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Thursday, July 1, 2010

O governador de Inhambane circula na “contra mão”

O governador de Inhambane, Agostinho Abacar Trinta, abandonou a 14 de Junho passado, o seu gabinete de trabalho para ir orientar uma sessão do Conselho Municipal alargada aos membros da assembleia no município de Inhambane. Esta acção de Agostinho Trinta deixou boquiabertos os presidentes do Conselho e da Assembleia municipais, Lourenço Macul e Francisco Maoze, face a tamanha vergonha de usurpação de poder que lhes foi instituído por voto.
Segundo MAGAZINE, cidadãos que falaram sobre esta acção flagrante de violação de Agostinho Trinta, até disseram que este governador não está informado sobre o conceito de órgãos eleitos a nível de autarquia, porque de contrário, não teria feito o que fez. “Deixar de fazer o que é da sua competência, que até faz erradamente, ir a um município, dirigir uma sessão com órgãos que estão lá por via de voto, é no mínimo, uma aberração total. E o presidente da República deveria chamar atenção a este senhor, porque está a circular na contra mão e desconhece as hierarquias de um Estado de direito; logo, nem podia chegar a governador de província”, disseram com contundência.

Outros ainda comentaram que “os membros desses órgãos que são eleitos, não deveriam participar naquela sessão porque uma sessão do Conselho ou da assembleia municipais, é convocada por órgão eleito ou competente e não por um governador. Ademais, um governador, que no caso do nosso País, nem se quer obedece o modelo democrático para a sua indicação, porquanto não é por voto”. Caricato é que na sessão municipal orientada pelo governador, este até chumbou (acompanhado pelo seu colectivo de directores provinciais) o plano de actividades do Conselho municipal, sob alegação de que não reflectia o fundo das inquietações populares, apesar de ser inspirado no manifesto eleitoral do presidente do Conselho municipal. Trinta contestado
De acordo com o jornal MAGAZINE desta semana, a população reassentada em Mahave no distrito de Govuro, está triste com o governador de Inhambane, Agostinho Abacar Trinta, por não ter realizado um encontro popular em Mahave, para auscultação das suas queixas no centro de reassentamento.
Quando Agostinho Trinta visitou Govuro, apenas entrou em Mahave para visitar uma adolescente chefe de familia e nada mais, mesmo vendo famílias vivendo ao relento, na sequência das casas que o INGC deixou inacabadas em 2008, sem explicação plausível. Os reassentados ora tristes com Agostinho Trinta, são 17.225, correspondentes a 3.445 agregados familiares, cifra que a vila de Nova Mambone não tem; daí que em resposta a uma directiva central, no centro de reassentamento das populações vítimas das cheias em Mahave, vulgo km 18, foi investido um chefe do posto administrativo, passando a ser aqui, a sede da localidade de Nova Mambone. Para flexibilizar esta decisão, o Governo central, mentor da iniciativa, desembolsou um valor na ordem de 3 milhões de meticais, com o qual se deveria juntar a parcerias, para a construção de 800 casas nos talhões ali parcelados, até Outubro de 2009. Porém, quando Agostinho Trinta visitou Govuro, não questionou ao INGC as razões da falta de cumprimento desta decisão, muito menos o destino dado ao valor em causa.
António Zacarias
DIÁRIO INDEPENDENTE – 01.07.2010

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