BLOG DEDICADO À PROVINCIA DE NAMPULA- CONTRIBUINDO PARA UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA EM MOCAMBIQUE

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ALL MENKIND WERE CREATED BY GOD AND ARE IQUAL BEFORE GOD, AND THERE IS WISDOM FROM GOD FOR ALL

Thursday, March 31, 2011

Dhlakama revela pontos das negociações com a Frelimo

e ameaça “desalojar a Frelimo do poder em 24 horas”


Nampula (Canalmoz) – Na terça-feira passada foi o secretário-geral da Renamo ameaçou “romper com as negociações”, entre a Frelimo e o seu partido (a Renamo), e “virar o país de pés para o ar”. Ontem, o próprio presidente da Renamo, em entrevista ao Canal de Moçambique/Canalmoz, reafirma a ameaça e diz que “a Renamo pode desalojar a Frelimo (do poder) em 24 horas”. Isso caso as negociações entre as partes não surtirem os efeitos desejados, nomeadamente a criação de “uma nova ordem política nacional”, segundo o presidente do partido com maior representação parlamentar.


O que a Renamo pretende na tal “nova ordem”

Pela primeira vez, o líder da Renamo falou dos pontos concretos que o seu partido levou à mesa para discutir com a Frelimo.

Falando à reportagem do Canalmoz – Diário Digital e Canal de Moçambique - Semanário, a partir da cidade de Nampula, onde está radicado desde Janeiro de 2010, o líder da Renamo revelou os pontos em discussão.

“O primeiro ponto refere-se às Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Nós queremos que seja um exército não politizado. Queremos um exército novo com os trinta mil homens previsto no AGP – Acordo Geral de Paz – e que seja um exército competente e técnico-profissional”, afirmou Afonso Dhlakama.

“O segundo ponto refere-se à revisão do pacote eleitoral e dos próprios órgãos de administração eleitoral. As coisas devem ser tratadas no âmbito partidário. Não queremos nos socorrer à Assembleia da República porque a Frelimo quer usar a sua maioria no Parlamento para que as coisas continuem assim”, disse a seguir o presidente da Renamo.

“O terceiro ponto da agenda refere-se à formação de um Governo de Transição que possa dirigir o País por um período de dois anos e meio até que sejam organizadas eleições.

“Este Governo de Transição deve ser constituído por jovens com qualidades técnico-profissionais que não têm nada a ver com a Renamo, com a Frelimo e com qualquer outro partido político, para que todos possamos entrar nas eleições em pé de igualdade, sem que ninguém use os meios do Estado”, disse ainda Dhlakama.

As “negociações” entre a Renamo e a Frelimo foram iniciadas em Fevereiro e que já houve “dois encontros”.


E se a Frelimo não ceder?…

“Nós temos capacidade militar assim como humana, temos milhares de pessoas que nos apoiam e, como vai tratar-se de uma guerra não convencional, estamos preparados”, disse Dhlakama para explicar a alternativa de acção do seu partido, caso a Frelimo não faça cedências.

Acrescentou que os homens do seu partido, “sobretudo os desmobilizados”, aguardam apenas por uma ordem para actuarem”.

O presidente da Renamo disse estar a “chamar a atenção à Frelimo” para entender que as actuais negociações “não são como aquelas que levaram dois anos e meio em Roma, entre Junho de 1990 e 04 de Outubro de 1992”.

“Essas negociações são totalmente diferentes. São negociações de curto prazo, para resolver questões imediatas”, esclareceu o líder da Renamo.

“Nestas negociações, a Frelimo não tem a agenda, nem tem argumentos. As negociações são feitas com base nos pontos que nós apresentamos porque quem quer realmente ver a democracia implementada, eleições sem roubo, sem fraude, e ver exactamente o país a andar é a Renamo. Porque quem estraga tudo é a Frelimo”, disse o presidente da Renamo numa grande entrevista que pode ler na íntegra na próxima edição do semanário Canal de Moçambique, que estará disponível ao público no dia 06 de Abril próximo. (Aunício da Silva

Libya shrugs off foreign minister defection



By HADEEL AL-SHALCHI, Associated Press Hadeel Al-shalchi, Associated Press – 32 mins ago

TRIPOLI, Libya – A Libyan government spokesman says Moammar Gadhafi and his family are all still in Libya but he tacitly acknowledges that the foreign minister has defected.

The spokesman Moussa Ibrahim would not, however, confirm outright the defection of Foreign Minister Moussa Koussa, a day after the British government said he had arrived in Britain and resigned.

"We are not waiting for individuals to lead the struggle," Ibrahim told reporters in the capital Thursday. "This is the struggle of a whole nation. We are not relying on individuals, no matter how high-ranking they are. And so if everyone feels tired or sick or exhausted, they want to take a rest, it just happens. But I'm not confirming anything."

THIS IS A BREAKING NEWS UPDATE. Check back soon for further information. AP's earlier story is below.

AJDABIYA, Libya (AP) — The defection of Libya's foreign minister, a member of Moammar Gadhafi's inner circle, is the latest sign that the embattled regime is cracking at the highest levels as the West keeps up pressure on the longtime leader to relinquish power.

In another blow to the regime, U.S. officials revealed Wednesday that the CIA has sent small teams of operatives into rebel-held eastern Libya while the White House debates whether to arm the opposition.

Despite the setbacks and ongoing NATO airstrikes on government forces, Gadhafi loyalists have been logging successes on the battlefield, retaking much of the territory the rebels had captured since airstrikes began March 19.

Britain's government said Wednesday that Foreign Minister Moussa Koussa had arrived in Britain on a flight from Tunisia and was resigning from his post, though the Libyan government denied it. British Foreign Secretary William Hague said the resignation showed the regime is "fragmented, under pressure and crumbling."

Koussa is not the first high-ranking member of the regime to quit — the justice and interior ministers resigned early in the conflict and joined the rebellion based in the east. Koussa, however, is a close confidant of Gadhafi's, privy to all the inner workings of the regime. His departure could open the door for some hard intelligence, though Britain refused to offer him immunity from prosecution.

Koussa was Libya's chief of intelligence for more than a decade. The opposition holds responsible for the assassinations of dissidents in western capitals and for orchestrating the 1988 Lockerbie bombing and the bombing of another jet over Niger a year later.

In later years, however, Koussa played an important role in persuading Western nations to lift sanctions on Libya and remove its name from the list of state sponsors of terrorism. He led settlements of Lockerbie, offered all information about Libya's nuclear program and gave London and Washington information about Islamic militants after the Sept. 11 attacks.

"His defection is a serious blow" to Gadhafi, Elliott Abrams, a former assistant secretary of state under President Ronald Reagan, said in a story posted on the Council on Foreign Relations' website. "This is the first loss of such a close comrade," he said, adding that he may have be able to identify other potential defectors.

Abrams, who met Koussa in 2004 in negotations over Libya's handover of weapons of mass destruction programs, described him as a handsome, well-dressed man speaking perfect English. Koussa attended Michigan State University in the 1970s.

Abrams said the simple fact that Koussa was able to make it to England "suggests that the regime is falling apart despite its battlefield victories in the last two days." His departure suggest that Gadhafi's inner circle "now know how this story ends, and do not wish to be with the dictator when that end comes," he said.

On Thursday, the rebels came under heavy shelling by Gadhafi's forces in the strategic oil town of Brega on the coastal road that leads to Tripoli. Black smoke billowed in the air over Brega as mortars exploded.

"Gadhafi's forces advanced to about 30 kilometers (18 miles) east of Brega," said rebel fighter Fathi Muktar, 41. Overnight, he said the rebels had temporarily pushed them back, but by morning they were at the gates of Brega. "There were loads of wounded at the front lines this morning," he said of rebel casualties.

The poorly equipped rebels' setbacks are hardening the U.S. view that they are probably incapable of prevailing without decisive Western intervention, a senior U.S. intelligence official told The Associated Press.

The U.S. has made clear that it is considering providing arms to the rebels. Still, White House press secretary Jay Carney said Wednesday no decision has been made yet.

"We're not ruling it out or ruling it in," he said.

Obama said in a national address Monday night that U.S. troops would not be used on the ground in Libya

Fonte: Yahoo News

Wednesday, March 30, 2011

ALGUMAS NOTAS SOLTAS SOBRE A NOSSA OPOSIÇÃO

CRÓNICA Por: Gento Roque Cheleca Jr., em Bruxelas

“O que mais interessa, em política, é o tratamento que se dá ao presente e a forma como se preparam os caminhos do futuro”. (Mário Soares, estadista português)
Longe vão os tempos em que a nossa oposição estava coroada de políticos fulgurantes, capazes de entregar o peito às balas em defesa dos superiores interesses nacionais do país. Nessa altura (depois do Acordo Geral de Paz em Roma), perfilavam no seio de alguns partidos políticos da oposição, quatro principais paladinos de causas indubitáveis até então indomáveis e ossos duros de roer, ante uma Frelimo lunática e quimérica.

Sem querer esquecer ninguém, creio ser um acto de justiça histórica salientar o papel desempenhado pelos políticos Afonso Dhlakama (RENAMO), Wehia Ripua (PADEMO), Yaqub Sibindy (PIMO) e António Palange (UDM) naquele exaltante e difícil momento da gesta da Nação Moçambicana. Nunca antes a oposição em Moçambique esteve tão unida e fiscalizante. Os pronunciamentos bombásticos destes quatros paladinos de então, contra a Frelimo, “invadiam” o sono reparador dos “camaradas” da “casa branca”, em Maputo. O povo tinha na oposição uma espécie de advogado ferrenho contra as ideologias marxistas – leninista da Frelimo.

O povo tinha uma oposição que valia pelas faltas que a natureza não pode dar ao país. Era o nosso petróleo, as nossas reservas de diamantes, as nossas pepitas de ouro, enfim, uma dádiva de Deus que, no entendimento de alguns anciões de ‘Chivule’, como é o caso do famosíssimo vidente Mariano Jofrice Kugogomola

Caxixe, “tal sucedeu-se porque na hora da distribuição da riqueza, os nossos representantes legais no paraíso, despertaram tarde e quando deram pelo toque as mais apetecíveis riquezas já tinham sido entregues a outros países”. O casamento que parecia perfeito e duradouro entre os líderes da coligação Renamo – União Eleitoral não duraria por muito tempo.

