Entre os seus membros
- A medida visa conter custos em papéis e massificar o uso das tecnologias de comunicação.
O governo de Nampula acaba de tornar obrigatório o uso de correio electrónico para a circulação de documentos entre os membros daquele órgão, medida que, segundo apuramos, visa reduzir os custos financeiros em consumíveis como papel e tintas, gastos nas reuniões de trabalho.
Segundo Filismino Tocoli, governador de Nampula, o recurso ao email ou seja correio electrónico para a troca de informação das sessões do governo provincial entre os seus membros, resulta da constatação de que aquele oferece maior rapidez no fluxo de informações, tem custos extremamente baixos, ao inverso das fotocópias que acarretava o uso de pilhas enormes de papel que, em caso de rectificação, implicava produzir mais - explica Tocoli.
Para além das vantagens acima referidas, constitui objectivo do executivo de Nampula expandir o hábito do uso das novas tecnologias de informação, fazendo, assim, face à resistência ainda patente em alguns funcionários do Estado.
Sabemos que a mudança transporta consigo algumas situações de resistência por parte dos nossos funcionários, para isso achamos que se o exemplo vir do chefe, o subordinado não terá outra alternativa se não aceitar as tecnologias que nos propomos expandir - explicou aquele governante.
A província de Nampula conta com mais de 20 mil funcionários públicos, maior parte destes afectos às zonas rurais, contempladas pela estratégia do governo de massificação das novas tecnologias de comunicação.
Apesar do governador assegurar que, pelo menos, cada sede distrital recorre a um computador para elaboração dos seus documentos e outras disporem de centros multimédia, a verdade manda dizer que o fosso ainda é maior.
A modernização tecnológica depende das infra-estruturas, o que acontece é que existem ainda regiões onde não dispomos de energia da rede pública, concerteza que aí não podemos colocar estes meios informáticos, mas os distritos em que tal é possível, estamos a fazer algum trabalho - disse.
Enquanto isso, outras informações indicam que alguns distritos da província, caso de Angoche, Monapo, Meconta, Nacala-porto e Nampula-Rapale, já efectuam as suas operações contabilísticas e de gestão de património do Estado por meio de SISTAFE, que funciona com recurso a tecnologias de comunicação, processo que se espera seja expandido para outros pontos da província.
O Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), em vigor em Moçambique, visa garantir uma correcta interacção entre os componentes deste sistema, para que o mesmo tenha uma gestão mais eficiente e transparente dos recursos públicos.
Aprovado pelo Parlamento moçambicano em 2002, SISTAFE integra cinco subsistemas, nomeadamente as Orçamento do Estado, Contabilidade Pública, Tesouro Público, Património do Estado, e Controlo Interno.
O combate contra a corrupção constitui parte integrante do esforço permanente em curso, para uma eficaz e moderna gestão de finanças públicas.
WAMPHULA FAX – 26.01.2010
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