Friday, October 1, 2010
Manuseamento de mercadoria: Nacala caminha para entreposto internacional
TORNAR Nacala num pólo de modernização tecnológica e, simultaneamente, num entreposto internacional de referência, a partir do qual se pode proceder à redistribuição de mercadorias para vários cantos do Mundo, está no rol das principais expectativas do Governo em relação à Zona Económica Especial de Nacala (ZEE). Tal vontade salientou-se nas intervenções efectuadas ontem, em Nacala, nos trabalhos da conferência de desenvolvimento desta região económica da província de Nampula.
Maputo, Sexta-Feira, 1 de Outubro de 2010:: Notícias
Outros desafios, com o mesmo propósito, compreendem, nomeadamente, a atracção de investimento público e privado, visando promover a exploração do potencial da ZEE, particularmente no seu sistema ferroviário e do porto local, estimulando o volume de carga manuseada.
Pretende-se igualmente em relação a esta primeira zona, a ser concebida no país, abranger o vizinho distrito de Nacala-a-Velha, impulsionando-se o desenvolvimento das províncias circunvizinhas, bem como dos países que beneficiam do Corredor de Nacala, designadamente Malawi, Zâmbia, Zimbabwe, Tanzânia e o Congo Democrático.
Entretanto, segundo revelou o Ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, cerca de sete mil postos de emprego fixos foram criados desde que foi instituída, há cerca de dois anos, a zona económica de Nacala, onde já operam um total de 14 empresas certificadas, que investiram para a sua implantação um montante estimado em 276 milhões de dólares norte-americanos.
As empresas certificadas para operar na zona são dos ramos da indústria, agro-indústria, serviços e comércio, para além do turismo. O sector da indústria, que registou um volume de investimentos estimado em 232 milhões de dólares, é aquele que garante, neste momento, maior número de postos de trabalho fixo, com um total de 3477 operários.
O montante de investimento realizado para a implantação dos 14 projectos certificados na ZEE de Nacala foi suportado quase na totalidade pelo sector privado nacional, facto que, na óptica de Cuereneia, espelha o grande compromisso daquela camada em desenvolver acções que possam induzir o crescimento económico, aproveitando as oportunidades existentes naquela região.
Por seu turno, Danilo Nalá, Director-Geral do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), disse que pretende-se em relação a Nacala que seja um pólo de modernização tecnológica e um entreposto internacional de referência a partir do qual se pode proceder à redistribuição de mercadoria para vários cantos do Mundo.
O Reitor da Universidade do Lúrio, Jorge Ferrão, um dos convidados, falando na ocasião, recordou que a concretização dos objectivos supracitados depende da competência dos activos humanos. Para tal, o Governo e o sector público devem olhar para a criação de institutos técnico-profissionais e universidades para que formem recursos humanos qualificados em áreas específicas, garantindo a prossecução dos projectos em curso.
Carlos Tembe
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