
As obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala, na província de Nampula, no norte de Moçambique, arrancam em Abril próximo.
Esta informação foi avançada hoje pelo porta-voz do Governo, Alberto Nkutumula, no habitual briefing à Imprensa sobre as decisões saídas do Conselho de Ministros.
“Hoje foi homologado o contrato de empreitada para a construção do Aeroporto Internacional de Nacala. Este contrato já havia sido assinado e cabia ao governo homologá-lo. As obras arrancam em Abril”, disse.
Segundo Alberto Nkutumula, as obras, avaliadas em 112 milhões de dólares, serão executadas pela firma brasileira Odebrescht, num prazo de 23 meses, para transformar a actual Base Aérea de Nacala em aeroporto internacional.
As obras prevêem a construção de várias infra-estruturas, incluindo terminais de passageiros e de carga, torre de controlo, repavimentação da pista de aterragem, entre outras, passíveis de colocar o Aeroporto de Nacala à altura das exigências actuais do sector de aviação.
A pista terá um comprimento de 3400 metros, com capacidade para movimentar entre 500 mil e 600 mil passageiros por ano, bem como para acolher aeronaves da classe “D”, nomeadamente “Boeings 757 e 767”.
A transformação daquela pista de aterragem em aeroporto civil vem de alguma forma corresponder aos desafios de desenvolvimento do distrito de Nacala que nos últimos anos tem vindo a receber projectos de investimento, tendo em conta o seu novo estatuto de zona económica especial.
Acredita-se que com a implementação dos projectos previstos, com destaque para a instalação de uma indústria de refinaria de petróleo, aquela região vai movimentar um número considerável de pessoas e bens, daí a necessidade de garantir uma logística apurada no sector dos transportes, sendo que a aviação é tida como determinante nessa componente.
Considerando que a maioria dos turistas provém do hemisfério norte e da região da SADC e tendo em conta o potencial turístico da zona norte do país, o Governo considera Nacala uma das terminais aeroportuárias estratégicas como ponto de chegada e partida de visitantes.
Por outro lado, o Governo acredita que a existência de aeroportos internacionais que funcionem como terminais na zona norte vai igualmente contribuir para atrair empresas de transportes aéreos europeias, norte-americanas e do norte de África, motivadas pelo encurtamento dos tempos de voo e consequente redução dos custos de operações.
(AIM)
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