A Eletrobras firmou um acordo para construir em Moçambique uma hidroléctrica de 1.500 megawatts (MW) e duas linhas de transmissão de extensão de cerca de 1.500 quilômetros cada uma, disse o presidente da estatal brasileira, José da Costa Carvalho Neto, nesta quarta-feira.
Segundo Neto, os projectos demandarão investimentos totais de 6 bilhões de dólares.
"Uma das coisas que estão a ser estudadas é um financiamento do BNDES. Vamos verificar as condições deles", disse ele, referindo-se ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Há outras empresas interessadas, internacionais, porque é um projecto muito grande. A Eletrobras pode ter até 49 por cento de participação no projecto, mas o mais provável para acontecer é que fique em torno de 30 por cento."
A infra-estrutura apenas está orçada em 2,3 bilhões de dólares e as duas linhas de transmissão em 3,7 bilhões de dólares.
Segundo o executivo, um acordo de confidencialidade já tinha sido firmado entre os dois países ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o projecto vem a caminhando.
Foram firmados acordos de pré-viabilidade e de estudo de viabilidade. "Se tudo passar como esperamos, o projecto vai ser feito, mas ainda falta assinar", disse.
Eles explicou que as empresas envolvidas no projecto, Eletrobras e a Electricidade de Moçambique (EDM), teriam cerca de um ano e meio para avaliar os custos e orçamento, e depois desse período seria assinado um contrato comercial para definir a participação precisa de cada envolvida.
Carvalho Neto acredita que no final do ano que vem o projecto estará pronto para ser executado e a construção levaria de três a quatro anos.
Carvalho Neto informou que recebeu nesta quarta-feira a visita de autoridades do governo de Moçambique e da empresa Electricidade de Moçambique.
Fonte: RM
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