MOÇAMBIQUE e Brasil assinaram, recentemente, em Brasília, um acordo sobre o transporte aéreo e de reconhecimento das cartas de condução.
Maputo, Terça-Feira, 22 de Junho de 2010:: Notícias
O entendimento foi alcançado no final da Comissão Mista Moçambique-Brasil que se reuniu entre os dias 16 e 17 de Junho corrente, que estabelece as bases para a realização do transporte aéreo entre os dois países, e ainda o reconhecimento das cartas de condução dos moçambicanos no Brasil e dos brasileiros em Moçam
Tuesday, June 22, 2010
Monday, June 21, 2010
Reconstrução da Ilha de Moçambique: Pedra a pedra ergue-se o “monumento”
A ILHA de Moçambique, localizada na província de Nampula, património histórico da humanidade, posição para a qual foi elevada pela Agência das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura – UNESCO, há cerca de 19 anos, está a registar avanços notáveis no seu processo de recuperação, acção focalizada para três importantes pilares, nomeadamente a reabilitação dos monumentos e locais históricos que testemunham a passagem de civilizações antigas, a transferência de famílias da cidade insular para a zona continental e a promoção dos valores culturais sobretudo o canto, dança e a coreografia.
Maputo, Quinta-Feira, 17 de Junho de 2010:: Notícias
No entanto, a sociedade civil local manifesta alguma apreensão em relação à componente que se relaciona com o alívio à pressão demográfica da parte insular da ilha e recomenda a adopção de medidas rígidas de controlo, por parte de todas as entidades ligadas ao processo, para prevenir que não se repitam situações protagonizadas por algumas famílias, que após terem sido reassentadas no continente, retornaram à cidade, alegadamente pelo facto de não terem sido criadas as condições sociais e para a geração de rendimentos através de micro-projectos.
Para garantir a assessoria técnica e coordenar a execução dos trabalhos de restauração do património histórico-cultural da ilha, salvaguardando, sobretudo, os aspectos arquitectónicos por parte dos empreiteiros envolvidos no restauro, o Governo central decidiu pela criação, em Agosto de 2007, do Gabinete de Conservação da Ilha de Moçambique (GACIM).
O director do GACIM, Celestino Gerimula, disse que a sua instituição já recebeu um total de 40 projectos para a reabilitação de monumentos e locais históricos, submetidos por agências internacionais e investidores privados, para a sua avaliação.
Daquele número, 39 projectos que foram submetidos pelo Governo e agências internacionais de cooperação, com destaque para a UNESCO, embaixada do Japão, Noruega e Portugal, foram aprovados, tendo para o efeito sido desembolsado pelos proponentes um montante equivalente a 594,5 milhões de meticais.
O valor foi gasto sobretudo nas duas fases das obras de reabilitação da ponte de 3,8 quilómetros de extensão que liga a parte insular ao continente, colocação de pavê, numa das principais artérias da urbe e da Fortaleza São Sebastião.
Por outro lado, na reabilitação do edifício da primeira capela da Igreja Católica, da escola secundária, do Prédio Girassol que acomodou, há mais de um século, diversos serviços do regime colonial, estão a beneficiar de obras de vulto, incluindo a ponte-cais que se encontrava degradada e que vai assegurar a acostagem, em condições de segurança, de embarcações de pesca e sobretudo de cruzeiros, que escalam a Ilha de Moçambique, transportando turistas, a partir de vários pontos do mundo.
De acordo com Gerimula, o movimento de restauração e reabilitação em curso, dentro e fora da ilha, estimulou a execução de trabalhos por parte de singulares, focalizando edifícios habitacionais, bem como a transformação e aproveitamento de algumas ruínas que actualmente funcionam como locais de lazer e que nunca existiram na ilha, facto que aumentou as opções de escolha para os turistas nacionais e estrangeiros, que escalam com maior frequência a primeira cidade-capital do país, com mais de 138 anos, como cidade.
Eletrobras desenvolve projecto de linha de transmissão ligando Tete a Maputo
A empresa brasileira Eletrobras vai desenvolver estudos para a implantação de uma linha de transmissão de alta tensão, de 1.400 quilômetros de extensão, ligando a província de Tete a Maputo, capital moçambicana. Um acordo de cooperação foi assinado na sede da estatal, no Rio de Janeiro.
O custo total do projecto Linha Centro-Sul (Cesul) está inicialmente estimado em US$ 2,8 bilhões. O estudo está previsto para ser concluído até o primeiro trimestre de 2011. Ele prevê ainda, segundo a Eletrobras, a implementação de duas linhas de corrente contínua, em 800 quilovoltts (KV), e uma em corrente alternada, em 400 KV, e levará em conta a viabilidade da energia produzida em Moçambique ser exportada para a África do Sul.
O acordo de cooperação também objectiva preparar a infraestrutura de transmissão de energia na Região Central de Moçambique para futuros aproveitamentos hidreléctricos no país, - em especial os do Vale do Rio Zambeze, com potencial energético estimado de 6.770 megawatts (MW).
RM – 18.06.2010
O custo total do projecto Linha Centro-Sul (Cesul) está inicialmente estimado em US$ 2,8 bilhões. O estudo está previsto para ser concluído até o primeiro trimestre de 2011. Ele prevê ainda, segundo a Eletrobras, a implementação de duas linhas de corrente contínua, em 800 quilovoltts (KV), e uma em corrente alternada, em 400 KV, e levará em conta a viabilidade da energia produzida em Moçambique ser exportada para a África do Sul.
O acordo de cooperação também objectiva preparar a infraestrutura de transmissão de energia na Região Central de Moçambique para futuros aproveitamentos hidreléctricos no país, - em especial os do Vale do Rio Zambeze, com potencial energético estimado de 6.770 megawatts (MW).
RM – 18.06.2010
“A Frelimo sujou as conquistas da Independência com as suas políticas devastadoras”
– afirma o presidente do partido Renamo, Afonso Dhlakama, a propósito da celebração dos 35 anos da Independência Nacional
“Toda a gente abraçou a Independência por ter lutado por ela, e, com a saída dos colonos, os nacionalistas já se podiam afirmar, mas, surpreendentemente, o Governo da Frelimo veio a piorar a situação e em muito pouco tempo matou muitas pessoas, mais do que durante os quinhentos anos da colonização portuguesa. A Frelimo negou a democracia. Matou quem se arriscasse a pensar de maneira contrária à sua ideologia marxista-comunista. Quem pensasse de forma diferente era morto. Muitos moçambicanos foram fuzilados por serem acusados de anti-independência” – Afonso Dhlakama
O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, convidou a imprensa, na última sexta-feira, para falar dos 35 anos da conquista da Independência Nacional, que se celebra na próxima sexta-feira. Na sua alocução, Dhlakama disse que o partido Frelimo, que está no poder, “sujou este período, fruto do sacrifício e conquista de todo um povo”.
“Toda a gente abraçou a Independência por ter lutado por ela, e, com a saída dos colonos, os nacionalistas já se podiam afirmar, mas, surpreendentemente, o Governo da Frelimo veio a piorar a situação e em muito pouco tempo matou muitas pessoas, mais do que durante os quinhentos anos da colonização portuguesa”.
Dhlakama disse que “a Frelimo negou a democracia. Matou quem se arriscasse a pensar de maneira contrária à sua ideologia marxista-comunista. Quem pensasse de forma diferente era morto. Muitos moçambicanos foram fuzilados por serem acusados de anti-independência”.
O líder da “Perdiz” considera que houve muitos abusos, citando, a título de exemplo, o facto de “pessoas com a segunda classe serem colocadas como juízes e advogados por confiança partidária”.
“A Frelimo restringiu a circulação no país e despovoou o país levando pessoas para as aldeias comunais e campos de reeducação, com o pressuposto de criar um ‘homem novo’ através da introdução, neles, do pensamento da Frelimo”, sublinhou Dhlakama.
Segundo a análise que o líder do partido Renamo fez na sua residência, em Nampula, durante parte deste período a “economia era toda dirigida pelo Governo da Frelimo, sobretudo quando se deram as nacionalizações” e “o SNASP tinha o poder de odiar, perseguir, julgar e condenar à pena de morte, por discordar com os ideais do Governo da Frelimo, e até chegaram a chamboquear mulheres nas nádegas”.
Perseguição a régulos e a religiosos
O presidente da Renamo disse que o Governo da Frelimo perseguia os régulos, substituindo-os por grupos dinamizadores, alegando que os mesmos eram obra e instrumento do colonialismo.
Em relação às igrejas, Dhlakama disse que as mesmas tornaram-se sedes da Frelimo, e as pessoas foram impedidas de rezar, e “para lograr os seus intentos, foram introduzidos novos colonos, que eram os russos, que sugavam toda a riqueza de Moçambique”.
“A Frelimo fez muita barbaridade ao seu próprio povo. Não estou a favor do colonialismo e nunca estive, por isso a Renamo nasceu como produto da saturação do povo, e veja que, durante a guerra da democracia, 85% do país era dominado pela Renamo”, explicou o nosso entrevistado.
“Frelimo manchou a festa”
O líder do partido Renamo afirmou que “o povo queria uma democracia multipartidária e o Governo da Frelimo negava ao povo esta honra, por isso tudo isto manchou a festa dos trinta e cinco anos da Independência”; “foram trinta e cinco anos de fuzilamento, assassinato, opressão, abuso e desprezo de um povo maravilhoso”.
“Há pessoas que têm medo de dizer a verdade e eu falo com convicção como lutador pela democracia”, disse Dhlakama, para depois declarar que, “graças à luta da Renamo, muita coisa mudou, porque a Frelimo apenas queria o monopartidarismo”.
Mais adiante, Afonso Dhlakama disse que os investimentos que actualmente existem no país são fruto da luta da Renamo, porque a “Frelimo não admitia empresas privadas e quem ousasse criá-las era chamado capitalista e explorador do homem”, e “se há eleições multipartidárias, embora fraudulentas, é graças à Renamo”.
O presidente da Renamo acrescentou que “chega de falar de lutas e colocar-se como heróis. Quem é que não lutou? Quando se fala de lutas, fala-se dos filhos deste país que tombaram pela causa da pátria”.
