Saturday, September 3, 2011
RENAMO PODERÁ NÃO PARTICIPAR NAS ELEIÇÕES INTERCALARES
03-09-2011 12:15:01
MAPUTO, 03 SET (AIM) – O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, disse Sexta-feira última na cidade de Nampula, Norte de Moçambique, que o seu partido não vai participar nas eleições intercalares nos municípios de Pemba e Cuamba, Norte, e Quelimane, Centro do país.
Dhlakama disse saber o que se pretende na realidade com tais eleições, pois nenhum dos edis em questão teria renunciado a presidência municipal, tratando-se apenas de uma ‘fantochada’ do partido no poder, a Frelimo.
Segundo Dhlakama, desde cedo, o edil de Quelimane, Pio Matos, por exemplo, não constou da lista dos filhos queridos do partido Frelimo e não se pode evocar a gestão ou sua governação como razão da renuncia, porque há municípios mal geridos mas que não foram mexidos.
Adiantou que a ser verdade que se pretende penalizar os presidentes daqueles municípios por mau exercício, a mesma medida devia recair aos presidentes dos municípios de Maputo, Matola e Manhiça, Sul de Moçambique, que, na sua opinião, estão a ser mal geridos, mas porque tal gestão é feita por ‘filhos queridos do partido (Frelimo)’ nada lhes é feito.
DHLAKAMA VOLTA A AMEAÇAR PARALISAR MOÇAMBIQUE
Na mesma Sexta-feira e em conferência de imprensa, Afonso Dhlakama disse que a sua formação esta a preparar uma revolução, alegadamente para paralisar o país o que deverá acontecer até 25 de Dezembro próximo.
Dhlakama, citado pela edição de hoje do Diário de Moçambique, jornal editado na cidade da Beira, Centro de Moçambique, disse que tal revolução visa acabar com a governação da Frelimo, o partido governamental, e Armando Guebuza, actual Presidente da Republica.
Na ocasiao, Dhlakama disse que o seu partido está, nos últimos dias, a incutir este plano nos seus membros de forma a evitar má interpretação e oportunismo.
Segundo Dhlakama o que vai acontecer não é uma manifestação, mas sim revolução porque a mesma visa paralisar todo o país, impedindo que nenhum membro do Governo ou qualquer cidadão saia do seu quintal, culminando com a rendição da Frelimo e Guebuza.
Ele disse que a única via de evitar que haja revolução no país é o diálogo para o qual se afirma disposto, sustentando que ele é defensor da paz, democracia e bem-estar de todos, sendo por isso que aceitou a ‘humilhação’ ao longo de todos estes tempos.
Dhlakama referiu que após a assinatura do acordo de paz, a 04 de Outubro de 1992, Moçambique entrou para uma etapa política de referência em resultado da postura aberta ao diálogo do ex – Presidente Joaquim Chissano, mas que alegadamente veio a mudar com a eleição de Armando Guebuza.
A dado passo, ele explicou que não pretende assaltar o palácio da Ponta Vermelha, mas sim pressionar a Frelimo a abandonar o poder e seguir-se a instalação de um Governo de transição que em dois anos terá a missão de organizar eleições.
Fonte:(AIM)
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