Os desígnios de cada partido da coligação cedo começavam a mostrar-se eivado de ambivalências, por um lado – diziam alguns que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, era uma espécie de “gato” que mais não fazia do que comer sozinho a carne caçada pelos “ratos”, por outro lado – diziam outros (se há cardápio que não falta na política é o pingue-pongue de palavras e acusações) que a Frelimo tinha colocado “colarinho no pescoço” de quase todos os líderes da coligação, sobretudo naqueles que constituíam uma autêntica “vuvuzela intraquilizadora” e, em troca, estes recebiam os famosos “Trust Funds”.

Alguém por acaso ainda se lembra deste fundo que, para instaurar a democracia, muitos políticos tiveram que transformar agendas pessoais (estomacais) em interesses nacionais? Tivemos um pouco de tudo, desde os futurologistas da natureza até os que vestiam pares de sapatos e meias de cores diferentes! Ya, a democracia que hoje se respira no país teve os seus custos… A velocidade com que alguns deles despenderam para fazer parir um partido político, foi praticamente a mesma que os levou à sepulta política.

Para esses partidos e seus respectivos líderes políticos, não me resta mais nada que servir-me da doutrina religiosa para desejar paz à sua alma!!!

Os factos não só decepcionaram as minhas esperanças ̶ como adepto fervoroso de uma democracia de ideias e de valores, como, também, o desespero daqueles que deram o seu voto para que esses partidos não se transformassem em múmias da história. A existência desses partidos seria, fundamentalmente, saudável para a nossa democracia e para o país em geral, cujo viés parece inclinar-se, de novo, para a ditadura.

Não há desgraça que não deixe vestígios. E um desses vestígios é a Renamo. Com pouco oxigénio que a sustente por muito mais tempo e, em soluços, vai resistindo a maior crise interna de liderança de que há memória, em que o seu principal causador é, para ser um pouco modesto com o auto-proclamado “pai da democracia”, à própria presidência do partido. Afonso Dhlakama mal saboreou o mel, acabou ficando com a colmeia toda, como se o partido fosse produto de seus múltiplos “casamentos”. Por causa da gestão ruinosa, a Renamo depara-se com um outro dilema: tem sido abalado pela orfandade ideológica dos seus melhores quadros.

É com uma dose de nostalgia que relembro hoje figuras de proa da Renamo e, sobretudo, defensores acérrimos da causa nacional, como são os casos do poeta Celestino Bento, o mestre David Aloni; o estratega Raul Domingos; o político Manuel Pereira; o comunicador Rahil Khan; o perito Domingos Pequenino; o farol Jamal Jamal (antigo assessor jurídico de Afonso Dhlakama, um homem de se lhe tirar o chapéu); a águia Eduardo Namburete; os dinoussauros Dionísio Quelhas e Luís Boavida, etc. Os que conheceram a realidade dessa época tão excitante quanto espicaçada da história do nosso país é que podem verdadeiramente falar dela. Um a um vão partindo. Alguns já partiram.

Os que ainda ficaram, neste vale de lágrimas, uns ainda continuam firmes na travessia do deserto, na “perdiz”, talvez na esperança que os melhores dias virão; os restantes, salvos os esquecidos ou ignorados da sorte, continuam fiéis à própria consciência...A história jamais esquecerá o serviço que todos eles (incluindo os anónimos) prestaram /prestam ao país. Chegado aqui, confesso, as lágrimas começam a escorrer pelo rosto (qual Zambeze em fúria), é tempo de fazer um apelo: tragam-nos as vossas memórias de luta, pois a nossa juventude precisa de conhecer a outra verdade da história do país.

Uma Renamo próspera e proeminente terá de existir sem a figura do seu líder, Afonso Dhlakama. Dhlakama deve compreender que (atrevo-me a roubar para aqui um texto de Almeida Santos) “o exercício do poder por muito tempo cansa.

Cansa quem o exerce e quem o suporta. A idade não perdoa, e é prudente saber parar a tempo.” Quem assim o desejaria, como eu, teria que esperar sentado e numa poltrona cómoda para não cansar as nádegas porque o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, nem com guindaste nem com buldózer, aceitaria deixar o poder. Quando há uma lógica, acrescenta Almeida Santos, por mais demoníaca que seja, muito pouco há a fazer. De facto.

Se a Renamo não serve os superiores interesses do país, cabe então a vez do MDM tomar às rédeas da oposição. Isto seria desejável e concretizável, se o MDM não estivesse a trilhar os mesmos caminhos que a Renamo. O percurso, a letargia, os discursos e a maneira de estar em política do MDM é rigorosamente o mesmo que a Renamo trilha há 7 anos a esta parte. Desde a sua criação em 2008 e depois do escândalo da CNE (ao sanear o partido de concorrer em todos os círculos eleitorais), o MDM tem se revelado um parceiro fiel do tango da Frelimo, e “filho bastardo” da Renamo. Este é que é o maior problema das “almas pequenas”, é que raramente se entendem.

Quando se esperava um Daviz Simango proactivo e dinâmico em todas as frentes de batalha, quão espanto não acontece ao vermos a “espuma e soda” esvaziar-se da combustão. Um indivíduo cujo pai é um dos obreiros da independência nacional, e ainda, militou na Renamo antes de ser expulso pela liderança de Dhlakama em 2008, exigia-se dele, no mínimo, outro tipo de atitude /responsabilidade perante uma Frelimo hipócrita que leva o país e, em particular, à oposição ao baile. É, de facto, uma catalepsia que assusta. Não foi preciso passar muitos anos para que o “bebé” acabado de sair da incubadora, o MDM, se revelasse incapaz de governar o país.

Dois erros imperdoáveis que Daviz Simango comete: primeiro, o de querer ser servo de dois senhores (Mateus, 6.24), designadamente do Concelho Municipal da Beira e do seu eleitorado nacional e, segundo, pensar que a “fama” do passado é um caudal constante. Engana-se, porque as abundâncias do passado não saceiam a fome do presente. Não se conquista o povo com mensagens e, pior, quando esse povo tem um défice de escolarização. É sabido que em África a presença dos líderes valem o que valem (ouro), sendo por isso aconselhável que seja ele próprio, Daviz Simango, a deslocar-se às províncias que enviar para o terreno o seu secretário-geral (Ismael Mussa).

O MDM deve saber impor dinâmica e insuflar as suas acções no Parlamento. É fundamental que o MDM esteja sempre atento às jogadas, reagindo pontualmente a cada problema apresentado. O futuro do MDM está ao virar da esquina, basta que para isso o partido encontre soluções para descongestionar as tarefas do seu presidente que é, concomitantemente, presidente do partido e presidente de mil e umas funções noutras atmosferas (CMCB).

Como disse, cabe entretanto, à liderança do MDM e os seus membros, ultrapassarem todos estes óbices que impedem o partido de andar para a frente.

E se a memória não me falece, creio que o MDM tem um saldo negativo de congressos, outro problema sobre o qual não gostaria de me pronunciar.

Não gostaria de terminar esta crónica sem que transmitisse ao líder da terceira maior força política do país (porque o resto é paisagem) uma lenda que li na primavera do ano de 2010 no livro da jornalista Judite de Sousa “Olá Mariana”, que diz assim:

Uma criança que se perde na floresta e que depois encontra uma pessoa e diz: ainda bem que o encontrei: você vai indicar-me o caminho. A pessoa responde: eu estou perdido como tu, também procuro o caminho. Mas há uma coisa que eu te posso dizer: não vás por ali porque de lá já eu venho”. Para um bom entendedor, meia palavra basta.

gentoroquechaleca@gmail.com

WAMPHULA FAX – 30.03.2011

Monday, March 28, 2011

Iminente perigo de levantamento popular em Moçambique

considera o académico e membro da Renamo, Eduardo Namburete


Maputo (Canalmoz) -

“A subida dos preços de produtos básicos no mercado nacional vai afectar as pessoas mais pobres, e se o Governo não tomar medidas sérias, a curto prazo, o país voltará a registar manifestações populares”.

A opinião é do Dr. Eduardo Namburete, professor universitário e membro da Renamo.
Namburete aconselha o Governo a “adoptar mecanismos mais eficientes e com a maior urgência possível” e recorda que o país não tem muitas alternativas para reverter a carestia da vida: “A única (alternativa) era a produção agrícola, mas sabemos que o país é “improdutivo” e vive das importações”, diz Namburete em entrevista ao Canalmoz.

Namburete recorda que a principal razão que levou a população a se manifestar no início de Setembro de 2010, foi necessariamente a exacerbação do custo de vida, agravada pelo anúncio do Governo de autorizar o aumento do preço do pão.

O Governo respondeu às manifestações com a introdução de medidas de austeridade e redução relativa dos preços de arroz, pão, luz, água.

Porém, desde o início do presente ano os preços voltaram a disparar. “Moçambique está a registar agravamento de preços dos produtos da primeira necessidade desde o início do presente ano. O Governo já admitiu submeter um orçamento rectificativo à Assembleia da República, pois o orçamento aprovado nos finais do ano passado não previa o actual custo de vida”.

Eduardo Namburete refere que “a população não sabe o que está a acontecer. Apenas sente que a cada dia o custo de vida se torna insuportável para os pacatos salários”.

O académico, ex-deputado à Assembleia da República, entende que o Governo tem uma fórmula na mão para reduzir o custo de vida, mas não está a usá-la.

“Rever os contratos dos mega-projectos é a única solução que o Governo tem para minimizar a crise financeira, evitando, desta forma, as manifestações que poderão complicar a situação política, económica, e social do País. Chegou a hora do Estado moçambicano perceber que a revisão dos impostos de mega-projectos como a MOZAL, VALE, RIVERSDALE, SASOL, entre outros, é necessária para salvar o património”, defende Namburete.

Outros académicos e deputados da Assembleia da República, da Renamo e do MDM, há muito que defendem a mesma solução.

Mas Eduardo Namburete alerta agora que “o país não tem mais recorrência. A contribuição dos doadores no orçamento do Estado não foi suficiente. A produção agrícola é um fracasso, por falta de incentivos. A fraca produção no país é motivada pela ignorância do próprio Governo”.

De recordar por seu turno que o próprio primeiro-ministro, Aires Ali, admitiu recentemente que, pelo facto de “Moçambique não produzir combustíveis, o aumento do seu preço no mercado internacional vai reflectir-se nos sectores produtivos, causando agravamento de preços de produtos de primeira necessidade”.

Eduardo Namburete não vê a culpa do custo de vida somente nas questões externas. Diz que internamente também há problemas, a nível da governação.

