Wednesday, January 6, 2010
Renamo reitera que não tomará posse na AR
Quarta, 06 Janeiro 2010 09:07 Atanásio Marcos .
Ossufo Momad, secretário geral da Renamo
Os nossos deputados não tomarão posse no parlamento
, pelo facto das eleições terem sido fraudulentas.
O secretário-geral da Renamo, Ossufo Momad, reiterou ontem que os deputados da “perdiz”, eleitos nas legislativas de 28 de Outubro de 2009, não vão tomar posse na Assembleia da República, cuja cerimónia está marcada para o próximo dia 12 de Janeiro corrente. Trata-se duma posição já tomada pelo seu líder, Afonso Dhlakama, em entrevista ao “O País”.
“Tal como dissemos logo após a divulgação dos resultados eleitorais, reitero que os nossos deputados não tomarão posse no Parlamento em vertude das eleições terem sido fraudulentas. Não iremos compactuar com as frequentes roubalheiras de que temos sido vítimas nos processos eleitorais, com a conivência da Comissão Nacional deEleições e do Secretáriado Técnico de Administração Eleitoral”, disse Momad.
O secretário-geral da Renamo, que se encontra na província de Manica, afirmou ainda que, neste momente, a preocupação do partido é organizar as manifestações em repúdio aos resultados eleitorais que deram vitória à Frelimo e a Armando Guebuza.
“Não queremos guerra. Será uma manifestação pacífica, razão pela qual me encontro nas províncias a auscultar a sensibilidade dos nossos membros e simpatizantes, já que eles é que nos pediram para protestarmos. é um facto que vai acontecer”, frisou a fonte.
Entretanto, a um cenário diferente se assiste nas assembleias provinciais. Por exemplo, na província de Maputo, os deputados da Renamo eleitos no último sufrágio tomaram posse, ignorando a decisão de Afonso Dhlakama.
Em contacto com o delegado político da Renamo na província de Maputo, José Samo Gudo mostrou-se indignado com o comportamento dos seus companheiros, que contraria a decisão da liderança do partido.
“As pessoas são adultas e foram com os seus próprios pés assinar a tomada de posse. E, eu não posso fazer nada. Neste momento, cabe à direcção do partido tomar qualquer medida que julgar convenienteem face desta situação”, concluiu Samo Gudo.
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