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Friday, April 16, 2010

Economia nacional cresce sete porcento

Economia nacional cresce sete porcento

MAPUTO – A economia moçambicana registou, nos últimos cinco anos, um crescimento real médio de cerca de sete porcento e este desempenho resultou do clima de estabilidade macroeconómica, do incrimento, na oferta de bens, de services públicos e dos níveis de investimentos, nas infra-estruturas socio-económicas.
Além destes factores, contribui para estes resultados, o alto nível de investimentos financeiros por fluxo de donativos e capitais externos privados, sobretudo, no sector dos recursos minerais que tem contribuido para o bom desempenho das expoprtações.
Segundo a Proposta do Orçamento do Estado para 2010, a que o A TribunaFax teve acesso, em 2008, o crecimento real do Produto Interno Bruto, PIB, registado foi de 6,7 enquanto a taxa de inflação foi de 10,3 porcento, devido ao impacto da subida dos preços dos combustíveis e bens alimentares sobre os custos de produção.
Em 2009, registou-se uma desacelaração do crescimento económico para 6.1 porcento, facto causado pela recessão económica mundial, que provocou a redução nos níveis de investimento, no fluxo de turistas enas exportações.
O documento sublinha que o desempenho da actividade económica, nos primeiros três trimestres de 2009, deveuse, principalmente, aos sectores da agricultura, construção, serviços financeiros, indústria de extracção mineira, electricidade e água, que cresceram em media em 11,7; 11,2; 12,6; 6,8; e 9,8 respectivamente.
Por outro lado, os sectores que tiveram um desempenho negativo foram os dos transportes e comunicações -5,5, e restaurantes e hoteis-2.6 porcento, por serem sectores relaccionados ao ramo turístico.
Apesar da frasca exposição do sector bancário nacional às turbulências nos mercados financeiros internacionais, o crescimento do PIB, em 2009, foi influenciado pelo impacto da crise sobre o comércio interno e fluxos de investimento privado estrangeiro, do qual dependem sectores com peso significativo, na composição do PIB. Isto é , sectores como indústrias mineira e transformadora, construção, agricultura de rendimento e os relaccionados ao turismo têm um elevado grau de vulnerabilidade às tendências do ciclo de negócios global e são, por isso, fortemente expostos ao risco de choques externos.
Assim, previa-se, para 2009, uma redução global nos rendimentos das exportações de cerca de 30 porcento, em relação a 2008, devido, principalmente, à queda do preço do alumínio, produto responsável por mais da metade do valor das exportações e de cerca de sete porcento da produção industrial.
No primeiro semestre de 2009, o preço internacional de alumínio baixou em cerca de 45 porcento, em relação ao preço médio registado, em 2007 2008, apesar de uma recuperação gradual, no segundo semestre. Esta tendência, em conjugação com a redução do preço internacional de gás e produtos agrícolas – cujo valor em termos de exportações, também, baixará cerca de 50 porcento, face a 2008 – representa o principal canal de transmissão da crise sobre a economia.
Um outro importante eixo de transmissão da crise financeira internacional sobre a economia moçambicana é o aumento da incerteza relativa às perspectives de fluxos de capitais estrangeiros, para investimentos, enquanto o financiamento de mega-projectos cujo processo de implementação está menos avançado poderá ser adiado ou atrazado. Isto deve-se à redução na disponibilidade de crédito, nos mercados internacionais de capitais, à redução na disponibilidade de crédito, nos mercados internacionais de capitais e à aversão ao risco dos investidores provocado pela queda de confiança sobre a futura perescpetiva de negócios e pela forte volatidade dos preços das matérias- primas registada, recentemente.
Um outro impacto indirecto da crise, que poderá ter sérias implicações sobre os níveis de investimento público, no médio e longo prazos, é a possível redução dos influxos dos recursos externos oficiais, em relação aos níveis actuais que financiam a maior parte da despesas de investimentos, devido à pressão sobre os orçamentos dos países doadores mais afectados pela crise.
A maior volatilidade dassa taxas de câmbio registada, no último semester como conseqência da crise, poderá, também, ter um impacto potencialmente adverso sobre o valor dos recursos externos que poderá sofrer flutuações imprevistas, dificultando, deste modo, a programação orçamental, em particular, as rubricas de despesas tais como as transferências ao exterior para o cumprimento de quotização em organismos internacionais de que o país é membro, transferências às embaixadas e o serviço da dívida externa.

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