BLOG DEDICADO À PROVINCIA DE NAMPULA- CONTRIBUINDO PARA UMA DEMOCRACIA VERDADEIRA EM MOCAMBIQUE

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Saturday, August 25, 2007

Frelimização” das Forças Armadas é um erro muito grave

afirma Virgílio Evaristo Wanela, presidente da ADEMIMO
Maputo (Canal de Moçambique) – O «Questionário Confidencial» que circula na Casa Militar, visando saber até que ponto a FADM (Forças Armadas de Defesa de Moçambique) são ou não fiéis ao partido Frelimo “é um erro muito grave”, considera o presidente da ADEMIMO (Associação do Deficientes Militares e Paramilitares de Moçambique), Virgílio Evaristo Wanela que falava na sua condição de militar em depoimento exclusivo ao «Canal de Moçambique». Segundo ele, “as Forças Armadas são apartidárias”. “A sua missão é exclusivamente defender e garantir a segurança e defesa do Estado e não para servir a partidos políticos tal como a Frelimo pretende fazer”, frisa. Virgílio Wanela explica, entretanto, que “um militar não deve pertencer a nenhum partido político porque o seu juramento é feito ao serviço do povo moçambicano”. “Mesmo para servir o chefe do Estado é por uma questão de honra por este representar a bandeira nacional”, afirma o interlocutor do «Canal de Moçambique». Wanela mais adiante sublinhou que “o País encontra-se na situação em que todos nós conhecemos” e “o que temos visto é algo de anormal”. Explicando melhor esta afirmação deu o “exemplo da primeira-ministra, Luísa Diogo, só para não citar o presidente da República, Armando Guebuza”. “A verdade manda dizer que ela representa os símbolos nacionais, mas o que temos constatado é que quem olha para ela nota claramente que ela confunde as suas funções para o Estado e para o partido Frelimo”, apontou Wanela.
“O seu preço”
“Com acontecimentos a seguirem um rumo como este, as mudanças que vão ocorrendo no País terão também o seu preço – tudo será conotado com a Frelimo porque até agora não se consegue distinguir a diferença, no Governo, entre servir o povo moçambicano e servir o partido no poder”. Por outro lado, Wanela, no seu diapasão diz que, embora “se note esta tentativa de se puxar as Forças Armadas para militarem no partido do batuque e da maçaroca, estou em crer que a Frelimo, talvez, pretenda saber quem é útil para a segurança do presidente da República”, mas “se o tal «Questionário Confidencial» com perguntas a serem respondidas de forma obrigatória, evocando o nome do partido no poder é claramente dirigido aos membros da Casa Militar, que de princípio são apartidários, fica claro que há uma tentativa de se frelimizar o exército, o que não devia ser assim”, frisa.
“Um possível golpe de Estado? – tenho dúvida”
Quando solicitado a comentar as declarações do Yaqub Sibinde que davam conta de que o «Questionário Confidencial» ilustrava que “em caso de alternância do poder – uma das características dominantes da democracia – poderia suceder um golpe de Estado pelo facto de as Forças Armadas estarem claramente revestidas pelas corres da FRELIMO”, Virgílio Wanela disse ter dúvidas sobre a posição daquele político do «PIMO-Partido Independente de Moçambique». “Ele está sujo e procura assim diminuir a sujidade”. Yaqub Sibinde tem tido posições muito controversas e de grandes elogios à política do actual chefe de Estado e do partido Frelimo. É hoje ridicularizado pela opinião pública pela colagem ao partido no poder e simultaneamente pretender continuar a fazer crer que é da oposição. Dando réplica a Yaqub Sibinde sobre o «Questionário Confidencial», Virgílio Wanela disse: “No meu entender esse questionário não pode significar nenhuma eminência de golpe de Estado”. E comenta: “Para isso acontecer tinha que haver descontentamento de alguns generais superiores que não quisessem continuar a agir conforme as ordens do chefe do Estado” Questionado se pelo facto do questionário estar direccionado a altas patentes da Casa Militar isso pode revelar desconfiança nessas chefias, Wanela reconheceu que sim e sendo assim pode-se admitir que haja receios e que com o «Questionário Confidencial» se pretenda precaver de algo. “Mas um golpe de Estado isso pode ser difícil de suceder”, vinca. A terminar a fonte disse que “para que tal nem se quer se coloque é preciso que o presidente da República evite esse cenário da «Frelimização» das Forças Armadas”. Aos olhos do presidente da República, que é simultaneamente presidente do partido no poder, admite-se que haja receios pois desde que chegou ao poder o país testemunhou, sobretudo na capital onde está a sede do Estado, a acontecimentos caricatos e tão frequentes que a opinião pública já admite que os mesmos sejam para denegrir a governação a cargo de Armando Guebuza. Ao recordar tanta coisa que nunca antes aconteceu e que sucedeu e se repetiu ao longo dos seus dois anos e meio de governação, desde mortes, ferimentos e destruição de bens privados e militares causados por explosões de engenhos militares, assassinatos macabros dos agentes da PRM e até incêndios em instituições públicas, entre outras situações, os precisos termos do «Questionário Confidencial» fomentam a suspeita de receios que possam estar a ser sentido ao mais alto nível. Mas, o presidente da ADEMIMO (Associação do Deficientes Militares e Paramilitares de Moçambique), Virgílio Evaristo Wanela desvaloriza esse tipo de leituras e diz: “Não há necessidade de a Frelimo querer formar um Exército à parte porque os Acordos Gerais de Paz firmados em Roma, em 1992, rezam que deve haver um exército único”.

