BLOG DEDICADO À PROVINCIA DE NAMPULA- CONTRIBUINDO PARA UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA EM MOCAMBIQUE

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ALL MENKIND WERE CREATED BY GOD AND ARE IQUAL BEFORE GOD, AND THERE IS WISDOM FROM GOD FOR ALL

Wednesday, December 21, 2011

Conselho Municipal de Nampula destrói barracas, lojas e residências

Numa clara violação dos direitos dos cidadãos, o Conselho Municipal da cidade de Nampula iniciou esta segunda-feira a destruição de casas, lojas, barracas alegando serem construções ilegais e por violarem a postura camarária ao nível da urbe.

O cidadão Kande Kamissoko, de nacionalidade maliana, um dos lesados, promete levar o caso as barras do tribunal por terem destruído a sua barraca, construída em 2000, e com licenças pagas até ao mês de Dezembro. Ontem sendo o primeiro dia deste mês de Dezembro, foram destruídas seis barracas no famoso mercado dos bombeiros, onde maioritariamente operam estrangeiros oriundos da região dos grandes lagos, escadas da futura agência do Millennium bim e o super mercado África Comercial, estas últimas duas construídas entre o mês de Setembro a Outubro e com licenças assinadas pelo presidente do Município de Nampula, Castro Sanfins Namuaca, não se sabendo como se assina um processo que de princípio viola a postura municipal. Um dos exemplos é do processo 16800, com a licença numero 25840, com a datada aos 29 de Agosto de 2011, pertencente ao senhor Latifo Ismael Latif, cujo técnico é o senhor Chalé Juma, com um despacho do presidente do município.

A outra licença pertence ao senhor Kande Kamissoko, com uma licença de construção assinada pelo presidente do município aos 29 de Agosto de 2007. Estes dois casos são exemplo da violação dos direitos dos cidadãos que o município tem vindo a perpetrar sob ponto de vista que todos documentos são assinados e há um grupo de fiscais que todos os dias se fazem no terreno para detectar irregularidades e se agir de imediato.

Aliás, no caso de Kande Kamissoko, construiu a sua barraca nos anos de 2007, e de lá para cá tinha vindo a funcionar e a pagar todas as taxas exigidas pelo município, mas que nesta segunda feira viu a sua barraca a ser destruída pelo município. O mais espantoso é de que na mesma fileira onde foram destruídas seis barracas há mais 16 com as mesmas características, mas que o vereador do município para a área de Urbanização e Finanças disse não fazerem parte do lote das barracas agendadas para a sua destruição, o que logo permite comentar a existência de questões ainda para investigar.

Segundo apurou o nosso jornal, a verdade manda dizer que neste processo de destruição de casas, barracas, lojas ilegais há lei para alguns e os outros não. Entretanto o vereador da área de Planificação Finanças e Urbanização, António Machava, em entrevista a jornalistas afirmou que a destruição destes edifícios é resultado de vários trabalhos aturados sobre a lei municipal.

“Estamos a destruir casas, barracas, lojas e outras construções que violam a postura camarária, e as construídas ilegalmente”, disse o vereador Machava Machava disse ainda que todos que se sentem lesados com o serviço por eles realizados é permitido recorrer.

Fonte: VERDADE - 20.12.2011

Wednesday, December 14, 2011

Zuma, ministros e empresários em Maputo: Moçambique e RAS alargam cooperação



MOÇAMBIQUE e África do Sul assinaram sete acordos visando tornar mais dinâmica a cooperação política, governamental e empresarial e insuflaram oxigénio em acordos anteriores, cuja implementação não tem sido efectiva. Os instrumentos jurídicos rubricados abrangem o estabelecimento de uma Comissão Bilateral de Cooperação, Consultas Diplomáticas Regulares, Florestas e Indústrias, Segurança Marítima, Comunicações, Coordenação de Frequências de Bandas e Programa de Acção de Cultura e Artes para o período 2012/2014.

Maputo, Quarta-Feira, 14 de Dezembro de 2011:: Notícias
A assinatura dos acordos enquadra-se numa visita de Estado de dois dias que Jacob Zuma está a efectuar ao nosso país desde ontem. O estadista sul-africano faz-se acompanhar nesta deslocação por uma delegação que integra 10 ministros, diversos oficiais seniores do Governo e 80 empresários.

A assinatura daqueles acordos foi antecedida de um encontro “tête-a-tête” entre os Presidentes Armando Guebuza e Jacob Zuma e de conversações oficiais de alto nível.

Na ocasião, Guebuza caracterizou o actual estágio de cooperação entre os dois países como sendo excelente, ao mesmo tempo que reafirmou o compromisso de Moçambique em incrementar o relacionamento bilateral com a África do Sul.

“Esperamos também que identifiquemos formas de aumentar o interesse dos nossos empresários em explorar o potencial que o nosso relacionamento político-diplomático oferece e de participarem, assim, no desenvolvimento social e económico dos nossos dois países”, disse.

Por seu turno, o estadista sul-africano, Jacob Zuma, manifestou-se igualmente satisfeito com o relacionamento existente entre os dois países que, na sua óptica, cobre uma vasta área de cooperação.

