Quatro crianças morreram, no sábado, no distrito de Nacala-Porto, depois de cairem de uma viatura que acompanhava o Primeiro-Ministro, Aires Ali, durante a sua mais recente visita a província de Nampula. Tratam-se de António Amade, Titos João, Afonso João e Watata Muanana, com idades compreendidas entre 10 a 17 anos.
Mesmo tendo conhecimento do sucedido, a comitiva do PM não parou para prestar socorro as vítimas.
As referidas crianças faziam-se transportar num camião, tipo Fretline, de marca Mercedes-Benz com chapa de inscrição MAC 71 – 06, e encontraram morte prematura depois de a viatura que seguia em alta velocidade ter travado bruscamente, tendo sido arremeçados.
A comitiva do Primeiro-Ministro, mesmo depois de ter conhecimento do acidente que vitimou as quatro crianças, não parou tendo os menores sido socorridos por terceiros. Mesmo com o grito de pedido de socorro de outras pessoas que seguiam no mesmo veículo, propriedade de um empresario daquele distrito, optou-se por não parar e nem dar assistência às referidas.
Segundo soube a nossa reportagem no terreno, nem o partido Frelimo e, muito menos, o dono da viatura não se preocuparam em assistir às vitimas. Neste momento, alguns parentes das crianças prepararam-se para pedir esclarecimento junto do partido. O mais caricato o assunto das referidas crianças até ontem (domingo) ainda não teve registo no Comando Distrital de Nacala-Porto.
Campanha eleitoral?
O Primeiro-Ministro esteve, entre sexta-feira e sábado, no distrito de Nacala-Porto com o objectivo de se inteirar das actividades do governo do distrito e do município, além de trabalhos ligados ao partido Frelimo. Mas o que se assistiu em Nacala-Porto não foi mais de uma campanha eleitoral.
Aliás, Aires Ali visitou o bairro de Naherengue onde apelou a população a não escolher outras formações políticas que não seja a Frelimo. “Não se esqueçam de votar no partido Frelimo”, disse.
Naquele comício popular o ponto de ordem era o décimo Congresso do partido Frelimo, tendo-se aproveitado a ocasião para pedir aos empresários locais no sentido de contribuirem em valores monetários.
No encontro com os agentes económicos, membros do partido, funcionários públicos e simpatizantes, o peditório tinha um carácter obrigatório, ou seja, estes ficaram a saber que é obrigatório contribuirem para o congresso.
Fonte: A verdade – 20.02.2012
1 comment:
Gostaria que eu calasse a minha boca mas não aquento. Não entendo como é que uma cometiva de um dirigente máximo de um país não se move em sentimento após de um acidente que vitimou acompanhantes. A atitude da cometiva do Primeiro ministro é inaceitavel numa sociadade de civilização democrática.Não interessa da pressa e dos planos que eles tinham, poderiam parar pelo menos ver e dar atenção as v´timas. Isso seria um gesto de um governo que se interessa do seu povo. Oque eles não entendem é que eles são governantes porque existe o povo e sem o povo não pode governar. Contudo eles interessam do povo mas sim dos negocios partidários, portando sua empresa.
pois partidos Moçambicanos funcionam como empresas . Tudo para dinheiro. Partido + Eleições = Dinheiro. Sim é isso que acontece em Moçambique. Pessoas fundam partidos , se tornam deputados, Ministros apenas para dinheiro não para resolver problemas do povo. Isso tem que acabar! Sinto muito para os pais destas crianças. Na verdade esses dirigentes são igoistas, e não pensam no lugar dos outros apenas eles. Eles não são culpados, e´porque não sabem!!!
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