Monday, March 15, 2010
Construção do Estádio Nacional termina dentro de 150 dias
Orçado em 58.8 milhões de dólares americanos
O Estádio Nacional, a maior infra-estrutura desportiva construída no país após a independência (1975), será entregue dentro de 150 dias (em Agosto), conforme a previsão do empreiteiro chinês que está a executar as obras do gigantesco complexo desportivo, escreve a AIM.
Contudo, os cinco meses adiantados pelo empreiteiro da obra são referentes ao termo da parte técnica, ou seja, à finalização dos trabalhos de construção, porque, de seguida, começa a vistoria que será concluída em Dezembro, dependendo da margem de irregularidades na empreitada.
A garantia foi dada ao ministro da Juventude e Desportos, Pedrito Caetano, durante a sua primeira visita ao local onde está a ser edificado o majestoso complexo desportivo, no bairro do Zimpeto, arredores da capital moçambicana, Maputo, orçado em 58.8 milhões de dólares americanos e que albergará 42 mil espectadores.
Caetano, que visitou a obra na qualidade de titular do pelouro, disse estar satisfeito com os excelentes níveis de execução, o que permitirá a sua conclusão dentro dos 150 dias.
“A impressão com que ficamos é de que o ritmo das obras é bom e, segundo informações que nos foram dadas, temos 150 dias para receber o Estádio Nacional completamente construído”, disse o ministro.
As obras de construção do Estádio Nacional, iniciadas em Novembro de 2008, já foram executadas em 65 por cento, tendo, desta feita, sido concluída toda a estrutura em betão armado, finalizado o sistema de climatização, betonagem das caixas de pavimentação e outros avanços.
Não obstante os progressos assinaláveis até aqui concretizados, o ministro contestou energicamente a execução da obra com recurso a materiais de baixa qualidade, tendo, na ocasião, exigido a interrupção imediata do seu uso como forma de salvaguardar o preconizado no projecto.
Caetano apontou, a título de exemplo, que o empreiteiro da obra está a colocar aros feitos de madeira de pinho, facto inaceitável porque o país dispõe de outra matéria-prima de excelente qualidade e, acima de tudo, consistente e resistente.
O ministro contestou igualmente o facto da construção do parque de estacionamento estar a ser feito manualmente e a mistura do saibro com cimento não ser homogénea, para além de que a própria base não tem a espessura especificada no projecto que devia, em princípio, ser de 10 centímetros, mas que tem menos.
“Estivemos a conversar com a direcção da obra, neste caso, da parte chinesa, e chegamos a conclusão de que eles devem rectificar. Mas o que nos preocupa é que desde que receberam a nossa notificação, na quarta-feira, para rectificarem tanto os aros como as misturas manuais, ainda não pararam”, explicou o ministro.
Todavia, Caetano disse ter recebido garantias, da parte chinesa, de que iriam interromper a acção errada.
“O Estado moçambicano, dono da obra, tem interesse na qualidade. Então, cada passo que o empreiteiro vai dando, trabalhamos com os nossos colegas do Laboratório de Engenharia e eles vêm frequentemente aqui a fim de colher amostras e fazer as respectivas análises”, disse o ministro.
O importante é que todos estão a trabalhar e o Estado quer uma obra de qualidade porque, segundo o titular da pasta da Juventude e Desportos, a obra tem de servir também a futuras gerações.
“O nosso interesse é continuar a insistir com o empreiteiro e a direcção da obra, do lado chinês, para que a mesma (obra) tenha a qualidade que nós queremos”, sublinhou Caetano.
Na visita, o ministro fez-se acompanhar pelos directores provinciais da Juventude e Desportos, e contou com a presença especial do comandante-geral da Polícia (PRM), Jorge Khalau.
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