“O problema está na liderança dos governantes que beneficiam uns em detrimento doutros”, disse o ex-deputado da Renamo na legislatura passada. (José Mirione)

Friday, March 25, 2011

A diferença entre líderes africanos e europeus

Por Lázaro Mabunda

O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, anunciou, na noite de quarta-feira, o seu pedido de demissão do cargo que ocupa. Na mesma altura, revelou que será candidato às eleições antecipadas que deverão ter lugar ainda neste primeiro semestre. A demissão de Sócrates, motivada por chumbo ao Programa de Estabilidade e Crescimento, vem revelar a diferença existente entre as lideranças da Europa e África.
Enquanto um líder europeu demite-se por uma simples reprovação do seu projecto político, o africano força em manter-se no poder, mesmo consciente da contestação de que é alvo pela população que o elegeu; enquanto um líder europeu demite-se por uma simples crise financeira, o africano insiste que ainda tem condições de governar, mesmo reconhecendo a sua incompetência e limitação em resolver problemas gravíssimos pelos quais os países passam.


Por outro lado, um líder europeu demite-se pelo simples facto de se sentir responsável pela morte de apenas um cidadão, um africano orgulha-se e congratula as suas forças polícias por, numa manifestação contra injustiça, matarem mais de uma dezena de pessoas que o elegeram para o cargo que ocupa. Ou seja, um líder europeu pensa no povo e nas promessas que fez ao mesmo povo, quando o africano pensa nele e nos compromissos que assumiu com ele mesmo, visando o enriquecimento ilícito. É daí que mesmo perdendo as eleições, prefere mergulhar um país todo numa guerra civil a sair do poder, ainda que esteja consciente de que o povo lhe cuspiu. É igualmente, por isso, que temos em África presidentes com mais de 20 anos no poder – líderes vitalícios à imagem de líderes tradicionais. O que move os líderes africanos é, como dizia Nicolau Maquiavel, a luta pela conquista e pela manutenção do poder, não obstante reconhecerem que “é perigoso ser odiado pelo povo. Um governante que não é capaz de se manter em paz com o povo é inútil à protecção dos exércitos e fortificações”.


Fonte: O País online - 25.03.2011

Thursday, March 24, 2011

Nos EUA, 60 por cento apoiam ação militar na Líbia--pesquisa

Por Arshad Mohammed

WASHINGTON (Reuters) -

Sessenta por cento dos norte-americanos apoiam a ação militar dos EUA e aliados na Líbia para impor uma zona de exclusão aérea e proteger civis das forças leais a Muammar Gaddafi, mostrou uma pesquisa Reuters/Ipsos divulgada nesta quinta-feira.

Dos entrevistados, 48 por cento descreveram a liderança militar do presidente Barack Obama como comandante-em-chefe dos Estados Unidos como 'cautelosa e ponderada', 36 por cento como 'indecisa e vacilante', e 17 por cento como 'forte e decidida', ao responder a uma pergunta que só oferecia estas três opções.

Setenta e nove por cento dos indagados disseram que os Estados Unidos e seus aliados deveriam tentar depor Gaddafi, que governa o país exportador de petróleo do norte da África há mais de quatro décadas.

Este resultado é semelhante ao de uma pesquisa da CNN divulgada na terça-feira, que mostrou que 77 por cento dos entrevistados disseram ser muito importante ou algo importante retirar Gaddafi do poder.

Na pesquisa Reuters/Ipsos, somente 7 por cento apoiaram o uso de tropas terrestres e 60 por cento foram a favor da ação militar líbia, sendo que 20 por cento demonstraram forte apoio e 40 por cento algum apoio. Vinte e cinco por cento se opuseram em parte a ela, e 14 por cento manifestaram forte desaprovação.

O levantamento foi feito no dia 22 de março com um grupo de 975 pessoas que representam a coletividade.

O estudo deu a entender que os norte-americanos podem ver o democrata Obama sob um ótica bem diferente da de seu antecessor, George W. Bush, republicano que iniciou as guerras no Afeganistão e no Iraque com alguns aliados, mas foi amplamente visto como um líder isolado.

'Os dados indicam que ele é visto como mais aberto a opiniões em sua abordagem, o que pode distingui-lo na mente do público norte-americano de seu antecessor, George W. Bush, que não era visto assim', disse Julia Clark, diretora de Assuntos Públicos da Ipsos, acrescentando que as respostas romperam com alinhamentos políticos.

Sessenta e três por cento dos democratas escolheram 'cauteloso e ponderado' como adjetivos que melhor descrevem a liderança de Obama, enquanto 64 por cento de republicanos escolheram 'indeciso e vacilante.'

Obama garantiu uma sanção do Conselho de Segurança da ONU e apoio árabe antes de iniciar a operação militar, cujo objetivo é proteger civis e não depor Gaddafi, o mais recente líder árabe autoritário a enfrentar protestos em massa.

Wednesday, March 23, 2011

Filho de Kadafi pode ter morrido em bombardeio, diz Hillary

22 de março de 2011 • 20h08

A secretária de Estado americano, Hillary Clinton, disse nesta terça-feira que há relatórios não confirmados indicando que um dos filhos do líder líbio, Muammar Kadafi, pode ter morrido nos ataques aéreos da coalizão contra a Líbia. No entanto, Hillary não identificou a origem da informação ou qual filho de Kadafi foi morto.

Hillary também afirmou que alguns dos colaboradores mais próximos de Muammar Kadafi podem estar pedindo ajuda ao exterior para encontrar uma saída para o líder líbio.

Embora alguns veículos de imprensa avaliem que esta ajuda poderia ser interpretada como uma solicitação de asilo político, a diplomata americana não mencionou o exílio, mas disse que pessoas próximas a Kadafi estão avaliando suas opções.

"Temos ouvido que gente próxima a ele está acudindo a pessoas que conhecem ao redor do mundo, África, Oriente Médio, Europa, América do Norte e outros lugares, perguntando: 'o que podemos fazer? Como podemos acabar com isto? O quê acontecerá depois?'", disse Hillary.

Em uma entrevista à emissora de televisão ABC, a secretária de Estado indicou que não lhe consta que o próprio Kadafi tenha realizado gestões buscando esta aproximação, mas disse: "sei que há gente supostamente atuando em seu nome que esteve fazendo isso".

Para Hillary, o comportamento de Kadafi é imprevisível. "Parte é teatro. Parte é uma espécie de jogo, para tentar emitir uma mensagem a um grupo, outra mensagem a outros", afirmou.

Segundo a secretária americana indicou, depois da resolução 1973 aprovada pela ONU para estabelecer uma zona de exclusão aérea na Líbia, Kadafi anunciou um cessar-fogo, mas "imediatamente incitou suas forças a se movimentarem até mais rápido rumo a Benghazi", o principal reduto rebelde.

Em sua primeira entrevista desde o início dos ataques aéreos, no sábado, Hillary disse que a realidade na Líbia é muito dinâmica, mas que a comunidade internacional enviou uma clara mensagem: "queremos que Kadafi deixe o poder e que haja uma transição para um futuro diferente para o povo da Líbia".

Hillary considerou difícil que a Líbia alcance uma transição em direção à democracia se Kadafi se mantiver no poder. "Se queremos que a Líbia seja um país estável, pacífico e algum dia democrático, é muito pouco provável que possa alcançar isso se (Kadafi) ficar no poder como está fazendo", ressaltou.

Fonte: EFE

Tuesday, March 22, 2011

FADM nos exercícios militares da CPLP em Angola




EFECTIVOS das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) participam desde o sábado, em Angola, nos exercícios militares denominados Felimo 2010, envolvendo tropas dos países-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).Maputo, Terça-Feira, 22 de Março de 2011:: Notícias
Trata-se de manobras militares cuja finalidade é permitir a interoperabilidade das forças destes Estados-membros e o treino para o emprego das mesmas em operações de paz e assistência humanitária, sob a égide das Nações Unidas, na base do respeito mútuo e das legislações nacionais.

Falando na abertura do Felimo 2010, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas angolanas, general Geraldo Sachipengo Nunda, citou alguns exemplos dos objectivos destes exercícios dentre eles organizar e exercitar o comando operacional de uma Força Tarefa Conjunta/Combinada Multinacional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, melhorar e harmonizar os conceitos, procedimentos operacionais, técnicas e tácticas.

Outros objectivos deste exercício citados pela alta patente militar angolana está consignada em testar procedimentos de comando e controlo das operações pelas forças da CPLP, realizar uma fase académica do exercício, de forma a assegurar a uniformidade e interoperabilidade no seio das operações militares por forças da comunidade.

Citado pela Angop, o general Nunda apelou a todos os militares participantes no exercício a fazer um estudo minucioso do cenário fictício concebido de comum acordo e aceite pelos países da CPLP paras as necessidades de treino da Força Tarefa Conjunta/Combinada (FTCC), tendo em vista atingir os objectivos previstos.

Angola, na qualidade de país anfitrião, detém no exercício o maior número de efectivos com um total de 850, seguido de Portugal com 29, São Tomé e Príncipe e Moçambique com 21 e Brasil, Cabo Verde, Timor Leste e Guiné-Bissau todos com 20 tropas.

Estão presentes forças militares de Angola, Cabo Verde, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Portugal e Timor-leste, sendo que o nosso país também já foi anfitrião destas manobras militares.

Areias pesadas de Moma: Oportunidades subaproveitadas

O aproveitamento das oportunidades de negócio no âmbito das areias pesadas de Moma, na província de Nampula, pelas empresas moçambicanas, continua muito aquém das expectativas.

Maputo, Terça-Feira, 22 de Março de 2011:: Notícias
Dados facultados pelo director-geral da Kenmare, Riaan Lombard, indicam que a participação do empresariado nacional no sentido de aproveitar as oportunidades de negócio consequente daquele megaprojecto está neste momento em cerca de 30 porcento, nível tido como sendo muito baixo, considerando a magnitude do projecto no qual foram investidos 700 milhões de dólares.

Aquela percentagem expressa-se em forma de prestação de serviços na área de logística, abastecimento de combustíveis e lubrificantes, transporte rodoviário e fornecimento de materiais de escritório e de produtos alimentares garantidos pelo sector associativo.

O nosso entrevistado disse haver limitação do empresariado local no concernente ao fornecimento de materiais de construção para o projecto que dirige, neste momento em fase de expansão visando o aumento dos volumes de produção de minerais para responder à demanda do mercado, não obstante reconhecer que as exigências em termos de qualidade são maiores.