Falando numa conferência de Imprensa no final da assinatura dos acordos, a Ministra das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Maite Koana-Masabane disse que com o memorando sobre o estabelecimento da comissão bilateral de cooperação, por exemplo, estão criadas as condições para a operacionalização de cerca de 60 acordos existentes entre os dois países, alguns dos quais em situação pendente.

“O acordo sobre consultas diplomáticas regulares que também rubricamos, enquadra-se no nosso esforço de consolidação da agenda africana”, afirmou Maite Koana-Masabane.

Na mesma oportunidade, foi tornado público que a África do Sul é o maior investidor em Moçambique, sendo igualmente o principal parceiro comercial do nosso país.

Ainda ontem, Zuma participou numa cerimónia de deposição de coroa de flores no monumento aos Heróis Moçambicanos, para além de ter recebido a chave da cidade do Maputo.

Hoje, último dia da visita, o estadista sul-africano irá participar num seminário empresarial entre Moçambique e África do Sul, para além de se deslocar à Assembleia da República.

Fonte: Moçambique P/Todos

Monday, December 12, 2011

Quatro polícias na mira da expulsão, acusados de terem feito campanha a favor do MDM em Quelimane

Quatro agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Zambézia, em particular a trabalharem na cidade de Quelimane, vão responder por um processo interno porque acusados de terem feito campanha eleitoral pelo candidato vencedor das últimas eleições autárquicas intercalares, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Manuel de Araújo.

Fontes que forneceram essa informação ao jornal Diário da Zambézia avançaram que um dos agentes envolvidos nesta acção é o antigo comandante distrital da PRM em Nicoadala, que conhecemos apenas por Bispo.

De acordo com as mesmas fontes, estes agentes, para além de serem acusados de terem feito campanha, não no período laboral, vão pagar também a factura de os seus familiares terem trajado material de campanha do vencedor das eleições. Num outro passo, ficamos a saber que um destes quatro agentes, havia sido preso, mas depois ficou liberto.

Agentes entregam fardamento

Para além do processo disciplinar que está a correr contra estes quatro agentes da PRM, que também podem ser expulsos, os mesmos foram obrigados a entregar o uniforme policial que tinham em sua posse como instrumento de trabalho.

Quando o Diário da Zambézia contactou um dos agentes envolvidos neste caso, este disse que de facto “a chefia disse para entregar o uniforme e tudo aquilo que eu tinha da polícia”. Questionado se de facto ele havia sido encontrado com algum material do MDM, entrevistado negou tal facto, mas sublinhou que “eu não usei material, quer de um quer do outro por causa da minha profissão, mas então, se a minha família usou, qual é o mal?” - questionou o agente visivelmente chocado.

Num outro passo, a mesma fonte policial fez saber que esta acção dos seus superiores só visa intimidar, visto que eles próprios, neste caso, a chefia, tem familiares que usam material de campanha do partido no poder.

Porta-voz não confirma nem desmente

A informação de que os quatro agentes da polícia estão na mira da expulsão é do consumo público na cidade de Quelimane, dai que para confrontar a matéria dos factos, fomos ouvir a parte protagonista, neste caso, o Comando Provincial da PRM. Ernesto Serrote é o porta-voz da corporação.

Quando o DZ perguntou sobre este assunto, Serrote limitou-se em dizer que este caso é interno, dai que não confirmava. Mesmo com argumentos esgrimidos, Serrote continuou a dizer que não podia falar nada em volta disso. Aliás, disse ele que não confirmava nem desmentia, deixando claro que algo não está bem no seio da polícia.

Recorde-se que a polícia foi tida, neste processo eleitoral, que culminou com a eleição esmagadora do Manuel de Araújo para o cargo de edil de Quelimane, como sendo a que péssimo trabalho prestou.

Fonte: DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 12.12.2011

Sunday, December 11, 2011

Quelimane deve sair do buraco em que se encontra encravado

Encerrando o que considera de uma era de 36 anos de falta de recursos

promete edil eleito, Manuel de Araújo, do MDM, que pretende trabalhar “com todos, sem discriminação”

O presidente eleito da autarquia de Quelimane, Manuel de Araújo, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), anunciou quinta-feira, após o anúncio oficial dos resultados do apuramento intermédio das eleições intercalares da passada quarta-feira, em que venceu com uma margem folgada de 62.7 por cento dos votos, ser prioridade do seu executivo tirar aquele município “do buraco em que se encontra encravado e assim acabar com uma era de 36 anos de falta de recursos”.

Naquela que foi a sua primeira comunicação oficial após o anúncio dos resultados do escrutínio e sem indicar a origem dos investimentos, Araújo reconheceu que o desafio que tem pela frente é grande, mas convidou todos os munícipes, sem excepção, para uma gestão participativa.


