessores do Ministro moçambicano da agricultura, Soares Nhaca, falando em Tóquio, capital japonesa, na semana passada.
“Acreditamos que cinco anos de um bom investimento” poderão, provavelmente, tornar Moçambique auto-suficiente, acrescentou.
Segundo Macamo, Moçambique consome actualmente cerca de 500 mil toneladas métricas de arroz, contra uma produção nacional de 260 mil toneladas, razão pela qual depende das importações para cobrir o défice.

O Japão, o maior importador de cereais do mundo, ajudou o Brasil a tornar-se no segundo maior exportador de produtos agrícolas, graças a um investimento realizado ao abrigo de um programa de desenvolvimento no valor de 774 milhões de dólares e que teve como origem uma crise alimentar desencadeada há cerca de três décadas.
As exportações de Moçambique poderão estimular a competitividade do mercado mundial do arroz, actualmente dominado pela Tailândia e Vietname e, paralelamente, ajudar no alívio da pobreza e subnutrição em Africa.
“A emergência do Brasil como o maior exportador de cereais foi uma grande contribuição para a estabilidade de preços e na disponibilidade de produtos agrícolas”, disse, por outro lado, Yutaka Hongo, um funcionário da Agência de Cooperação Internacional do Japão.
“Se Africa tornar-se num outro fornecedor, isso vai melhorar a segurança alimentar, não só para o Japão, mas também para outros países importadores de alimentos”, acrescentou ele.
Moçambique aspira exportar arroz para os países vizinhos, incluindo para a África do Sul e o Botswana.
Para Macamo, já arrancou um projecto apoiado pelo Japão e o Brasil para transformar a savana tropical em terras propícias à agricultura.
Ainda de acordo com Macamo, o governo também tenciona incrementar a produção do milho e da soja para os mercados de exportação, bem como para alimentar a indústria nacional de produção de ração animal.
Em 2008, os preços do milho, soja e arroz dispararam no mercado internacional para atingir níveis recordes e, como consequência, desencadeando tumultos nos países em desenvolvimento.
O crescimento populacional, aliado ao crescimento económico dos mercados emergentes, tendo como agravante o incremento do uso de culturas alimentares para a produção de biocombustíveis, são alguns dos factores que catapultaram o aumento dos preços.
O Japão, o maior importador de milho do mundo e o segundo maior importador da soja, a seguir a China, espera que o aumento de produção ajude a estabilizar a demanda de cereais e preços.
De acordo com Pedro António Arraes Pereira, Presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Moçambique pode aumentar a sua produção de arroz através do uso de variedades resistentes a seca, que também são usadas nas savanas tropicais do Brasil.
Devido às similaridades entre as condições climáticas e do solo, Moçambique pode atingir a mesma produtividade que a do Brasil, em média cerca de 2,8 toneladas de soja e quatro toneladas de milho por hectare, disse Pereira.
Moçambique possui cerca de 55 milhões de hectares de savana tropical, dos quais apenas 3,6 por cento estão a ser usados.
Por seu turno, Emiliano Pereira Botelho, Presidente do Grupo Campo, uma companhia de consultoria e agro-negócios sedeada em Brasília, as empresas brasileiras e japonesas, incluindo os fabricantes de equipamento e de produtos químicos para a agricultura, poderão tirar proveito do programa de Moçambique.
Refira-se que o Grupo Campo desempenhou o papel de coordenador entre os sectores público e privado na implementação de um programa de duas décadas e que transformou a região do Cerrado no Brasil numa região agrícola.
O projecto iniciou em 1980 com a assistência do Japão, uma iniciativa que tinha por objectivo encontrar outros fornecedores alternativos na sequência de um embargo de exportações de soja decretado nos EUA em 1973 e que provocou uma subida drástica dos preços de alimentos e de ração animal no Japão.
Rádio de Moçambique – 23.11.2010

Sunday, November 14, 2010

Continente africano tem condições para se transformar numa potência alimentar”




Convicção de Lula da Silva

“Nós ainda não exploramos 0.5% do potencial da savana africana, que tem o mesmo potencial produtivo que o Seará brasileiro. Nós queremos ver, daqui a alguns anos, a África a sair desta situação de pobreza e miséria. Pode a China ou a Alemanha ter tecnologia, mas na hora de comer, tem que vir falar com vocês (africanos). O cidadão com fome não consegue teclar o celular, muito menos brincar com o Ipod”, disse Lula da Silva.
Fugindo à lógica que caracteriza os líderes mais importantes do mundo, normalmente vestidos de fatos e gravatas, Lula da Silva, presidente do Brasil, apresentou-se ontem em Maputo, mais concretamente na Universidade Pedagógica, com um traje simples e descontraído. Lula proferiu uma aula magna que simbolizava o lançamento formal da Universidade Aberta de Moçambique, instituição que resulta da parceria entre a Universidade Pedagógica, Universidade Eduardo Mondlane, Ministério da Educação e a Universidade Aberta do Brasil. Trata-se de uma instituição que se vai dedicar ao ensino à distância nas áreas de formação de Biologia, Matemática e Pedagogia.

Na verdade, quem estava à espera de uma aula no sentido “clássico”, poderá, inicialmente, ter ficado com uma sensação de “frustração”. É que Lula da Silva, depois de ter lido o curto discurso “formal” e de “praxe”, pegou no microfone e, ao invés da aula, deu uma “lição de vida, persistência, coragem e de sonhos”. Tratou-se de uma lição dada por um homem com legitimidade, na medida em que o seu percurso fala por si, senão vejamos:

Nasceu no interior do Brasil, numa família extremamente pobre e teve uma educação escassa (foi torneiro mecânico). passou pela luta sindical e é o brasileiro que mais vezes se candidatou à presidência da República do Brasil, tendo sido candidato a presidente cinco vezes. graças a sua persistência e coragem, conseguiu chegar à presidência, cuja governação impressiona até aos seus opositores. Transformou-se num dos líderes mais importantes e mais influentes do século XXI. A dois meses de deixar a Presidência da República, Lula conta com uma taxa de aprovação dos eleitores acima de 80 por cento!

Importância da educação

Na sua dissertação, Lula da Silva defendeu a necessidade dos países em via de desenvolvimento apostarem na educação, como a única via possível para dar oportunidades às camadas mais desfavorecidas. Neste capítulo, falou das suas experiências enquanto presidente do Brasil.