Riaan Lombard entende que o sector privado deveria ser mais ousado, particularmente no sentido de preencher o vazio que se assiste na área de serviços bancários.

“A Kenmare sente-se obrigada a manter em cofres valores significativos para suprir despesas como salários de parte dos cerca de 600 trabalhadores, pagamento de serviços prestados pelas comunidades, entre outras, o que não é recomendável, devido a factores de segurança, mas não existe outra alternativa” – lamentou.

Disse estarem em curso contactos com vários bancos no sentido de montar caixas automáticas no interior das instalações da Kenmare que não somente iriam beneficiar os trabalhadores, como também as comunidades de Topuito, entre outros interessados que neste momento são obrigados a fazer longas distâncias para a cidade de Angoche e Nampula para fazer operações bancárias.

Topuito é uma localidade que regista um movimento intenso de camionistas, comerciantes, entre outros, que entretanto enfrentam dificuldades para conseguir um alojamento de qualidade, bem assim de serviços de restauração, recorrendo a singulares para a satisfação das suas necessidades. O lazer é assegurado por operadores informais, quando o potencial para explorar aquele domínio existe com larga expressão.

No momento que antecedeu a implantação do seu projecto refira-se que a Kenmare desenvolveu um programa de sensibilização junto ao empresariado sobre as oportunidades de negócio em vários domínios que a iniciativa oferece.

Almerino Manhenje Condenado a Dois Anos de Prisão

Ex-ministro do Interior condenado a dois anos

O ex-ministro do Interior de Moçambique, Almerino Manhenje, foi hoje condenado a dois anos de prisão pela prática de crimes de abuso de funções, violação da legalidade orçamental e pagamentos indevidos.

A sentença condenou na mesma pena e pelos mesmos crimes Rosário Fidelis e Álvaro Carvalho, ex-diretor e diretor adjunto da Administração e Finanças do Ministério do Interior do período em que Manhenje era ministro.

Os três réus foram igualmente sentenciados ao pagamento solidário de uma indemnização de 1100 mil meticais (cerca de 25 mil euros) a favor do lesado, o Estado moçambicano.

Pelo facto de os réus terem sido julgados em liberdade, ainda não recolheram à prisão, pois o advogado da defesa, Lourenço Malia, declarou a intenção de recorrer da sentença para o Tribunal Supremo, garantindo assim a manutenção do estatuto de réus não presos aos três, até trânsito em julgado da sentença.

"Vou recorrer da sentença, porque não concordo com a condenação. Há aspetos que o juiz julgou diversamente da qualificação que o Tribunal Supremo fez dos fundamentos que apresentamos no recurso do despacho de pronúncia", disse Lourenço Malia.

Caso o Tribunal Supremo mantenha a sentença hoje proferida, Almerino Manhenje, Rosário Fidelis e Álvaro Carvalho vão cumprir na prática nove meses, pois dos dois anos de prisão hoje decretados serão reduzidos 15 meses correspondentes a um ano e três meses de prisão preventiva que cumpriram.

A acusação do Ministério Público moçambicano, no início dirigida a sete arguidos, incluindo os três hoje condenados, queria que Almerino Manhenje fosse acusado por 42 crimes, mas o juiz da causa reduziu-os a apenas três, uma decisão confirmada pelo Tribunal Supremo.

Almerino Manhenje, ministro do Interior entre 1994 e 2005, era considerado "o super-ministro" de Joaquim Chissano, ex-Presidente da República, por ter acumulado as pastas do Interior, ministro na Presidência para os Assuntos de Segurança e responsável pelos Serviços Informação e Segurança do Estado (SISE).

PMA

Lusa – 22.03.2011

Monday, March 21, 2011

Dhlakama exige detenção imediata de Luís Mondlane




“Caso Conselho Constitucional”

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, convocou, na tarde de sexta-feira última, a imprensa em Nampula para exigir a detenção imediata do ex-presidente do Conselho Constitucional, Luís Mondlane, que renunciou o cargo na manhã de quinta-feira última, na sequência do escândalo de gestão danosa que protagonizou durante cerca de um ano e meio que dirigiu aquele órgão de soberania.
Para o líder da Renamo, depois do esclarecimento que Luís Mondlane deu ao jornal Domingo sobre as acusações que pesam sobre si, não restam dúvidas que Mondlane tenha agido de forma corrupta ao adquirir um imóvel em nome próprio com recurso a fundos do Estado, custear viagens da sua esposa e pagar ajudas de custo também com recurso aos fundos do estado, para além de ter gasto cerca de 12 milhões de meticais em despesas pessoais, num país onde pelo menos metade do seu orçamento provém da ajuda externa.

Perante estes factos, Dhlakama diz que estes factos são suficientes para “quem é de direito”, neste caso a Procuradoria-Geral da República, ordenar a detenção imediata de Luís Mondlane.

O líder da Renamo diz ainda que caso tal não aconteça, nas próximas quarenta e oito horas, estaremos numa situação de injustiça, uma vez que as acusações que pesam sobre Mondlane são muito mais graves do que as que levaram o antigo ministro do Interior, Almerino Manhenje, à detenção preventiva e subsequente julgamento.

Por outro lado, o líder da Renamo diz acreditar que o dinheiro de que Manhenje é acusado de ter desviado pode ter aplicado em questões essenciais para segurança de um Estado pós-guerra, como pagamentos de espionagem e reconhecimento de esconderijos de armas, o que não foi o caso de Luís Mondlane, que o aplicou para uma vida faustosa para si e família. Num outro desenvolvimento, Dhlakama disse que não vai estranhar caso Mondlane não seja detido, apesar da gravidade dos factos. O líder da Renamo diz que Mondlane sempre foi um homem de extrema confiança do partido Frelimo, desde o monopartidarismo. “Quando eu estava na Frelimo, Mondlane já era presidente do tribunal militar revolucionário, que mandava prender e julgar pessoas que não se identificavam com a Frelimo”, disse Dhlakama, para também acusar Mondlane de ter facilitado as alegadas fraudes do partido Frelimo, quando era juiz-conselheiro do Tribunal Supremo, e nas últimas eleições, como presidente do Conselho Constitucional, onde a Renamo recorreu alegando que tinham sido fraudulentas.
Fonte: o Pais

Sunday, March 20, 2011

Nos Estados Unidos, mídia faz críticas à visita de Obama ao Brasil | Agencia Brasil




Carolina Pimentel e Allen Bennett*

Repórteres da Agência Brasil

Brasília - Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos avaliaram hoje (19) como inoportuna a visita do presidente Barack Obama ao Brasil. Um dos argumentos usados foi a abstenção do Brasil na votação, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre a resolução que cria uma zona de exclusão aérea na Líbia e permite uma intervenção contra as tropas de Muammar Khadafi - posição contrária à dos norte-americanos.

Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de Obama é como um ajuste nas relações com a América Latina. São muitos os motivos para melhorar as ligações com o Brasil, segundo os jornais, apesar de Obama não atender aos dois grandes desejos dos brasileiros: um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e a retirada de taxas à importação do etanol.

O jornal Washington Post avaliou a viagem como controversa, mas destacou que o presidente tinha condições de 'administrar' a crise na Líbia mesmo estando fora dos Estados Unidos, já que a maioria de seus assessores para segurança nacional integram a comitiva.

A rede de televisão CNN classificou a viagem de Obama ao Brasil de awkward, ou seja, inábil e desajeitada, por ocorrer dias depois da abstenção brasileira nas Nações Unidas e de o governo Obama ter anunciado na Casa Branca que estava formando uma coalizão forte para enfrentar a Líbia.

Para o canal de TV FoxNews, a viagem de Obama ao Brasil e a outros países da América do Sul é uma espécie de férias na região e uma tentativa de fugir dos problemas urgentes internos, como a crise com o orçamento, o risco de acidente nuclear grave no Japão e a crise na Líbia.

O jornal Miami Herald avaliou que a visita é um 'pano de fundo da crise militar com a Líbia'. O jornal publicou fotos de protestos contra a viagem de Obama ao Brasil.

O conservador Weekly Standard sugeriu que Obama aproveitasse a visita para tratar com a presidenta Dilma Rousseff do apoio da Venezuela às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Para o jornal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi incapaz de lidar com essa questão.

O jornal Los Angeles Times considerou a viagem 'morna e convencional' e lembrou que a Colômbia, maior aliado dos Estados Unidos na América do Sul, ficou fora do roteiro. Segundo o jornal, a explicação é que o país vai sediar uma Cúpula das Américas no próximo ano e que há um tratado de livre comércio com os colombianos parado no Congresso americano.

No New York Times, o apoio de Obama ao pedido do Brasil de um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foi 'modesto'.

A mídia dos Estados Unidos manifestou também descontentamento com a presidenta Dilma Rousseff por ter se recusado a responder perguntas da imprensa, assim como com Obama.

Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de Obama é vista como um ajuste nas relações com a América Latina. São muitos os motivos para melhorar as ligações com o Brasil, segundo os jornais, apesar de Obama não atender aos dois grandes desejos dos brasileiros: a ambição de ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU e de retirar taxas à importação do etanol brasileiro.

*Allen Bennett é editor do The News in English

Edição: Graça Adjuto

Fonte : Agência Brasil -

Líbia quer armar 'mais de 1 milhão de homens e mulheres'



Foto: Goran Tomasevic/Reuters

Homem passa por tanque das forças pró-Kadafi, em chamas após ataques aéreos

Líbia quer armar 'mais de 1 milhão de homens e mulheres'
20 de março de 2011 •

O Ministério da Defesa líbio anunciou neste domingo que está preparando uma operação para armar "mais de 1 milhão de homens e mulheres", batalhão que estará pronto nas próximas horas, informa a agência de notícias oficial Jana. Esta decisão foi tomada após Kadafi dizer que os arsenais do país se abririam para armar a população, com o objetivo de "defender a Líbia e proteger seu petróleo".

O Ministério da Defesa líbio assinalou que as armas serão distribuídas pelos diferentes órgãos políticos e sociais ao longo do país. Todos aqueles que forem armados se mobilizarão em "unidades populares", "guardas populares" e "guardas revolucionárias", destacaram as fontes.