“Se a Frelimo continuar, nada mudará”
Dhlakama disse que, “se a Frelimo continuar no poder, as coisas vão piorar. A Frelimo manteve-se no poder por fraude, sob protecção da Polícia”. O nosso interlocutor prometeu a continuidade da luta, mas de forma pacífica, sem recurso a armas, citando “guerras através da imprensa”.
“Guebuza deve demitir-se”
Mais uma vez, Afonso Dhlakama voltou à carga em relação à exigência da demissão do Presidente da República, Armando Guebuza.
“Guebuza deve demitir-se, porque já é demais. Foi muito criticado e até já cheguei a sentir pena dele. Por exemplo, quando faz a “presidência aberta”, é muito criticado por causa dos sete milhões que ele manda para os distritos, alegando que é para a redução da pobreza absoluta, quando é para revitalizar as bases da Frelimo”, disse.
Governo de Transição
Em relação aos sete milhões atribuídos aos distritos, Dhlakama entende que os mesmos devem ser entregues aos bancos e “não levar o nosso dinheiro e oferecer aos camaradas”, mas, para que tal aconteça, é necessário, na opinião de Dhlakama, que, antes de tudo, “seja criado um Governo de Transição que funcione por um período de dois anos, com vista a ser criada uma ordem política nacional”.
O segundo candidato mais votado nas últimas eleições presidenciais entende que “a política de governação da Frelimo traz luto, porque piora a pobreza absoluta”. “Quantas mulheres morrem nas maternidades por não terem cinquenta meticais para pagar a uma parteira, a fim de serem rapidamente atendidas?”, perguntou Dhlakama.
Para concluir, Dhlakama disse que sente pena dos académicos e intelectuais existentes no país, por não terem a coragem de lutar pela melhoria das condições de vida dos seus compatriotas. (Aunício da Silva)
CANALMOZ – 21.06.2010
Friday, June 18, 2010
Jornalista condenado por noticiar «casamento» de Afonso Dhlakama
Um jornalista do semanário moçambicano Magazine Independente foi hoje condenado pelo Tribunal de Nampula (norte) a quatro meses de prisão, convertidos em multa, por “crime de difamação” por ter noticiado o casamento de Afonso Dhlakama com uma deputada.
Em Julho de 2009, o jornalista Vasco da Gama publicou um artigo com o título “Deputada da RENAMO casa-se com Dlhakama e formaliza relação de 15 anos”, onde dava conta do casamento em cerimónia tradicional. Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, maior partido da oposição em Moçambique, vive em Nampula e é casado, vivendo a mulher em Maputo.
A deputada em questão, Lúcia Afate, processou o jornalista e acabou por ganhar o caso, vendo hoje o tribunal dar-lhe razão, quando o juiz disse ter ficado provado que Vasco da Gama cometeu o crime de difamação contra a actual deputada pela RENAMO.
Numa sentença de 12 páginas, lida pelo juiz Fausto Rangarizai, afirma-se que o Tribunal provou que o jornalista Vasco da Gama, ao escrever o artigo, agiu premeditadamente com o intuito de difamar Lúcia Afate, com a agravante de ter cometido uma fraude ao ter usado um cartão falso da RENAMO para obter informações referentes à concretização do suposto casamento.
O jornalista foi ainda condenado a pagar uma indemnização de 50 mil meticais (1,2 mil euros) à deputada.
David Augusto Chiconela, técnico jurídico do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica, defensor do jornalista, recorreu da sentença, o que foi aceite pelo Tribunal, tendo agora cinco dias para apresentar as alegações.
O defensor de Lúcia Afate disse estar satisfeito com a sentença que, adiantou, serve de lição para os restantes jornalistas e porque prova que os tribunais deixaram de ser dos “camaradas” (referência à FRELIMO, partido no poder).
O jornalista disse que o julgamento se transformou numa sessão de “abate” à sua pessoa e não retirou o que disse na notícia que o levou a julgamento.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 17.06.2010
Em Julho de 2009, o jornalista Vasco da Gama publicou um artigo com o título “Deputada da RENAMO casa-se com Dlhakama e formaliza relação de 15 anos”, onde dava conta do casamento em cerimónia tradicional. Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, maior partido da oposição em Moçambique, vive em Nampula e é casado, vivendo a mulher em Maputo.
A deputada em questão, Lúcia Afate, processou o jornalista e acabou por ganhar o caso, vendo hoje o tribunal dar-lhe razão, quando o juiz disse ter ficado provado que Vasco da Gama cometeu o crime de difamação contra a actual deputada pela RENAMO.
Numa sentença de 12 páginas, lida pelo juiz Fausto Rangarizai, afirma-se que o Tribunal provou que o jornalista Vasco da Gama, ao escrever o artigo, agiu premeditadamente com o intuito de difamar Lúcia Afate, com a agravante de ter cometido uma fraude ao ter usado um cartão falso da RENAMO para obter informações referentes à concretização do suposto casamento.
O jornalista foi ainda condenado a pagar uma indemnização de 50 mil meticais (1,2 mil euros) à deputada.
David Augusto Chiconela, técnico jurídico do Instituto de Patrocínio e Assistência Jurídica, defensor do jornalista, recorreu da sentença, o que foi aceite pelo Tribunal, tendo agora cinco dias para apresentar as alegações.
O defensor de Lúcia Afate disse estar satisfeito com a sentença que, adiantou, serve de lição para os restantes jornalistas e porque prova que os tribunais deixaram de ser dos “camaradas” (referência à FRELIMO, partido no poder).
O jornalista disse que o julgamento se transformou numa sessão de “abate” à sua pessoa e não retirou o que disse na notícia que o levou a julgamento.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 17.06.2010
Governo moçambicano desmente relatório norte-americano
O Governo moçambicano nega a versão do relatório norte-americano sobre o tráfico de seres humanos no mundo, que considera que “em Moçambique pouco se faz para travar o tráfico”.
O relatório, divulgado na passada segunda-feira pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, aponta Moçambique como um dos países de origem do tráfico de seres humanos para a África do Sul e outros países do mundo, apontando que o Governo de Moçambique não cumpre os padrões mínimos exigidos para a eliminação do tráfico.
Confrontado com estes dados, o ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiúba Cuereneia, disse que o Governo está a desenvolver “todo um esforço” para combater o tráfico de seres humanos de e para Moçambique, através de vários programas, que não revelou.
“Tem havido concertação das políticas regionais das forças policiais a nível da região, especificamente para lidar com questões de tráfico”, disse o ministro, em entrevista ao Canalmoz. “Houve divulgação da lei. Há um trabalho que está sendo feito para divulgar a lei, não só por parte do Governo, mas também por parte da sociedade” acrescentou. (Matias Guente)
CANALMOZ – 18.06.2010
O relatório, divulgado na passada segunda-feira pela secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, aponta Moçambique como um dos países de origem do tráfico de seres humanos para a África do Sul e outros países do mundo, apontando que o Governo de Moçambique não cumpre os padrões mínimos exigidos para a eliminação do tráfico.
Confrontado com estes dados, o ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiúba Cuereneia, disse que o Governo está a desenvolver “todo um esforço” para combater o tráfico de seres humanos de e para Moçambique, através de vários programas, que não revelou.
“Tem havido concertação das políticas regionais das forças policiais a nível da região, especificamente para lidar com questões de tráfico”, disse o ministro, em entrevista ao Canalmoz. “Houve divulgação da lei. Há um trabalho que está sendo feito para divulgar a lei, não só por parte do Governo, mas também por parte da sociedade” acrescentou. (Matias Guente)
CANALMOZ – 18.06.2010
Wednesday, June 16, 2010
Funcionário condenado à prisão
UM contabilista da Direcção Provincial da Saúde do Niassa, Carlitos Luís Avelino, que no ano passado foi indiciado de desvio de cerca de 400 mil meticais da instituição, foi condenado a 13 anos de prisão maior. Maputo, Quinta-Feira, 17 de Junho de 2010:: Notícias
O funcionário em causa, no exercício da profissão, terá transferido para a sua conta bancária cerca de 400 mil meticais através da falsificação de assinaturas da directora e do Médico-chefe. Carlitos Avelino, que se encontrava detido desde o ano passado, para além da pena de 13 anos de prisão, deverá reembolsar o dinheiro roubado à Direcção Provincial da Saúde.
O funcionário em causa, no exercício da profissão, terá transferido para a sua conta bancária cerca de 400 mil meticais através da falsificação de assinaturas da directora e do Médico-chefe. Carlitos Avelino, que se encontrava detido desde o ano passado, para além da pena de 13 anos de prisão, deverá reembolsar o dinheiro roubado à Direcção Provincial da Saúde.
Tuesday, June 15, 2010
Brasileira Camargo Corrêa Cimentos adquire controlo de cimenteira em Moçambique
A Camargo Corrêa Cimentos adquiriu 51 por cento da Cimentos de Nacala (Cinac), do grupo moçambicano Insitec, informou sábado a empresa brasileira, do grupo Camargo Corrêa.
A unidade, na cidade portuária de Nacala, província de Nampula, tem uma capacidade instalada para produzir 350 mil toneladas de cimento por ano.
Os valores da negociação não foram revelados e a Camargo Corrêa Cimentos adquiriu igualmente reservas de calcário perto da fábrica.
Em Fevereiro passado, a Camargo Corrêa Cimentos comprou uma participação da cimenteira portuguesa Cimpor como parte de seu projecto de internacionalização.
A Camargo Corrêa Cimentos tem operações no Brasil (com sete fábricas e as marcas Cauê e Cimentos Brasil), na Argentina (nove fábricas e a marca Loma Negra), no Paraguai (marca Yguazú) e agora em Moçambique (uma fábrica e a marca Cinac).
Em 2009, a receita líquida consolidada dos negócios com cimento foi de 2,3 mil milhões de reais.
O grupo Insitec, que irá manter a participação de 49 por cento na Cimentos de Nacala, é um conglomerado moçambicano que actua principalmente na indústria de construção civil pesada.
Macauhub – 14.06.2010
A unidade, na cidade portuária de Nacala, província de Nampula, tem uma capacidade instalada para produzir 350 mil toneladas de cimento por ano.