“Quis a história que o Brasil tivesse, pela primeira vez, um presidente sem diploma universitário e um vice-presidente que também não tem diploma universitário. Tanto eu, como José Alencar (vice-presidente), gostaríamos de ter tido diploma universitário (...), eu fui apenas torneiro mecânico e José mais tarde transformou-se num empresário. O mais engraçado é que depois de oito anos (referentes a dois mandatos presidenciais), nós seremos os que mais construímos universidades federais na história do Brasil. Fizemos mais escolas técnicas e mais oportunidades de educação criámos. O Brasil, em 100 anos, construiu 140 escolas técnicas e nós, em oito anos, construímos 214. Construímos 14 universidades novas e 126 centros universitários, que beneficiam milhares de brasileiros do interior, evitando desta feita o êxodo rural”, disse Lula da Silva, sob fortes aplausos. Por outro lado, acrescentou que no seu entender, “a educação é o único instrumento que a humanidade conhece que confere igualdade de condições as pessoas”.

Aposta em África

Sabe-se que a governação de Lula da Silva foi a que mais contacto privilegiou com o continente africano. Durante os oito anos de governo, Lula da Silva visitou 27 países africanos, incluindo Moçambique, onde esteve por três vezes.

Lula da Silva explicou que a sua administração decidiu privilegiar a África (com especial enfoque para os PALOP) por causa da “dívida histórica. A formação do povo brasileiro tem muito haver com os povos africanos. O povo brasileiro é o que é graças à mistura entre índios, africanos e europeus. Essa é na verdade uma vantagem comparativa que nós deveríamos ter em relação ao resto do mundo mas, como nós temos a nossa cabeça colonizada durante séculos, aprendemos que somos inferiores e que qualquer um que enrola a língua é melhor que nós”, disse.


“Temos que nos levantar”

Lula da Silva propôs uma aliança entre a África, América Latina e outros países ditos do terceiro mundo para uma nova ordem. “Temos que levantar a nossa cabeça e juntos construirmos um futuro em que o Sul não seja mais atrasado que o norte e nem dependente dele. Temos que acreditar em nós mesmos e sabermos que podemos ser tão importantes e sábios como eles”.

“África pode ser potência alimentar”

Num outro desenvolvimento, Lula da Silva mostrou-se indignado com o nível de pobreza e de miséria que graça o continente africano, quando este dispõe de um grande potencial agrícola.

“Quando olhamos o mapa do mundo, a gente percebe que tem mais chineses, indianos, africanos, latino-americanos comendo e chegamos a conclusão de que o mundo vai precisar de mais alimentação nos próximos tempos. Ninguém come minério de ferro, chips, telefone celular (...), comemos comida! E comida é produzida na terra e precisa de sol e água. E quem tem mais sol e água do que nós (africanos e latino-americanos)? Quem tem mais terra disponível e arável?”, indagou o presidente brasileiro para depois afirmar: “Nós ainda não exploramos 0.5% do potencial da savana africana, que tem o mesmo potencial produtivo que o Seará brasileiro. Nós queremos ver, daqui a alguns anos, a África a sair desta situação de pobreza e miséria. Pode a China ou a Alemanha ter tecnologia, mas na hora de comer tem que vir falar com vocês (africanos). O cidadão com fome não consegue teclar o celular, muito menos brincar com o Ipod”, disse Lula da Silva.

O estadista denunciou alguns países desenvolvidos que se empenham em desvalorizar os feitos das nações menos desenvolvidas. “Eles tentam desvalorizar que nós temos potencial e sobrevalorizam aquilo que eles produzem, e nós aceitamos porque temos a mentalidade de que eles são superiores”.

Leia mais na edição impressa do «Jornal O País»

G20 chega a acordo mas adia discussão de detalhes


Por Alex Richardson e David Ljunggren



SEUL (Reuters) - Os líderes do G20 se uniram mas chegaram apenas a um acordo em torno de um fraco compromisso para ficarem alertas em relação a desequilíbrios perigosos, oferecendo aos investidores poucas provas de que o mundo está agora mais a salvo de qualquer catástrofe econômica.

Durante a cúpula em Seul, o grupo de países desenvolvidos e emergentes concordou em estabelecer 'diretrizes indicativas' que meçam desequilíbrios entre as economias. Mas, abrindo um parênteses para acalmar alguns ânimos, os líderes deixaram os detalhes pendentes, que serão discutidos no primeiro semestre de 2011.

Os negociadores trabalharam até as primeiras horas da manhã para redigir um acordo que todos os líderes poderiam aprovar, apesar das profundas divisões que emergiram nos dias anteriores à cúpula.

Os ânimos esquentaram em torno do programa de compra de bônus anunciado pelo Federal Reserve para reforçar a recuperação dos Estados Unidos, e a piora dos problemas de dívida da Irlanda serviram como lembrete de que o sistema financeiro não está curado.

Em comunicado assinado no final da reunião, a quinta desde o início da crise financeira em 2008, havia um pouco para cada um.

Os líderes se comprometeram a avançar para taxas de câmbio determinadas pelo mercado e evitar desvalorizações com fins competitivos, uma referência ao câmbio administrado da China, que os EUA consideram subvalorizado.

O comunicado também prometia evitar desvalorizações competitivas, uma linha direcionada às preocupações de que a política monetária do Fed tenha o objetivo de enfraquecer o dólar.

Cedendo aos países emergentes, que têm dificuldades para conter enormes fluxos de capital estrangeiro, o G20 aceitou a imposição de medidas de controle 'cuidadosamente estabelecidas'.

Os líderes concordaram, ainda, que há uma estreita janela de oportunidade para concluir a Rodada de Doha, negociações de liberalização comercial iniciadas em 2001.

Mas não houve menção à Irlanda, e as promessas insípidas de lidar com os desequilíbrios não pareciam sólidas o suficiente para trazer mudanças reais.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que as diferenças entre potências exportadoras e importadores endividados estão aumentando, aproximando-se dos níveis pré-crise.

'O trabalho que nós fazemos aqui nem sempre parecerá dramático', disse o presidente dos EUA, Barack Obama, depois da cúpula.

'Nem sempre será algo que mudará o mundo imediatamente. Mas, de pouco a pouco, o que nós estamos fazendo é construir mecanismos internacionais mais fortes e instituições que ajudarão a estabilizar a economia, garantir crescimento econômico e reduzir algumas tensões.'

SUPERANDO AS DIFERENÇAS

Após semanas de embates verbais, Estados Unidos e China buscaram superar as diferenças sobre a moeda 'subvalorizada' da China e os riscos globais criados pelas medidas norte-americanas de estímulo monetário.

'As taxas de câmbio precisam refletir realidades econômicas ... As economias emergentes precisam permitir que suas moedas sejam conduzidas pelo mercado', disse Obama. 'Isso é algo que eu comentei com o presidente Hu (Jintao) da China, e nós observaremos de perto a apreciação da moeda chinesa.'

O acordo do G20 buscou recuperar a unidade forjada durante a crise, há dois anos, mas as divisões profundas significam que os líderes não conseguiram ir muito além dos acordos alcançados pelos ministros das Finanças no mês passado.