Em mensagem transmitida pelo rádio, a segunda desde o início dos ataques ocidentais, Kadafi anunciou que os líbios terão todo tipo de armamento para fazer frente à "agressão dos cruzados". Ele prometeu às forças ocidentais "uma guerra vitoriosa de longa duração".

"Estamos a ponto de armar todos os líbios, com metralhadoras e peças de artilharia. Estamos nos preparando para uma longa guerra e vocês não têm os meios para uma guerra desta natureza", enfatizou Kadafi. "Deus está conosco, o diabo está com vocês. Todos os líbios estão prontos para o martírio. Vamos ganhar e vocês irão morrer", ressaltou o líder. "Esta (guerra) já não é um problema interno (da Líbia), mas um conflito entre o povo líbio e os novos nazistas".

Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.

Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.

Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Menos de 48 horas depois, enquanto os confrontos persistiam, França, Reino Unido e Estados Unidos iniciaram ataques. Mais de mil pessoas morreram, e dezenas de milhares já fugiram do país.

Fonte:Agencia EFE

Saturday, March 19, 2011

Forças britânicas entram em ação na Líbia, anuncia Cameron




David Cameron fala à imprensa, em Londres, confirmando a ação das forças aéreas britânicas na Líbia

Foto: AP

As forças britânicas atacavam neste sábado objetivos na Líbia, com base na decisão das Nações Unidas para deter as forças do líder líbio, Muammar Khadafi, informou o primeiro-ministro David Cameron. "Esta noite, as forças britânicas entraram em ação na Líbia como parte da coalizão internacional encarregada pelas Nações Unidas de proteger o povo líbio, disse Cameron.

Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.

Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.

Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. A iminência de uma interferência internacional, muitas vezes requisitada pela resistência rebelde, fez com que Kadafi anunciasse um cessar-fogo, mas confrontos persistem. Mais de mil pessoas morreram, e dezenas de milhares já fugiram do país.

Source:AFP

Airstrikes begin on Libya targets




French warplanes attack tanks and US launches cruise missiles, as international military intervention begins.



French warplanes have hit four tanks used by forces loyal to Muammar Gaddafi on the outskirts of the opposition stronghold of Benghazi, on a day when opposition fighters in the city reported coming under constant artillery and mortar fire.

The US has also launched cruise missiles from ships based in the Mediterrannean Sea, and has taken the lead in military operations during the first phase, Kimberly Halkett, Al Jazeera's correspondent in Washington DC reported.

The action marks the first international military moves against the Libyan leader, and it comes a day after the UN Security Council authorised a no-fly zone over the North African country.

In the first phase of the operation, named "Odyssey Dawn", the US will target Libyan Integrated Missile Defence Systems, mainly near Tripoli and Misurata, officials said. French aircraft had initiated operations by targetting Libyan air fields.

It is not clear when the second wave of operations will begin, but Al Jazeera's Halkett reported that it would target Gaddafi's ground forces and tanks.

Other countries involved in military operations at this stage include Canada, the United Kingdom, France and Italy.

A spokesman for the French military had confirmed that his country's fighter jets have attacked another vehicle belonging to Gaddafi's forces.

"The vehicle was clearly identified as being enemy," army spokesman Colonel Thierry Burckhard said after the first UN-mandated air strike, describing the target as "a vehicle that was threatening the civilian population".

Alain Juppe, the French foreign minister, said that operations "will continue over the next few days" until the Gaddafi government complies with UN Resolution 1973.

Libyan state television reported that civilian targets in Tripoli had been bombarded, as well as fuel stores in Misurata. The state news agency reported that there had been "civilian casualties as a result of this aggression".

The US says that no coalition military operations are currently planned for near the opposition stronghold of Benghazi, but that a no-fly zone will include Tripoli, Sabha, Natoura, Misurata and Benghazi.

Earlier on Saturday, pro-government forces had entered the western outskirts of the city, while French Rafale and Mirage fighter jets began reconnaissance overflights of "all Libyan territory".

Ahmad Shabani, a spokesman for the Libyan opposition's national council, told Al Jazeera the opposition was heartened by the move.

"We are very happy about that, hopefully it's not late... and hopefully it makes a difference," he said.

Witnesses in Bengazi, in the east of the country, said they heard large explosions on Saturday. Al Jazeera's correspondents in the city reported multiple explosions, plumes of smoke in the sky and a fighter jet belonging to the opposition getting shot down


Read the Libya Live Blog

Government troops reportedly bombed the southern Benghazi suburb of Goreshi among other places. Artillery and mortars were also fired in the centre of the city.

Mustafa Abdel Jalil, head of the opposition National Libyan Council, told Al Jazeera "there is a bombardment by artillery and rockets on all districts of Benghazi".

James Bays, Al Jazeera''s correspondent in Benghazi, reported that while the air strikes by international planes were not evident, people were "cheered" by the report. He said, however, that there was a prevalent atmosphere of nervousness and fear, as well.

Government denials

The Libyan government firmly denied that it was attacking the city on Saturday. "There are no attacks whatesover on Benghazi. As we said, we are observing the ceasefire," Musa Ibrahim, a government spokesman, told the Reuters news agency.

Khaled Kaim, Libya's deputy foreign minister, told the BBC "the ceasefire is real, credible and solid. We are willing to receive [international] observers as soon as possible".




On Saturday, Moussa Khoussa, the foreign minister, requested Ban Ki-moon, the United Nations chief, to send observers to monitor the "ceasefire", saying that his country has "fulfilled all of its obligations to the international community".

But Ibrahim Jibreel, a Libyan political activist, told Al Jazeera "we need to first consider the source" when receiving information about Libya. He said the government has "demonstrated their ability and willingness to lie time and time again".

Besides Benghazi, fresh fighting was reported on Saturday in the nearby town of Ajdabiyah, while fierce battles raged in the western town of Misurata.

Reports also indicated that pro-Gaddafi forces had attacked the town of Az Zintan.

Meanwhile, Abdel Fatah Younis, the former interior minister who left Gaddafi''s government to join the opposition, has denied reports on Libyan state television that he has rejoined the government.

Ibrahim, the government spokesman, told reporters on Saturday that Gaddafi had sent urgent messages to the US president, the French president and the British prime minister, as well as the secretary-general of the UN.

Meanwhile, in the capital, Tripoli, pro-Gaddafi demonstrators held rallies, with several hundred gathered at his Bab al-Aziziyah palace saying that they were there to protect the site from any possible air strikes, Al Jazeera correspondent Anita McNaught reported.

The International Committee of the Red Cross (ICRC) warned on Saturday that civilians were at high risk, and called upon all parties involved to respect international humanitarian law.

"As airstrikes in Libya by international forces begin, the ICRC calls upon all parties - the international forces, the Libyan government forces, and the armed opposition - to abide strictly by the rules and principles of
international humanitarian law," the ICRC said in a statement.


Source: Al Jazeera and agencies

Caças franceses realizam primeiros disparos na Líbia



Avião militar francês sai da França em direção à cidade líbia de Benghazi, ainda em poder dos rebeldes

Foto: Reuters

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Aviões de combate franceses dispararam contra as forças blindadas leais ao líder líbio, Muammar Kadafi, anunciou o canal de televisão Al Jazeera. Citando fontes dos rebeldes, a cadeia afirmou que os aviões destruíram pelo menos quatro carros de combate, e não forneceu mais detalhes.

Abdelkrim Mohammed, um opositor ao regime de Trípoli, anunciou na mesma emissora que as perdas das forças governamentais líbias são maiores, mas não foram ainda quantificadas. A Al Jazeera, assinalou que os blindados das forças de Kadafi foram destruídos no sudoeste da cidade de Benghazi, a segunda metrópole do país e o principal bastião dos rebeldes.

Ao término de uma cúpula sobre a Líbia realizada em Paris, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou que as operações militares tinham começado no início da tarde e o Estado-Maior do Exército francês confirmou que aviões de combate Rafale estavam sobrevoando o território líbio. A Al Jazeera confirmou que como consequência dos bombardeios 26 pessoas morreram e outras 40 ficaram feridas.

Por outro lado, o Conselho Transitório Líbio (CNT), órgão político dos rebeldes presidido pelo antigo ministro da Justiça, Mustafa Abdel Jalil, anunciou em comunicado divulgado por emissoras de televisão árabes, a decisão de iniciar uma entidade financeira e uma sociedade que se encarreguem do setor petroleiro líbio.

Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.

Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.

Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. A iminência de uma interferência internacional, muitas vezes requisitada pela resistência rebelde, fez com que Kadafi anunciasse um cessar-fogo, mas confrontos persistem. Mais de mil pessoas morreram e dezenas de milhares já fugiram do país

Fonte: Agencia EFE

Brasil e EUA reforçam cooperação comercial, aérea e energética




O Brasil e os Estados Unidos assinaram neste sábado vários acordos de cooperação nas áreas comercial, econômica, de transporte aéreo, energética, esportiva, educativa e de trabalho, no marco da visita do presidente Barack Obama ao país, informaram fontes oficiais.

Os acordos foram assinados pelo chanceler brasileiro, Antonio Patriota, e o embaixador dos Estados Unidos no país, Thomas Shannon, segundo o Ministério das Relações Exteriores. O acordo de cooperação comercial e econômica estabelece uma comissão que deliberará sobre comércio bilateral e investimentos a fim de ajudar a remover os obstáculos que surjam nesse campo, o que inclui "cooperação para se atinjam objetivos comuns na Organização Mundial do Comércio (OMC)".

Outro acordo procura promover a abertura dos céus mediante "a competição entre as empresas aéreas no mercado, com um mínimo de interferência e regulação governamental". Segundo o documento, cada parte concederá facilidades operacionais para as companhias aéreas do outro país, incluindo "o direito de sobrevoar seu território sem aterrissar", a fazer escalas "para fins não comerciais" e a "executar transporte aéreo internacional" em rotas.

Os dois países assinaram ainda um acordo para cooperação na prospecção e uso do espaço com fins pacíficos, segundo o qual as partes, por meio da Nasa e da Agência Espacial Brasileira (AEB), "identificarão áreas de interesse mútuo e buscarão desenvolver programas ou projetos de cooperação". Além disso, anunciaram uma associação para o desenvolvimento de biocombustíveis para aviação que procura fomentar a produção e o uso de carburantes que ajudem a reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa.

Os dois Governos assinaram ainda um memorando para implementar atividades de cooperação técnica em outros países no âmbito do trabalho, que estabelece programas e políticas de capacitação de trabalhadores e de criação de oportunidades de emprego digno, dentro do qual mencionam a "promoção de empregos verdes e meios de vida sustentáveis para grupos vulneráveis". As atividades incluem o treino no Brasil e nos Estados Unidos de técnicos com o apoio de outros Governos e de organismos multilaterais.