Os valores da negociação não foram revelados e a Camargo Corrêa Cimentos adquiriu igualmente reservas de calcário perto da fábrica.
Em Fevereiro passado, a Camargo Corrêa Cimentos comprou uma participação da cimenteira portuguesa Cimpor como parte de seu projecto de internacionalização.
A Camargo Corrêa Cimentos tem operações no Brasil (com sete fábricas e as marcas Cauê e Cimentos Brasil), na Argentina (nove fábricas e a marca Loma Negra), no Paraguai (marca Yguazú) e agora em Moçambique (uma fábrica e a marca Cinac).
Em 2009, a receita líquida consolidada dos negócios com cimento foi de 2,3 mil milhões de reais.
O grupo Insitec, que irá manter a participação de 49 por cento na Cimentos de Nacala, é um conglomerado moçambicano que actua principalmente na indústria de construção civil pesada.
Macauhub – 14.06.2010
Friday, June 11, 2010
Arranca estudo ambiental para construção do Porto de Nacala
ENCOMENDADO PELA COMPANHIA BRASILEIRA VALE DO RIO DOCE
Um estudo do impacto ambiental encomendado pela Companhia brasileira Vale do Rio Doce, arranca este mês, visando a construção de um porto em Nacala-a-velha, na província de Nampula, e de um ramal de linha férrea com a extensão de 200 quilómetros, ligando a região carbonífera de Moatize, na província de Tete, ao vizinho Malawi.
Segundo Verónica Langa, do Governo provincial do Niassa, uma delegação da Companhia Vale do Rio Doce, manteve um encontro, semana passada, em Lichinga, com entidades governamentais, para tratar de questões ligadas aos dois projectos, que visam facilitar a exportação do carvão a ser extraído em Moatize, para diversas partes do mundo.
A concretizar-se, a linha férrea partirá da bacia carbonífera de Moatize, passando por Malawi, até ao porto de Nacala-a-Velha, através do qual, o carvão mineral vai ser exportado, “mas tudo ainda se encontra na fase de estudos exploratórios”.
Langa disse que em Setembro próximo vai ser realizado um estudo sobre o impacto sócio-económico destes empreendimentos, realçando que relativamente à linha férrea Lichinga-Cuamba, a sua reabilitação está dependente dos resultados da pesquisa do carvão de Maniamba, no distrito do Lago, no Niassa.
“Tivemos um bom encontro com representantes da Vale, mas, de facto, as negociações ainda estão numa fase inicial, e, como sabe, há indícios de existir carvão em Maniamba, o que significa que devemos continuar a ter esperança de um dia a linha férrea Lichinga - Cuamba ser reabilitada”, disse Verónica Langa.
Os projectos da Companhia Vale do Rio Doce incluem a remoção de engenhos explosivos nos locais onde os mesmos vão ser desenvolvidos, para além de várias
outras actividades de carácter social, em benefício das comunidades.
No encontro da semana passada em Lichinga, foi decidida a criação de uma comissão integrada por representantes do Governo provincial do Niassa e da Companhia Vale do Rio Doce, para facilitar a realização das actividades acordadas.
De referir que Tete é considerada a maior província carbonífera não explorada do
mundo, com reservas de classe mundial, estimadas em cerca de 2,4 biliões de toneladas, que permite a extracção de carvão de coque e energético.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 10.06.2010
Um estudo do impacto ambiental encomendado pela Companhia brasileira Vale do Rio Doce, arranca este mês, visando a construção de um porto em Nacala-a-velha, na província de Nampula, e de um ramal de linha férrea com a extensão de 200 quilómetros, ligando a região carbonífera de Moatize, na província de Tete, ao vizinho Malawi.
Segundo Verónica Langa, do Governo provincial do Niassa, uma delegação da Companhia Vale do Rio Doce, manteve um encontro, semana passada, em Lichinga, com entidades governamentais, para tratar de questões ligadas aos dois projectos, que visam facilitar a exportação do carvão a ser extraído em Moatize, para diversas partes do mundo.
A concretizar-se, a linha férrea partirá da bacia carbonífera de Moatize, passando por Malawi, até ao porto de Nacala-a-Velha, através do qual, o carvão mineral vai ser exportado, “mas tudo ainda se encontra na fase de estudos exploratórios”.
Langa disse que em Setembro próximo vai ser realizado um estudo sobre o impacto sócio-económico destes empreendimentos, realçando que relativamente à linha férrea Lichinga-Cuamba, a sua reabilitação está dependente dos resultados da pesquisa do carvão de Maniamba, no distrito do Lago, no Niassa.
“Tivemos um bom encontro com representantes da Vale, mas, de facto, as negociações ainda estão numa fase inicial, e, como sabe, há indícios de existir carvão em Maniamba, o que significa que devemos continuar a ter esperança de um dia a linha férrea Lichinga - Cuamba ser reabilitada”, disse Verónica Langa.
Os projectos da Companhia Vale do Rio Doce incluem a remoção de engenhos explosivos nos locais onde os mesmos vão ser desenvolvidos, para além de várias
outras actividades de carácter social, em benefício das comunidades.
No encontro da semana passada em Lichinga, foi decidida a criação de uma comissão integrada por representantes do Governo provincial do Niassa e da Companhia Vale do Rio Doce, para facilitar a realização das actividades acordadas.
De referir que Tete é considerada a maior província carbonífera não explorada do
mundo, com reservas de classe mundial, estimadas em cerca de 2,4 biliões de toneladas, que permite a extracção de carvão de coque e energético.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 10.06.2010
Moçambique é o segundo país mais seguro em África
Com o ambiente de paz a degradar-se em todo o mundo, apesar de haver menos conflitos armados, Moçambique é o Segundo país mais seguro em África, de acordo com um documento do Índice de Paz Global (GPI), divulgado na passada terça-feira.
Elaborado pelo centro de estudos Instituto para a Economia e Paz, a partir de dados compilados pela Economist Intelligence Unit, o estudo classifica os países consoante 23 indicadores como o nível de gastos militares ou relações com os países vizinhos, mas também a taxa de homicídios ou crimes violentos.
África foi a região do mundo que mais melhorou, e Moçambique surge como segundo país mais pacífico no continente e no 47.º lugar geral. Angola ocupa a 86ª posição no ranking de 149 países que não inclui Guiné-Bissau, Timor-Leste ou Cabo Verde.
A América Latina foi penalizada por uma subida de homicídios e crimes violentos, com o Brasil dentro da média da região, em 83.º lugar. Atrás ficam os Estados Unidos, na 85.ª posição.
Na quarta edição deste estudo, o Iraque é considerado o país mais violento, seguido da Somália e Afeganistão, enquanto a Nova Zelândia é o mais pacífico, pelo segundo ano consecutivo, à frente da Islândia e do Japão.
O mundo, refere o painel de académicos responsável pela análise, enfrenta actualmente um conjunto de grandes desafios que incluem a gestão económica, sustentabilidade ambiental e também social, e as instituições mostram falta de «habilidade» para os resolver.
«Isto pode ser visto no colapso da discussão de Copenhaga sobre alterações climáticas, crescimento da dívida dos sectores públicos e privado, falta de regulação dos aspectos especulativos do sistema financeiro ou mesmo a nossa incapacidade para articular bons modelos capitalistas que não se baseiem totalmente no consumo», adiantam os autores.
De acordo com o estudo, a situação financeira resultante de grandes défices estruturais gera instabilidade política e possibilidade de manifestações violentas e até conflitos.
Desde a primeira edição do estudo, em 2007, o mundo tornou-se «ligeiramente menos pacífico», e isso coincidiu com a crise financeira global, notam.
Os indicadores que mais penalizaram foram os de sofisticação militar, relações com países vizinhos, número de mortes resultantes de conflitos internos organizados, de homicídios e de conflitos internos e externos.
RM – 10.06.2010
Elaborado pelo centro de estudos Instituto para a Economia e Paz, a partir de dados compilados pela Economist Intelligence Unit, o estudo classifica os países consoante 23 indicadores como o nível de gastos militares ou relações com os países vizinhos, mas também a taxa de homicídios ou crimes violentos.
África foi a região do mundo que mais melhorou, e Moçambique surge como segundo país mais pacífico no continente e no 47.º lugar geral. Angola ocupa a 86ª posição no ranking de 149 países que não inclui Guiné-Bissau, Timor-Leste ou Cabo Verde.
A América Latina foi penalizada por uma subida de homicídios e crimes violentos, com o Brasil dentro da média da região, em 83.º lugar. Atrás ficam os Estados Unidos, na 85.ª posição.
Na quarta edição deste estudo, o Iraque é considerado o país mais violento, seguido da Somália e Afeganistão, enquanto a Nova Zelândia é o mais pacífico, pelo segundo ano consecutivo, à frente da Islândia e do Japão.
O mundo, refere o painel de académicos responsável pela análise, enfrenta actualmente um conjunto de grandes desafios que incluem a gestão económica, sustentabilidade ambiental e também social, e as instituições mostram falta de «habilidade» para os resolver.
«Isto pode ser visto no colapso da discussão de Copenhaga sobre alterações climáticas, crescimento da dívida dos sectores públicos e privado, falta de regulação dos aspectos especulativos do sistema financeiro ou mesmo a nossa incapacidade para articular bons modelos capitalistas que não se baseiem totalmente no consumo», adiantam os autores.
De acordo com o estudo, a situação financeira resultante de grandes défices estruturais gera instabilidade política e possibilidade de manifestações violentas e até conflitos.
Desde a primeira edição do estudo, em 2007, o mundo tornou-se «ligeiramente menos pacífico», e isso coincidiu com a crise financeira global, notam.
Os indicadores que mais penalizaram foram os de sofisticação militar, relações com países vizinhos, número de mortes resultantes de conflitos internos organizados, de homicídios e de conflitos internos e externos.
RM – 10.06.2010
Thursday, June 10, 2010
FORMALIZADA A CRIAÇÃO DO BANCO LUSO-MOÇAMBICANO DE INVESTIMENTOS
Adriano Maleiane para PCA
O antigo Governador do Banco de Moçambique (BM), Adriano Maleiane, deverá ocupar o cargo de Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco Luso-Moçambicano de Investimentos, SA, cuja formalização deverá ser feita dentro de dias em Maputo.
