Fosfato de Evate, em Monapo
A empresa privada Vale Moçambique, sedeada na capital do país, inicia em 2011, na região de Evate, distrito de Monapo, o processo de exploração do concentrado de fosfato, com uma produção anual estimada em 42 milhões de toneladas.
O estudo de pré-viabilidade ambiental, à cargo de das empresas CONSULTEC e a SRK CONSULTING, encontra-se numa fase bastante avançada e na próxima semana começa o processo de consultas públicas, com o objectivo de dar a conhecer as partes interessadas e afectadas sobre o desenvolvimento do projecto para permitir que estas possam expressar as suas preocupações e expectativas, de acordo com os procedimentos legais vigentes no país.
O depósito de Evate está situado na Localidade do mesmo nome, próximo à vila de Carapira, distrito de Monapo, a 130 quilómetros da capital da província de Nampula e 50 quilómetros da cidade portuária de Nacala.
Segundo apurou o nosso Jornal, a Vale Moçambique prevê a contratação de cerca de 800 trabalhadores durante os 28 anos de vida do projecto, facto que a torna no segundo maior empreendimento na área mineira, ao nível da província de Nampula, depois do Projecto de Areias Pesadas de Moma.
Para além da exploração de fosfato, o empreendimento comporta uma mina à céu aberto, a instalação de unidades fabris de tratamento, e outras infra-estruturas associadas para o processamento, transporte e armazenamento daquele tipo de
minério.
De acordo com os técnicos do projecto, estima-se, paralelamente, a produção de 608 milhões de toneladas de material eliminado que será acumulado numa pilha próxima da mina, de onde será, depois, transportado às unidades fabris de tratamento para posterior aproveitamento.
Uma vez que a jazida de fosfato apresenta dois minérios (o de carbonatito e o regolito), Júlio Barroso, gerente do projecto, disse que será necessário dar um tratamento diferente a cada deles.
Assim o empreendimento terá três unidades fabris, sendo uma virada à produção de concentrado de fosfato, a partir de carbonatito, a outra a partir de regolito, enquanto a terceira estará virada à produção de concentrado de ferro.
A energia eléctrica necessária para o projecto será de, aproximadamente 60 MW. Para o efeito estão a ser estudadas duas alternativas, consistindo a primeira no fornecimento de energia eléctrica, através do sistema nacional de distribuição, que inclui o estabelecimento de uma linha de transmissão da cidade de Nampula, com uma subestação em Monapo e outra em Nacala-Porto. A outra alternativa irá incidir no fornecimento de uma termoeléctrica a carvão mineral, com consumo anual de cerca de 300 mil toneladas de carvão.
O projecto vai necessitar de grandes quantidades de água em todas suas estruturas e fases, a partir do processo de tratamento e produção do minério,
incluindo alguns sectores de apoio. E as previsões apontam para 2.400 metros
cúbicos de água, por hora, que provirá de uma barragem de captação a construir no rio Monapo, próximo da área do empreendimento.
WAMPHULA FAX – 05.05.2010
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