Em particular, os líderes não conseguiram chegar a um consenso para determinar quando os desequilíbrios globais representam uma ameaça à estabilidade econômica, comprometendo-se a uma discussão sobre o tema no primeiro semestre do ano que vem.

Saturday, November 13, 2010

Novo rosto do Aeroporto de Mavalane




novo terminal internacional tem uma capacidade para 800 passageiros por hora e conta com cinco mangas para acesso directo a aviões

Foi oficialmente inaugurado, ontem sexta-feira, o novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Mavalane, em cerimónia dirigida pelo Presidente da República, Armando Emílio Guebuza.

O acto contou com a presença de personalidades nacionais e estrangeiras.

Dentro do pacote de modernização do Aeroporto Internacional de Mavalane, já se encontra a funcionar, desde o ano passado, o terminal de carga. Por outro lado, o terminal VIP está praticamente concluído no espaço da Base Aérea, mas ainda não foi inaugurado.

O novo terminal internacional tem uma capacidade para 800 passageiros por hora e conta com cinco mangas para acesso directo a aviões.

Estima-se que o aeroporto de Mavalane passe a movimentar 900 mil passageiros, por ano, a partir de 2016, contra os actuais 450 mil passageiros.

Com a modernização em curso, o aeroporto de Mavalane passará a ter capacidade para receber aviões Boeings 757 e 767, para além dos aparelhos do tipo Airbus 340, que já vinha recebendo.

As obras, a cargo da empresa de construção chinesa Anhui Foreign Economic Construction, começaram em meados de Maio de 2009 e deveriam estar prontas em Junho deste ano, de modo a receber os turistas oriundos do Mundial de Futebol na vizinha África do Sul.

Quanto às obras no antigo aeroporto, que passa a ser o terminal para voos domésticos, as mesmas irão iniciar em breve e serão feitas de forma faseada.

O director do projecto de ampliação e modernização do novo Aeroporto Internacional de Maputo, Acácio Tuendue, referiu num passado recente que o antigo terminal será demolido e construído de novo, pois “os custos com a reabilitação não compensavam”, confirmando, igualmente, o aumento dos valores em relação aos 90 milhões de dólares orçados, inicialmente, e que foram emprestados pela Eximbank, instituição bancária chinesa.

Com o reajustamento do valor das obras do terminal internacional do Aeroporto de Maputo, precipitado pelo incremento do preço do material de construção no mercado, o empreendimento custou um total de 116 milhões de dólares americanos.

O projecto de modernização do aeroporto de Maputo é financiado, maioritariamente, pela China, que concedeu a Moçambique um crédito misto.

Friday, November 12, 2010

Dois dias de Lula na sua última visita a África


Vale garante continuidade do projecto

Lula da Silva está disposto a voltar a Moçambique, como convidado, só para assistir à inauguração da fábrica de anti-retrovirais na Matola. A verdade é que Lula não se cansa de visitar o país de Guebuza e garantiu que a cooperação bilateral vai manter-se acesa mesmo com a sua sucessão no governo.

“Espero estar aqui como convidado – porque temos já uma nova presidente (Dilma Rousseff), que toma posse a 1 de Janeiro próximo –, para tirar o primeiro comprimido, juntamente com Guebuza, da nova fábrica de anti-retrovirais de África”. Foram estas as últimas palavras do presidente brasileiro Lula da Silva, após ter visitado as instalações da futura unidade de produção de medicamentos da Matola, na província de Maputo.

O presidente brasileiro esteve por 11 vezes em África e visitou por três vezes Moçambique, durante os oito anos de sua governação, tendo firmado várias parcerias económico-sociais com o Governo de Armando Guebuza. No entanto, deixou claro que a sua missão não terminou, e quer, porque quer, presenciar a inauguração da Sociedade Moçambicana de Medicamentos, a acontecer entre finais de 2011 e princípios de 2012.

Podem haver muitas razões que prendem, neste momento, Lula da Silva a Moçambique, mas somente uma, ligada à futura fábrica, seria a principal: a frustração de não ter inaugurado, na última quarta-feira, as instalações, como estava previsto, tratando-se de um empreendimento viabilizado, sobretudo, pelo seu governo.

Aliás, o presidente brasileiro mostrou-se triste pelo facto das dificuldades financeiras terem adiado a inauguração da unidade fabril que, operacional, deverá produzir 250 milhões de comprimidos por ano. Sabe-se que, para além de medicamentos para o tratamento de pessoas padecendo de HIV-SIDA, a fábrica deverá produzir outros comprimidos, tais como ácido fólico, diclofenaco de potássio, captoril e metronidazol.

Em Moçambique, cerca de 350 mil pessoas estão no estágio avançado da doença e necessitam de tratamento anti-retroviral, mas apenas pouco mais de 30% têm acesso aos medicamentos.

“Esta fábrica vai poder suprir não apenas as necessidades de Moçambique, mas também de outros países africanos. O facto de estarmos construindo a primeira fábrica (pública) de medicamentos genéricos para combater a Sida no continente africano pode ser anunciado como uma revolução”, disse Lula, mostrando entusiasmo com a dimensão do empreendimento.

Vale garante continuidade do projecto

Pelo menos a mineradora brasileira Vale garantiu a conclusão das obras da fábrica de medicamentos ao assinar, nesta quarta-feira, um acordo com o Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), que prevê a concessão de 4.5 milhões de dólares para o empreendimento. O investimento total previsto aplicar na fábrica é de nove milhões de dólares americanos.

O acordo foi assinado pelo director presidente da Vale-Moçambique, Galibo Chaim, e pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) do IGEPE, Hipólito Hamela, exactamente nas instalações da futura Sociedade Moçambicana de Medicamentos, na Matola.

De resto, só faltará equipamento para o funcionamento da fábrica, que, segundo garantiu Lula da Silva, deverá chegar entre Março e Junho de próximo ano.

A visita de lula da silva

A noite de terça-feira foi o ponto mais alto da terceira visita de Lula da Silva a Moçambique, marcada pela assinatura de cinco acordos nas áreas de saúde, educação, agricultura e urbanização. Trata-se de ajustamentos complementares ao acordo de cooperação para a implantação do banco de leite humano e centro de lactação no Hospital Central de Maputo (HCM), do centro de tele-saúde, biblioteca e programa de ensino à distância na saúde da mulher, da criança e do adolescente, para além da instalação da Universidade Aberta do Brasil.

Para a materialização do projecto banco de leite humano, o governo brasileiro prevê desembolsar mais de 500 mil dólares, a serem aplicados na aquisição do equipamento, transferência de tecnologia e capacitação de profissionais.

