Monday, November 1, 2010
Política Renamo cria grupo de diálogo para persuadir o governo a aceitar conversações
Reunida em Comissão Política Nacional
A comissão política da Renamo esteve reunida, durante os últimos três dias, na cidade de Nampula, onde o pano de fundo foi a criação de um grupo de diálogo com vista a pressionar o governo a aceitar negociações com aquela formação política para a revisão do Acordo Geral de Paz.
Discursando na abertura do encontro, o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, disse que dentre os vários pontos a ser revistos, aponta-se a situação da segurança da Renamo, para que tenha direitos iguais aos dos outros combatentes; o problema das Forças Armadas, alegadamente porque a Frelimo “desmontou” todos os oficiais superiores da Renamo que tinham sido incorporados nas Forças Armadas de Moçambique, no âmbito da criação de um exército único; criação de uma Força de Intervenção Rápida (FIR), onde a metade dos homens seja da Renamo; despartidarização da Polícia da República de Moçambique e das instituições do Estado, entre outros.
Até ao fecho desta reportagem, o encontro ainda estava a decorrer - à porta fechada - e não tinham sido avançados os nomes dos membros da Renamo indicados para fazer parte do referido grupo de diálogo.
De acordo com o líder da Renamo, o país continua a registar situações relacionadas com as assimetrias regionais, onde as províncias do centro e norte continuam as mais penalizadas, colocando a população numa situação de extrema pobreza. “Não há igualdade de justiça para todos; a Renamo continua a ser humilhada pela Frelimo; não há observância dos direitos humanos; a população continua a ser intimidada, quando reclama os seus direitos, entre outras questões. Nós pretendemos endireitar tudo o que não está a andar bem, a partir deste encontro”, disse Dhlakama.
O líder da Renamo disse ainda que o grupo das conversações deverá sair de Nampula para Maputo, esta semana, para iniciar os primeiros contactos junto do governo.
“Se Guebuza quer a manutenção da democracia, deve aceitar esta negociação. Caso não, iremos iniciar com as manifestações que vão paralisar todo o país, à semelhança das reivindicações de 1 e 2 de Setembro nas cidades de Maputo e Matola”, disse Dhlakama, para quem a sua formação política pretende, igualmente, que se consolide a democracia no país através de um processo de eleição livre e transparente.
Dos membros da comissão política que participaram na reunião, conta-se Ossufo Momade, Vicente Ululu, Fernando Mazanga, Fátima Afate, Ivone Soares, além dos delegados políticos provenientes de todas as províncias do país.
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1 comment:
O presidente Dhlakama e a Renamo tem muita razao para propor a revisao do pacote da Paz.
O pais vai mal e ha tantas coisas que estao acontecer por falta de observancia das regras estabelecidas nos vastos artigos das leis que o pais possui.
Forca e esperamos que a Frelimo possa aceitar ouvir.
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