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Tuesday, May 27, 2008

África do Sul/Violência: Mais de 29 mil moçambicanos fogem de ataques xenófobos - Governo

Maputo, 27 Mai (Lusa) - Mais de 29 mil moçambicanos, que escaparam dos ataques xenófobos na África do Sul, regressaram ao país, contra 27.234 que haviam sido contabilizados até segunda-feira, segundo um novo balanço governamental hoje divulgado.

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Segundo o director nacional adjunto do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Casimiro Abreu, este número representa as entradas registadas nos postos fronteiriços de Ressano Garcia, Goba e Namaacha, na província de Maputo, sul, desde o início dos ataques de cariz xenófobo no passado dia 11.

Abreu indicou que deste total, 26.899 moçambicanos voltaram por meios próprios, enquanto 2.525 regressaram com auxílio do governo, que pagou transporte para as vítimas de xenofobia naquele país vizinho.

O número de moçambicanos mortos mantém-se em oito, das mais de 50 vítimas mortais de várias nacionalidades na perseguição contra imigrantes na África do Sul, protagonizados por grupos de vigilantes.

Aquele responsável afirmou que a violência xenófoba tende a reduzir, depois de as autoridades sul-africanas terem destacado novos reforços policiais nas ruas das principais cidades e dos bairros periféricos, onde a violência ocorre.

Contudo, o número de imigrantes moçambicanos que entram no país, fugindo aos ataques xenófobos "deverá aumentar", segundo o director-adjunto do INGC.

O governo de Maputo continua a manter contactos com o executivo de Pretória no sentido de acabar com a violência naquele território, onde residiam milhares de cidadãos moçambicanos de diversas províncias do país.

O presidente da Assembleia da República de Moçambique, Eduardo Mulembwé, assegurou que aquele órgão legislativo moçambicano vai pedir às suas congéneres da África Austral para pressionarem as autoridades sul-africanas a tomarem medidas para acabar com a violência xenófoba, de modo a "não minar os esforços da integração regional em curso na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral".

Uma equipa do Ministério do Trabalho de Moçambique deslocou-se à África do Sul para manter contactos com os responsáveis pela empresa mineira de East Rand Property Mines, localizado na região sul-africana de Boksburg, arredores de Joanesburgo, no sentido de regularizar a situação dos 708 mineiros moçambicanos que lá trabalham.

Uma nota do Ministério do Trabalho de Moçambique hoje divulgada em Maputo sublinha que os referidos mineiros tiveram que pedir protecção da polícia devido aos ataques xenófobos contra estrangeiros.

Outros 190 moçambicanos que trabalham na mina de J.C Gold Mine, na zona de Primrose, foram dispensados do trabalho até à normalização da situação, depois de uma tentativa de assalto da mina na madrugada de domingo, indica a nota do Ministério do Trabalho.

MMT.

Lusa/Fim

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