“Portanto, não me resta mais nada senão agradecer os munícipes de Quelimane e convidá-los a juntos podermos gerir este município, porque o desafio que temos pela frente é muito grande”, declarou, acrescentando que “foram 36 anos de falta de recursos para este município e então vamos ter que arregaçar as mangas a partir de agora e começarmos a trabalhar para tirar Quelimane do buraco em que se encontra”.
Para o sucesso do plano de governação autárquica, Manuel de Araújo explicou que “vamos constituir uma equipa forte para podermos trabalhar juntos. Porque eu acho que vamos precisar do esforço de todos os munícipes de Quelimane. E aqueles que trabalharam no município, todos vão ser convidados para dar a sua mão. Nós não vamos discriminar ninguém. Quem estiver em condições e quem quiser trabalhar connosco, terá o seu lugar”.
Admitiu que “é lógico que haverá algumas mudanças, mas não serão, pelo menos a breve trecho, mudanças muito radicais, porque o que queremos é aproveitar a experiência que existe para podermos avançar. Aliás, costuma-se dizer que onde estiver um gigante, o melhor é subir nas costas desse gigante para poder ver mais longe. E nós estamos preparados para podermos trabalhar com eles, desde que haja boa fé, desde que haja honestidade, desde que haja boa vontade”.
A uma pergunta de insistência sobre a proveniência dos fundos, o eleito edil de Quelimane acabou por dizer “claro que há uma luz verde. Acho que o primeiro acto que vamos ter após a tomada de posse vai ser um acordo de gemelagem com o município da Beira. Já temos isso em manga e já discutimos os pormenores e logo que tomarmos posse vamos assinar esse memorando de gemelagem com o município da Beira”.
Acrescentou que “também temos em manga várias outras gemelagens com municípios da África Austral, da Europa e de outros cantos do mundo. Portanto, estes vão ser os primeiros passos”.

COFRES VAZIOS?

Depois de admitir que outro primeiro desafio será “conhecer a casa”, numa referência à gestão efectiva da autarquia, ele alertou que “esperamos que não aconteça aquilo que aconteceu no município da Beira, quanto o presidente Daviz (Simango) tomou posse e encontrou os cofres vazios. Portanto, é uma experiência que me tem sido transmitida pelo presidente do município da Beira”.
Manuel de Araújo revelou que há mais de três semanas visitou o município da Beira, onde teve encontro com todos os vereadores e depois de explicações pôde compreender os desafios que enfrentaram quando tomaram a posse.
Sobre a eventualidade disso acontecer em Quelimane, Araújo respondeu: “Eu não receio. Dizem que um homem prevenido vale por dois. Se isso acontecer, vamos ter o plano B que é para começarmos a trabalhar. Espero que isso não aconteça porque deve haver transparência e deve haver boa fé. Eu penso que tanto o tio Afonso (presidente da Assembleia Municipal) como Pio Matos (presidente demissionário do Conselho Municipal) não são pessoas capazes de fazer isso. Eu tenho fé. São pessoas que gostam e amam Quelimane”.
O agora eleito edil de Quelimane revelou também que algumas equipas por si constituídas estão já a trabalhar em vários “dossiers” e que só estão à espera da marcação da data da tomada de posse para atacarem os principais problemas da autarquia.

NOVO CONTRATO SOCIAL

O facto de o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) ter conseguido colocar o seu candidato na presidência do município de Quelimane sem nenhum membro na respectiva Assembleia Municipal não deixa de constituir um desafio e Manuel de Araújo reconhece que “é lógico que vai ser um constrangimento, mas nós já começamos a trabalhar com alguns vereadores, neste momento a título individual, tanto os da bancada da Frelimo como os da Renamo, e alguns deles mostraram-se abertos em trabalhar connosco. Agora, o que vamos fazer é manter encontros formais com as chefias das bancadas, mas do ponto de vista individual mostraram-se disponíveis”.
Uma outra pergunta colocada ao eleito edil de Quelimane é se ele e seu partido precisariam de pacto político para viabilizar a sua governação municipal, ao que respondeu: “Nós precisamos de um contrato social com os munícipes. O novo contrato social deve ser conseguido com as forças vivas representativas deste município”.
Sobre como isso será possível sem nenhum representante do MDM no órgão deliberativo autárquico, Manuel de Araújo defendeu que “eu parto para um mandato de dois anos, em que não tenho nenhum membro na Assembleia Municipal e quando eu concorri sabia disso e vai ser com muita humildade e foi com muita humildade que os contactei, alguns por minha iniciativa e outros por iniciativa deles”.
A terminar, o novo homem forte no município de Quelimane justificou que, “portanto, eu acho que existe espaço para nós podermos trabalhar”.

Fonte: DIÁRIO DE MOÇAMBIQUE – 10.12.2011

Saturday, December 10, 2011

Retiring is an act of “cowardice” says Mugabe




On December 10, 2011 · In News ..


BULAWAYO (AFP) – Zimbabwean President Robert Mugabe said Saturday that he has no intention of retiring, saying doing so would be an act of “cowardice.”

“Sometimes the call comes (to retire). It will be wrong, completely wrong when the West is keeping us under sanctions.

It would be an act of cowardice, I am not a coward, no matter what the West might say,” Mugabe told over 4,000 ZANU-PF supporters as he closed the ruling party’s annual conference.

“I am lucky that God has given me longer years than others to be with you. I will not let you down,” he added.

Mugabe who has ruled Zimbabwe since independence in 1980 bemoaned factionalism in his ZANU-PF party, calling on his supporters to unite to win elections next year.

“All the provinces have factions, there is none without factions. I don’t want to mention names here,”he said.

Mugabe again called for elections in 2012 saying his current coalition government with his rival Morgan Tsvangirai as prime minister is unworkable.

“That is why we are saying that that this creature (unity government), this inclusive government must now see its death. It must come to an end, and we must dig its grave,” Mugabe said.

“Let us now start preparing for elections.”

