aldeia olímpica, que vai albergar os atletas dos X Jogos Africanos, considerados como as "Olimpíadas africanas", começou hoje a ser construída no Bairro do Zimpeto, arredores de Maputo, um projecto financiado na totalidade por Portugal.
O arranque das obras, orçadas em 114 milhões de euros e que serão executadas pelas construtoras portuguesas Mota Engil e Soares da Costa, foi marcado por um acto simbólico de lançamento da primeira pedra pelo ministro da Juventude e Desportos moçambicano, Pedrito Caetano, na presença de membros do Governo e corpo diplomático, incluindo o embaixador português em Maputo, Mário Godinho de Matos.
A aldeia olímpica vai ocupar 15 hectares, onde serão construídos 136 edifícios para os 848 apartamentos que vão alojar os cerca de 4000 membros de apoio e 6000 atletas esperados para os X Jogos Africanos, a realizar em Setembro de 2011.
Além dos apartamentos para acomodação, será também erguido um pavilhão multiusos, uma piscina olímpica e outra para treino, um campo de ténis e um campo de treino para futebol, tendo em conta que as partidas desta modalidade serão disputadas no Estádio Futebol, que já está em fase final de construção na mesma área.
Falando à imprensa, o representante da Mota Engil no empreendimento, José Zilhão, queixou-se do "tempo curto da obra", apenas 13 meses, mas garantiu que "os empreiteiros têm a convicção de que até Junho a obra será entregue, apesar da ansiedade provocada pelo constrangimento do tempo".
José Zilhão afirmou que a aldeia olímpica terá o equivalente a um quarto das obras edificadas em Lisboa para o Euro 2004.
"Não temos em Portugal uma aldeia como a que será erguida aqui, em termos de aglutinação de tantas estruturas desportivas com tanta polivalência, mas isto é só um quarto do que foi feito em Lisboa para o Euro", sublinhou o representante da Mota Engil.
O ministro da Juventude e Desportos moçambicano apontou Portugal como "um parceiro estratégico e preferencial neste projeto de grande envergadura, que vai tornar os X Jogos Africanos nos maiores jamais realizados no continente".
O embaixador português em Maputo mostrou-se satisfeito com o facto de o seu Governo e empresas portuguesas se associarem a um "empreendimento de uma envergadura que vai aumentar o prestígio de Moçambique no plano africano e no mundo".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 28.05.2010
NOTA:
"Um projecto financiado na totalidade por Portugal".
Fico contente por Moçambique. Mas os portugueses sabem disto? São 114 milhões de euros. E Portugal está em crise? Quem diria!
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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