Monday, January 3, 2011
Mensagem do Presidente Daviz Simango
Moçambicanas e Moçambicanos
Caros concidadãos
Estamos a escassos dias da comemoração do Natal, Dia da Família, e também do Fim-do-Ano e Ano Novo. Tomamos a liberdade de Vos dirigir umas palavras de afecto, amizade e consideração.
Natal é a celebração do grande amor de Deus, o dia em que Jesus nasceu, trazendo ao Mundo a Paz, luz, amor, esperança, uma nova vida.
O filho de Deus, Jesus de Nazaré, nasceu em Belém, como uma criança humilde e marginalizada e encontrou todas e todos neste mundo, oferecendo-lhes a presença e a reconciliação de Deus.
Hoje é momento de libertar os olhos, de reavivar a esperança, acreditando que esta data há-de promover na humanidade um sopro de vida do qual tanto necessitamos.
Esperamos que com a imagem do menino Jesus, que nos vem à mente, os nossos corações sejam premiados pela Paz, fraternidade e amor ao próximo.
Esta Paz, Fraternidade e Amor ao Próximo, nos conduz a um sólido Dia da Família, em que temos de acreditar nos sonhos e sabermos que somos capazes de realizá-los, com confiança e esperança direccionados para um MOÇAMBIQUE PARA TODOS.
O DIA DA FAMÍLIA é o dia da união dos moçambicanos, independentemente do seu credo, raça e posição ideológica.
Apesar da exclusão social no que tange à participação na vida democrática do País, sem esquecermos que no ano prestes a terminar vivemos momentos de tensão caracterizados por manifestações contra o alto custo de vida, queremos incentivar todas e todos a prosseguirem, com determinação, a luta para conseguirmos mudar Moçambique.
Para que se torne realmente um espaço para todos, feliz e próspero, Moçambique tem mesmo de mudar.
Este ano, também não podemos deixar acabar sem nos lembrarmos das violações de direitos humanos a vários níveis.
Não nos podemos esquecer da arrogância dos dirigentes corruptos.
Não nos podemos esquecer do abuso das suas atribuições. Como adquirem riqueza. O destino estranho que dão à riqueza do Estado.
Também não podemos deixar o ano findar sem nos lembrarmos que persistiu a falta de segurança alimentar. Houve assassinatos de agentes do Estado. Houve reprovações nas escolas, sem procedentes. As nossas fronteiras continuaram frágeis. A partidarização das instituições públicas continuou e cresceu. As condições sociais dos funcionários públicos continuaram esquecidas. O desemprego não diminuiu. Os jovens continuam sem habitação e sem perspectivas.
Aumentou o tráfico de pessoas e de drogas.
O país está transformado num corredor de drogas, como nos tem sido dado a conhecer.
A arrogância da maioria Parlamentar na Assembleia da Republica, que anda a reboque do Governo; a concentração dos interesses económicos nas mãos dum clube de amigos, entre outros aspectos que retardam o desenvolvimento sustentável de que precisamos em Moçambique, também esteve visível a todos os níveis neste ano de 2010.
Mas o que dizer aos compatriotas perante estes factos?
Não há outra saída que não seja continuarmos a lutar pelos nossos direitos, pelo respeito à Constituição e pela valorização do interesse do País e dos seus cidadãos.
O Movimento Democrático de Moçambique continuará a querer juntar-se às várias vozes na luta pelo progresso democrático.
Como me tem sido transmitido pelos cidadãos que me têm abordado, é com grande satisfação que constato que permanece viva a chama para nos libertamos das amarras que têm impedido que a Democracia cresça e o País se desenvolva mais rapidamente.
É ainda com grande satisfação que vejo o Povo Moçambicano determinado a lutar sem receio, sinal de que acredita que a Liberdade está cada vez mais próxima. É possível!
No Ano Novo prestes a começar, a Família Moçambicana deverá continuar a lutar para que a Moçambicanidade deixe de estar refém de um pequeno punhado de pessoas não interessadas na libertação do Homem, na Justiça e na Solidariedade.
O MDM continuará a manter-se ao Vosso lado e mantém o compromisso de trabalhar arduamente.
Todas as energias e todos os meios possíveis serão colocados ao serviço do ideal reflectido no lema MOÇAMBIQUE PARA TODOS.
O MDM é hoje uma realidade. Está disseminado pelo País. É um Movimento imparável. Abarca todos nacionais, jovens e velhos, homens e mulheres e crianças, deficientes, combatentes da libertação nacional e todos aqueles irmãos que lutaram pela Democracia, no sentido mais amplo do termo.
Queremos reiterar a nossa convicção de que MOÇAMBIQUE PARA TODOS significa que a nossa meta é a devolução da honra aos moçambicanos.
Tudo continuaremos a fazer para que a dignidade que continua a ser recusada aos Moçambicanos seja um dia reconquistada.