Outro memorando, de caráter educativo, busca aprofundar a cooperação acadêmica entre instituições de ensino superior dos dois países a fim de promover o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Um outro se refere à cooperação com o Brasil para a organização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.


Fonte - Agência EFE

Barack Obama é recebido por Dilma no Palácio do Planalto




Dilma Rousseff recebe Barack Obama no Palácio do Planalto

Foto: Celso Júnior/Agência Estado

Reduzir Normal Aumentar Imprimir Laryssa Borges
Direto de Brasília
O presidente dos Estados Unidos Barack Obama chegou às 10h27 deste sábado ao Palácio do Planalto, em Brasília, para encontrar a presidente Dilma Rousseff. A primeira-dama Michelle Obama também estava no local. Acompanhado dos representantes do cerimonial brasileiro, Obama subiu a rampa do Palácio do Planalto, honraria reservada a chefes de Estado. Michelle entrou por outro acesso. Ao lado de Dilma e do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, eles ouviram o hino dos Estados Unidos, seguido do hino brasileiro. Obama chegou à praça dos Três Poderes com 27 minutos de atraso.

Ele terá uma rodada de reuniões com a presidente Dilma. Ao longo do dia, participará de encontros com empresários brasileiros e americanos em duas ocasiões, no Fórum de CEOs, com dez executivos de cada país, e na Cúpula Empresarial Brasil-Estados Unidos.

Obama desembarcou na base aérea de Brasília por volta das 7h30 para sua primeira visita de Estado ao País, acompanhado da mulher e das filhas Malia e Sasha.

Com uma comitiva de cerca de mil pessoas, Obama terá um forte esquema de segurança, com restrição no espaço aéreo de Brasília e ruas interditadas ou paralisadas provisoriamente para a passagem de sua delegação. A Esplanada dos Ministérios, que reúne os principais edifícios do governo federal, foi fechada para veículos, nos dois sentidos, desde as 8h. Responsável pela coordenação da segurança de Obama em Brasília, o Comando Militar do Planalto (CMP) vai envolver cerca de 3,5 mil militares, uma frota de 352 veículos, 72 motos e seis helicópteros, além de atiradores de elite.

Ainda que a visita do presidente dos Estados Unidos a Brasília dure menos de um dia, a equipe de segurança reservou as duas suítes presidenciais do hotel Golden Tulip, às margens do lago Paranoá, para Obama e sua família. O restante da delegação ficará acomodado em um hotel cinco estrelas no centro da cidade.

Em reuniões privadas e ampliadas com a presidente Dilma Rousseff, o mandatário americano deverá discutir, entre outros pontos, a importância de futuros investimentos dos Estados Unidos no petróleo encontrado na camada do pré-sal, a intensificação do comércio e de parcerias e a abertura de vagas nas universidades americanas.

Entre outras autoridades, a delegação presidencial americana será integrada pelo conselheiro de Segurança Nacional, Thomas Donilon, pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner, pela secretária de Meio Ambiente, Lisa Jackson, pelo secretário de Comércio, Gary Locke, pelo representante de Comércio Exterior, Ron Kirk, pelo chefe de Gabinete da Casa Branca, William Dalley, pelo vice-Diretor do Conselho de Segurança Econômica, Michael Froman, e pelo presidente do Eximbank, Fred Hochberg.

Pelo lado brasileiro estarão presentes os ministros de Relações Exteriores, Antonio Patriota, do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Antonio Palocci, do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. De acordo com o Itamaraty, os Estados Unidos são o maior investidor estrangeiro no Brasil e o segundo maior parceiro comercial do País, com fluxo de mais de US$ 46 bilhões em 2010. O mercado brasileiro é o 8º destino das exportações americanas.

Fonte: Brasil Terra

Friday, March 18, 2011

One family against Gaddafi


Five brothers held in Libya's most notorious prison describe how they hope to overthrow the regime, or die trying.


Amid a bleak scene at the roundabout in central Ajdabiya, a conservative town near the Mediterranean coast in rebel-held east Libya, 34-year-old Salem Jidran stands in a neatly pressed, gray galabiyya. Over it, he wears a light brown vest, knitted with raised thread in a flowing pattern that shines in the sunlight. His curly hair is newly cut, buzzed on the sides and trimmed on top. He smiles broadly. Jidran is celebrating - he and four of his brothers just returned home from Abu Slim, the country's most notorious prison.

It is a week into the uprising against Muammar Gaddafi's 41-year rule, and untrained rebels have swept west with ease, snatching up key oil refineries and naively predicting a push on Tripoli, the heavily defended capital.

Spirits are high in Ajdabiya. In the centre of the roundabout, a fluttering, tri-color flag - the symbol of the revolution - protrudes from the top of a waterless fountain. Beneath it, children play near the broken wing of a downed Gaddafi jet. Men speak openly of the regime's coming downfall.

In this atmosphere, it is tempting to think Libyans have outrun their past, erasing four decades of oppression in an instant. But they have not. Salem and his brothers carry the past with them.

The fighting family

The Jidran family home sits behind a brown, concrete wall on a shady corner where two unpaved, rocky streets intersect a few blocks from Ajdabiya's main square. As in many other cities across east Libya, Ajdabiya's urban infrastructure seems to have benefited little from the country's vast oil wealth.

Since the uprising began, visitors come and go frequently, offering congratulations and sharing stories. Every day, the brothers drive 200km west to deliver supplies to the ever-shifting rebel front lines - then somewhere in the desert near the major oil refinery at Ras Lanuf. The brothers spend half their time in camouflage. AK-47 assault rifles lean against a wall in the pink-painted first-floor reception room, where children peer over the arm of a couch to listen to the adults talk.

Salem and his 11 brothers and 11 sisters are all children of Colonel Sayyid Jidran, a well-known local civil defence officer who married four times. Just a few weeks ago, the family considered five of the brothers lost forever. Implicated in an armed opposition group, Jamal, Osama, Muftah, Ibrahim and Salem had been detained for six years inside Gaddafi's terrifying security apparatus. They spent most of their time in Abu Slim prison, where security forces allegedly massacred more than 1,000 inmates in 1996. The family had no hope for their release.

But in early February, there came rumblings of an uprising. Envoys from the regime phoned Ajdabiya and made entreaties to the Jidrans: We will give your sons back, you stay quiet. The brothers were released, as was the entire Ajdabiya inmate population, along with a handful of men from nearby towns.

But the gesture rang hollow. Local families refused to negotiate unless the regime completely emptied the prison. Days later, on February 17, three men died in Ajdabiya when protests against Gaddafi broke out across the east. Residents drove the security forces out of town, and Ajdabiya fell to the opposition.

For the first time, the Jidran brothers were able to describe their ordeal freely to a visiting reporter. The story they told offered a glimpse inside the ongoing struggle against one of the world's most secretive and oppressive regimes.

The detention begins


Ibrahim was the most closely involved in the armed opposition group's activities [Evan Hill]

Libya's internal security forces came for Ibrahim and Osama in February 2005. They caught Ibrahim in a town called Abyar, 15km east of Benghazi - Libya's second-largest city and the seat of the revolt.

Outside the workshop where Ibrahim had come to have his car repaired, dozens of men arrived in vehicles and swarmed around him. They beat him with metal bars. When he tried to fight back, some fired their guns into the air. The attack forced him to the ground. One of the men picked up a spare tire and brought it down on his head, knocking him out.

When Ibrahim woke, he had not been moved, but he was blindfolded and naked, his legs and hands bound with rope. He could hear men celebrating nearby, shooting guns and shouting praises for Gaddafi.

They put him into the back of a covered pick-up truck and drove him to a building used by the security forces. There, despite the rainy and cold winter conditions, the men threw him naked into the building's courtyard and beat him into unconsciousness again. He would spend the next three days naked.

For years, Ibrahim and Osama had been involved in a loosely-knit network of religiously minded men intent on overthrowing Gaddafi's regime. The group had no name. Though the members were pious, they were not extremists and identified closely with the politics-friendly philosophy of Egypt's Muslim Brotherhood, the Jidrans told me.

They claimed their group had been open to negotiations with Gaddafi's ostensibly reform-minded son Saif al-Islam, but that Saif had proven a hypocrite. The 38-year-old PhD graduate of the London School of Economics had served Libya ably as a palatable intermediary with the West, but he had done little to open political space at home. Armed resistance was the only path to change, the brothers said.

The Jidran's group sprang from a long and storied history of rebellion in Libya's east, where the current uprising has been strongest, and locals trace their proud resilience from the Ottoman era through the end of the modern Italian colonial occupation.

In the 1990s, Libyan mujahideen returned from battling the Soviets in Afghanistan and began a guerrilla campaign against the Gaddafi regime, based out of cities such as Derna and Baida along the north-east coast, in an area known as the Green Mountain.

Calling themselves the Libyan Islamic Fighting Group (LIFG), the guerrillas struck at the regime's military and police posts in rural eastern land and in 1996 reportedly attempted to assassinate Gaddafi in his hometown of Sirte - though the rocket-propelled grenade they shot struck the wrong car.

Gaddafi cracked down on the LIFG after the attempt on his life, and the group was blacklisted by the United Nations and the United Kingdom in 2001 for allegedly maintaining ties with al-Qaeda. Many fighters fled, while others were thrown in jail. At least 90 imprisoned members were released in 2008, reportedly after negotiating with Saif al-Islam's Gaddafi International Foundation for Charity Associations.

"What appears to have happened is that those that fled Libya diverged from those that remained behind in jail," said Henry Wilkinson, an associate director of the UK-based Janusian security consultancy.

Some Libyan fighters who left the country have been "ascendant" in al-Qaeda's leadership, he said, but those that remained renounced violence.


Osama was arrested with Ibrahim; catching them was apparently a coup for the security forces [Evan Hill]

The LIFG was only one slice of a broad opposition movement that has been plotting to bring down the regime for more than a decade, and its dismantling did not mean the end of armed clashes with security forces, which continued throughout the past decade.

The Jidrans' group of around 60 men were "well-behaved" Muslims, Ibrahim said, not radicals. Two or three once belonged to the LIFG, but more had been pushed toward armed resistance after spending years in Libya's prisons, he said.

