Os jornalistas que viajam com presidente da República, Armando Guebuza, nas chamadas “Presidências Abertas e Inclusivas” pelo país, estão a ser impedidos de fotografar e filmar os helicópteros que transportam o chefe de Estado.
A justificação, é de que as imagens dos helicópteros podem continuar a adensar os debates acerca dos gastos exorbitantes de Armando Guebuza, em tempo de contenção de despesas devido à grave crise que se reflecte já no atraso de pagamentos de salários aos funcionários públicos no País e também nos atrasos dos desembolsos de fundos do Estado para funcionamento das instituições.
O número de helicópteros que a comitiva do Chefe de Estado agora usa reduziu de 6 para 5.
O presidente da República foi várias vezes confrontado com opiniões de contestação sobre os gastos que faz nas suas viagens às localidades, distritos e províncias, não só pelo que representa em termos de custos o facto de se fazer deslocar de helicóptero, mas sobretudo por ver o País do ar sem poder ver in loco a realidade que lhe é bastas vezes distorcida pelos seus bajuladores.
Aconteceu aquando da visita do chefe de Estado à província de Maputo, em Abril último, agentes de segurança impediram os jornalista de fotografarem as imagens da chegada do presidente, quer quando ainda estava no ar como em terra, segundo testemunhou a nossa reportagem.
Tornou-se prática em todas as viagens presidenciais subsequentes os homens da imagem serem impedidos pelos seguranças de fotografar e filmar.
Guebuza retomou as presidências recentemente depois de um largo interregno que durou anos. A retoma é tida como o início das campanhas antecipadas dado que se aproxima o Congresso do seu partido e as eleições autárquicas e gerais.
Elementos da Presidência da República, têm dito em conversas informais com a imprensa que o chefe de Estado viaja de helicóptero, como forma de evitar o seu desgaste físico. Se tivesse que viajar via terrestre estaria sujeito a um grande esforço, alegam.
Outra justificação segundo as mesmas fontes, é de que os helicópteros têm servido de catalisador da população. Atraem a população curiosa a correr para os locais de recepção e aos comícios do chefe de Estado. “Se assim não fosse seria difícil mobilizar maior presença popular aos locais visitados pelo presidente”, opinou um dos homens do protocolo.
Fonte: (Bernardo Álvaro)
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