Um determinado grupo Político, dominado, por seu turno, por um punhado de homens que se servem do Estado para enriquecerem, insiste em manipular tudo e todos. Os recursos do Estado continuam a beneficiar pessoas que transformaram o Estado em sua propriedade. Servem-se do Estado para conseguirem os seus intentos.
Mas apesar de tudo, é importante sublinhar que ao termos em breve a iniciar um Ano Novo abre-se-nos uma luz de esperança.
Impõe-se que trabalhemos para a aprovação do pacote eleitoral, através do Parlamento, no sentido de termos eleições livres, justas e transparentes, a partir das quais se possa iniciar uma nova Era que nos permita começar a equilibrar a distribuição do rendimento nacional.
Caros Compatriotas,
A Mudança é possível. A alternativa é também possível. O importante é que estejamos unidos e comprometidos com o objectivo de mudar o estado de coisas a que um grupo de cidadãos conduziu Moçambique.
Pedra a pedra construiremos com orgulho a nação Moçambicana na diversidade.
Este país é rico. Não é pobre, como dizem. A riqueza tem sido, isso sim, mal distribuída.
Os recursos extraídos no campo, nos distritos e postos administrativos, devem ser melhor fiscalizados.
As comunidades rurais desejam usufruir das contrapartidas a que têm direito por isso são parte determinante desta luta que temos para tornar Moçambique um país para todos.
A mudança é possível.
A eliminação das assimetrias locais, se houver vontade política e se todos estivermos determinados a participar nesta luta, pode ser conseguida.
O MDM é uma força genuinamente inspirada em valores éticos e morais, por isso reafirmamos a nossa abertura a todos os moçambicanos que pugnam pelo espírito do nacionalismo segundo o qual o Estado deve servir os cidadãos.
Pugnamos por termos um Estado que não continue refém de uma minoria de cidadãos.
Está claro que esse pequeno grupo sobrevive à custa dos nossos impostos, enquanto a todo um Povo, vem sendo, insistente e ininterruptamente, recusado o desiderato de MOÇAMBIQUE PARA TODOS.
A sabedoria moçambicana mostra-nos que a roda da razão tem girado a favor da maioria do povo. Pode tardar mas é inevitável que não tarde o sol brilhe para todos nós.
Os ventos da história mostram-nos que com a participação activa de todos, mulheres, homens, jovens, idosos, deficientes e excluídos, é possível viramos a mesa e repormos o Direito de sermos moçambicanos.
Não podemos continuar a admitir que a sorte da maioria não seja a mesma de um punhado que insiste em negar aos demais os mesmos direitos de cidadania.
O MDM reitera o seu compromisso de promover a estabilidade social do trabalhador e da família moçambicana.
O MDM insiste que a credibilidade das Instituições públicas transformadas em saco azul da elite política dirigente não pode continuar a ser deixada ao livre arbítrio de um punhado de salteadores do Estado.
O MDM reitera por isso o compromisso de separar os negócios da política, que é quanto a nós a razão, a causa principal da promiscuidade que afecta as nossas instituições públicas.
O nosso Estado tem de deixar de continuar no descrédito.
O nosso Estado tem de deixar de estar nas mãos de narcotraficantes.
A “gangsterização” do nosso Estado, por via da “gangsterização” da classe dirigente, tem de acabar.
O MDM propugna pelo objectivo de termos um Estado que coordena os interesses mais amplos, abre oportunidades a todos, sempre iguais, a empresários locais e estrangeiros, fomentando o emprego e gerando riqueza.
O MDM não consente admitir que nos mantenhamos inertes, passivos, ao vermos a maioria esmagadora dos cidadãos continuarem atrelados aos Dumba-nengues e Tchungamoios.
Desejamos que a nossa juventude que vive com baixa renda a tocar as raias da miséria, participe activamente e como construtora do País para que o nosso Produto Interno Bruto cresça com o contributo de todos, pois essa entendemos ser a única via para se poder atingir um crescimento sustentável e acima de dois dígitos que possa assim superar o crescimento da população sem que se verifique crescimento da pobreza como está a suceder.
Permitam-me a terminar, desejar a todos, em nome de todos os membros e simpatizantes do MDM, e em meu nome pessoal, um Natal Feliz, um Dia Família e um Ano Novo, cheios de Paz, Amor, Saúde, Amizade e Repleto de Esperança.
Estendo também votos de Festas Felizes a todos os expatriados que vivem no nosso País.
Que Deus abençoe a Família Moçambicana e nos ilumine nas tarefas que a História nos confere.
Daviz Mbepo Simango, Eng° Civil
(Presidente do Movimento Democrático de Moçambique)
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1 comment:
Um discurso que me tocou a alma.
Parabéns e bem-haja!
Maria Helena
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