The veteran leader, who will turn 88 next year, thanked his supporters for endorsing him as their candidate for the upcoming election, for which no date has been set.

“I will try my best to continue to work as vigorously as I have done,”he assured them.

Source:Vanguard news

Dhlakama abraça Daviz Simango

A RENAMO, o principal partido da oposição em Moçambique, liderado por Afonso Dhlakama, feli­citou ontem, quinta-feira, o Movimento Democrático de Moçambique, de Daviz Simango, pela vitória do seu militante, Manuel de Araújo, na eleição intercalar desta quarta-feira no município de Quelima­ne, a capital da província central da Zambézia.


A conferência de dados/votos, feita logo após à eleição, dá como virtual vencedor Manuel de Araújo, candidato do terceiro maior par­tido da oposição moçambicana, o Movimen­to Democrático de Moçambique (MDM), na eleição para a presidência de Quelimane, cen­tro do país. enquanto isso, nas autarquias de Pemba e Cuamba, a vitória foi para Frelimo, tradicional vencedor em pleitos do género.

Comentando esta quinta-feira em torno da vi­tória do MDM, partido que resultou de uma cisão na RENAMO, na quarta maior cidade do país, o porta-voz, Fernando Mazanga, do principal partido da oposição congratulou-se com o resultado da eleição em Quelima­ne, Zambézia, considerando-a “histórica”.

“É uma vitória histórica, porque, depois da Beira, a FRELIMO perde Quelimane. Isto é uma mensagem de que o povo está cansado de ser governado pelas mesmas pessoas e quer novas soluções”, afirmou Fernando Mazanga, referindo-se ao domínio da vida política nacional pelo partido no poder, desde a independência do país em 1975. Segundo Fernando Mazanga, a vitória do MDM em Quelimane vai galvanizar os eleitores de outros pontos do país a acreditar na mudança nas eleições autárquicas de 2013 e gerais de 2014.

“O que se passou em Quelimane é um rastilho, porque quando queima uma palhota as mais próximas também queimam”, observou o porta-voz da RENAMO, aludindo à possibilidade de mais municípios votarem nos partidos da oposição nos próximos pleitos eleitorais. Apesar da vitória do MDM num município onde a RENAMO tem conseguido bons resultados nas eleições gerais, Fernando Mazanga realçou que o seu partido não está arrependido por ter boicotado as eleições intercalares, porque essa decisão evitou que Quelimane continuasse nas mãos da FRELIMO.“Se a RENAMO tivesse concorrido, a FRELIMO teria apurado o faro de fraude, porque a FRELIMO encara-nos como inimigos e não como adversários políticos. As tropas governamentais comandadas pela FRELIMO e a ex-guerrilha da RENAMO travaram um sangrento conflito armado durante 16 anos, que terminou com a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992. (Viviana Castelo)

Fonte: PUBLICO – 09.12.2011

Thursday, December 8, 2011

Inédito: Guebuza e Dhlakama reuniram-se em Nampula



O Presidente da República, Armando Guebuza, reuniu-se hoje, na cidade de Nampula, norte de Moçambique, com o líder da Renamo, o maior partido da oposição no país, Afonso Dhlakama.

O encontro realizou-se a pedido de Dhlakama e é o primeiro em privado desde que Guebuza tomou posse como Chefe de Estado em 2005.

No fim do encontro, Dhlakama, que fixou residência em Nampula em 2009, disse a jornalistas que foram discutidos vários assuntos de indole politico, social e económico.

“Acabei de falar com o Presidente da República, que ao mesmo tempo é Presidente da FRELIMO, sobre aspectos que afectam o país ao nível político, económico, social e democrático, reconciliação nacional neste país”, disse.

Dhlakama considera que a conversa 'foi boa porque o Presidente da República ouviu e tomou nota sobre todas as questões tratadas, tendo se chegado ao consenso de criar equipas de trabalho que vão tratar dos assuntos que preocupam a Renamo'.

Afirmou que houve consenso de que vai haver grupos de trabalho constituídos por representantes da Frelimo e da Renamo que irão prosseguir com diálogo para resolver problemas do país.

“Vai haver um grupo de trabalho para continuar o diálogo entre a Frelimo e a Renamo porque há agenda que deve ser esgotada. Temos tido problema de fraudes em Moçambique e é preciso parar com isso porque não podemos continuar a chamar Presidente da Republica a pessoas que ganham na base de enchimento de urnas. Tive coragem de lhe dizer para pararmos e criarmos uma base para a democracia', disse Dhlakama.

'Falei-lhe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, sabe que a Renamo meteu os seus homens após o Acordo Geral de Paz e a Frelimo já retirou os nossos oficiais todos e só ficaram lá os da Frelimo. Os da Renamo que ficaram lá são usados apenas como ajudantes dos comandantes da Frelimo. Isso não pode acontecer e tem que mudar', detalhou.

Dhlakama acrescentou que também falou com o Presidente Guebuza sobre a alegada partidarização do Aparelho do Estado.

'Para ser professor do ensino primário é preciso ser membro do parido Frelimo e isto tem que mudar porque o país tem intelectuais que estão a estudar mas estão a abandonar o país porque não querem ser políticos, porque para continuarem a trabalhar devem ser do partido. E tem que haver uma acção de despartidarização nas escolas, hospitais, tribunais e até nas empresas privadas”, referiu.

