BLOG DEDICADO À PROVINCIA DE NAMPULA- CONTRIBUINDO PARA UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA EM MOCAMBIQUE

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Saturday, October 15, 2011

DIA DA PAZ E RECONCILICÃO NACIONAL



PARTIDO PARA A PAZ DEMOCRACIA E DESENVOLVIMENTO- PDD

O Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento -PDD saúda a todos os moçambicanos pela celebração do 19. Aniversário da assinatura em Roma, Itália do Acordo Geral de Paz.

Este histórico acontecimento, marcou o fim de 16 anos de guerra civil entre moçambicanos até então divididos, estando de um lado os promotores de um Estado Totalitário assente na ideologia marxista-leninista e extrema repressão das liberdades fundamentais, e doutro, os defensores do mercado livre, direito à propriedade privada e a plena integração na justiça nacional da Declaração Universal dos Direitos do Homem bem como dos demais instrumentos de protecção dos direitos e liberdades fundamentais.

O Acordo de Roma deu início ao processo de construção de uma sociedade assente na paz, liberdade, justiça, harmonia, respeito pelos direitos humanos e o Estado de Direito Democrático.

A Paz assinada em Roma pelo povo moçambicano, não visava apenas o silêncio das armas e outros artefactos de guerra e muito menos um intervalo para de seguida se iniciar uma outra guerra.

Em Roma foi acordado construir um Moçambique unido e próspero no qual reine a igualdade de oportunidades, a primazia da lei, o diálogo, a inclusão e a participação política através de uma democracia efectiva.

A letra e o espírito do Acordo Geral de Paz assinado em Roma entre o Governo de Moçambique e a Renamo a 4 de Outubro de 1992, obtiveram a admiração, a simpatia e o acolhimento do povo moçambicano e de muitos outros povos, nações e organizações amantes da paz no mundo.

O testemunho dado pelos moçambicanos com a assinatura do Acordo Geral de Paz e da sua efectiva implementação trouxe a Moçambique vários políticos, estudiosos e admiradores ávidos em aprender da experiência dos moçambicanos pelos sucessos alcançados.

Não tardou muito que a experiência de Moçambique constituísse referência no Mundo e fosse implementada com a devida adaptação noutros países enfrentando situações similares, ou ainda, seleccionada como tema de relevo em teses de graduação ou pós graduação.

Volvidos 19 anos, o PDD regozija-se pelos ganhos conseguidos por Moçambique e que são frutos da Paz.

Todavia, o PDD lamenta e deplora a insensatez de certos políticos que à luz do dia e perante ecrãs das televisões bem como dos microfones das rádios gritam e clamam pela paz, mas em privado conspiram contra a paz aprovando leis, regulamentos e normas que promovem a exclusão, a discriminação e a repressão de milhões de moçambicanos sob o argumento de que o Acordo Geral de Paz já é um instrumento caduco e fora de uso.

Esta dura realidade mostra que nem sempre a Paz tem amigos e apoiantes, pois são enormes as ameaças à sua preservação.

Ciente destes desafios e tendo presente que são as mentes dos homens que criam as guerras é imperioso que se façam esforços para implantar a paz nas mentes dos homens.

Daqui resulta a urgência de se ensinar a paz e os direitos humanos nas escolas para que as crianças e jovens que não experimentaram os horrores das guerras vividas no país cresçam como verdadeiros embaixadores da Paz em Moçambique. Só desta forma se construirá a Cultura de Paz.

As Nações Unidas dedicaram o dia 21 de Setembro, dia internacional da Paz ao lema”Paz e Democracia: Faça ouvir a tua Voz” numa clara alusão de que, não basta o silêncio e a indiferença, pois algo mais deve ser feito pela permanente conquista da paz.

Moçambique celebra o 19 aniversário do Acordo de Paz, numa altura em que o mundo celebra os 20 anos do fim do Bloco dos Países da Europa do Leste e a abertura aos povos dessas regiões aos ganhos da democracia e da liberdade.

O PDD saúda os povos da Europa do Leste pela sua coragem e determinação pela construção de sociedades mais livres e justas nos seus países e expressa igualmente a sua simpatia pelas transformações em prol da liberdade e democracia que ocorrem no Norte de África designadamente na Tunísia, Egipto e Líbia e que culminaram com o afastamento de líderes que se encontravam no poder entre 20 a 42 anos consecutivos.

A construção da paz durável está estritamente ligada a reconciliação da sociedade e das partes envolvidas em particular dos actores políticos.

Em Moçambique a sociedade não tardou a reconciliar-se e a viver em harmonia.

A classe política governante continua, no entanto, obstinada em construir uma sociedade dividida e orientada para a discriminação política, económica, cultural e social, corroendo deste modo, e por opção própria, a unidade nacional, a harmonia, o prestígio e o sucesso outrora alcançados, como se comprova pelas limitações dos direitos e liberdades fundamentais, exclusão social, falta de respeito pelas leis e pela justiça bem como a multiplicação de células partidárias nas repartições públicas para exercer a vigilância ideológica de funcionários e demais colaboradores.

O PDD apela a todo o povo moçambicano para contribuir de forma resoluta para que a paz e a reconciliação se tornem realidade e não sejam ameaçados e nem postos em perigo no nosso país.

Na óptica do PDD o processo de reconciliação só se tornará efectivo quando incluir todos aqueles moçambicanos que nos anos 60, na flor da sua mocidade, com pouca educação e muita determinação e coragem, fundaram movimentos de libertação visando o alcance da auto determinação e independência, e que em algum momento da sua história foram excluídos e marginalizados devido a divergências de opinião e de estratégia no exercício da sua liberdade de pensamento.

Sob o lema “ PAZ E DEMOCRACIA: FAÇA OUVIR A TUA VOZ” não deixemos que Moçambique entre de novo na espiral de conflitos e guerras que caracterizam muitos dos países em África.

O PDD convida a todos os moçambicanos a se envolverem com afinco na preparação do 20. Aniversário do AGP com a firme convicção de que unidos somos capazes, de construir em Moçambique, um Estado de Direito Democrático, erradicar as desigualdades e as assimetrias, fortalecer a unidade e a identidade nacionais, adoptar como prática corrente a cultura de paz e da democracia.

Feliz Dia 4 de Outubro. Viva a Paz. Viva a Democracia.

Viva o Dia da Paz e Reconciliação Nacional

Maputo, aos 4 de Outubro de 2011

O Presidente

Raúl Manuel Domingos

Fonte: Moçambique para Todos

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