BLOG DEDICADO À PROVINCIA DE NAMPULA- CONTRIBUINDO PARA UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA EM MOCAMBIQUE

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Friday, March 30, 2012

Visita de Daviz Simango a Mocuba provoca erupção



O líder do Movimento Democrático de Moçambique(MDM), Daviz Simango, visitou, última terça-feira, o município de Mocuba, a segunda cidade da província da Zambézia.

Naquela manhã, milhares de pessoas circulavam nas artérias daquela cidade em direcção ao local por onde Simango iria entrar.

Logo ao chegar, o líder do MDM foi recebido pelos seus membros e simpatizantes que o aguardavam empunhando material publicitário daquele partido.

Na ocasião, mais uma vez Daviz Simango voltou a reiterar o que havia dito em Quelimane aquando da sua chegada, último domingo.

“Queremos envenenar Mocuba, a partir de Quelimane” - disse por repetidas vezes o líder do MDM. E os presentes assumiram o desafio em fazer tudo para que, nas próximas eleições, marcadas para 2013, o MDM e o seu candidato saiam vitoriosos.

Aliás, os presentes quando viram o edil de Quelimane, Manuel de Araújo, que também estava com Daviz Simango, disseram que afinal a mudança é possível, dando exemplo concreto com a cidade de Quelimane e o seu edil como sendo as peças fundamentais.

Erupção em Mocuba

Quando Daviz Simango e a sua comitiva saíram de Mocuba, debaixo de um sol escaldante, ficaram os comentários.

Os munícipes dizem que a visita de Simango a Mocuba foi oportuna, olhando pelo descontentamento que se vive naquela cidade.

Outros não hesitaram em dar o seu posicionamento, dai que ficaram muitas lições com aquela visita, uma vez que Mocuba não tem visto com bons olhos a gestão do Rogério Gaspar, da Frelimo, naquele município que vive com grandes problemas de falta de água potável.

Recorde-se que Mocuba tem sido, nos últimos tempos, um grande cavalo de batalha dos políticos. Do lado da Frelimo, quase todos os dirigentes de alto nível, não visitam Zambézia sem escalarem Mocuba.

Fonte: DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 29.03.2012

Wednesday, March 28, 2012

Enfim... Portugal cedeu!

Salvador Namburete confirma negócio de 7,5%, mas diz faltarem detalhes.

Moçambique fechou o negócio de compra de metade dos 15% que Portugal controla na HCB. As autoridades querem, contudo, ir mais longe e propõem a compra de todo o capital luso.

O governo moçambicano fechou ontem, em Lisboa, o negócio de compra de 7,5% do capital da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), controlado pelo governo português.

Uma fonte ligada ao processo, que assegurou ao “O País” esta informação, revelou que as partes trabalham, agora, nos detalhes do dossier, e que deverão elaborar um comunicado dando conta da conclusão do negócio.

A equipa de negociadores moçambicanos é liderada pelo ministro da Energia, Salvador Namburete, que se faz acompanhar, entre outros, pelo seu director nacional de Energia, Pascoal Bacela, e pelo administrador financeiro da HCB, Max Tonela.

Tonela é uma peça-chave neste processo, tendo em conta que é também administrador para a área Financeira da Companhia Eléctrica do Zambeze (CEZA), empresa criada para gerir a HCB, pouco antes da reversão para as mãos dos moçambicanos.

O ministro da Energia foi cauteloso quando contactado pelo “O País” a partir de Lisboa. Salvador Namburete confirmou a existência de consenso na alienação dos 7,5%, mas prefere falar “quando todos os detalhes estiverem fechados”.

Explicou que, até aqui, foram levados à mesa de negociações apenas 7,5% dos 15% detidos por Portugal. Aliás, é isto que o memorando de entendimento que regula este negócio estabelece: a divisão ao meio dos 15% entre Moçambique e Portugal.

Só que as autoridades nacionais querem ir mais longe. A própria Assembleia da República de Moçambique recomendou ao Ministério da Energia para convencer os portugueses a venderem todos os 15%.

“A perspectiva é de ficar com os 15%, mas ainda não estamos a esse nível de negociação. Estamos a negociar só os 7,5%”, afirmou o ministro da Energia.