They consider themselves aligned with the uprising, which has so far evinced only secular aims. They too want political freedom and democratic reform, Ibrahim said, and in their view, it is an obligation of observant Muslims to bring those freedoms to the people.

"All the responsibility lay on our shoulders," he said.

Breaking the opposition

It was one of the inmates-turned-militants who, through an accident, caused the group's unravelling.

Hatim, a police detective from Benghazi, had been a drinker before he was arrested and taken to Abu Slim for the crime of giving 50 Libyan dinars ($40) to a wanted man, Ibrahim said. After five years, he emerged from prison a more observant Muslim and an anti-government campaigner.

Ibrahim often hosted wanted activists and men like Hatim at his home, where they planned and prepared for strikes against symbolic government institutions like administration buildings and police barracks. Hatim was in Ibrahim's home one day making joulateen - cans packed with TNT that are often used to kill fish, but have been used as weapons in the revolt - when one exploded in his face. His friends took him to a private clinic in Benghazi, where doctors referred him to Egypt for more intensive treatment.

News about Hatim's injuries evidently spread; when he returned to Libya, internal security officers arrested him in Baida. In his weakened state, he divulged everything, Ibrahim said.

A day after security forces took Ibrahim, they arrested Osama. Soon after, they asked the entire family in Ajdabiya to come in for questioning. Salem was visiting the southern town of Sabha when the call came. A relative told him the family was being investigated.

"We knew what that meant exactly," Salem said.

He knew he would be implicated in the group, since he was Ibrahim's brother and had once arranged to provide him with a car and money.

Lacking his Libyan passport, Salem fled illegally into Niger, assuming he could never return. For a year, he travelled through neighbouring countries, looking for a place to settle. While he was gone, in August 2005, his brothers Jamal and Muftah were also arrested.

Rounding up the family

Jamal was known to encourage and offer support to other young men who wanted to travel to Iraq to fight US troops, and Muftah had once visited the United Kingdom for a year-long enrichment course provided by his employer, the Arabian Gulf Oil Company. Both would be red flags for Libya's internal security apparatus, the brothers said.

Just 19 years old and unmarried, Jamal still lived at the family home. Security forces arrived late on a Friday night that August and took him away. They drove him to their headquarters in Ajdabiya, where Jamal found two young acquaintances who had planned to go to Iraq. More were brought in later that night.

Jamal's interrogation began without a blindfold, but once higher-ranking officers arrived from Tripoli some hours later, they ordered one to be put on. Ibrahim and Osama's arrest had been well-known in the local community, and the security forces apparently considered the break-up of their group a significant success. The officers from Tripoli criticised their Ajdabiya colleagues for taking six months to arrest the other Jidran brothers.

On Jamal's second day in detention, the men tied a hood around his head, making it difficult for him to breath. They hung him upside down by cuffs around his ankles and beat him with electrical cables and hard plastic plumbing tubes and ordered him to implicate his father, the colonel, in the opposition.

For the first eight days, security forces held Jamal and eight other men in a dark basement room, where interrogators repeatedly asked the same questions: What is your ideology? How do you view the Gaddafi regime? What do you want to do to this country?

In one-on-one sessions, officers specifically asked Jamal about his interest in Iraq: Why do you give these people money? Why do you want to go to Iraq? Do you support al-Qaeda?

On a Friday afternoon, they loaded Jamal and the others onto a bus, blindfolded and handcuffed, and drove them to Tripoli. They arrived at dawn the next day and were taken first to al-Sika, an internal security building in the capital. Al-Sika was full, so they transferred the group to a wing for political inmates at a prison called Ain Zara, Jamal said.

For a week, he underwent interrogations before a judge, who then handed down a ten-year sentence for plotting to overthrow the regime. He was transferred to Abu Slim more than a year later.

During his time in Ain Zara, Jamal was kept in one room with three other men. They were not allowed outside and received food through a slot in the door. After the first 17 months of his incarceration, he was allowed to leave his cell and walk outside for 15 minutes each week. Eventually, the guards gave him one, then two hours outside. For two years, he was forbidden to use a phone, even to call his family.


Muftah's training in the United Kingdom was probably a red flag for the regime, the brothers said [Evan Hill]

Muftah, arrested two days after Jamal, tried to escape the headquarters building in Ajdabiya. On a trip to the bathroom, he bolted through the front door. He was barefoot, having left his slippers in the hallway inside. He climbed atop a shack and jumped the compound's walls, but as he landed, his ankle slammed against a car axle propped against the wall and broke.

He was taken to Ajdabiya Hospital, where doctors said he needed surgery. His guards refused and ordered the staff to put his ankle in a plaster cast. Muftah still walks with a slight limp.

In 2006, Salem was arrested in Niger near the border with Chad. Police drove him to Niamey, the capital, where Libyan external security officers were waiting to take him on an Afriqiyah passenger flight to Tripoli.

When Salem arrived, he was taken to an external security building and held in solitary confinement for two weeks. For the first three days, he was blindfolded. His only human interaction came when a fellow prisoner delivered food to his cell door.

He was interrogated, but his questioners focused on his activities outside Libya and did not seem interested in his brothers' group. During the interrogations, they brought dogs into the room and removed his blindfold so that Salem could see them snarling inches from his face. They brandished an electrical cord, one end plugged into a wall socket, the other stripped to the wires, and threatened to electrocute him.

They told Salem the worst was yet to come.

"We will take you to a place where you will confess everything," they said.

After four weeks, he was handcuffed, blindfolded and stuffed upside down into the back seat of a car, his head on the floor. He was taken to an internal security building and brought into a small room. His blindfold was removed. Eight men sat around him.

"You don't deserve life," one said. "You're an enemy of Gaddafi."

Salem said he would do whatever they wanted. They told him he would need to implicate others. It cost them a lot to get him, they said, and he needed to make it worth their while.


Salem visited the rebel front lines every day after being released from prison in late February [Evan Hill]

Violent interrogations followed. During one session, Salem remembered, he was blindfolded and made to stand against a wall. Security officers slapped him repeatedly in the face. One blow knocked him to the ground. The blindfold slipped from his eyes, and he saw four large men holding weapons: an aluminum bar, an iron pipe wrapped in rubber and wooden sticks.

They beat Salem as he lay on the floor. A man tipped a large wardrobe on top of him, and he tried to hide beneath it. They beat him where his body was exposed, so he scrambled to his feet and ran to the other side of the room, grabbing an air conditioner's power cord to hold onto in his panic. They dragged him away and continued the beating. The abuse ended when the men cuffed Salem's hands behind his back, raised his arms painfully behind him and hung him from a door by his wrists. His feet dangled half a metre from the ground.

Resisting Gaddafi, at home and in Iraq

In Abu Slim, the brothers witnessed more violence perpetrated by a regime that refused to abide the slightest opposition. In October 2006, during Ramadan, a group of men who had been imprisoned for years without seeing a judge staged a sit-in outside an administration building, demanding to speak with a responsible official.

The protest began at around 2pm, and within hours a force of around 30 blue-camouflaged central security forces arrived under the command of a colonel named Abdelhamid al-Sayeh, Ibrahim said.

The troops beat the protesters, who fought back. Al-Sayeh made a call, then ordered the troops to open fire. Other guards stationed atop the walls shot down at the prisoners. One man died, and others were wounded, the brothers said.

Their account was impossible to confirm. Alison Baddawy, a researcher writing for the Washington DC-based democracy watchdog Freedom House in 2007, described the Ramadan protest as a "riot ... sparked by a number of prisoners who are members of militant Islamist groups". But she too wrote that one man had died, while "a number" of others were injured.

Many of those held in Abu Slim were Libyans who had been caught on their way to Iraq. On just one day in 2007, at least 100 men who had been apprehended in Syria were brought into Abu Slim, the brothers said.

Libyans, especially those from the east, were known to be ready volunteers for the fight against US troops. A cache of biographical documents kept by "al-Qaeda affiliates" and seized in a 2007 US raid in the Iraqi town of Sinjar, near the Syrian border, showed that Libya was second only to Saudi Arabia in the overall number of men who had left for Iraq. Libya far outpaced every other Arab country in the per capita rate of volunteers.

Of the 595 men in the Sinjar files who listed their nationality, 112 came from Libya, and of the 88 Libyans who gave their hometown, 84 per cent came from Derna or Benghazi in the east.

US diplomatic cables sent from the Tripoli embassy in 2008 - released by WikiLeaks earlier this year - described eastern Libya as an impoverished region and a breeding ground for Islamic extremism.

One cable said Libyans from the east believed they had "nothing to lose" by sacrificing themselves in Iraq and were proud to carry on the east's history of fighting occupations, considering themselves heirs of the lionised Omar Mukhtar, the hero of the anti-Italian resistance.

In another cable, a US embassy officer described having lunch with a Derna resident who said that volunteering for "jihad" in Iraq was a way of striking a blow at Gaddafi when attacking the regime at home was considered a lost cause.

"There was a strong perception, he said, that the US had decided ... to support the regime to secure counter-terrorism cooperation and ensure continued oil and natural gas production," the embassy officer wrote.

One Libyan who spoke to a US embassy official in Derna in 2008 said it would be a "fool's errand" to confront Gaddafi, since "many easterners feared the US would not allow [the] regime to fall".

"Fighting against US and coalition forces in Iraq represented a way for frustrated young radicals to strike a blow against both Gaddafi and against his perceived American backers," the embassy official wrote.

A chance for a 'friend' in America

Ibrahim and Jamal agreed. Sending men to fight in Iraq showed Gaddafi that eastern youth "don't differentiate between life and death," Ibrahim said. If they can sacrifice themselves in Iraq, they are ready to sacrifice themselves in Libya.


Jamal was wanted by the regime for supporting young men who went to fight US troops in Iraq [Evan Hill]

Though Jamal never intended to travel to Iraq himself, he viewed the US presence there as an "injustice" and felt obligated to support other young men who wanted to go by giving them money and encouragement and offering his family home as an occasional place to stay in Ajdabiya.

Even so, he said, the US is not the Libyan people's enemy; in fact, it could be an ally against Gaddafi. Though he warned that Libyans would never tolerate a foreign military presence in their country, the people would consider the US "a friend" if it interceded to protect the uprising by launching air strikes against Gaddafi's troops and military buildings, Jamal said.