Os preparativos desse passo estão muito adiantados, esperando-se que tudo seja ultimado com a chegada, esta sexta-feira, à capital moçambicana, de uma importante comitiva do Governo de Portugal, liderada pelo Ministro das Finanças de Portugal, Teixeira dos Santos.
Dos Santos faz-se acompanhar pelo Presidente da Caixa Geral de Depósitos, um dos principais accionistas (48%) no Banco Luso-Moçambicano de Investimentos,
SA, que terá um capital social nominal de 366 milhões de euros (cerca de USD500 milhões).
O IGEPE, que neste processo representa o Estado moçambicano, terá, igualmente, 48% do capital social e os remanescentes dois porcento estarão na posse do ascendente Banco Comercial de Investimentos (BCI).
Maleiane é actualmente PCA do Grupo Visabeira em Moçambique. A CGD é
accionista do Grupo Visabeira em Portugal.
Ao que apurámos, para membros de outros órgãos sociais serão indicados António Morgado Sumbana, filho do actual Ministro na Presidência para
Casa Civil, e Daniel Gabriel Tembe, antigo PCA do IGEPE, para Presidente
da Mesa da Assembleia Geral.
Os nomes da parte portuguesa serão anunciados oficialmente na sexta-feira, quando após a escritura se realizar a AG e nela forem formalmente eleitos mais indivíduos.
CORREIO DA MANHÃ – 09.06.201
O antigo Governador do Banco de Moçambique (BM), Adriano Maleiane, deverá ocupar o cargo de Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco Luso-Moçambicano de Investimentos, SA, cuja formalização deverá ser feita dentro de dias em Maputo.
Os preparativos desse passo estão muito adiantados, esperando-se que tudo seja ultimado com a chegada, esta sexta-feira, à capital moçambicana, de uma importante comitiva do Governo de Portugal, liderada pelo Ministro das Finanças de Portugal, Teixeira dos Santos.
Dos Santos faz-se acompanhar pelo Presidente da Caixa Geral de Depósitos, um dos principais accionistas (48%) no Banco Luso-Moçambicano de Investimentos,
SA, que terá um capital social nominal de 366 milhões de euros (cerca de USD500 milhões).
O IGEPE, que neste processo representa o Estado moçambicano, terá, igualmente, 48% do capital social e os remanescentes dois porcento estarão na posse do ascendente Banco Comercial de Investimentos (BCI).
Maleiane é actualmente PCA do Grupo Visabeira em Moçambique. A CGD é
accionista do Grupo Visabeira em Portugal.
Ao que apurámos, para membros de outros órgãos sociais serão indicados António Morgado Sumbana, filho do actual Ministro na Presidência para
Casa Civil, e Daniel Gabriel Tembe, antigo PCA do IGEPE, para Presidente
da Mesa da Assembleia Geral.
Os nomes da parte portuguesa serão anunciados oficialmente na sexta-feira, quando após a escritura se realizar a AG e nela forem formalmente eleitos mais indivíduos.
CORREIO DA MANHÃ – 09.06.201
Os cinco passaportes de Bachir
Todos moçambicanos, segundo os americanos
No site do Departamento de Tesouro americano constam os vários nomes que o empresário moçambicano usa. As empresas moçambicanas do patrão do MBS ou afins também estão na lista, bem como os seus números de NUIT.
No site do “Office of Foreign Assets Control” (Gabinete de Controlo de Bens Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA), está noticiado que vários indivíduos foram acrescentados à lista americana de narcotraficantes envolvidos ainda em lavagem de dinheiro (OFACs SDN), entre os quais consta o moçambicano do Grupo MBS, Mahomed Bachir. E consta que Bachir tem vários passaportes, todos eles moçambicanos, com nomes parecidos e números diferentes. As suas empresas ou de pessoas da sua família, portanto com ele relacionadas, também estão registadas pelo Departamento de Tesouro americano como pessoas não gratas porque alegadamente envolvidas no mundo da droga e da lavagem de dinheiro.
Os cinco cidadãos recentemente acrescentados às listas de narcotraficantes, na óptica americana, são de várias nacionalidades, como se sabe. São, respectivamente:
ALIZAI, Haji Agha Jan (a.k.a.) também conhecido por ALIZAI, Agha Jan, Musa Qala, de Helmand, Afghanistan; Dand Chowk, Kandahar City, Afghanistan; Nascido a 15 Outubro de 1963; alternativamente a 14 de Fevereiro de 1973; ainda alternativamente nascido cerca 1957; natural de Khandahar, Afghanistão; e alternativamente natural de Helmand, Afghanistão; de nacionalidadeAfghã. (individual) [SDNTK].
BANDO, Haji; nascido em1971; no Afghanistão; é cidadão Afghão e tem nacionalidade Afghã (individual) [SDNTK].
CONTE, Ousmane, que também usa o nome de CONTE, Ousman; nascido a 9 Setembro de 1963; cidadão da Guinea-Conacry; usa o passaporte diplomático Passport 00085498 (Guinea) (individual) [SDNTK].
O moçambicano Bachir
SULEMAN, Mohamed Bachir , segundo os americanos também usa outros nomes: SULEIMAN, Momad Bachir; SULEMAN, Momade Bachir; SULEMANE, Mohamed Bachir. E está relacionado com o GRUPO MBS - KAYUM CENTRE, Maputo, Mozambique; c/o GRUPO MBS LIMITADA, Maputo, Mozambique; c/o MAPUTO SHOPPING CENTRE, Maputo, Mozambique; nascido a 28 Abril de 1958; em Nampula, Mozambique. Usa vários passaportes: Passport AC036215 (Mozambique); Passport AB030890 (Mozambique); Passport AA109572 (Mozambique); Passport AA261051 (Mozambique); Passport AA291051 (Mozambique).
Outros
VILLARREAL BARRAGAN, Sergio Enrique, usa alternativamente outros nomes: VILLAREAL BARRAGAN, Sergio; VILLARREAL BARRAGAN, Sergio, Mazatlan, Sinaloa, Mexico; Torreon, Coahuila, Mexico; Cuernavaca, Morelos, Mexico; nascido a 21 Setembro de 1969; em Torreon, Coahuila, Mexico; cidadão Mexicano; com nationalidade Mexicana; C.U.R.P. VIBS690921HCLLRR01 (Mexico) (individual) [SDNTK].
Não é só Bachir que consta da lista
Para além de Mahomed Bachir Sulemane constam das listas do OFACs SDN o próprio GRUPO MBS - KAYUM CENTRE, Avenida Karl Marx 1464/82, Maputo, Moçambique; P.O. Box 2274, Maputo, Moçambique; com Número Único de Identificação Tributária (NUIT) 300000436 (Moçambique) [SDNTK].
E ainda GRUPO MBS LIMITADA (também identificado como GRUPO MBS LDA, Avenida Vlademir Lenin 2836, Maputo, Moçambique; Avenida Karl Marx 1464/82, Maputo, Moçambique; P.O. Box 2274, Maputo, Moçambique; Avenida 24 de Julho, Maputo, Moçambique; Benfica, Maputo, Moçambique; Número Único de Identificação Tributária (NUIT) 300000436 (Moçambique) [SDNTK].
E também MAPUTO SHOPPING CENTRE, Rua Marques de Pombal 85, Maputo, Mozambique [SDNTK].
De referir que existem duas listas nos EUA. A Lista 1 e a Lista 2. Da lista 1 não há memória, segundo fontes da embaixada americana em Maputo, que alguém que para ela entrou de lá tenha sido retirado. Da Lista 2 já têm saído várias pessoas singulares e colectivas, por se terem retratado ou por voluntariamente terem dado sinais claros de terem abandonado o mundo do negócio da droga e da lavagem de dinheiro.
(Fernando Veloso)
CANALMOZ - 10.06.2010
No site do Departamento de Tesouro americano constam os vários nomes que o empresário moçambicano usa. As empresas moçambicanas do patrão do MBS ou afins também estão na lista, bem como os seus números de NUIT.
No site do “Office of Foreign Assets Control” (Gabinete de Controlo de Bens Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA), está noticiado que vários indivíduos foram acrescentados à lista americana de narcotraficantes envolvidos ainda em lavagem de dinheiro (OFACs SDN), entre os quais consta o moçambicano do Grupo MBS, Mahomed Bachir. E consta que Bachir tem vários passaportes, todos eles moçambicanos, com nomes parecidos e números diferentes. As suas empresas ou de pessoas da sua família, portanto com ele relacionadas, também estão registadas pelo Departamento de Tesouro americano como pessoas não gratas porque alegadamente envolvidas no mundo da droga e da lavagem de dinheiro.
Os cinco cidadãos recentemente acrescentados às listas de narcotraficantes, na óptica americana, são de várias nacionalidades, como se sabe. São, respectivamente:
ALIZAI, Haji Agha Jan (a.k.a.) também conhecido por ALIZAI, Agha Jan, Musa Qala, de Helmand, Afghanistan; Dand Chowk, Kandahar City, Afghanistan; Nascido a 15 Outubro de 1963; alternativamente a 14 de Fevereiro de 1973; ainda alternativamente nascido cerca 1957; natural de Khandahar, Afghanistão; e alternativamente natural de Helmand, Afghanistão; de nacionalidadeAfghã. (individual) [SDNTK].
BANDO, Haji; nascido em1971; no Afghanistão; é cidadão Afghão e tem nacionalidade Afghã (individual) [SDNTK].
CONTE, Ousmane, que também usa o nome de CONTE, Ousman; nascido a 9 Setembro de 1963; cidadão da Guinea-Conacry; usa o passaporte diplomático Passport 00085498 (Guinea) (individual) [SDNTK].
O moçambicano Bachir
SULEMAN, Mohamed Bachir , segundo os americanos também usa outros nomes: SULEIMAN, Momad Bachir; SULEMAN, Momade Bachir; SULEMANE, Mohamed Bachir. E está relacionado com o GRUPO MBS - KAYUM CENTRE, Maputo, Mozambique; c/o GRUPO MBS LIMITADA, Maputo, Mozambique; c/o MAPUTO SHOPPING CENTRE, Maputo, Mozambique; nascido a 28 Abril de 1958; em Nampula, Mozambique. Usa vários passaportes: Passport AC036215 (Mozambique); Passport AB030890 (Mozambique); Passport AA109572 (Mozambique); Passport AA261051 (Mozambique); Passport AA291051 (Mozambique).