A questão dos mega-projectos também constou na lista dos assuntos debatidos entre Guebuza e Dhlakama, segundo este, uma vez que a Renamo considera que só beneficiam os membros da Frelimo.

“Os mega-projectos só vão para a Frelimo e seus membros quando vocês, os outros moçambicanos e eu também queremos virar empresários”, disse.

No encontro, Dhlakama disse que também falou-se das eleições, particularmente no que se refere à revisão do pacote eleitoral, a composição dos órgãos de administração eleitoral e das mudanças que, na perspectiva da Renamo, devem ser revistas para conferir mais transparência e credibilidade aos processos.

“Falamos muito de fraude. Há discussão da revisão da lei eleitoral e não há consenso porque a Frelimo quer manter o artigo 85 que oficializa a fraude. O artigo diz claramente que conta-se aquilo que foi encontrado na urna, o que quer dizer que se as pessoas nao foram votar num determinado posto de votação, mas abrindo a urna e forem encontrados um milhão de votos eles são reconhecidos. É preciso se chegar a um acordo neste aspecto e mudar as coisas”, defendeu.

“O Secretariado Técnicio de Administração Eleitoral (STAE) é um órgão importante de apoio da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que prepara todo o processo eleitoral, mas é composto só por membros da Frelimo disfarçados em funcionários do Estado. Nós dizemos que não devemos partidarizar os órgão de administração eleitoral e se os funcionários são todos membros da Frelimo temos que despartidarizar o Aparelho do Estado para que estes órgãos desempenhem o seu papel”, argumentou o líder da Renamo.

Apesar deste encontro, em que a Renamo foi apresentar as suas preocupações ao Chefe de Estado, Dhlakama insiste que as manifestações ainda podem acontecer no país neste mês de Dezembro.

“Pode haver manifestações sim. Neste encontro não se acordou o fim das manifestações. Se até lá as coisas desenvolverem bem... Estes encontros são para chegar a um acordo e as manifestações são uma forma de fazer pressão para a Frelimo aceitar o que nós queremos”, declarou.

Dhlakama manifestou-se satisfeito com a abertura do Presidente da Republica e disse acreditar que este encontro vai produzir bons resultados.

'Está é a primeira vez que conversamos e tiramos fotografias', disse.

De referir que o Chefe do Estado mocambicano, Armando Guebuza, já convidou o líder da Renamo para alguns encontros aos quais Dhlakama preferiu não comparecer.



Fonte:(RM/AIM)

2011

MAPUTO, 08 DEZ (AIM) – Os resultados parciais das eleições intercalares realizadas Quarta-feira última em três cidades moçambicanas apontam para uma provável vitória dos candidatos da Frelimo, o partido no poder, em Pemba e Cuamba, e do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na oposição, em Quelimane.


Dados avançados na manhã de hoje pela Rádio Moçambique (RM), a emissora pública nacional, são ainda parciais, mas fazem referência a mais de 80 por cento do total das mesas de votação que estiveram abertas durante este processo eleitoral que resultou da resignação dos anteriores edis antes do fim dos seus mandatos em 2013.


Os resultados apurados em 72 das 94 mesas de votação do Município da Cidade de Pemba, a capital da província nortenha de Cabo Delgado apontam para uma vantagem do candidato da Frelimo, Tagir Carimo, com 10.256 votos, contra 1.420 votos do candidato do MDM, e 188 do concorrente indicado pelo Partido Humanitário de Moçambique (PAHUMO), tambem da oposicao extra-parlamentar.


Em Cuamba, os resultados também apontam para uma vantagem do candidato da Frelimo, Vicente Lourenço, com 3.138 votos obtidos em 39 do total de 53 mesas de voto que estiveram em funcionamento, contra 1.796 votos da candidata do MDM, Maria Moreno.


Entretanto, em Quelimane, os resultados indicam uma larga vantagem do candidato do MDM, Manuel da Araújo, que amealhou 20.928 votos, contra 12.520 obtidos por Lourenço Abubacar, da Frelimo. Estes resultados parciais são referentes a 125 do total de 141 mesas de votação.

Fonte:(AIM)

Manuel Araújo do MDM vence com 62%

Quinta, 08 Dezembro 2011 04:22 A “grande máquina” da Frelimo avariou em Quelimane

Manuel Araújo do MDM vence com 62%

Quelimane (Canalmoz) - O candidato do MDM, Manuel de Araújo, venceu as eleições “intercalares” em Quelimane por uma margem confortável de cerca de 62%. Derrotou o seu adversário Lourenço Abubacar Bico, candidato pelo partido Frelimo.

Quelimane passará a ser o segundo município do País a ser dirigido por um membro do MDM.

O mandato do professor doutor Manuel de Araújo termina em 2013 quando se realizarem as próximas eleições autárquicas.

A CNE ainda não se pronunciou sobre os resultados, mas o MDM celebrou a vitória depois de um exaustivo e eficiente processo de apuramento paralelo baseado em editais de todas as assembleias de voto.

Até no centro do poder provincial, na assembleia onde votou Itai Meque, governador da Zambézia, Manuel de Araújo destroçou completamente o seu adversário.