Thursday, August 9, 2007

Praças e ruas municipais: É preciso cautela na atribuição de nomes - Zandamela Juga, da Frelimo, sobre a estátua de Matsangaíssa

O PARTIDO Frelimo, em Sofala, considera “uma autêntica aberração à história mais recente do povo moçambicano” a atribuição do nome de André Matsangaíssa, suposto fundador da Renamo, a uma rotunda da cidade da Beira. Aquela formação política sustenta tal posicionamento afirmando que Matsangaíssa foi um bandido que sempre serviu os interesses dos ex-colonizadores que procuravam, através da guerra de desestabilização, retomar o poder e o comando dos destinos do nosso país.
Maputo, Quinta-Feira, 9 de Agosto de 2007:: Notícias

O facto foi revelado por Zandamela Juga, chefe do Departamento de Mobilização e Propaganda da Frelimo em Sofala, que falava em conferência de Imprensa, que tinha como objectivo denunciar alegadas irregularidades que estão a ser cometidas pela Renamo na gestão dos municípios de Marromeu e da Beira.
Na conversa com Jjornalistas, Juga apontou, entre outros aspectos, o descontentamento da Frelimo em relação ao que chamou de atropelos das leis que gerem o funcionamento das autarquias e o bom nome do povo moçambicano.
“Quando chamamos aos elementos da Renamo de Matsangaíssa, ficam zangados porque sabem muito bem que os seus feitos não lhes dignificam. Não podemos dar nomes de bandidos a uma praça pública. Isto é mau e atenta à honra do povo moçambicano”, anotou.
Referiu, igualmente, que esta atitude está senso tomada sem respeitar o preceituado na lei. Para tal, reiterou que a Frelimo não vai “arredar-pé” no sentido de trabalhar para que a estátua de Matsangaíssa não seja erguida.
Refira-se, no entanto, que a edilidade lançou, recentemente, o lançamento da primeira pedra para a construção do referido monumento.
“O Ministério da Administração Estatal não vai, certamente, aprovar esta decisão da Assembleia Municipal da Beira de erguer o monumento em memória de André Matsangaíssa numa das nossas praças. Não estamos contra a vontade de atribuir nomes a ruas e praças, mas é preciso respeitar a lei e também atribuir nomes com enquadramento na história do nosso povo”, referiu Zandamela Juga.

Monday, August 6, 2007

RENAMO acusa comunidade internacional

O presidente da RENAMO, o maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama, acusou hoje a comunidade internacional de "silêncio cúmplice" em relação a uma alegada partidarização do Estado pelo partido no poder, a FRELIMO.
Dhlakama insurgiu-se contra a postura da comunidade internacional quando falava no Conselho Nacional da RENAMO que se encontra reunido desde domingo na Beira, a segunda cidade mais importante do país.
Segundo o líder da oposição moçambicana, a governação do actual Presidente da República, Armando Guebuza, tem sido caracterizada pela partidarização do Estado, exclusão social e pela ausência de uma política nacional de enquadramento dos jovens recém-formados.
"Estranhamente, a comunidade internacional tem mantido um silêncio cúmplice diante desta situação, salvo as poucas excepções de algumas críticas que vão surgindo de vez em quando. Temos a consciência da importância que o apoio da comunidade internacional representa no nosso orçamento do Estado, mas também temos a responsabilidade de exigir uma maior justiça e equidade na sua aplicação", sublinhou Afonso Dhlakama.
O funcionamento do Estado moçambicano depende em cerca de 50 por cento dos doadores internacionais, que financiam directamente o seu orçamento.
Dhlakama disse recear o efeito negativo que "o cansaço dos eleitores" poderá provocar nas próximas eleições provinciais, agendadas para 16 de Janeiro de 2008, apelando aos militantes do seu partido, para motivarem o eleitorado a recensear-se e a participar no escrutínio.
Além das eleições para as assembleias provinciais, Moçambique terá também eleições autárquicas em 2008 e gerais (presidenciais e legislativas), em 2009.
"É preciso desenhar uma estratégia de como mobilizar todo o cidadão, com idade de votar, para se recensear. Temos de ter muito cuidado com o cansaço do eleitor, porque pode ser um risco para a nossa vitória. É preciso elevar a motivação e a confiança das pessoas, para votarem", enfatizou o presidente da RENAMO.
Além de definir uma estratégia para as próximas eleições provinciais, o Conselho Nacional da RENAMO vai ainda deliberar sobre a realização ou não este ano do próximo congresso do partido.

