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Thursday, July 28, 2011

Renamo anuncia criação de quartéis para reagrupar antigos guerrilheiros



Por outro lado, Afonso Dhlakama, que está em Quelimane desde terça-feira última, diz estar a trabalhar com ardor com vista a criar uma revolução popular no país. Essa revolução tem como missão depor o governo-dia e isso deverá acontecer até Dezembro próximo.

O partido Renamo, maior partido da oposição no país, afirmou ontem em Maputo que vai reagrupar os antigos guerrilheiros “compulsivamente”, os desmobilizados do exército e os que não foram integrados nas forças armadas unificadas em quartéis.

De acordo com a Agência de Informação da Angola, ANGOP, as declarações vieram do porta-voz do partido, Fernando Mazanga, falando em conferência de imprensa na sede nacional do partido, em Maputo.

Fernando Mazanga afirmou que a decisão de “aquartelar” os antigos guerrilheiros em todas as províncias do país surge na sequência de pedidos feitos por alguns guerrilheiros ao presidente do partido, Afonso Dhlakama, numa visita efectuada este mês à província nortenha de Cabo Delgado.

Conforme o fez saber Mazanga, o seu partido está a favor da ideia e pretende apoiá-la.

“A Renamo saúda a decisão da criação dos quartéis dos desmobilizados da Renamo, que estão a ser expurgados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique”, disse Mazanga no seu discurso.

Numa primeira fase, acrescentou o porta-voz, vai ser criado um quartel no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado, seguindo-se os distritos de Cuamba e Mocuba, nas províncias de Niassa e Zambézia, respectivamente.

Além de reagrupar os militares desmobilizados do exército, cujo número não foi especificado, os quartéis da Renamo vão também albergar os cerca de 10 mil guerrilheiros que o partido afirma não terem sido integrados no exército unificado, resultante do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado a 4 de Outubro de 1992, em Roma, capital italiana.

“Tínhamos cerca de 15 mil guerrilheiros, apenas cerca de 6 mil foram incorporados no exército, alguns passaram à vida civil, ficando tantos outros por incorporar. Com a desmobilização compulsiva, teremos que acolhê-los em aquartelamentos”, acrescentou Fernando Mazanga.

Questionado sobre o perigo de reagrupar militares à margem do sistema de defesa e segurança do Estado, o porta-voz da Renamo afirmou que a medida “não trará nenhuma perturbação e visa apenas não abandonar à sua sorte os antigos guerrilheiros do partido”.

“Como sabem, sempre tivemos guerrilheiros em algumas das nossas antigas bases à espera de incorporação no exército, mas nunca provocaram nenhum tipo de distúrbio”, disse.

O porta-voz anunciou ainda que o seu partido está disponível para negociar com o partido no poder, a Frelimo, sobre a resolução dos problemas que afectam o país, incluindo a necessidade de “despartidarizar as instituições do Estado”.

A Lusa, Agência Portuguesa de Informação, está a tentar ouvir o Governo e a Frelimo sobre as pretensões do principal partido da oposição, mas ainda sem sucesso.

Fonte: O país Online

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