Outros
VILLARREAL BARRAGAN, Sergio Enrique, usa alternativamente outros nomes: VILLAREAL BARRAGAN, Sergio; VILLARREAL BARRAGAN, Sergio, Mazatlan, Sinaloa, Mexico; Torreon, Coahuila, Mexico; Cuernavaca, Morelos, Mexico; nascido a 21 Setembro de 1969; em Torreon, Coahuila, Mexico; cidadão Mexicano; com nationalidade Mexicana; C.U.R.P. VIBS690921HCLLRR01 (Mexico) (individual) [SDNTK].
Não é só Bachir que consta da lista
Para além de Mahomed Bachir Sulemane constam das listas do OFACs SDN o próprio GRUPO MBS - KAYUM CENTRE, Avenida Karl Marx 1464/82, Maputo, Moçambique; P.O. Box 2274, Maputo, Moçambique; com Número Único de Identificação Tributária (NUIT) 300000436 (Moçambique) [SDNTK].
E ainda GRUPO MBS LIMITADA (também identificado como GRUPO MBS LDA, Avenida Vlademir Lenin 2836, Maputo, Moçambique; Avenida Karl Marx 1464/82, Maputo, Moçambique; P.O. Box 2274, Maputo, Moçambique; Avenida 24 de Julho, Maputo, Moçambique; Benfica, Maputo, Moçambique; Número Único de Identificação Tributária (NUIT) 300000436 (Moçambique) [SDNTK].
E também MAPUTO SHOPPING CENTRE, Rua Marques de Pombal 85, Maputo, Mozambique [SDNTK].
De referir que existem duas listas nos EUA. A Lista 1 e a Lista 2. Da lista 1 não há memória, segundo fontes da embaixada americana em Maputo, que alguém que para ela entrou de lá tenha sido retirado. Da Lista 2 já têm saído várias pessoas singulares e colectivas, por se terem retratado ou por voluntariamente terem dado sinais claros de terem abandonado o mundo do negócio da droga e da lavagem de dinheiro.
(Fernando Veloso)
CANALMOZ - 10.06.2010
Wednesday, June 9, 2010
JOVENS MUÇULMANOS MAIS VIOLENTOS QUE JOVENS DOUTRAS RELIGIÕES
Investigação sobre a Relação entre Brutalidade e Pertença Religiosa de Jovens de Descendência Migrante
António Justo
Cientistas do Instituto de Investigação de Criminologia do Estado da Baixa Saxónia, na Alemanha, fizeram uma investigação durante dois anos, sobre o comportamento de jovens de descendência migrante, pertencentes a diferentes confissões religiosas. A investigação foi feita em 61 cidades a 45.000 jovens entre os 14 e os 16 anos (10.000 com fundo migrante). Segundo suas informações e de vítimas os delitos centram-se em lesões corporais e roubos.
O resultado a que chega o Estudo, agora apresentado, vem confirmar a opinião popular de que o Islão, ou a sua apresentação, favorecem a violência.
De facto, jovens muçulmanos são mais violentos do que jovens doutras religiões. A quota de maior criminalidade entre os crentes islâmicos “muito religiosos” é de 23,5% e entre os crentes islâmicos “algo religiosos” é de 19,6 %.
A quota, entre os crentes cristãos (maioria de proveniência russa e polaca) é de 12,4% nos “muito religiosos” e de 21,8% entre os “não religiosos”.
Os jovens cristãos quanto mais religiosos são mais pacíficos e menos machistas e no Islão quanto mais religiosos mais violentos e mais machistas.
O criminólogo Christian Pfeiffer verifica que o culto do poder fomenta a violência: “um problema do Islão ou um problema da mediação do Islão”.
A Ministra da Integração do Estado da Baixa Saxónia, Aygül Özkan (de origem turca) diz que “faltam modelos positivos” para os jovens muçulmanos.
Segundo o porta-voz do Estudo, Christian Pfeiffer, a religiosidade muçulmana “fomenta a aceitação de cultura macho”. Na religião e na família os jovens têm o exemplo duma imagem conservadora que afirma o privilégio do homem.
Deu-se uma quebra cultural que levou ao avanço das mulheres e à frustração e agressão do sexo “forte”.
A juventude é vítima, devido, por um lado, ao carácter de Gueto da própria cultura que se fecha em enclaves turcos e, por outro lado, a dificuldades de integração.
Também o Prof. Dr. Rauf Ceylan (de proveniência turca) confirma, em entrevista, que “quanto mais religiosos os jovens são mais desce a identificação com a Alemanha”.
Os jovens são vítimas e agentes da violência.
António da Cunha Duarte Justo
http://antonio-justo.eu/
António Justo
Cientistas do Instituto de Investigação de Criminologia do Estado da Baixa Saxónia, na Alemanha, fizeram uma investigação durante dois anos, sobre o comportamento de jovens de descendência migrante, pertencentes a diferentes confissões religiosas. A investigação foi feita em 61 cidades a 45.000 jovens entre os 14 e os 16 anos (10.000 com fundo migrante). Segundo suas informações e de vítimas os delitos centram-se em lesões corporais e roubos.
O resultado a que chega o Estudo, agora apresentado, vem confirmar a opinião popular de que o Islão, ou a sua apresentação, favorecem a violência.
De facto, jovens muçulmanos são mais violentos do que jovens doutras religiões. A quota de maior criminalidade entre os crentes islâmicos “muito religiosos” é de 23,5% e entre os crentes islâmicos “algo religiosos” é de 19,6 %.
A quota, entre os crentes cristãos (maioria de proveniência russa e polaca) é de 12,4% nos “muito religiosos” e de 21,8% entre os “não religiosos”.
Os jovens cristãos quanto mais religiosos são mais pacíficos e menos machistas e no Islão quanto mais religiosos mais violentos e mais machistas.
O criminólogo Christian Pfeiffer verifica que o culto do poder fomenta a violência: “um problema do Islão ou um problema da mediação do Islão”.
A Ministra da Integração do Estado da Baixa Saxónia, Aygül Özkan (de origem turca) diz que “faltam modelos positivos” para os jovens muçulmanos.
Segundo o porta-voz do Estudo, Christian Pfeiffer, a religiosidade muçulmana “fomenta a aceitação de cultura macho”. Na religião e na família os jovens têm o exemplo duma imagem conservadora que afirma o privilégio do homem.
Deu-se uma quebra cultural que levou ao avanço das mulheres e à frustração e agressão do sexo “forte”.
A juventude é vítima, devido, por um lado, ao carácter de Gueto da própria cultura que se fecha em enclaves turcos e, por outro lado, a dificuldades de integração.
Também o Prof. Dr. Rauf Ceylan (de proveniência turca) confirma, em entrevista, que “quanto mais religiosos os jovens são mais desce a identificação com a Alemanha”.
Os jovens são vítimas e agentes da violência.
António da Cunha Duarte Justo
http://antonio-justo.eu/
PAHUMO DESVALORIZA CHAMA DA UNIDADE
-Nova formação política elege órgãos centrais do partido
O Partido Humanitário de Moçambique ( PAHUMO), uma nova formação política no país, considera a Chama da Unidade uma autêntica fantochada da Frelimo e sem qualquer significado científico ou tradicional para o povo moçambicano.
O PAHUMO reuniu-se este sábado, na cidade de Nampula, em assembleia constituinte, acto que culminou com a eleição de Cornélio Quivela, natural Cabo-Delgado, ao cargo de presidente, ao arrecadar cento e vinte e dois votos contra apenas dois do seu adversário, Emílio José Moçambique, oriundo da província da Zambézia.
No seu primeiro discurso, momentos depois da sua eleição como Presidente do Partido, Cornélio Quivela, antigo deputado da Assembleia da República (durante dois mandatos) e delegado político provincial da Renamo em Cabo-Delgado, disse que Moçambique continua a viver o regime monopartidário, alegadamente porque o partido no poder, a Frelimo, submete ao povo à várias situações de insegurança.
Quivela disse que o PAHUMO surge como uma alternativa democrática e promotora da paz, unidade nacional e bem estar social de toda a população moçambicana.
Aquele politico referiu que o PAHUMO considera a pessoa humana como o centro das atenções, através da oferta de oportunidades de acesso à educação, saúde, habitação condigna e justiça.
O país encontra-se numa situaçao em que todos têm medo e o nosso partido surge como guia dos moçambicanos, disse, acrescetando que vamos trabalhar para consolidarmos a Unidade Nacional.
O PAHUMO elegeu para secretário geral, José Henriques Lopes, antigo delegado político provincial da Renamo, em Nampula e ex- deputado da Assembleia da República, e os membros da Comissão Política e do Conselho Nacional.
Entretanto, conforme a nossa Reportagem teve oportunidade de constatar, o PAHUMO é constituido, maioritariamente, por descendentes da Frelimo, PDD e Renamo, que se comprometem em desencadear um intenso trabalho de mobilização popular por forma a que o partido venha a congregar um grande número membros para a sua participação nos próximos pleitos eleitorais.
Subordinado ao slogam “Levante-se, Moçambique”, o PAHUMO tem como logotipo dois indivíduos simbolizando uma entreajuda fraternal.Wf
Fonte: Wamphula Fax - 07.06.2010
O Partido Humanitário de Moçambique ( PAHUMO), uma nova formação política no país, considera a Chama da Unidade uma autêntica fantochada da Frelimo e sem qualquer significado científico ou tradicional para o povo moçambicano.
O PAHUMO reuniu-se este sábado, na cidade de Nampula, em assembleia constituinte, acto que culminou com a eleição de Cornélio Quivela, natural Cabo-Delgado, ao cargo de presidente, ao arrecadar cento e vinte e dois votos contra apenas dois do seu adversário, Emílio José Moçambique, oriundo da província da Zambézia.