After Thursday's UN Security Council vote in favour of a no-fly zone and military action to defend Libya's populace, such strikes became much more likely. Though they carry the risk of civilian casualties, Libyans in the opposition have called for them for weeks. Some have even specifically suggested that US planes should bomb Gaddafi's residence and command centre in Tripoli, the Bab al-Azizia.

The relationship between the US and the opposition in the long term remains cloudy. Despite the national opposition council's completely secular face, some US officials and commentators have expressed concerns about the forces behind the uprising, fearing it may be controlled or "hijacked" by the persistent US bogeyman in the Middle East: Islamic extremists.

The Jidrans may represent a real-life answer to those concerns. They are blunt about their religion: Islam guides their worldview, and they would like to achieve the democracy and freedom they desire for Libya in an Islamic context. But the brothers have not shut themselves off from the outside world. They are not cave-dwelling radicals in the mold of Osama bin Laden, waiting for the return of an Islamic golden age and worldwide dominion.

"Yes we are Muslim, but we can be modern too," Ibrahim said. "We need Islam, but in reality it's very difficult to achieve a caliphate. Now we have parliaments, and different movements of people."

"The Taliban and Algeria show it can't be done," Jamal said.

And for the moment, there are more pressing concerns than Libya's future political system: The Jidran brothers say their struggle must end in victory, because the alternative is death.

"Gaddafi's regime gave us two choices: To rule us as a dictator, or to kill us," Muftah said. "The Libyan people have a message for Gaddafi: We are ready, we are six million people, we are ready for five million of us to die, so the other million will live in dignity."

Source: Al Jazeera

Líbia anuncia fim de ação militar contra oposicionistas




Militar em frente a manifestação de rebeldes na cidade de Tobruk, na Líbia (Reuters)

O governo da Líbia anunciou nesta sexta-feira a suspensão imediata de sua ofensiva militar contra os oponentes do regime do líder Muamar Khadafi.

O ministro do Exterior líbio, Moussa Koussa, disse que o governo foi obrigado a adotar a medida após a aprovação, pelo Conselho de Segurança da ONU, da criação de uma zona de exclusão aérea no país.

'De acordo com o artigo 25 da Carta da ONU (...) e levando em consideração o fato de a Líbia ser membro da ONU (...) concordamos que somos obrigados a aceitar a resolução do Conselho de Segurança (...). Portanto a Líbia decidiu por um cessar-fogo imediato e uma imediata paralisação de todas as operações militares', disse o ministro a jornalistas.

Na quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que estabelece uma zona de exclusão aérea na Líbia e autoriza 'todas as medidas necessárias' para 'proteger civis e áreas habitadas por civis' de ataques das forças do coronel Khadafi.

O ministro Moussa Koussa criticou a decisão do Conselho de Segurança, dizendo que ela viola a Carta da ONU e a soberania da Líbia.

Horas

Depois da aprovação da resolução da ONU, um representante do governo francês informou, nesta sexta-feira, que a ação militar ocidental contra a Líbia começaria nas próximas horas, com a França sendo o primeiro país a participar dos ataques aéreos.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, também afirmou nesta sexta-feira que os aviões de guerra britânicos serão enviados para bases aéreas no mar Mediterrâneo, para preparar uma ação contra a Líbia e que a Grã-Bretanha vai trabalhar com os aliados para garantir a aplicação da resolução do Conselho de Segurança da ONU.

Cameron afirmou também no Parlamento britânico quem um ultimato contra Khadafi será anunciado ainda nesta sexta-feira.

A resolução recebeu dez votos a favor e nenhum contra na votação da noite de quinta-feira, mas cinco países - incluindo China e Rússia, membros permanentes do Conselho, e o Brasil - se abstiveram.

Um porta-voz do governo líbio afirmou que a resolução da ONU era uma 'agressão'. E um dos filhos de Khadafi, Saif al-Islam, afirmou que a resolução era 'injusta', pois a Líbia não estava bombardeando civis.

Concentradas na cidade de Benghazi, no leste do país, forças contrárias a Khadafi comemoraram o anúncio da ONU.

A resolução, de número 1.973, foi proposta por Grã-Bretanha, França e Líbano e contou com apoio dos EUA.

Antes do anúncio do cessar-fogo, havia combates entre as tropas leais ao líder Muamar Khadafi e as forças rebeldes. Tropas do governo continuavam avançando pelo leste do país, em direção à Benghazi, e também ocorreram confrontos na cidade litorânea de Al-Zuwaytina.

Os rebeldes também relataram que as forças do governo estavam bombardeando a cidade de Mistrata, no oeste.

Fonte: BBC Brasil

Nampula quer resgatar produção do “ouro branco



AS empresas concessionárias que operam no sector agodoeiro na província de Nampula vão a partir da presente campanha agrícola providenciar incentivos aos pequenos produtores do sector familiar.

Maputo, Sexta-Feira, 18 de Março de 2011:: Notícias
A medida visa travar o abandono massivo da produção do chamado “ouro branco” a favor de outras culturas de rendimento como o gergelim, feijão boer, oloco e tabaco. Do pacote dos incentivos consta a redução dos custos de lavoura, tratamento químico das plantas e melhoria do preço de compra do algodão, antídotos que se acredita possam vir a salvar aquela cultura. A Sociedade Algodoeira de Namialo (SANAM) e a OLAM Moçambique, que em conjunto exploram uma área de 56 mil hectares, envolvendo um universo de pouco mais de 80 mil produtores do sector familiar, estão empenhadas no “resgate” da posição de Nampula na produção do algodão.

Issufo Normamade, presidente do Conselho de Administração da SANAM, disse em entrevista ao nosso Jornal que para este ano a sua empresa vai cobrar 1000,00 meticais por cada hectare lavrado, contra os 1500,00 meticais da campanha de 2009/2010. Quanto aos produtos químicos, cada um dos cinco tratamentos necessários para o algodão irá custar a cada produtor 85,00 meticais, contra os 100,00 meticais da safra passada.

Na sua óptica, trata-se de uma redução de custos de produção que de certa forma irá aliviar os encargos que os produtores têm de arcar no fim de cada campanha agrícola, que, diga-se em abono da verdade, os deixa financeiramente à mercê das concessionárias, que tecnicamente ficam com o fruto de todo o esforço do camponês.

“Como empresa concessionária, tenho de admitir que com este conjunto de incentivos que anunciamos para este ano não teremos muito espaço para fazer dinheiro, excepto se o mercado internacional se mostrar animador” – referiu Normamade.As incessantes subidas dos combustíveis, dos custos em químicos, degradação das vias de acesso para o escoamento da produção algodoeira são algumas das rubricas que têm estado a encarecer a produção daquela cultura em Nampula.

A degeneração da variedade da semente, do tipo AC/324 em uso há mais de uma década, a degradação dos solos, que não dão para além de 500 quilogramas, contra uma tonelada admissível, são desafios por vencer nos próximos tempos, mas que também não deixam de constituir preocupação.

“Mas como temos de salvar esta cultura, não só por ser tradicional para as comunidades de certas regiões de Nampula, como também em resposta aos apelos do Governo para fazermos alguma coisa, cá estamos nós...” - referiu.

A OLAM, que igualmente trabalha em nove agências, em Ribáuè e Laláua, com um universo de 13 mil produtores, irá por seu turno isentar os custos inerentes à destronca, alocando meios mecanizados.

A abertura dos novos campos, cujos custos serão suportados na globalidade por aquela multinacional, será precedida de um processo de estudo sobre o seu potencial para a prática do algodão com vista à obtenção de rendimentos acima de uma tonelada por hectare.

O produtor que trabalhar uma área igual ou superior a cinco hectares irá, a título gratuito, beneficiar de cinco tratamentos fitossanitários que o algodão exige. Rohit Chantuani, director da OLAM para a área do Algodão em Moçambique, disse recentemente que o crescimento dos volumes de produção pressupõe o aumento das áreas actuais de cultivo, daí a decisão da sua firma de isentar os custos inerentes à destronca, com a locação de meios mecanizados.

MONAPO NÃO QUER PRODUZIR ALGODÃO
Maputo, Sexta-Feira, 18 de Março de 2011:: Notícias
Para a mobilização dos camponeses, de forma a continuarem a produzir o algodão, este ano o Governo do distrito de Monapo teve de criar uma comissão de arbitragem, envolvendo a direcção local das Actividades Económicas, autoridades comunitárias e empresariado para não só falar dos incentivos postos à disposição pelas concessionárias, como também da importância da fibra daquela cultura no sector têxtil, bem como de alguns dos seus derivados, caso da semente e bagaço, na produção de roupa, óleo alimentar e ração animal, respectivamente.

José de Castro, chefe do posto administrativo de Netia, uma das regiões produtoras do algodão, disse ao nosso Jornal que, mercê destes pacotes de incentivos, “as comunidades decidiram este ano aderir massivamente à produção do algodão” – referiu.Contudo, as coisas não andam lá muito bem, como se pretende fazer crer, uma vez que há relatos de comunidades como as de Namichala, Mejana e Metarua que ainda se mostram resistentes em abandonar o cultivo de gergelim e feijão oloco.Naldo Horta, director das Actividades Económicas de Monapo, disse que este ano irá fazer 41 mil hectares de algodão, igual área da campanha passada. Segundo suas palavras, tudo está sendo feito para evitar a redução das áreas como consequência do abandono massivo da produção de algodão pelos camponeses.


DESINTERESSE DOS CAMPONESES LEVA À BAIXA PRODUÇÃO
Maputo, Sexta-Feira, 18 de Março de 2011:: Notícias
E não é para menos. Segundo dados disponíveis, na campanha passada pelo menos 9 mil hectares foram dadas como perdidas em consequência do desinteresse dos camponeses pela cultura do algodão.Ainda em Netia, há igualmente queixas dos camponeses segundo as quais os tractores colocados pela SANAM à disposição dos produtores para as actividades de limpeza dos solos são insuficientes para a demanda, daí que se pede o seu aumento.

Para este ano alguns produtores que falaram à nossa Reportagem fizeram questão de lançar um aviso à empresa SANAM. Segundo eles, não irão admitir a viciação das balanças usadas para pesar o produto por parte dos capatazes daquela empresa. De referir que na cultura do algodão, ao contrário de outras, a sua cadeia de produção compreende cerca de doze operações, nomeadamente a de preparação dos solos, sementeira, desbaste, ressementeira, sacha, aplicação de insecticidas, colheita, secagem, ensaque, transporte e consequente colocação no mercado, que duram uma média de seis meses.

•Assane Issa