Às três e meia da manhã, o próximo edil da capital da Zambézia, Manuel de Araújo, acompanhado por Daviz Simango, presidente do MDM, que é também presidente do Município da Beira, celebrou pela baixa de Quelimane, com um cortejo muito concorrido, sobretudo por jovens, a “vitória” conseguida “a ferros” contra uma polícia completamente servil à Frelimo, que protagonizou um espectáculo de intimidação do eleitorado vergonhoso e sem precedentes, desde a madrugada do último dia de reflexão até se convencer que realmente a candidatura protegida pela FIR estava irremediavelmente vencida pelo voto popular a favor do candidato da Oposição.

A votação iniciou-se às 07h00 da manhã de ontem e as urnas encerraram às 18h00.

A primeira notícia da manhã dava conta que o chefe da liga juvenil do MDM na Zambézia, uma peça basilar no contexto da organização, fora preso pela Polícia, cerca da 01h00 da manhã, na sua própria residência, sem mandato judicial. Numa tentativa de ouvir a PRM sobre as causas da detenção, a porta-voz escusou-se literalmente a esclarecer os vários jornalistas que estiveram no comando provincial para saber por que razão teriam detido um influente membro do MDM na madrugada das eleições “intercalares” em Quelimane.

Logo às primeiras horas da manhã a Polícia, fardada e armada, interveio em várias assembleias de voto contrariando a legislação eleitoral. Prosseguiu com esse comportamento ao logo do dia. Contactados os agentes dentro das assembleias, estes, de forma extremamente educada, esclareceram o Canalmoz que estavam a cumprir “ordens superiores”.

Foi escandalosa a intromissão da Polícia nestas eleições em Quelimane, clara e desavergonhadamente alinhada com o partido Frelimo.

A FIR chegou a dispersar, fazendo uso de granadas de gás lacrimogéneo, jovens que se aglomeraram em defesa do voto, em redor de algumas das 14 escolas em que funcionaram as 141 assembleias eleitorais.

Em quase todas as assembleias de voto Manuel Araújo derrotou o seu adversário e nas poucas em que perdeu isso sucedeu com margens muito pequenas contrariamente aos casos em que “cilindrou” o candidato da Frelimo.

O funcionamento das equipas do STAE e delegados das candidaturas nas assembleias de voto, foi digno de registo e apreciação favorável, salvo num ou noutro caso isolado. A nódoa do processo foi de facto a polícia e o seu comportamento induzido por oficiais superiores da corporação.

Estiveram no terreno vários observadores, nacionais e estrangeiros.

Cerca da meia noite o Canalmoz avistou-se com o professor Dr. Brazão Mazula, do Observatório Eleitoral, ex-presidente da CNE aquando das primeiras eleições gerais e presidenciais. Ele admitiu que Manuel Araújo era o virtual vencedor destas eleições embora tenha salientado que se abstinha de comentários finais porque ainda faltavam uns quatro editais para sustentar em definitivo a contagem paralela. (Fernando Veloso e Adelino Timóteo, em Quelimane)

Fonte: CanalMoz

Monday, December 5, 2011

Putin's Party Losing Support in Russian Election



Opposition activists, one of them holding a poster depicting Russian Prime Minister Vladimir and another a poster reading, "Your election is a farce", shout slogans during a protest against vote rigging in St. Petersburg, Russia, December 4, 2011


Russian Prime Minister Vladimir Putin's ruling party has suffered surprisingly steep losses in Russia's parliamentary elections, polling just under a 50 percent majority with 92 percent of the vote counted.

The Central Election Commission said early Monday that United Russia had garnered 49.8 percent of the ballots cast Sunday, compared with 64 percent in 2007.
The Communist Party was running a distant second with just under 20 percent, up from 12 percent four years ago.

The Communists, along with the nationalist Liberal Democrats and Just Russia - a social democratic party - all made strong gains, meaning that United Russia will be forced to work with at least some of the country's newly empowered opposition.

Russian analysts in recent weeks predicted a sharp decline in the ruling party's popularity, with voters voicing discontent about the growing income gap between Russia's rich and poor, and allegations of official corruption.

In 2007, United Russia held a two-thirds majority in the State Duma (lower house of parliament), which allowed it to change the constitution unchallenged.

Earlier in the day, police detained more than 100 opposition activists during a demonstration in Moscow. Dozens more were detained in St. Petersburg.

Also Sunday, a leading independent Russian vote monitoring organization, Golos, told VOA that Russian police blocked some of its poll watchers from their monitoring posts around the nation.

Golos and the popular Russian opposition radio station Echo of Moscow (Ekho Moskvy) also said their websites were hacked, making them inaccessible. Several opposition news sites also were not working.

Golos says it has compiled more than 5,300 complaints of election law violations, and it accused the ruling party of complicity in most of them.

Last week, Mr. Putin, the current prime minister, formally accepted his party's nomination to return to the presidency - a post that analysts say he is certain to win. He announced his intentions in September, confirming a deal under which he would appoint current President Dmitry Medvedev as his prime minister.

The planned job swap has angered many in Russia, who said it would strengthen authoritarian rule and clear the way for Mr. Putin to become Russia's longest-serving leader since communist times.

If he regains the presidency, the 59-year-old Mr. Putin could serve two more 6-year terms and remain in power until 2024. He was first elected president in 2000.

Source: VOA -Some information for this report provided by AP, AFP and Reuters.

