Fonte: O Pais Online
Tolerância de Ponto Daviz Simango dá “trocos” a Helena Taipo
Daviz Simango esclareceu que o pedido de tolerância de ponto não foi iniciativa pessoal e muito menos do município. Foi, pois, uma iniciativa de jovens organizadores do evento.
O presidente do município da Beira, Daviz Simango, disse no último domingo, na Beira, que ficou “muito surpreendido” com a forma como a ministra do Trabalho, Helena Taipo, respondeu ao pedido de tolerância de ponto formulado pelo seu executivo para permitir que os autarcas pudessem participar na festa do carnaval.
Simango, que falava ao nosso matutino no fim da festa do carnaval, respondendo a uma pergunta sobre como teria reagido ao posicionamento de Helena Taipo e até que ponto o facto interferiria na festa, disse que “pessoalmente sempre olhei para a ministra de Trabalho com respeito por aquilo que ela tem demonstrado na defesa dos interesses dos trabalhadores moçambicanos. Mas, fiquei muito surpreendido quando no início da semana passada ela indeferiu um pedido dos jovens beirenses que pretendiam ter uma sexta-feira diferente para exibir a sua cultura”.
A maior surpresa para Simango não “foi o indeferimento” do pedido, mas o facto de dela ter usando a imprensa “para nos responder. Para mim, foi um show off desnecessário”. Daviz Simango esclareceu que o pedido de tolerância de ponto não foi iniciativa pessoal e muito menos do município. Foi, pois, uma iniciativa de jovens organizadores da festa que contactaram a edilidade e que ele, na qualidade de “representante dos munícipes”, endereçou o pedido à ministra.
“A competência de dar ou não uma tolerância do ponto é da ministra do Trabalho, daí termos endereçado uma carta a ela que, infelizmente, em vez de apenas remeter a carta de volta a informar o indeferimento e os seus respectivos argumentos, usou a imprensa. Nada temos a fazer. Julgamos que é uma forma de estar e de ser da ministra, mas pensamos que não havia necessidade nenhuma de chegar ao extremo em que chegou através da imprensa”.
Refira-se que a ministra do Trabalho alegou, para o indeferimento do pedido do CMB, que o “propósito evocado pela edilidade da Beira para a solicitação da referida tolerância de ponto não é convincente, dado que a festa de carnaval no nosso país não representa nenhuma obrigatoriedade para paralisar actividades produtivas e não está no contexto de outros pedidos assistidos por argumentos legais, como o dia da cidade, datas religiosas, entre outros”.
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