Thursday, June 2, 2011
Terminal de Carvão de Nacala-a-velha
PRIMEIRA FASE DAS OBRAS A PARTIR DE JULHO
Arrancam em Julho próximo, no distrito de Nacala-a-velha, as obras de construção da terminal de carvão mineral de Moatize, extraído na província central de Tete, um empreendimento financiado pela “Vale Moçambique” , na ordem de 1,6 bilião de dólares americanos.
Dados apurados pelo Wamphula Fax junto das autoridades administrativas de Nacala-a-velha, indicam que a “Vale Moçambique” já subcontratou o empreiteiro, a empresa ZAGOPE, que tem a missão de, o mais tardar até Julho próximo, iniciar com as obras da construção do primeiro estaleiro, de um conjunto de três que serão edificados, nomeadamente o social, onde será acomodado o pessoal técnico, e o de serviços, destinado aos trabalhos administrativos.
Daniel Chapo, administrador de Nacala-a-velha, disse à nossa reportagem que da parte do governo, todas as formalidades burocráticas inerentes a implantação daquele projecto, já foram cumpridas.
Tal é o caso da consulta pública às populações, atribuição do título de uso e aproveitamento da terra (DUAT), acto que formaliza a concessão dos 490 hectares de terra onde será implantado o terminal de carvão de Moatize, bem como o porto cais e outras infra-estruturas.
Recebemos garantias do investidor que dentro em breve serão pagas as indemnizações às 30 famílias que serão movimentadas da área abrangidas pelo projecto, esperando-se que aconteça o mesmo em relação as possíveis benfeitorias sociais- referiu Chapo.
Para além do terminal e porto cais, o projecto de exportação do carvão de Moatize, a partir de Nacala-a-velha, contempla, igualmente, a construção de um ramal de linha férrea, numa extensão de 200 quilómetros, ligando a bacia carbonífera de Moatize, passando por Malawi, até aquele distrito.
O processo de clarificação dos solos para aferir se os mesmos estão minados ou não, já terminou, pelo menos em Nacala-a-velha, havendo garantias de que estão na fase conclusiva os relativos ao impacto ambiental - esclareceu a nossa fonte.
No que tange aos benefícios socioeconómicos directos, há indicações de que pelo menos 2 mil pessoas terão emprego ao longo dos cinco anos de construção do terminal de carvão e infraestruturas inerentes, número que baixará para 600, na fase de operação.
Referira-se que a “Vale Moçambique” está, neste momento, a explorar as bacias carboníferas de Moatize, em Tete, tidas como as maiores reservas do mundo, com cerca de 2,4 milhões de toneladas de carvão de coque e energético.
Ainda na senda dos fluxos de investimentos para a região de Nacala-a-velha, a empresa “Vale Moçambique” acaba de manifestar a intenção de investir na instalação de um complexo industrial, direccionado à produção de fertilizantes com recursos a vários minérios, em que se destaca o fosfato, que será extraído na zona de Evate, no distrito de Monapo.
Sem precisar datas, Chapo assegurou à nossa reportagem que há intenções muito fortes por parte do investidor em ver este empreendimento materializado.
Dados disponíveis e tornados públicos pelo governo de Nampula indicam que, desde o ano de 2007, altura do início dos trabalhos de sondagem da ocorrência de Evate, as acções executadas incidiram no ensaio dos minérios em laboratórios, estudos de pré-viabilidade, trabalhos de licenciatura ambiental, processos que já consumiram 20 milhões de dólares norte americanos.
Fonte: WAMPHULA FAX – 02.06.2011
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