Os acordos assinados entre os dois governos visam ainda o estabelecimento da cooperação trilateral (envolvendo também o Japão) para o desenvolvimento da agricultura de savana (Pro-Savana) e do ordenamento do bairro Chamanculo “C”, na capital do país.

No jantar oficial oferecido por Armando Guebuza, o presidente brasileiro, Lula da Silva, anunciou o desembolso de 80 milhões de dólares norte-americanos para ‘obras’ no aeroporto de Nacala, na província de Nampula.

Não houve detalhes sobre este financiamento, mas o Governo moçambicano tem um plano de transformar aquele aeroporto essencialmente militar em comercial.

Excluindo os acordos de cooperação entre os dois países, a visita de Lula da Silva foi marcada por uma aula magna, por si proferida, na mesma terça-feira de manhã, simbolizando o lançamento formal da Universidade Aberta de Moçambique, instituição que resulta da parceria entre a Universidade Pedagógica, Universidade Eduardo Mondlane, Ministério da Educação e a Universidade Aberta do Brasil. Trata-se de uma instituição que se vai dedicar ao ensino à distância nas áreas de formação de Biologia, Matemática e Pedagogia.

Lula da Silva destacou a educação e a agricultura na sua dissertação, tendo aconselhado ao incremento de investimento nestes sectores, em África, em Moçambique particularmente, por se mostrarem fulcrais para o desenvolvimento económico e estabilidade social das nações.

O Chefe de Estado brasileiro, que deixa o poder a 31 de Dezembro próximo, deixou várias lições de governação, nesta visita de dois dias a Moçambique, e mostrou, mais uma vez, a sua indignação com a Europa e os Estados Unidos de América, pela forma impávida como olham para os acontecimentos e a miséria em África.

O EDIL DA BEIRA DIZ QUE O GOVERNO CENTRAL ESTÁ A DAR CHUCHA AO POVO ATÉ DEZEMBRO




Daviz Simango vaticina nova onda de instabilidade em Moçambique

➢ A situação pode-se repetir. E o que é que o Governo fez? Foi dar uma chucha à população até Dezembro. E depois de Dezembro o que vai acontecer? Dezembro é época de festas, as pessoas terão gasto o pouco que tinham guardado para passar o Natal e Ano Novo, e vão precisar de recursos financeiros que não vão ter. Portanto, a política do Governo em continuar a subsidiar não é correcta – Daviz Simango, presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
A situação de instabilidade registada em Setembro em algumas cidades de Moçambique, incluindo a capital, Maputo, pode repetir-se, segundo vaticínio do presidente do município da Beira e presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, oposição).

“Neste momento, o país vive uma situação crítica e essa situação crítica é exactamente para segurar os interesses de algum enriquecer de forma ilícita.

A situação (registada em Setembro) pode repetir-se”, disse Daviz Simango, ex-dirigente da RENAMO e que, entretanto, fundou o MDM, actual terceira maior força política moçambicana.

O político moçambicano falava à agência LUSA à margem de uma conferência em Lisboa promovida pela Universidade Católica Portuguesa, sobre a “Doutrina Social da Igreja, Livre Iniciativa e Pobreza”.

No início de Setembro, várias cidades de Moçambique foram palco de manifestações contra o aumento do preço de energia, água e pão, que culminaram em confrontos entre a população e a Polícia de que resultaram 18 mortos.

O Governo moçambicano decretou, entretanto, o congelamento dos preços dos bens essenciais, mantendo até Dezembro a atribuição de subsídios, mas Daviz Simango desvalorizou as medidas adoptadas.

“A situação pode-se repetir. E o que é que o Governo fez? Foi dar uma chucha à população até Dezembro. E depois de Dezembro o que vai acontecer? Dezembro é época de festas, as pessoas terão gasto o pouco que tinham guardado para passar o Natal e Ano Novo, e vão precisar de recursos financeiros que não vão ter. Portanto, a política do Governo em continuar a subsidiar não é correcta”, disse.
Daí que Daviz Simango não esconda a apreensão que sente: “Neste momento, o país vive uma situação crítica e essa situação crítica é exactamente para segurar os interesses de algum enriquecer de forma ilícita”.

Governo desnorteado

A remodelação operada no passado dia 12 de Outubro no Governo moçambicano, em que o titular da Agricultura, Soares Nhaca, foi substituído pelo até então ministro do Interior, José Pacheco, representa para Daviz Simango prova da falta de uma “nova política de combate à pobreza e à fome”. “O que o país precisa são novas políticas, claras, sobre agricultura. O país apenas produz em 10 porcento da terra disponível para a agricultura”, razão por que se mantém a “grande dependência” da importação de produtos alimentares.

“A pergunta que fazemos é: a quem beneficia essa transição financeira de importação de produtos? De certeza que há uma rede interessada em continuar a importar produtos”, acusou.
Quanto à nova política que reclama, Daviz Simango socorre-se da agricultura e aponta o dedo ao Presidente da República, Armando Guebuza.

“Aquela solução de remodelar o Governo é uma forma de dizer estou presente”, salientou, recordando que ao longo dos seis anos que leva no exercício das funções de Presidente da República, Guebuza já mudou quatro vezes de ministro da Agricultura.
“O problema não é a mudança dos ministros. O problema são as políticas que estão a ser implementadas”, concluiu.
CORREIO DA MANHÃ – 11.11.2010

Wednesday, November 10, 2010

Moçambique-Brasil: Projectos viabilizados




OITENTA milhões de dólares estão disponíveis para viabilizar a transformação da base aérea de Nacala, em Nampula, em aeroporto internacional. O montante faz parte dum pacote geral de financiamento na ordem de 300 milhões de dólares acordados para a área de infra-estruturas no âmbito da cooperação entre Moçambique e Brasil, classificada como estando a conhecer o seu momento mais alto.Maputo, Quarta-Feira, 10 de Novembro de 2010:: Notícias
Moçambique assume-se, desta forma, como o maior parceiro do Brasil, em África, o que se consubstancia ainda nesta deslocação que o Presidente-cessante, Luís Inácio Lula da Silva, efectua pela terceira e última vez ao país na qualidade de Chefe de Estado.

Na sequência desta visita, os Governos moçambicano e brasileiro assinaram ontem, em Maputo, cinco acordos nas áreas de saúde, educação, agricultura e urbanização. Trata-se de ajustamentos complementares ao acordo de cooperação para a implantação do banco de leite humano e centro de lactação, do centro de tele-saúde, biblioteca e programa de ensino à distância na saúde da mulher, da criança e do adolescente, para além da instalação da Universidade Aberta do Brasil. Outros acordos referem-se ao estabelecimento da cooperação trilateral para o desenvolvimento da agricultura de Savana (Pro-Savana) e do ordenamento do bairro do Chamanculo “C”, na capital do país.