Friday, December 2, 2011

Zona económica especial de Nacala: Execução de projectos satisfaz a Frelimo

A implementação de vários empreendimentos, como são os casos de construção de unidades fabris, armazéns, hospitais, escolas, bem como reabilitação da rede de abastecimento de água, fruto de injecção de fundos de investimentos no quadro da materialização da Zona Económica Especial de Nacala-Porto, na província de Nampula, constitui motivo de satisfação do partido no poder naquele ponto do país.

Maputo, Sexta-Feira, 2 de Dezembro de 2011:: Notícias
A secretária distrital do partido no poder, Maria Fernanda disse ao “Notícias” que “estamos a registar grandes avanços desde que arrancou a implementação da Zona Económica Especial de Nacala, o desenvolvimento é visível. As pessoas reconhecem o trabalho que o Governo fez e está fazendo na concretização dos projectos surgidos no quadro dessa zona”.

Ela explicou ainda que o mais importante é o facto de tais avanços que se notam em várias frentes estarem igualmente a reflectir-se na melhoria das condições de circulação nas estradas, não só da zona urbana, como também da área rural, onde o escoamento dos excedentes agrícolas dos camponeses ocorre com normalidade.

“Hoje quando visitamos um qualquer bairro da cidade de Nacala, constatámos a existência por exemplo, de casas melhoradas, temos unidades sanitárias e outras infra-estruturas importantes para a vida da nossa população melhoradas e é isso que nós queremos”, enfatizou a primeira-secretária da Frelimo em Nacala-Porto.

No quadro da implementação da Zona Económica Especial de Nacala, neste momento estão a ser executados grandes projectos de desenvolvimento, como são os casos da construção do grande aeroporto internacional, fábricas de produção de óleo, de cimento, de chapas de zinco e outras grandes indústrias.

A Ministra do Trabalho, Helena Taipo, que visitou recentemente alguns destes projectos, disse que o grande ganho destes projectos não reside apenas nos lucros que os mesmos vão gerar, mas sim no seu reflexo directo na melhoria da qualidade de vida das populações locais.

Fonte:Moçambique para Todos

A luta por uma unidade nacional partilhada começa nas autarquias

Sexta, 02 Dezembro 2011 04:45
Editorial

Maputo (Canalmoz) - As eleições autárquicas do próximo dia 07 de Dezembro continuam a mexer com o País. Não só com Quelimane, Cuamba e Pemba. Está em causa: o futuro centro do Poder em Moçambique, muito para além dos cargos municipais em disputa.

Para quem tem à sua frente a batalha partidária de 2012 em Pemba, quando se realizar o 10.0 Congresso da Frelimo, estas eleições autárquicas “intercalares” são mais do que meras eleições locais. São determinantes para o jogo interno de Poder no Partido Frelimo. Para se perspectivarem cenários nas próximas eleições gerais e presidenciais, estas eleições também ultrapassam a mera importância local.

A vitória da oposição nestas eleições poderá ajudar a própria Frelimo a dar um enorme passo que lhe permita libertar-se do preconceito de ter o Poder no seu seio encravado no eixo ronga-shangane, pulverizado por uns quantos oportunistas das províncias “deslocados” em Maputo com os olhos postos nos seus benefícios directos e ignorando simultaneamente os seus conterrâneos.

A grande batalha nestas eleições, tudo indica que está no eixo Cuamba-Quelimane. Nestas duas autarquias estará em causa sobretudo a oportunidade dos eleitores locais demonstrarem que com os recursos naturais em exploração, é preciso que se comece pelos “bons sinais” nestas “intercalares” para que o vento volte a soprar-lhes favoravelmente e deixem de ser zonas do País onde certos senhores acomodados no extremo Sul se deslocam lá apenas para irem buscar votos para os que servem os seus propósitos mas ao mesmo tempo impedem que os que vivem nas zonas onde estão os recursos consigam beneficiar deles.

A luta agora é descentralizar para que o Poder local possa exigir dividendos do que acontece nos seus espaços, sem, obviamente, se prejudicar o resto do País. O que hoje acontece é que as províncias são meros campos de produção de riqueza de afortunados instalados na capital do País. E é isso que deve mudar, mas só muda se localmente se lutar por mudanças que não passem de mudança de nomes. A atitude dos eleitos tem de passar a ser mais pelos munícipes das respectivas autarquias.

O exemplo do gás de Temane e Pande, a norte de Inhambane, e a falta de interesse que os eleitores desta província têm demonstrado pelas sucessivas eleições traz-nos à memória a necessidade de se perceber de uma vez por todas que “camarão que dorme a onde leva”. O gás está em exploração mas não se vêem vantagens práticas para as gentes de Inhambane. Os afortunados com este negócio estão em Maputo e tudo o resto continua a ser paisagem. Uns poucos apresentando-se como originários de certas províncias só se preocupam com elas quando há eleições. Os resultados estão à vista. Eles vivem na capital do País rodeados de fartura fruto do seu alinhamento com o partido no poder, vendendo a sua influência junto dos seus conterrâneos, mas de onde saem as riquezas não fica nada ou ficam apenas as migalhas. Não pode continuar a ser assim. E só muda se deixar de haver “lacaios”. Só muda se o voto for usado conscientemente. Só muda se elegerem aqueles que se recusem a ser “lacaios”.

Os que estão nas terras continuam a ver o produto da terra a ser levado sem que lá fiquem benefícios.

