A CIDADE e província de Maputo, na região sul, são os únicos pontos do país onde a população dispõe de mínimas condições de subsistência humanamente aceitáveis, com as estatísticas a apontarem para um rendimento diário de cerca de 15 meticais, contra pouco mais de 1.9 meticais de maior parte dos dezanove milhões de moçambicanos.
Xavier Chavana, académico, sustenta que tal situação resulta da concentração, naquela região, de maior parte dos factores dinamizadores do desenvolvimento, incluindo melhores oportunidades de emprego, condições sociais, onde as assimetrias nas áreas atrás referidas, constam como principais causadores, não obstante os esforços do governo para a inversão do cenário.
No seu trabalho de pesquisa, cuja temática versa sobre a estratégia de produção da riqueza e combate a pobreza, ele acredita que uma das saídas para o problema, passa pelo melhoramento do perfil de desenvolvimento das três zonas do país (regiões sul, centro e norte), com a criação de oportunidades idênticas as dos locais acima mencionados.
Fazendo fé nas estatísticas oficiais realizadas, tendo como indicadores o Produto Interno Bruto (PIB) e os índices de desenvolvimento humano, a cidade e a província de Maputo são os que até há cerca de três anos, se mostraram como sendo os únicos pontos deste vasto Moçambique, onde as populações estão num padrão aceitável de subsistência humana, com um rendimento diário de cerca de 15 meticais, seguido dos residentes da cidade da Beira, com 3 meticais, enquanto que os restantes pontos do país, o saldo se situa em 1.9 meticais.
Embora os discursos oficiais assumam a existência de esforços tendentes a inversão do cenário, as pesquisas ao nível macro-regional teimam em avançar que muito terá de ser feito.
Com efeito, na maior parte das províncias do país a população tem os seus rendimentos no sector agro-pecuário, e não terciário, daí os rendimentos serem de proveniência periódica, o que faz com que qualquer esforço de auto-investimento, seja lento e pouco sintomático.
Filimone Wat, técnico de estatística, concorda que, de facto, ao nível da cidade e província de Maputo as pessoas têm maiores
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2 comments:
Bem nao estou contra o desenvolvimento da cidade de Maputo, pois Maputo e' a capital do meu pais. Entretanto e' vergonhoso e nao faz sentido de ouvir que so' numa unica cidade em Mocambique (Maputo) possue condicoes de vida. esta e' a refleccao do socalismo e marxismo que fomos submetidos nosprincipios da nossa independencia, Guerra civil, corrupcao no seio de governo, falta de quadros na administracoa de recursos nacionais, e internacionais, falta de quadros no aparelho estatal e o analfabetismo. Tudo isso!
O maior problema é falta de vontade política para o combate às assimetrias. E os políticos, mesmo que vindo de zonas desfavorecidas, são presos pelo slogan Unidade Nacional que é mais para dizer que sejamos cegos.
Reflictam!
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