A nossa fonte garante, contudo, que Moçambique foi a Lisboa com uma proposta para ficar com toda a parte gerida por Portugal. Essa negociação deverá avançar assim que estiver selado o negócio dos primeiros 7,5%.

Factor Passos Coelho

O primeiro-ministro português, Passos Coelho, é determinante para o fim deste dossier. O dirigente português deveria ter visitado Moçambique nos dias 15 e 16 deste mês, mas a agenda não o permitiu.

A braços com uma crise financeira profunda, mas sobretudo devido à realização do congresso do Partido Social Democrático (PSD), de que é presidente, Passos Coelho cancelou a deslocação ao país.

A vinda do dirigente português tinha em vista desbloquear o impasse, que veio à superfície na cimeira luso-moçambicana, realizada em Novembro do ano passado, em Lisboa.

Fonte: O PAÍS – 28.03.2012

Friday, March 9, 2012

Renamo diz que matou sete agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR)

Polícia tem outra versão


Maputo (Canalmoz) - Sete agentes da FIR, incluindo o comandante da unidade que perpetrou a acção, foram abatidos na manhã desta quinta-feira quando assaltavam a sede do partido Renamo em Nampula. Os agentes da FIR foram abatidos por desmobilizados de guerra do partido de Afonso Dhlakama, segundo o secretário-geral desta formação política, Ossufo Momade. Mas a Polícia tem outra versão de que damos conta numa outra notícia nesta edição.

O secretário-geral da Renamo, avançou os dados de balanço do assalto que as forças especiais (FIR) da Polícia da República de Moçambique (PRM) efectuaram ontem, cerca das 05h00 da manhã à sede provincial da Renamo em Nampula, numa conferência de imprensa em Maputo, às 10h30. A conferência de Imprensa convocada pela Renamo, poucas horas depois da ocorrência em Nampula, serviu para abordar os acontecimentos que estão a deixar Nampula em alvoroço e ameaçam estender-se ao resto do País.

Na referida conferência de imprensa esteve presente o general “Bob”, Hermínio Morais, um dos mais temidos operacionais da Renamo durante da Guerra Civil, que é agora membro da Assembleia Municipal da Cidade de Maputo e já foi membro do Conselho Nacional de Defesa e Segurança.

O SG da Renamo, general Ossufo Momade, disse na ocasião que o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, já telefonou ao chefe de Estado moçambicano, que é simultaneamente presidente do Partido Frelimo, Armando Guebuza, a perguntar-lhe se o ataque da FIR à sede da Renamo era do seu conhecimento ou não. Até à realização da conferência de Imprensa, segundo o SG da Renamo, Armando Guebuza ainda não tinha respondido.

Uma tentativa semelhante havia sido programada pela FIR para quarta-feira, por ordens que, segundo ontem noticiámos, haviam sido dadas por agente do SISE provenientes de Maputo. Essa acção acabou por não se realizar, alegadamente porque em Nampula houvera quem se opusesse a uma intervenção militarizada da força especial da PRM. Contudo, o assalto da FIR acabou por se concretizar na madrugada seguinte, ontem, cerca das 05h00 da madrugada, tendo um forte tiroteio durado entre vinte e cinco e trinta minutos, pondo em alvoroço as imediações da sede da Renamo e deixado Nampula sobressaltada.

Sobre o ataque à sede da Renamo em Nampula, o SG do Partido Renamo, Ossufo Momade disse que foi ordenado pela ala radical do partido Frelimo que pretende minar a paz, que foi conquistada com muito sacrifício.

O secretário-geral da Renamo lembrou à tal “ala radical” da Frelimo que o seu partido ama a paz e tudo tem feito para manter a paz, mas não vai deixar de responder quando for atacado pelas forças da Frelimo. “Nós amamos a paz e tudo temos feito para manter a paz, mas não vamos tolerar ataques a pessoas indefesas que se encontram na nossa sede”, disse, para depois acrescentar que Afonso Dhlakama está agastado com a atitude da FIR.

Ossufo Momad disse ainda que da parte da Renamo não houve nem mortos, nem feridos. (Matias Guente)


Fonte: CanalMoz