Falando no jantar que ofereceu a Lula da Silva, o Presidente Armando Guebuza disse que é graças à visão e empenho do Presidente brasileiro que a cooperação entre Brasil e Moçambique está a conhecer tempos áureos com mais investimentos públicos e privados brasileiros.

“O Presidente Lula é homem de palavra. Prometeu-nos que voltaria. Está hoje aqui connosco, há poucas semanas do 31 de Dezembro, data do fim do seu segundo mandato. Prometeu-nos e cumpriu. Queremos agradecer a oportunidade que nos dá de, em viva voz, expressarmos a nossa admiração pela sua trajectória de cidadão, operário, sindicalista, político e de Chefe de Estado”, disse Guebuza.

Por seu turno, Lula da Silva assegurou que a indicação de Dilma Rousseff para a chefia do Governo não iria alterar o compromisso e a política do Brasil com relação a África. Vai continuar e a fortalecer-se cada vez mais.

“Aqui faço a minha despedida depois de oito anos de governação. O Presidente Guebuza também visitou-nos três vezes, o que reflecte o desenvolvimento dos laços que nos unem. Moçambique é hoje o maior parceiro da cooperação brasileira em África”, sublinhou.

O ilustre visitante termina a sua visita com uma deslocação hoje à fábrica de anti-retrovirais, cuja actividade deve iniciar no próximo ano.

Fonte :Notícias

Maputo aos 123 anos





MAPUTO, a capital do país, completa hoje 123 anos de sua elevação à categoria de cidade. Nestas condições, assume-se como um caso típico de desenvolvimento humano, no qual ressalta uma convivência entre o velho e o novo que legitima o seu crescimento em todos os sentidos.

Maputo, Quarta-Feira, 10 de Novembro de 2010:: Notícias
O tipo de problemas com que ainda se debate esta urbe configura, porém, desafios que exigem cada vez maior engenho nas soluções, modernidade no pensamento estratégico e dinamismo na execução dos projectos, tal como tem acontecido.

Um dos exemplos dessa persistência é a sensível melhoria na gestão dos resíduos sólidos, há bem pouco tempo uma dor de cabeça para todos, apesar de continuarem a existir focos de práticas deploráveis nalgumas zonas da cidade.

Há também a considerar os investimentos em curso na construção de novos edifícios para serviços, habitação, hotelaria e comércio que, de alguma forma, dão outra visibilidade à capital. Outrossim, a reabilitação e classificação de estradas tornaram a cidade do Maputo numa urbe menos hostil à circulação automóvel, numa altura de cada vez mais crescente parque de viaturas.

Esta dinâmica vem sendo acompanhada pela tendência de expansão da cidade para novas áreas do território municipal, onde se erguem milhares de obras de alvenaria pertencentes a cidadãos que, a pouco e pouco, vão trocando a agitação do centro da cidade pelo sossego dos bairros periféricos. O crime violento também tem vindo a registar uma redução considerável, fazendo jus ao facto de ser Maputo uma das capitais mais seguras do mundo.

A fraca capacidade de prestação do serviço de transportes público estimulou o crescimento do parque automóvel nos últimos anos. Este esforço dos cidadãos denuncia agora uma grave fraqueza no que diz respeito à disponibilidade de vias para escoar o crescente tráfego.

A abertura ontem da segunda faixa da Avenida Joaquim Chissano, que liga o centro da cidade a vários bairros periféricos, faz parte dos esforços que se impõem para a solução do problema do congestionamento do trânsito.

Tuesday, November 9, 2010

Lula da Silva já está em Maputo




O presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, desembarcou, ontem, à noite, no Aeroporto Internacional de Maputo, no âmbito de uma visita de trabalho de dois dia, por sinal a última antes de deixar o poder para Dilma Rousseff, presidente recentemente eleita.
Acompanham Lula os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim e sua esposa; da Educação, Fernando Haddad; da Providência Social, Carlos Eduardo Gabas; da Saúde, José Temporão; além do senador da República, Marcelo Crivela, e do governador do Estado de Ceará, Cid Ferreira Gomes.
Durante os dois dias, Lula irá proferir uma aula magna na Universidade Pedagógica, além de se encontrar com os empresários brasileiros, no fim da tarde de hoje, primeiro dia da visita. Ainda hoje, o presidente brasileiro será recebido, no Palácio da Ponta Vermelha, pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, antes da assinatura de acordos entre os dois governos. O primeiro dia de Lula só termina com um jantar oficial, oferecido pelo seu homónimo moçambicano.
No período de manhã, o ministro da Educação do Brasil, Fernando Haddad, vai efectuar uma visita ao Instituto Nacional do Ensino à Distância, antes de escalar o laboratório de biologia. No local será recebido pelo seu homónimo, Zeferino Martins.
Para o segundo dia, estão previstas a visita às instalações da futura fábrica de anti-retrovirais e das máquinas de fabrico de anti-retrovirais, bem como a explicação sobre o referido projecto, e das instalações da fábrica de Soro Fisiológico. No mesmo local, será feita a projecção de vídeo sobre o processo de produção de anti-retrovirais no Brasil e das instalações da fábrica de Soro Fisiológico.
Está ainda prevista a assinatura de acordos entre a VALE e o IGEPE.

O País

Governo não agravará taxa de importação de combustíveis em 2011


2010/11/09

A taxa de importação de combustíveis não irá ser agravada em 2011, garante o Governo no seu Plano Económico e Social (PES) e Orçamento do Estado (OE) do próximo ano.
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Por outro lado, já consignou para o Orçamento de 2011 um subsídio global de cerca de 498 milhões de meticais para manutenção dos preços actuais do transporte urbano, pão e combustíveis, no mesmo período.

O Executivo explica numa nota enviada à Assembleia da República (AR), que caso o preço dos combustíveis venha a ser agravado no mercado externo, no país o incremento só será no mesmo valor de aumento no estrangeiro, ‘sem incremento, portanto, da taxa de importação’, explicou Eneas Comiche, presidente da Comissão do Plano e Orçamento do Parlamento, lendo, esta segunda-feira, as referidas notas aos colegas deputados membros daquela comissão especializada e do recém-criado Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO).

Segundo Comiche, para a manutenção da taxa actual de importação de combustíveis está consignada na proposta da Lei Orçamental de 2011 uma verba de 1140 mil meticais, enquanto para subsídio do transporte urbano estão assegurados cerca de 332 milhões de meticais, contra 166 milhões de meticais a serem destinados a panificadoras para não aumentarem o preço do pão, em 2011.