No seu primeiro discurso, momentos depois da sua eleição como Presidente do Partido, Cornélio Quivela, antigo deputado da Assembleia da República (durante dois mandatos) e delegado político provincial da Renamo em Cabo-Delgado, disse que Moçambique continua a viver o regime monopartidário, alegadamente porque o partido no poder, a Frelimo, submete ao povo à várias situações de insegurança.
Quivela disse que o PAHUMO surge como uma alternativa democrática e promotora da paz, unidade nacional e bem estar social de toda a população moçambicana.
Aquele politico referiu que o PAHUMO considera a pessoa humana como o centro das atenções, através da oferta de oportunidades de acesso à educação, saúde, habitação condigna e justiça.
O país encontra-se numa situaçao em que todos têm medo e o nosso partido surge como guia dos moçambicanos, disse, acrescetando que vamos trabalhar para consolidarmos a Unidade Nacional.
O PAHUMO elegeu para secretário geral, José Henriques Lopes, antigo delegado político provincial da Renamo, em Nampula e ex- deputado da Assembleia da República, e os membros da Comissão Política e do Conselho Nacional.
Entretanto, conforme a nossa Reportagem teve oportunidade de constatar, o PAHUMO é constituido, maioritariamente, por descendentes da Frelimo, PDD e Renamo, que se comprometem em desencadear um intenso trabalho de mobilização popular por forma a que o partido venha a congregar um grande número membros para a sua participação nos próximos pleitos eleitorais.
Subordinado ao slogam “Levante-se, Moçambique”, o PAHUMO tem como logotipo dois indivíduos simbolizando uma entreajuda fraternal.Wf
Fonte: Wamphula Fax - 07.06.2010
Monday, June 7, 2010
Cornélio Quivela lidera PAHUMO
O PARTIDO Humanitário de Moçambique, PAHUMO, uma nova formação política, elegeu sábado em Nampula, os órgãos directivos e quer ser no futuro “guia dos moçambicanos”.
Maputo, Segunda-Feira, 7 de Junho de 2010:: Notícias
Cornélio Quivela, antigo dirigente da Renamo, foi eleito presidente por esmagadora maioria, ficando como secretário-geral José Lopes. Foram também eleitos os membros da Comissão Política e do Conselho Nacional.
O PAHUMO surge como “uma alternativa democrática” e promotora da paz, unidade nacional e bem-estar social de toda a população moçambicana, disse Cornélio Quivela no discurso de posse.
Como visão do partido, Cornélio Quivela disse que o PAHUMO tem a pessoa como o centro das atenções, através da oferta de oportunidades de acesso à Educação, Saúde, habitação condigna e Justiça.
“O país encontra-se numa situação em que todos têm medo e o nosso partido surge como guia dos moçambicanos”, disse, acrescentando: "Vamos trabalhar para consolidarmos a Unidade Nacional".
Para Cornélio Quivela, a “Chama da Unidade” (uma tocha que está desde 7 de Abril a dar a volta ao país para assinalar os 35 anos da independência) “não tem qualquer significado tradicional nem científico”.
O PAHUMO é constituído maioritariamente por antigos membros dos partidos Frelimo, Renamo e PDD, que hoje se comprometeram em desencadear um intenso trabalho de mobilização popular, para obter um resultado expressivo nas próximas eleições.
Cornélio Quivela é um antigo delegado provincial da Renamo em Cabo Delgado e foi deputado por este partido durante dois mandatos. José Lopes também foi delegado provincial da Renamo em Nampula e igualmente deputado da Assembleia da República.
Maputo, Segunda-Feira, 7 de Junho de 2010:: Notícias
Cornélio Quivela, antigo dirigente da Renamo, foi eleito presidente por esmagadora maioria, ficando como secretário-geral José Lopes. Foram também eleitos os membros da Comissão Política e do Conselho Nacional.
O PAHUMO surge como “uma alternativa democrática” e promotora da paz, unidade nacional e bem-estar social de toda a população moçambicana, disse Cornélio Quivela no discurso de posse.
Como visão do partido, Cornélio Quivela disse que o PAHUMO tem a pessoa como o centro das atenções, através da oferta de oportunidades de acesso à Educação, Saúde, habitação condigna e Justiça.
“O país encontra-se numa situação em que todos têm medo e o nosso partido surge como guia dos moçambicanos”, disse, acrescentando: "Vamos trabalhar para consolidarmos a Unidade Nacional".
Para Cornélio Quivela, a “Chama da Unidade” (uma tocha que está desde 7 de Abril a dar a volta ao país para assinalar os 35 anos da independência) “não tem qualquer significado tradicional nem científico”.
O PAHUMO é constituído maioritariamente por antigos membros dos partidos Frelimo, Renamo e PDD, que hoje se comprometeram em desencadear um intenso trabalho de mobilização popular, para obter um resultado expressivo nas próximas eleições.
Cornélio Quivela é um antigo delegado provincial da Renamo em Cabo Delgado e foi deputado por este partido durante dois mandatos. José Lopes também foi delegado provincial da Renamo em Nampula e igualmente deputado da Assembleia da República.
Friday, June 4, 2010
Ninguém vai atrever-se em investigar Bachir Sulemane
Já corrompeu a Polícia que deveria investigá-lo e o Governo só pode defendê-lo MAPUTO – Um analista político ouvido, pelo A TribunaFax, em relação ao alegado envolvimento de Mohomed Bachir Sulemane no tráfico de drogas, considera que ninguém irá atrever-se em investigar este cidadão milionário, porque goza de muitas simpatias do Presidente da República, Armando Guebuza, do partido e Governo da Frelimo, no poder.
“Este caso vai morrer assim mesmo, tal como tem acontecido com outros tantos casos. Ninguém vai atrever-se em investigar o envolvimento de Mohamed
Bachir Sulemane no tráfico de drogas, uma vez que ele é amigo pessoal do Chefe de Estado, Armando Guebuza e um financiador-mor das campanhas do partido no poder, Frelimo, em momentos eleitorais”, disse, a este Jornal, um analista político da praça, frisando que “mesmo as capulanas, as camisetes e os bonés que a Frelimo anda a distribuir, em momentos eleitorais, quem manda trazer da China, em contentores, é Mohamed Bachir Sulemane. Como acha que a Frelimo irá julgar este indivíduo?” – questiona.
A fonte disse, ainda, que “como que a puxar saco de Guebuza, Bachir Sulemane designou um espaço, no Maputo Shopping Centre, de Guebuza Square, o que é em Inglês, significa Praça Guebuza”, por isso, “o Governo, apenas, vai sair em sua defesa”.
Disse que o Governo tem vindo a reclamar devido ao recrudescimento do crime violento, que, por sinal, está ligado ao crime organizado, também, por seu turno, relacionado ao tráfico de drogas.
“Como é que o Governo vai debelar o crime violento se titulares de órgãos do Governo e de soberania convivem com os barões de tráfico de drogas” – questiona e avança – “a corrupção reinante, neste país, faz com que Moçambique seja terreno fértil para o tráfico de drogas, além de outras ilicitudes.
“Mohamed Bachir Sulemane ofereceu, à Polícia da República de Moçambique, 50 motorizadas e igual número de telefones celulares, com respectivos pacotes iniciais, num acto testemunhado pelo ministro do Interior, José Pacheco.
Bachir Sulemane manda a todos, até a Polícia”, referiu a fonte, lembrando que Pacheco disse, na ocasião, que “com estes novos meios, a Polícia vai melhorar o seu desempenho no combate ao crime e desenvolver a sua visão, que é fazer da
ordem e segurança públicas um atractivo para mais investimentos, no País”.
“É para a Polícia combater que crime?
É, claro, para continuar a encarcerar os pilha-galinhas e outros coitados enquanto
os tubarões passeiam sua classe, impunes, sob compadrio de altas figuras do Estado moçambicano”.
A TRIBUNA FAX – 03.06.2010
Thursday, June 3, 2010
Seleção arrasta multidão em Soweto e paga dívida
Apoteótica a ida da seleção brasileira a Soweto neste dia de Corpus Christi. A caminho do estádio com amigos, por acaso encontramos o ônibus da delegação ao entrar no bairro. Espetáculo inesquecível mesmo para os mais experimentados e de coração mais duro.
As motos dos batedores, as dúzias de carros de polícia, sirenes ligadas, os policiais de metralhadoras -absolutamente dispensáveis- à mostra serviram ao menos para anunciar a chegada.
O que se viu foram mulheres com crianças de colo, jovens, homens de todas as idades, uma multidão enlouquecida ao longo das calçadas e ruas poeirentas, a acenar para qualquer carro, qualquer um que fosse ou parecesse ser da comitiva.
O Brasil devia essa visita a Soweto, à África. Dunga esteve com Nelson Mandela em fevereiro, mas o time, pelo menos algum dos jogadores, estava em dívida com o bairro símbolo da resistência ao apartheid.
Há um ano o Brasil jogou e venceu na África do Sul a Copa das Confederações. Então, treinou em Soweto, no estádio do Orlando. Apenas treinou, e, em Johannesburgo ao contrário de Bloemfontein, sempre de portões fechados.
O estádio do Orlando, a poucos quilômetros do impactante Museu da Consciência Negra. Nem assim uma visita, mesmo que de apenas um jogador.
Se dirá que a seleção não tinha, não tem nenhuma obrigação com a história de Soweto, da África do Sul, da África. Que tinha, e tem, compromissos importantíssimos que exigem, e exigem mesmo, concentração, foco absoluto.
É uma maneira de ver as coisas, mas há outras. A inexistência de compromissos formais, oficiais, não impede que cada um, ou um grupo, se imponha compromissos morais.
Em 94, por exemplo, a seleção chegou e saiu dos Estados Unidos com um compromisso, além do maior, de ganhar a Copa. O compromisso de homenagear, honrar um herói nacional, Ayrton Senna. E o fez minutos depois de vencer a Copa.
O compromisso agora não é, não deveria ser, com um bairro de negros ou de brancos, mas com uma história que todo o mundo conhece, ou deveria conhecer. No mínimo pela origem inegável, ainda que perdida no tempo, de tantos dos rapazes do Brasil.
Pela segunda vez em 48 horas os brasileiros da seleção puderam sentir de perto a profunda admiração da África pelo futebol brasileiro, por extensão pelo Brasil.
