Numa terca-feira, penso que foi no dia 6 do corrente mês, acompanhei os discursos de Afonso Dhlakama e Edson Macuácua, pela Rádio Mocambique. Por sinal Macuácua já estava também em Nampula. Eu fiquei sem levar a sério o que podia constituir ameaca de Dhlakama. A mim, o suposto aquartelamento de ex-guerrilheiros da Renamo, é a única coisa que podia pensar ser um perigo criado por Afonso Dhlakama, mas não acredito que isso vai acontecer. Entretanto fiquei desiludido como fico muito mais agora pela incapacidade da Frelimo, na pessoa pessoa de Edson Macuácua, em não ver ou querer ver o que pode criar guerra em Mocambique. Fico muitíssimo desiludido quando voltam à táctica dos anos 70 e 80 que em nada surdiram. É isso que Afonso Dhlakama aproveita e diz ou pelo menos naquele dia disse claramente. Afinal, Dhlakama está apenas a explorar o sentimento dos mocambicanos, incluindo os forcados a portar o cartão vermelho por questões de sobrevivência. Quanto ao resto, só Dhlakama e Chissano e Renamo e Frelimo sabem o que tinham combinado em Gaberone e Roma, até porque alguns dos consensos são à custa dos vítimas dos dois beligerantes.
Não vejo o efeito do discurso de Dhlakama a não ser que alguém venha me provar. Repito, o que ouvi de Dhlakama naquela reportagem da RM é que ele explora o sentimento popular, fazendo apenas previsões. Por exemplo, a partidarização do país é o que ele tocou. Eu considero este assunto de uma solução que está nas mãos da Frelimo como partido no poder e que não se negocia com nenhum partido. Os problemas que possam criar instabilidade em Moçambique estão sendo todos os dias a serem apontados por cidadãos de boa fé, mas infelizmente, não há resposta por parte de quem tem o dever de respondê-los.
Há que reconhecermos que quando houve manifestacões em Maputo e Matola, Dhlakama estava ainda fechado em Nampula. Que Dhlakama não é quem agitou no Norte de África.
Leiam e escutem o MARP e outros cidadãos de bom senso para evitar instabilidade em Mocambique. Manifestacões contra-manifestacões só aticam guerra.
Fonte: Reflectindo
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