Refira-se, entretanto, que o Plano Económico e Social (PES) e Orçamento do Estado (OE) de 2011 serão apresentados no Parlamento pelo Governo para a sua aprovação ao longo do presente mês de Novembro, depois de terem sido objecto de apreciação e emissão de pareceres por todas as comissões especializadas da AR…

fonte: Verdade
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Lula em Moçambique

O PRESIDENTE brasileiro cessante, Lula da Silva, é aguardado esta madrugada, em Maputo, para dar início a uma visita de trabalho de dois dias ao país.

Maputo, Terça-Feira, 9 de Novembro de 2010:: Notícias

Trata-se da terceira e última visita que realiza ao nosso país na qualidade de Chefe de Estado, esperando-se que, dentre outras matérias, seja passada em revista com as autoridades nacionais a cooperação bilateral que conheceu um grande impulso durante o mandato de Lula, com enfoque particular para as áreas da saúde, educação, agricultura e indústria extractiva

Raparigas lavam carros para pagar escola

09/11/2010

Cidade de Nampula

As raparigas de Nampula descobriram uma nova maneira de ganhar a vida sem recorrer a actos tidos como estando à margem da moral e do bom senso, como é o caso da prostituição infantil, que é deveras frequente nesta cidade. Lavam carros em diversas esquinas da cidade para pagar propinas nas escolas que frequentam, com a esperança de um dia mudarem de vida.

O fenómeno é de certa maneira novo, pelo menos a nível da chamada capital do norte, a cidade de Nampula. Raparigas nas idades compreendidas entre onze e dezasseis anos, descobriram uma actividade rentável com vista a melhorar as suas condições de vida. Trata-se de limpeza de viaturas que estacionam em locais públicos, na sua maioria em hotéis, centros comerciais e até mercados.

Na última sexta-feira, a reportagem do Canalmoz, na cidade de Nampula, surpreendeu um grupo de três raparigas, nomeadamente Memuna, Maria e Bety, que junto, às bermas do Hotel Girassol, se dedicavam à limpeza de carros para ganhar dinheiro. Era por volta das vinte horas quando as encontramos a efectuarem os serviços. Convidamo-las para uns dedos de conversa. A priori recusaram-se a dar a cara, mas depois de muita insistência da nossa parte cederam e logo foram avisando: “não aceitamos que nos tirem fotos, porque estudamos e nossos colegas vão se rir de nós”.

Em conversa tímida, Memuna, a mais velha das três jovens, com apenas dezasseis anos, foi aos poucos nos revelando de onde surge a ideia. “Lá no bairro (Namicopo) muitos dos nossos amigos saem todos os dias de manhã e regressam à noite com muito dinheiro” disse para depois prosseguir, “eu, por exemplo, ando na sexta classe e o senhor professor pediu-me setecentos meticais para passar de classe e como não tinha, os meus amigos, que frequentam aqui, convidaram-me também a ganhar dinheiro”. Conta Memuna que “durante a primeira semana tive muitas dificuldades, pois ninguém aceitava que eu lhe limpasse o carro, mas depois as coisas foram mudando e melhorando” e “agora consigo, numa noite, entre duzentos e trezentos meticais”. Esta nossa fonte defende que não pode se dar ao luxo de ir ali de dia “porque as pessoas ver-me-ão, como disse anteriormente, e rir-se-ão de mim”.

Esta posição manifestada por Memuna é igualmente partilhada pelas suas companheiras que avançaram um dado importante: “nós somente vivemos com nossas mães, que dão o seu máximo para cultivar comida e também ajudamos desta maneira”.

Para quê este serviço?

As meninas dizem ter começado a batalha no meio de muitas dificuldades e a primordial foi pagar aos seus professores a fim de transitarem de classe, necessidade que ficou satisfeita em menos de uma semana. “Nós não tínhamos como pagar os professores para passarmos de classe e também não queremos ser como as outras raparigas que preferem prostituir-se para ganhar dinheiro, quando muito bem podem conseguir o que querem, vivendo de forma honesta”, desabafaram as nossas interlocutoras, para quem esta vida compensa. “Não vamos deixar este serviço porque ganhamos dinheiro”. (Aunício da Silva)

Friday, November 5, 2010

Vale quer investir 20 mil milhões USD em África nos próximos anos


Roger Agnelli, presidente da Vale




Revela o presidente da instituição, Roger Agnelli

A Vale, que já é a maior produtora mundial de minério de ferro, revelou recentemente que pretende com estes investimentos tornar-se também num dos três maiores produtores de cobre de África.

A empresa brasileira de mineração, Vale, vai investir, em África, entre 15 e 20 mil milhões de dólares, nos próximos cinco anos, quase dez vezes mais do que gastou até agora no continente e Moçambique será um dos destinos prioritários.

A empresa, que já é a maior produtora mundial de minério de ferro, revelou recentemente que pretende com estes investimentos tornar-se também num dos três maiores produtores de cobre no continente, onde existe este minério em abundância.

O anúncio foi feito pelo presidente da Vale, Roger Agnelli, quando a empresa anunciou um lucro de 7.8 mil milhões de dólares durante o terceiro trimestre deste ano. Este número representa um crescimento na ordem de 69,2 se comparado com os 4.6 mil milhões registados no segundo trimestre.

A Vale anunciou ainda que durante os primeiros nove meses de 2010 investiu 14 mil milhões de dólares e, neste momento, está a rembolsar 5 biliões aos accionistas, o que segundo um comunicado da empresa “destaca a qualidade dos resultados apresentados”.

Para 2011, a Vale espera realizar o maior investimento de sempre, cerca de 24 mil milhões de dólares, quase o dobro do programado até ao final de 2010.

Segundo Agnelli, os investimentos serão financiados “plenamente” pelo capital da empresa, sem necessidade de recorrer a crédito.

Em África, a Vale está a direccionar os seus principais investimentos africanos para Moçambique, Zâmbia, Guiné-Conacri e Libéria. Todavia, também se tem mostrado atenta a oportunidades na República Democrática do Congo e Angola, sobretudo na produção de cobre.

Até hoje, os investimentos no continente ascendem a 2,5 mil milhões, mas quase todo o aplicado no sector extractivo, pelo que a margem para aumento é grande.

Fonte: O Pais Online

Thursday, November 4, 2010

Maputo acolhe primeiro fórum dos “Constitucionais” da CPLP

Terça, 02 Novembro 2010 07:59 Redacção .

A capital moçambicana acolhe, o primeiro fórum dos presidentes das jurisdições constitucionais da CPLP

A capital moçambicana acolhe, esta quarta-feira, o primeiro fórum dos presidentes das jurisdições constitucionais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A mesma será presidida pelo presidente do Conselho Constitucional (CC), Luís Mondlane, na qualidade de presidente daquele fórum. Em Maio deste ano, os presidentes dos “Constitucionais” reuniram pela primeira vez em Portugal, para instituir aquele fórum, tendo sido eleito Moçambique para presidir ao fórum durante os próximos dois anos. A informação foi confirmada ao “O País” pelo secretário-geral do CC, Geral do Saranga, falando em Maputo, numa conferência de Imprensa. Ainda segundo Saranga, este fórum passa a garantir uma maior cooperação entre os países membros, a nível jurídico-judicial, de jurisprudência e de luta pelo garante dos direitos humanos nos paises da comnidade.