A luta interna na Frelimo para que os que são do Centro e do Norte também possam chegar ao Poder, só terá a ganhar se os candidatos da Frelimo perderem estas “intercalares”.

Para se impor a vontade dos cidadãos que estão nas zonas onde estão os recursos naturais, é preciso entrar-se no jogo político. E sendo que é por via das eleições que se encontram os governantes, é preciso ir-se votar.

Ao ir-se votar na alternância de Poder consegue-se sobretudo impedir que sejam sempre os mesmos a exercer o Poder. Consegue-se que se refresque o Poder. Consegue-se dando oportunidade a outros que não se deixem vergar perante aqueles que querem fazer deles marionetas. Para que as coisas possam melhorar nos respectivos municípios é preciso que se escolha quem tem ideias novas…

Os mesmos sempre no Poder, dá sempre o mesmo: Uns cada vez mais ricos, outros cada vez mais pobres.

Ainda há dúvidas?

A Frelimo libertou Moçambique porque o vento soprava do Norte.

O vento tem de voltar a soprar do Norte.

A Renamo impôs “vento do Norte” e acabaram as guias de marcha, acabaram os campos de reeducação, acabaram as aldeias comunais, e foi implantada uma nova Constituição que impede que os abusos que antes eram praticados por quem estava no Poder, deixassem de ter cobertura legal.

É certo que nestas eleições autárquicas todos os candidatos são das respectivas autarquias e todas elas estão no Norte. Mas os que sempre estiveram ao serviço de quem de Maputo se preocupa mais com os seus interesses pessoais do que com as suas terras, mesmo que delas sejas oriundos, devem ser afastados para que se possa experimentar os frutos de novos gestores da coisa pública.

Ainda nestas eleições está uma enorme oportunidade dos jovens se imporem. Quelimane, Cuamba e Pemba podem entrar para a história, fazendo as coisas mudarem.

Daviz Simango tornou-se na Beira o primeiro independente a vencer dois partidos militarizados. Depois disso foi fundado o MDM.

Os três candidatos do MDM poderão entrar para a história como os primeiros representantes de um partido sem passado militar, a vencerem eleições.

O MDM é produto de uma “revolta popular” contra quem quis contrariar a vontade dos beirenses. Venceram os que desobedeceram a ordens que desrespeitavam os mais elementares princípios democráticos. Uns queriam “vender” a Beira em seu próprio benefício, a quem a queria reconquistar. Os beirenses disseram não aos que os queriam “teleguiar” e hoje estão finalmente a começar a sentir os benefícios da sua determinação.

Em Quelimane, Pemba e Cuamba, respectivamente, os edis eleitos nas últimas eleições autárquicas, todos eles da Frelimo, foram humilhados e obrigados a resignarem ao mandato que tinham recebido dos eleitores locais. As ordens para se demitirem tiveram que ser escrupulosamente cumpridas para se salvar a imagem de quem queria manter os cidadãos locais amarrados e às ordens de longe. A Frelimo humilhou “gente da terra”…

A oportunidade dos eleitores de Quelimane, Pemba e Cuamba dizerem “aqui mandamos nós” estará ao alcance deles no dia 07 de Dezembro. É já daqui a dias que o seu futuro se decide. Veremos se preferem continuar “escravos” ou se preferem assenhorearem-se do seu destino, escolhendo novos caminhos que lhes tem estado, sistematicamente, a ser negado por quem esteve no poder desde a Independência Nacional.

O País precisa, “como de pão para a boca”, que o poder se desconcentre das mãos dos mesmos de sempre. Moçambique irá dar um grande salto qualitativo se os eleitores experimentarem outra gente para governar.

A autonomia municipal não pode continuar só no papel. É preciso que os “filhos de cada terra” digam não aos seus conterrâneos que se deixam subjugar e submeter a ordens de longe.

Ser-se pela unidade nacional não é ser-se subserviente.

O que é do País é de todos, não pode ser só para quem está acantonado em Maputo. É preciso lutar para que deixe de ser assim. Ninguém larga o “bife” sem lho tirarem. É preciso impor a repartição justa dos benefícios. Isso não se faz com “lacaios”.

O País não pode continuar a ser de um feudo de gente que se concentra na sua capital, Maputo, proveniente das províncias, nem de quem se oferece para localmente lhes prestar vassalagem para subjugar os seus conterrâneos.

O Poder Central tem de ser o resultado da soma das vontades de todos os moçambicanos espalhados pelo território nacional.

O poder autárquico tem de ser pelos munícipes de cada edilidade.

O resto do País não pode continuar a ser a machamba de quem vive em Maputo. Localmente tem de haver benefícios. E isso não está a haver.

Esta luta por uma unidade nacional partilhada começa nas autarquias.

Os munícipes de Quelimane, Pemba e Cuamba, podem mostrar aos outros moçambicanos que é hora de decididamente nas províncias se começar a impor a vontade de quem lá vive.

É hora de rejeitarem os “lacaios”.

É hora de se rejeitarem novas caras que se candidatam apenas para se manter o mesmo disco e a mesma música.

É preciso mudar o disco para que toque outra música.

Os munícipes de Pemba, Cuamba e Quelimane têm na próxima quarta-feira uma oportunidade histórica para provarem que as suas cidades podem mudar.
Fonte:(Canalmoz /