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Thursday, May 20, 2010

Casal gay sentenciado por tribunal no Malawi

Acabei de ler o presente artigo cujo me deixou bem chocado por atitude do tal Juiz Malawiano. Sou Moçambicano e teve a oportunidade de viver numa sociedade divercificada e continuo viver ate hoje, onde as culturas e ideologias de matrimonios sao livres e praticados da maneira a cada um quer. Quero ser claro que nao sou gay mas fico contra quando as autoridades querem se intervir com uma onda de pratica antiga cuja os que praticam sao sientes do que fazem sem prejudicar a ninguem.

Porque condenar alquem que quer viver da maneira que quer com o seu proprio corpo e na decisao privada?

As pessoas deviam ser deixadas a terem uma opçao que quizerem viver.

Espero que o meu governo judicial em Moçambique nao venha a seguir no mesmo example judicial do Malawi.

Liberdade de expressao e opoiniao!!!!!!!!!!!!



Ai esta´o artigo em referencia:




Um juiz no Malawi sentenciou um casal gay a 14 anos de prisão com trabalhos forçados depois de os ter condenado por grave indecência e actos antinaturais.

O juiz disse que queria proteger o público "de pessoas como vocês".

Steven Monjeza, de 26 anos, e Tiwonge Chimbalanga, de 20 anos, estavam sob custódia da polícia depois de terem sido detidos em Dezembro, a seguir a uma cerimónia de noivado.

A sua detenção despoletou condenações internacionais e um debate sobre a homossexualidade no Malawi.

"Vou condenar-vos a uma pena pesada para que o público esteja protegido de pessoas como vocês, para que não nos sintamos tentados a emular este exemplo horrendo," disse o Juiz Nyakwawa Usiwa-Usiwa na cidade de Blantyre.

O correspondente da BBC no Malawi, Raphael Tenthani, diz que Monjeza começou a chorar quando ouviu a sentença, enquanto Chimbalanga se manteve calmo.

O advogado de defesa, Mauya Msuku, disse à BBC que vai recorrer da sentença.

Insultos

A sala do tribunal estava apinhada de gente, com centenas de pessoas na parte exterior do edifício; várias ruas à volta do tribunal foram encerradas ao trânsito.

Alguns dos presentes gritaram insultos contra o casal quando este era levado novamente para a prisão.

Mauya Msuku havia pedido uma pena mais leve, referindo que as acções de Steven Monjeza e de Tiwonge Chimbalanga não havia vitimizado alguém.

"Eles são dois adultos a fazer coisas em privado. Ninguém será ameaçado ou ofendido se eles forem postos em liberdade," disse o advogado a seguir à leitura da sentença.

Gift Trapence, do grupo de defesa dos direitos humanos, Centro para o Desenvolvimento das Pessoas, descreveu o caso como um dia triste para o Malawi.

"Como é possível que sejam condenados a 14 anos de prisão apenas por se amarem um ao outro? Ainda que sejam condenados a 20 anos, não se pode mudar a sua sexualidade."

"Ultraje"

Michelle Kagari, a directora-adjunta da Amnistia Internacional para África, disse que a sentença era "um ultraje" e descreveu o casal como "prisioneiros de consciência".

Ela disse que a Amnistia Internacional continuaria a fazer campanha para a sua libertação.

O Malawi é uma sociedade conservadora onde as relações íntimas entre pessoas do mesmo sexo são reprovadas.

O juiz disse que relações desse tipo eram "anti-Malawianas".

Mas o activista britânico pelos direitos dos gays, Peter Tatchell, refere que as leis ao abrigo das quais o casal foi condenado foram introduzidas durante a colonização britânica.

"Essas leis foram uma imposição estrangeira. Não são leis africanas," disse.

Os homens rejeitaram as acusações e os seus advogados disseram que os seus direitos constitucionais haviam sido violados.

Há já algum tempo que várias organizações malawianas de defesa dos direitos humanos pedem às autoridades que relaxem a posição do país em relação à homossexualidade.

O nosso correspondente diz que o governo do Malawi está a ser pressionado por doadores ocidentais para que reveja a questão.

Para um país pobre, cujo orçamento para o desenvolvimento depende em 40% dos doadores, esse tipo de pressões deve ser levado a sério, acrescenta Raphael Tenthani.

BBC – 20.05.2010

NOTA:

De acordo com a Associação Internacional de Gays e Lésbicas, a homossexualidade é ilegal em 38 países africanos.

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