Primeira viagem de Dilma deverá ser a Moçambique


Após a sua eleição como presidente do Brasil



Dilma conquistou 56.01% dos votos, enquanto o seu opositor, José Serra, obteve 43,99%, ou seja, 43,62 milhões de votos válidos, apesar da abstenção de 21,5%.

A primeira viagem da presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, deverá ser a Moçambique, acompanhando o presidente Lula da Silva, que vai despedir-se do continente africano no próximo dia 10, com a inauguração de três projectos marcantes.

A informação foi dada pelo assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, ao sair do Palácio da Alvorada, onde participou no encontro da candidata eleita do Partido dos Trabalhadores (PT) com o presidente Lula.

Segundo Garcia, Dilma deverá também acompanhar o chefe do Estado brasileiro na próxima reunião dos líderes do G-20, que decorre na próxima semana em Seul, na Coreia do Sul.

Em Maputo, Lula vai conhecer o local onde será instalada uma fábrica de medicamentos anti-retrovirais, para tratamento da Sida, a ser gerida pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). A planta será instalada num galpão ao lado do local onde hoje já funciona uma fábrica de soros.

O presidente Lula também dará uma aula magna na Universidade Pedagógica de Moçambique.

Será a primeira fábrica pública de medicamentos contra a Sida em África. O presidente Lula também dará uma aula magna na Universidade Pedagógica de Moçambique, que está prestes a tornar-se a primeira instituição estrangeira a integrar a Universidade Aberta do Brasil, que forma e qualifica educadores por meio do ensino à distância.

Esses são dois exemplos dos mais de 30 projectos de cooperação que o Brasil mantém ou auxilia no país. “É uma responsabilidade que está no contra-cheque dos países que abraçam grandes causas no cenário internacional”, disse o embaixador brasileiro em Moçambique, António Souza e Silva. “São os encargos de quem tem a posição que o Brasil tem hoje em dia, de líder no G20, de participante activo das discussões da OMC (Organização Mundial do Comércio) e de aspirante a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas”.

Instituições públicas brasileiras também ajudam Moçambique a implementar uma série de projectos, entre eles o curso de formação profissional no sector manufactureiro, com o apoio do Serviço Nacional da Indústria (Senai); o mestrado em ciências da saúde, com o apoio da Fiocruz; e a informatização da Segurança Social. Dentre os projectos, constam ainda o de melhoramento agrícola, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nas áreas de reflorestamento de Machipanda, na fronteira com o Zimbabwe, entre outros.

Fonte: O Pais Online

Uganda votará lei que condena gays à morte




O continente africano reúne o maior número de países (36) com leis contra práticas homossexuais


O continente africano reúne o maior número de países (36) com leis contra práticas homossexuais. Quatro deles, Mauritânia, Nigéria, Sudão e Somália, condenam à morte quem viola a proibição. Mas o número deve aumentar, pois nos próximos dias o Uganda prevê a aprovação de novo decreto, seguindo a mesma toada que as nações já citadas.
Este movimento africano contra a homossexualidade está a espalhar-se por todo o continente, de acordo com Mónica Mbaru, responsável pelo programa africano da Comissão Internacional pelos Direitos Gays e Lésbicos, temendo-se, por isso, um «efeito dominó».

“Esse é nosso grande medo, já que muitos países deram início a debates sobre o tema. No Quénia, processos constitucionais já retiraram conquistas positivas alcançadas antes da proposta de Uganda. A Tanzânia lançou uma campanha contra o activismo gay. Na Etiópia, líderes religiosos já se pronunciaram contra o apoio aos direitos homossexuais”, disse Mbaru, em declarações à Globo, revela a comunidade GLS Moçambicana no seu boletim informativo desta semana.

CANALMOZ – 04.11.2010

Tuesday, November 2, 2010

Dilma Rousseff viaja para Moçambique no próximo sábado



A presidente-eleita da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff, agendou uma viagem para Moçambique no próximo sábado, a acompanhar o presidente ainda em exercício, Luís Inácio Lula da Silva.

Em Maputo, Dilma e Lula vão inaugurar a fábrica de antiretrovirais construída com financiamentos brasileiros. Depois, ambos seguem para Seul, Coreia do Sul, onde vão participar da reunião do G20 – grupo das 20 maiores economias do mundo.


Dilma Rousseff é a primeira mulher que irá ocupar a Presidência do Brasil. A sua viagem a Maputo foi confirmada pela própria, segundo escreve a edição online de ontem, da Revista África 21, citando o assessor especial da Presidência carioca para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

“Na verdade, a África é uma parada para o G-20. Evidentemente o presidente tem todo o interesse de que a presidente Dilma esteja nas reuniões multilaterais”, diz Marco Garcia, citado pela Imprensa brasileira.

Assim, Moçambique será o primeiro país estrangeiro a ser visitado pela futura presidente brasileira, que foi eleita domingo, em segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, com cerca de 55% dos votos.

CANALMOZ - 02.11.2010

Nampula vai ter nova cadeia provincial


A província de Nampula passará, a partir de 2012, a dispor de uma nova cadeia provincial, em substituição da actual, que para além de ser diminuta para tanta população prisional, encontra-se num avançado estado de degradação física das suas infra-estruturas.




Dados da direcção da cadeia civil provincial, indicam que, neste momento, decorre o processo de identificação do local onde será localizada a referida unidade prisional que, de princípio, deve ser fora do centro urbano.

Sem se avançarem os montantes a serem envolvidos na empreitada, uma informação daquela instituição enviada ao governo provincial sustenta que a decisão da Direcção Nacional das Prisões de construir uma nova cadeia, surge na sequência de se ter chegado à conclusão que a existente, concebida para pouco mais de 100 reclusos e albergar o quíntuplo da capacidade, o que faz com que falte espaço. A população reclusa vive em situação precária devido à falta de condições básicas, como as de saneamento.

Enquanto isso, outras informações dão conta de que o governo de Nampula dá nota positiva às entidades ligadas à administração da justiça pela integração em actividades produtivas da população infantil em conflito com a lei.

Inaugurada este ano e a funcionar na Penitenciaria Industrial de Nampula, a Prisão Escola fez com que petizes em conflitos com a lei deixassem de ser encarcerados com os adultos e passassem a dispor de um espaço para sua escolarização.

