Escrito por N.Carvalho e F.M.
…e recorda que muitas pessoas já tentaram processá-lo para ganhar protagonismo, pois “qualquer pessoa que fala metendo meu nome no meio torna-se importante”
(Maputo) O Presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, confirmou no final da semana passada em Nacala Velha, que, de facto, a arma arrancada ao agente da Polícia da República de Moçambique que tinha sido destacado para manter a ordem e segurança nas actividades políticas do MDM, foi encontrada na residência onde encontrava-se hospedado em Nacala Porto.
O líder do maior partido da oposição, justificou o facto argumentando que, a arma foi deixada em sua residência por populares que, depois de arrancá-lo à polícia, tiveram medo de permanecer com aquele instrumento de guerra.
“De facto aconteceu. E nós também admiramos porque vimos populares a trazer a arma. São populares que tinham medo de represálias, chegaram e entregaram me a arma juntamente com o chapéu da polícia. Imediatamente a polícia chegou, nem levou duas horas, e eu disse levem lá. Levaram a arma e se foram. Portanto isso não pode ser motivo para problemas” – disse Dhlakama.
Em relação ao processo criminal que o MDM e Daviz Simango prometeram remeter aos órgãos judiciais contra ele e seu partido, Dhlakama, mostrando-se tranquilo disse apenas que não estava preocupado com aquilo que chamou de ameaça e busca de protagonismo.
Aliás, recordou que muita gente já tentou o processar, dos quais o Presidente do Partido Independente de Moçambique, Yaq Sibindy. Mas, ressalvou Dhlakama, ninguém fez nada porque estavam todos à busca de protagonismo.
Por outro lado, Dhlakama mostrou-se agastado com alegado comportamento de o Movimento Democrático de Moçambique tentar colher em machamba alheia.
“Até o Presidente Chissano nunca foi para um sitio em que sabia que eu estava lá. Mesmo este actual, o Presidente Guebuza nunca chegou a um distrito em que eu estivesse lá. E eu também nunca. Mas como é possível? Se nem estamos em campanha? Ir nas sedes da Renamo recrutar membros? Nao, não pode” - desabafou o líder do ainda maior partido da oposição em Moçambique.
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