Há quem desdenhe, mas isso não é pouco. No século XX, antes até do desembarque de fuzileiros, com Hollywood na primeira metade, com astros da cultura pop e do esporte à frente nos últimos 50 anos, os Estados Unidos ganharam corações e mentes mundo afora.
Na quarta-feira, pelas ruas de Harare, a seleção foi saudada por milhares de africanos do Zimbabwe, muitos com a camisa amarela. E foi ovacionada no estádio.
Um dia depois, festa nas arquibancadas do Dobson Ville, euforia pelos becos e vielas de Soweto. O treino de portões abertos desta quinta é daqueles obrigatórios da FIFA, mas ao fazê-lo em Soweto, por obrigação ou não, a seleção beneficiou também a si mesma.
Ao ir a Soweto, a seleção amplia a simpatia dos sul-africanos pela seleção, pelo Brasil; não pela pátria dos constrangedores discursos oficiais, mas pelo ente multicultural que habita o imaginário mundo afora.
Ao ir a Soweto, ao menos passar de passagem por suas ruas e arrastar atrás de si uma multidão, ao ouvir a paixão que vem das arquibancadas, a seleção brasileira se alimenta do que pode haver de mais belo e nobre no futebol. Na vida.
Fotos de Reinaldo Marques/Terra
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Wednesday, June 2, 2010
Beautiful island in mozambique (pemba) for sale
Mozambique island - great opportunity
Ilha de Congo forms part of the Quirimbas Archipelago which is situated along the east coast of northern Mozambique. This archipelago comprising some 30 islands, begins just north of Pemba; the capital city of the Cabo Delgado Province and stretches north towards the Tanzanian border and beyond.
The Island has a 5 year development period, it has been acquired in September 2008, leaving us with a four year period. It has been earmarked for small tourism development.
* Price: 900,000 USD (Land / Lot area: 0.12 USD / m2)
Date & Time Listed: 2010-06-01 19:32:10
http://www.mondinion.com/Real_Estate_Listings/adid/411966/Mozambique--Cabo_Delgado--Cabo_Delgado--Island_for_Sale/
NOTA:
Mas isto é possível em Moçambique? Vender terra?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Apoiante da Frelimo na Lista Negra Americana do Narcotráfico
Mohamed Bachir Suleman, proprietário do chamado grupo de empresas MBS, consta da lista negra de narcotraficantes acabada de ser divulgada pelo presidente dos Estados Unidos da América. Antigo proprietário de um talho em Nampula, Suleman surgiu repentinamente à testa de empreendimentos de vulto em Maputo, mormente o «Kayum Centre» e mais recentemente o centro comercial situado na zona nobre da capital moçambicana, nas proximidades do Gabinete do Primeiro-Ministro, ostentando sinais exteriores de riqueza incompatíveis com a actividade comercial que desenvolve. Suleman, que chegou a estar detido na Suazilândia, é um dos mais sólidos suportes financeiros do Partido Frelimo, formação política que detém o poder em Moçambique.
De acordo com a lei dos Estados Unidos, a nomeação de Mohamed Bachir Suleman congela automaticamente os bens de três dos seus negócios na América e proíbe cidadãos americanos de negociarem com ele.
http://www.whitehouse.gov/the-press-office/letter-president-regarding-foreign-narcotics-kingpin-designation-act
The White House
Office of the Press Secretary
For Immediate Release
June 01, 2010
Letter from the President Regarding the Foreign Narcotics Kingpin Designation ActTEXT OF A LETTER FROM THE PRESIDENT
TO THE CHAIRMEN AND RANKING MEMBERS OF THE HOUSE AND SENATE COMMITTEES ON ARMED SERVICES AND THE JUDICIARY, THE CHAIRMAN AND RANKING MEMBER OF THE HOUSE COMMITTEE ON FOREIGN AFFAIRS, THE ACTING CHAIRMAN AND RANKING MEMBER OF THE HOUSE COMMITTEE ON WAYS AND MEANS, THE CHAIRMAN AND RANKING MEMBER OF THE HOUSE PERMANENT SELECT COMMITTEE ON INTELLIGENCE, THE CHAIRMEN AND RANKING MEMBERS OF THE SENATE COMMITTEES ON FOREIGN RELATIONS
AND FINANCE, AND THE CHAIRWOMAN AND VICE-CHAIRMAN OF THE SENATE SELECT COMMITTEE ON INTELLIGENCE
Dear Mr. Chairman: (Dear Madam Chairwoman:)
(Dear Mr. Vice-Chairman:) (Dear Representative:)
(Dear Senator:)
This report to the Congress, under section 804(a) of the Foreign Narcotics Kingpin Designation Act, 21 U.S.C. 1901-1908 (the "Kingpin Act"), transmits my designations of the following five foreign individuals as appropriate for sanctions under the Kingpin Act and reports my direction of sanctions against them under the Act:
Haji Agha Jan Alizai (Afghanistan)
Haji Bando (Afghanistan)
Ousmane Conte (Guinea)
Sergio Enrique Villarreal Barragan (Mexico)
Mohamed Bachir Suleman (Mozambique)
Sincerely,
BARACK OBAMA
De acordo com a lei dos Estados Unidos, a nomeação de Mohamed Bachir Suleman congela automaticamente os bens de três dos seus negócios na América e proíbe cidadãos americanos de negociarem com ele.
http://www.whitehouse.gov/the-press-office/letter-president-regarding-foreign-narcotics-kingpin-designation-act
The White House
Office of the Press Secretary
For Immediate Release
June 01, 2010
Letter from the President Regarding the Foreign Narcotics Kingpin Designation ActTEXT OF A LETTER FROM THE PRESIDENT
TO THE CHAIRMEN AND RANKING MEMBERS OF THE HOUSE AND SENATE COMMITTEES ON ARMED SERVICES AND THE JUDICIARY, THE CHAIRMAN AND RANKING MEMBER OF THE HOUSE COMMITTEE ON FOREIGN AFFAIRS, THE ACTING CHAIRMAN AND RANKING MEMBER OF THE HOUSE COMMITTEE ON WAYS AND MEANS, THE CHAIRMAN AND RANKING MEMBER OF THE HOUSE PERMANENT SELECT COMMITTEE ON INTELLIGENCE, THE CHAIRMEN AND RANKING MEMBERS OF THE SENATE COMMITTEES ON FOREIGN RELATIONS
AND FINANCE, AND THE CHAIRWOMAN AND VICE-CHAIRMAN OF THE SENATE SELECT COMMITTEE ON INTELLIGENCE
Dear Mr. Chairman: (Dear Madam Chairwoman:)
(Dear Mr. Vice-Chairman:) (Dear Representative:)
(Dear Senator:)
This report to the Congress, under section 804(a) of the Foreign Narcotics Kingpin Designation Act, 21 U.S.C. 1901-1908 (the "Kingpin Act"), transmits my designations of the following five foreign individuals as appropriate for sanctions under the Kingpin Act and reports my direction of sanctions against them under the Act:
Haji Agha Jan Alizai (Afghanistan)
Haji Bando (Afghanistan)
Ousmane Conte (Guinea)
Sergio Enrique Villarreal Barragan (Mexico)
Mohamed Bachir Suleman (Mozambique)
Sincerely,
BARACK OBAMA
Tuesday, June 1, 2010
Virar para onde, quando podemos mudar?
Por Lázaro Mabunda
Fartei-me de “gerar” uma “viragem” na minha mente, enganando-a que ela é que era pobre, pelo que havia uma necessidade inevitável de combater, fervorosamente, a pobreza que nela (mente) residia como o primeiro passo para erradicá-la do país.
Virei para todos os lados à procura de uma geração, no mundo, que tivesse combatido a pobreza pelo discurso e gritos aos quatro ventos de que “somos uma geração de virar a pobreza”. Não encontrei nenhuma. Aliás, encontrei a geração dos “Tigres Asiáticos” que conseguiu prosperidade por projectos de desenvolvimento devidamente concebidos, sem ter nunca martelado as mentes dos seus compatriotas por discursos de viragens políticos.
Na verdade, senti que por tanto virar à procura de uma geração, peguei vertigens e acabei perdendo, por alguns segundos, o norte e a direcção que pretendia seguir no combate à pobreza.
Concluí que nós nos perdemos muito nos discursos do que nos planos concretos de combate à pobreza. A pobreza não será combatida por uma geração que vira ou não vira, mas por gerações que, mais do que reproduzir discursos políticos, desenham projectos concretos de geração de riqueza ou produzem ideias inovadoras e consistentes que irão, num futuro próximo, ser transformadas em planos concretos de geração de riquezas.
Não será o grito de que “sou ou somos da geração de viragem” que irá amedrontar a pobreza do nosso país. Muito pelo contrário, isso só nos vai entreter e tornando-nos jovens intelectualmente redondos e quadros.
O que me impressiona nesta juventude – minha geração – é a capacidade extraordinária de confundir um simples discurso político de um projecto político-social, a capacidade fenomenal de fazer acreditar as pessoas que um gato nem sempre é gato, em alguns momento é rato e vice-versa. Esta geração é tão capaz, como dizia Miguel Sousa Taveres, de produzir um Roosevelt - que impõe ao povo americano a obrigação histórica de salvar a Europa do nazismo - como são capazes de produzir um George W. Bush, que impõe ao país uma guerra sem sentido, apenas destinada a servir a sua vaidade de se proclamar “um Presidente de guerra”. Tanto é capaz de produzir “um Bill Clinton, que restabeleceu a economia e a imagem externa dos EUA, como uma Sarah Palin, talvez futura presidente, cuja absoluta ignorância, estupidez natural e incompetência são mais perigosas do que 10 Bin Ladens à solta”.
Somos, infelizmente, uma camada social capaz de mobilizar cegamente uma nação inteira, num instante, a aderir um discurso político sem que antes tenhamos analisado a essência e o alcance do mesmo.
Antes de pegarmos em tambores e sairmos às ruas pregar um falso evangelho, temos uma obrigação e dever moral e patriótico de filtrar as impurezas que os discursos políticos contêm, capazes de envenenar uma geração toda. Há uma obrigação humana de distinguir futilidades do que é importante, utilidade de inutilidade, o indispensável do dispensável e, acima de tudo, saber dizer que “geração de viragem” é diferente de “Geração de Mudanças”.