Consta de que, dos mais de 1.800 reclusos actualmente encarcerados na penitenciaria industrial regional norte e em outras Quinze unidades prisionais da província de Nampula, a sua maioria é constituída de pessoas cuja faixa etária é de 17 a 25 anos de idade. Roubos, furtos, consumo de estupefacientes, burlas e homicídios, são os crimes principais praticados por aqueles menores em conflito com a lei…

Fonte: verdade

Aplicativo ajuda a monitorar a distribuição de água em diversas partes do planeta




falta de acesso a água potável em locais como o África subsaariana já se tornou uma questão conhecida e combatida por governos e ONGs de todo o planeta. E uma das ferramentas mais utilizadas para garantir o acesso à água nessas comunidades é o poço. O problema, segundo o CEO da Water for People, Ned Breslin, é que atualmente até 60% desses equipamentos encontram-se quebrados ou disfuncionais.

Ele conta que depois que os poços são construídos, a população faz festas e celebra a novidade e os doadores ficam felizes e orgulhosos de sua boa ação. O problema vem depois, quando a falta de manutenção faz com que o equipamento se transforme em uma ruína em pouco tempo.

Para ajudar a acabar com esse cenário, a organização criou o Flow – um aplicativo que ajudar a identificar e divulgar esses locais e garantir que os poços sejam consertados no mínimo de tempo possível. Com ele, é possível que qualquer pessoa tire uma foto de um poço e publique a informação no Google Earth e Google Maps para que qualquer um veja a situação local.

Assim, membros da comunidade, empresários, professores, parceiros, funcionários, voluntários ou qualquer cidadão disposto a colaborar podem recolher dados com um celular com Android e compartilha-lo com o resto do mundo.

Segundo Breslin, a iniciativa é fundamental para que os poços não apenas existam, mas seja úteis e funcionais por muitos anos. "Eu quero saber que ainda estamos fornecendo água não só um ano a partir de hoje, mas daqui a 10 anos", disse em entrevista a Reuters.

Novo modelo de filantropia

A tecnologia também pode ser utilizada por postos de saúde rurais para informar sobre as doenças que estão atingindo a população local, quais os medicamentos e materiais necessários, ou quantos nascimentos ocorreram em um determinado período. Ela ainda pode ajudar os agricultores a avaliar melhor os mercados agrícolas e saber, por exemplo, qual o valor de venda dos grãos naquele dia.

E isso não é à toa. Para Breslin, um novo modelo de filantropia está surgindo com os novos aparatos tecnológicos e mostrando que é possível unir o planeta em prol de grandes causas com o uso de plataformas como o Flow. "Nós divulgamos a pobreza e logo depois esquecemos daquela comunidade. E eu quero incentivá-las para que tenham água [e outros bens] para sempre", completou.

Foto: Divulgação

Monday, November 1, 2010

Política Renamo cria grupo de diálogo para persuadir o governo a aceitar conversações


Reunida em Comissão Política Nacional


A comissão política da Renamo esteve reunida, durante os últimos três dias, na cidade de Nampula, onde o pano de fundo foi a criação de um grupo de diálogo com vista a pressionar o governo a aceitar negociações com aquela formação política para a revisão do Acordo Geral de Paz.
Discursando na abertura do encontro, o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, disse que dentre os vários pontos a ser revistos, aponta-se a situação da segurança da Renamo, para que tenha direitos iguais aos dos outros combatentes; o problema das Forças Armadas, alegadamente porque a Frelimo “desmontou” todos os oficiais superiores da Renamo que tinham sido incorporados nas Forças Armadas de Moçambique, no âmbito da criação de um exército único; criação de uma Força de Intervenção Rápida (FIR), onde a metade dos homens seja da Renamo; despartidarização da Polícia da República de Moçambique e das instituições do Estado, entre outros.

Até ao fecho desta reportagem, o encontro ainda estava a decorrer - à porta fechada - e não tinham sido avançados os nomes dos membros da Renamo indicados para fazer parte do referido grupo de diálogo.

De acordo com o líder da Renamo, o país continua a registar situações relacionadas com as assimetrias regionais, onde as províncias do centro e norte continuam as mais penalizadas, colocando a população numa situação de extrema pobreza. “Não há igualdade de justiça para todos; a Renamo continua a ser humilhada pela Frelimo; não há observância dos direitos humanos; a população continua a ser intimidada, quando reclama os seus direitos, entre outras questões. Nós pretendemos endireitar tudo o que não está a andar bem, a partir deste encontro”, disse Dhlakama.

O líder da Renamo disse ainda que o grupo das conversações deverá sair de Nampula para Maputo, esta semana, para iniciar os primeiros contactos junto do governo.

“Se Guebuza quer a manutenção da democracia, deve aceitar esta negociação. Caso não, iremos iniciar com as manifestações que vão paralisar todo o país, à semelhança das reivindicações de 1 e 2 de Setembro nas cidades de Maputo e Matola”, disse Dhlakama, para quem a sua formação política pretende, igualmente, que se consolide a democracia no país através de um processo de eleição livre e transparente.

Dos membros da comissão política que participaram na reunião, conta-se Ossufo Momade, Vicente Ululu, Fernando Mazanga, Fátima Afate, Ivone Soares, além dos delegados políticos provenientes de todas as províncias do país.

Governo estuda ligação ferroviária entre Maputo e Cabo Delgado


Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula disse que 2011 será um ano crucial para a decisão de construir uma linha ferroviária a ligar Maputo a Cabo Delgado.
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Falando ao jornal Notícias Paulo Zucula disse que neste momento decorrem negociações para a realização do troço entre Mutarara e Mutuale que é uma linha que atravessa a província da Zambézia e termina em Nampula ligando o Corredor de Nacala.

‘Se os projectos petrolíferos derem certo no Norte vai ser facil negociar uma linha que saia de Mutuale em direcção a Mocímboa da Praia porque esta é a parte em que a linha poderá ser mais viável’ disse o ministro.


Paulo Zucula admitiu ainda que até ao final de 2011 "vamos ter o estudo certo sobre o traçado da linha, sobre o que vai custar e onde estarão os projectos que vão suportar a sua viabilidade. Uma vez isso feito é mais fácil avançar".

‘Já existem alguns memorandos de entendimento e neste momento estão em curso estudos nesse sentido. Na semana passada houve uma reunião de logística de carvão e há grupos chineses que têm muito interesse nesse troço. Há há um grupo de moçambicanos que, com parceiros estrangeiros, também tem interesse nesse troço. A nossa ideia é deixar quem tem dinheiro fazer esses projectos’ disse o responsável do governo.

O ministro referiu que depois desse troçoentre Mutarara e Mutuale será estuda a ligação do Dondo à Linha do Limpopo e posteriormente do Limpopo ao Botswana…

fonte: Macauhub