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Friday, September 2, 2011

A outra face de Samora Machel

Friday, 02 September, 2011. 9:44:07
Canal de Opinião

por Edwin Hounnou

Maputo (Canalmoz) - Quando muitos falam de Samora Machel como se fosse um ser sobrenatural, pode parecer um sacrilégio mostrar a outra face menos boa do primeiro presidente de Moçambique. Não pretendo desvirtuar o seu contributo para a derrocada do colonialismo português, mas a História não deve ser escamoteada. Não se deve ensinar mentiras às novas gerações, do mesmo modo que haviam escamoteado as circunstâncias em que morreu Eduardo Mondlane, o primeiro presidente da FRELIMO (1963-1969) dizendo que ele morreu no escritório da Frelimo quando afinal morreu numa residencial da secretária da sua esposa, a americana Betty King. Mentiram para iludir o Povo!

É preciso lembrar que as liberdades haviam sido limitadas pelo regime imposto pelos libertadores da dita “Pátria Amada”. Machel instalou, no País, um regime de terror, guias-de-marcha que impediam cidadãos de se movimentarem livremente, aldeias comunais e machambas colectivas.

A lei de pena de morte e a de chicotada foram instituídas.

O SNASP – a secreta do regime de Machel – tinha poderes para prender, torturar, desterrar, julgar e matar, bastando conotar a sua vítima como “inimigo do povo e da revolução”.

Os métodos do SNASP eram iguais aos do NKVD/KGB, secreta do ditador soviético, Joseph Stálin.

Machel matou seus adversários políticos que discordavam da metodologia e não do conteúdo da luta, depois da Independência.

O SNASP, em colaboração com a sinistra CIM (Contra-Inteligência Militar, dirigida pelo carrasco general Lago Lidimo) prendeu oficiais militares, em 1981, acusando-os de serem agentes de países estrangeiros. Não houve provas, mas, lançou-os, vivos, para o fundo do mar, algemados das mãos aos pés. É a este homem que, em sua honra, erguem dezenas de estátuas.

Machel criou o Tribunal Militar Revolucionário (TMR) que dava por provadas as mais absurdas acusações sem que aos réus fosse dado o direito a defesa e a sua sentença era irrecorrível, como as da Inquisição, da Santa Sé Medieval; da GESTAPO, de Adolph Hitler e do NKVD/KGB. Os acusados não podiam constituir advogado, aliás, a Faculdade de Direito havia sido encerrada por ter sido considerada um ninho de reaccionários.

No tempo de Machel questionar as violações dos direitos fundamentais do homem, era incorrer em riscos de ser deportado, se pena de morte não coubesse.

Foi a falta de liberdade de opção política, e não só, que provocou a guerra civil dos 16 anos.

Para além de coisas boas, Samora Machel, também, fez coisas muito más.

Stálin, durante anos, escondeu os horrores do seu regime. Mais tarde, Michail Gorbatchov mandou retirar as ossadas do ‘grande líder do povo soviético e de todos os seres humanos na terra’ da Praça do Kremlin.

A Frelimo está a criar uma imagem falsa da História do País.

O “reaccionários”, grosso modo, são do Centro e Norte.

O primeiro governo de Moçambique era composto, na sua maioria, por gente do Sul e isto evidencia que Machel era regionalista.

Os ora dirigentes dos órgãos de soberania – Presidente da República, Presidente da Assembleia da República; presidentes dos tribunais Supremo e Administrativo, do Conselho Constitucional, Procurador-Geral da República; os ministros do Interior, da Justiça, dos Negócios Estrangeiros – são todos do Sul. Porquê isso? (Edwin Hounnou /

Fonte: Canalmoz / Canal de Moçambique)






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