Saturday, August 27, 2011
G12 apela ao diálogo entre Governo e oposição
G12 apela ao diálogo entre Governo e oposição
A COLIGAÇÃO G12, de Francisco Campira, defendeu, terça-feira, a abertura de um espaço de diálogo entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, para se ultrapassarem as diferenças de ordem política e social que opõem as principais forças políticas nacionais. Maputo, Sábado, 27 de Agosto de 2011:: Notícias
A posição foi manifestada numa conferência de Imprensa realizada no Maputo, que serviu para “repudiar” o ambiente de instabilidade e crispação que a organização diz existir no país “devido às reivindicações feitas pela oposição, sobretudo a Renamo, mas que não são atendidas pelo partido no poder ”.
A “perdiz”, através do seu líder, Afonso Dhlakama, tem estado a reivindicar uma renegociação do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado entre o antigo movimento rebelde e o Governo, em Roma, em 1992. Nas suas exigências, a Renamo pretende ver renegociada a integração dos seus militares nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM); maior apoio aos seus desmobilizados no processo de reinserção social, para além de outros temas que afirma não terem sido cumpridos na implementação do AGP.
“A coligação G12 está preocupada com a forma como a Frelimo tem estado a olhar para estas reivindicações, de forma desprezível e com arrogância, pois entende que para se salvaguardar a paz é necessário que no mais breve espaço de tempo possível o Presidente da República abra espaço para o diálogo com a Renamo, de forma a se ultrapassar a crise em que vivemos”, salienta Campira.
Na óptica do G12, a Frelimo deve ter consciência das “violações que está a cometer na alínea b) dos pontos dois e quatro do Protocolo IV do AGP, que garantem a apartidarização das Forças de Defesa e Segurança (FDS), a integração de 50 porcento de cada parte nos seus efectivos, que são o cerne deste conflito”.
O G12 afirma-se atento à situação política que o país vive, daí que considera que Moçambique está a viver “uma crise política, com alguns momentos de aparente estabilidade, desde a realização das eleições de 1994”.
Segundo esta coligação, nenhum processo eleitoral foi pacífico, quer nos períodos da sua preparação, quer nos pós-eleitorais. Para esta organização, tais crises têm-se agudizado devido ao facto de a Frelimo optar por desvalorizar e ignorar todas as reivindicações apresentadas pela oposição, sociedade civil e comunidade internacional, entre outros actores sociais e políticos.
É neste contexto que o G12 se solidariza com a Renamo e suas reivindicações, apelando ao partido no poder para a realização urgente do diálogo com a oposição.
Fonte: Jornal Noticias
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