Entre o virar e o mudar, prefiro não virar.
Temos de procurar saber se o discurso de andamos a reproduzir, a altos sons, revitaliza as fábricas encerradas ao longo dos anos, por quebra de vendas; se cria emprego ou se nos faz respirar ares de alívio do défice público e, sobretudo, se nos coloca numa situação de independência económica em relação ao exterior. O custo de vida em Moçambique disparou vertiginosamente, porque o dólar e o rand escasseiam no mercado, o que, consequentemente, origina uma procura desenfreada dessas divisas, criando, assim, condições para a inflação de produtos, uma vez sermos um país eternamente consumista do produtor. Disto, nenhuma geração fala e nenhum político reproduz. Mas é isso que devemos procurar discutir e encontrar soluções.
Nós temos de saber que somos aquilo que somos, e seremos no futuro, mais por aquilo que fazemos e por aquilo que nos acontece e nos acontecerá.
Um homem, dizia um escrito português, é quem é, mais o seu bom nome, a sua honra, os princípios que traiu ou não traiu. E vive com isso e é julgado por isso pelos outros. E não tenho nenhuma dúvida que esta geração será julgada por viragens desnecessárias do que pela mudança de atitude.
Não estou a defender que os jovens não devam ser reprodutores de discursos políticos, mas que antes devem analisar se esse discurso tem princípio, meio e fim ou não.
Questiono-me sempre sobre o pressuposto – pelo menos um – que define a geração de viragem. Pelo menos o objecto da Geração 25 de Setembro era a Libertação da Nação e dos Homens, razão pela qual pegou em armas e libertou o país e os seus respectivos homens. A Geração 8 de Março tinha como missão: assegurar a máquina administrativa do país, e assim abandonou – de forma forçada, convenhamos dizer – os seus projectos para abraçar sectores-chave após a fuga de portugueses.
E a geração de viragem? É uma geração parida de um simples discurso presidencial. Uma geração que foi nascida sem nunca ter sido concebida. Uma geração que não seguiu as regras da natureza – nascimento e crescimento natural de uma ideia, nem de qualquer que seja ser vivo.
Se o objecto da geração de viragem é a pobreza e o seu combate, então, deveria ter antes desenhado um projecto sobre como essa geração irá combater a pobreza. Para mim, para ser uma geração precisa de abandonar os seus postos de trabalhos, as suas casas, os seus sonhos para ir trabalhar nos campos agrícolas, na reabilitação e construção de infra-estruturas básicas como vias de acessos, escolas, hospitais. Precisa igualmente de largar os seus projectos pessoais para trabalhar como voluntária em projectos que irão salvar milhares de moçambicanos, além de alavancar o desenvolvimento do país. Hoje, temos milhares de crianças sem acesso à escola por falta de infra-estruturas e professores; temos milhares de mulheres, homens e crianças que morrem por falta do hospitais e de médicos, enfermeiros e serventes...Se esta geração cumprir o que acima levantei, há condições para que de facto seja uma geração.
Pelo menos, eu não quero virar. O que quero, da juventude, muitos sabem: mudança. Acho que mais do que virarmos, o que nos pode criar problemas, temos de mudar. Mudar no sentido de que devemos deixar de ser reprodutores para sermos produtores, reactivos para sermos pro-activos e devemos deixar de ser passivos para sermos activos.
Virar para mim tem, em algum momento, uma conotação negativa. Vira o que não está em condições. Por outro lado, vira-se um objecto e não algo abstracto. Virar pobreza é o mesmo que virar o ar.
O PAÍS – 31.05.2010
Fartei-me de “gerar” uma “viragem” na minha mente, enganando-a que ela é que era pobre, pelo que havia uma necessidade inevitável de combater, fervorosamente, a pobreza que nela (mente) residia como o primeiro passo para erradicá-la do país.
Virei para todos os lados à procura de uma geração, no mundo, que tivesse combatido a pobreza pelo discurso e gritos aos quatro ventos de que “somos uma geração de virar a pobreza”. Não encontrei nenhuma. Aliás, encontrei a geração dos “Tigres Asiáticos” que conseguiu prosperidade por projectos de desenvolvimento devidamente concebidos, sem ter nunca martelado as mentes dos seus compatriotas por discursos de viragens políticos.
Na verdade, senti que por tanto virar à procura de uma geração, peguei vertigens e acabei perdendo, por alguns segundos, o norte e a direcção que pretendia seguir no combate à pobreza.
Concluí que nós nos perdemos muito nos discursos do que nos planos concretos de combate à pobreza. A pobreza não será combatida por uma geração que vira ou não vira, mas por gerações que, mais do que reproduzir discursos políticos, desenham projectos concretos de geração de riqueza ou produzem ideias inovadoras e consistentes que irão, num futuro próximo, ser transformadas em planos concretos de geração de riquezas.
Não será o grito de que “sou ou somos da geração de viragem” que irá amedrontar a pobreza do nosso país. Muito pelo contrário, isso só nos vai entreter e tornando-nos jovens intelectualmente redondos e quadros.
O que me impressiona nesta juventude – minha geração – é a capacidade extraordinária de confundir um simples discurso político de um projecto político-social, a capacidade fenomenal de fazer acreditar as pessoas que um gato nem sempre é gato, em alguns momento é rato e vice-versa. Esta geração é tão capaz, como dizia Miguel Sousa Taveres, de produzir um Roosevelt - que impõe ao povo americano a obrigação histórica de salvar a Europa do nazismo - como são capazes de produzir um George W. Bush, que impõe ao país uma guerra sem sentido, apenas destinada a servir a sua vaidade de se proclamar “um Presidente de guerra”. Tanto é capaz de produzir “um Bill Clinton, que restabeleceu a economia e a imagem externa dos EUA, como uma Sarah Palin, talvez futura presidente, cuja absoluta ignorância, estupidez natural e incompetência são mais perigosas do que 10 Bin Ladens à solta”.
Somos, infelizmente, uma camada social capaz de mobilizar cegamente uma nação inteira, num instante, a aderir um discurso político sem que antes tenhamos analisado a essência e o alcance do mesmo.
Antes de pegarmos em tambores e sairmos às ruas pregar um falso evangelho, temos uma obrigação e dever moral e patriótico de filtrar as impurezas que os discursos políticos contêm, capazes de envenenar uma geração toda. Há uma obrigação humana de distinguir futilidades do que é importante, utilidade de inutilidade, o indispensável do dispensável e, acima de tudo, saber dizer que “geração de viragem” é diferente de “Geração de Mudanças”.
Entre o virar e o mudar, prefiro não virar.
Temos de procurar saber se o discurso de andamos a reproduzir, a altos sons, revitaliza as fábricas encerradas ao longo dos anos, por quebra de vendas; se cria emprego ou se nos faz respirar ares de alívio do défice público e, sobretudo, se nos coloca numa situação de independência económica em relação ao exterior. O custo de vida em Moçambique disparou vertiginosamente, porque o dólar e o rand escasseiam no mercado, o que, consequentemente, origina uma procura desenfreada dessas divisas, criando, assim, condições para a inflação de produtos, uma vez sermos um país eternamente consumista do produtor. Disto, nenhuma geração fala e nenhum político reproduz. Mas é isso que devemos procurar discutir e encontrar soluções.
Nós temos de saber que somos aquilo que somos, e seremos no futuro, mais por aquilo que fazemos e por aquilo que nos acontece e nos acontecerá.
Um homem, dizia um escrito português, é quem é, mais o seu bom nome, a sua honra, os princípios que traiu ou não traiu. E vive com isso e é julgado por isso pelos outros. E não tenho nenhuma dúvida que esta geração será julgada por viragens desnecessárias do que pela mudança de atitude.
Não estou a defender que os jovens não devam ser reprodutores de discursos políticos, mas que antes devem analisar se esse discurso tem princípio, meio e fim ou não.
Questiono-me sempre sobre o pressuposto – pelo menos um – que define a geração de viragem. Pelo menos o objecto da Geração 25 de Setembro era a Libertação da Nação e dos Homens, razão pela qual pegou em armas e libertou o país e os seus respectivos homens. A Geração 8 de Março tinha como missão: assegurar a máquina administrativa do país, e assim abandonou – de forma forçada, convenhamos dizer – os seus projectos para abraçar sectores-chave após a fuga de portugueses.
E a geração de viragem? É uma geração parida de um simples discurso presidencial. Uma geração que foi nascida sem nunca ter sido concebida. Uma geração que não seguiu as regras da natureza – nascimento e crescimento natural de uma ideia, nem de qualquer que seja ser vivo.
Se o objecto da geração de viragem é a pobreza e o seu combate, então, deveria ter antes desenhado um projecto sobre como essa geração irá combater a pobreza. Para mim, para ser uma geração precisa de abandonar os seus postos de trabalhos, as suas casas, os seus sonhos para ir trabalhar nos campos agrícolas, na reabilitação e construção de infra-estruturas básicas como vias de acessos, escolas, hospitais. Precisa igualmente de largar os seus projectos pessoais para trabalhar como voluntária em projectos que irão salvar milhares de moçambicanos, além de alavancar o desenvolvimento do país. Hoje, temos milhares de crianças sem acesso à escola por falta de infra-estruturas e professores; temos milhares de mulheres, homens e crianças que morrem por falta do hospitais e de médicos, enfermeiros e serventes...Se esta geração cumprir o que acima levantei, há condições para que de facto seja uma geração.
Pelo menos, eu não quero virar. O que quero, da juventude, muitos sabem: mudança. Acho que mais do que virarmos, o que nos pode criar problemas, temos de mudar. Mudar no sentido de que devemos deixar de ser reprodutores para sermos produtores, reactivos para sermos pro-activos e devemos deixar de ser passivos para sermos activos.
Virar para mim tem, em algum momento, uma conotação negativa. Vira o que não está em condições. Por outro lado, vira-se um objecto e não algo abstracto. Virar pobreza é o mesmo que virar o ar.
O PAÍS – 31.05.2010
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