Wednesday, August 1, 2007

Raul Domingos não confirma seu regresso à Renamo

É por motivações eleitorais que se propala esse tipo de namoro. Nunca pensei nisso”
Maputo (Canal de Moçambique) – Está-se a falar em público do provável regresso do presidente do Partido para a Democracia e Desenvolvimento (PDD), Raul Domingos, à Renamo, por haver quem esteja a persuadi-lo a regressar ao seio da organização no papel de “filho pródigo que volta à casa». Numa entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique» ele próprio afirma nunca lhe ter passado pela cabeça o regresso à casa que o projectou. Raul Domingos não esconde ser “filho da Perdiz” – designação como também é conhecida a Renamo que durante a guerra dos 16 anos lhe confiou o lugar de segundo homem. Reconhece a sua origem e considera a sua relação com a Frelimo como “de um partido com outro no poder”, e, com a Renamo uma relação em que “somos todos Oposição e, para nós, o alvo é comum, em busca do poder”. Depois defende que “o Poder está com a Frelimo e é preciso conquistá-lo por via do voto”. Deixa entretanto uma nesga por onde se pode perceber que Raul Domingos coloca o interesse nacional acima de tudo o mais e por uma oposição que consiga produzir resultados. “A nossa relação com a Renamo não deve ser de Oposição à Oposição”, sumariza Raul Domingos. Mas o presidente do PDD faz algumas lateralizações. Compara a informação posta a circular sobre ele e seu partido como a que o partido Frelimo tem feito circular em épocas eleitorais contra a Renamo e sobre os “homens armados em Maringue”. “Agora é com PDD. A motivação é puramente eleitoralista. É mais uma tentativa de desmotivar a participação dos eleitores do PDD, como quem diz que se este homem regressar seus membros não poderão aderir ao projecto do PDD que veio para ficar”. O PDD nas últimas eleições de 2004 apareceu com registo de 120 mil membros e garante que com o próximo pleito eleitoral esse número poderá estar duplicado. Afirma que a relação com o partido de Afonso Dhlakama é de complementaridade sabido que os dois partidos não são da mesma família política. “Nós somos do partido Liberal e a Renamo é do centro de direita. E, como Oposição, nunca nos vamos combater”, assegura. O partido PDD vai este ano completar quatro anos e segundo seu líder “há todo um trabalho para melhorar o seu perfomance”. “Por isso, senhor jornalista, nunca pensei em voltar à Renamo, e muito menos ingressar no partido no poder. Nós, como partido, estamos contra a má governação, a corrupção e a «pobreza absoluta» de que é propalado o seu combate mas está longe de ser uma realidade como diz o slogan e pelo que se vive um pouco por todo o país”.
Governo só tem 12 milhões de dólares
O governo acusa os doadores internacionais de não colocarem à sua disposição os 44 milhões de dólares necessários para a sustentação financeira das eleições provinciais agora remarcadas para 16 de Janeiro de 2008. Diz o governo que só possui 12 milhões de US dólares. Raul Domingos considera o comportamento do Executivo de Guebuza “uma irresponsabilidade do governo da Frelimo”. Mas vai mais longe e deixa no ar a necessidade de se reflectir como o governo irá conseguir fazer as eleições dentro do prazo limite imposto pela Constituição apenas com 12 milhões de USD e já não com 44 milhões. “Não é possível esta disparidade de números sem alguém ter ficado com o dinheiro no bolso”, diz.
Financiamento futuro
Quanto ao financiamento eleitoral, ele referiu que uma das grandes lacunas da legislação eleitoral moçambicana é o facto de não ter ainda havido progressos quanto aos mecanismos internos para o financiamento eleitoral. Domingos diz que “é urgente a aprovação de uma lei de financiamento eleitoral no país, que contemple entre outros dispositivos os critérios objectivos para a atribuição de fundos aos partidos políticos, atempadamente, em períodos eleitorais, tornar livre e isento de sanções administrativas e ou políticas todas as contribuições para fins de campanhas eleitorais, estabelecimento de um fundo permanente para fins eleitorais, reforço de mecanismos de prestação de contas pelos partidos políticos de todos os fundos concedidos”. Raul Domingos quanto à relutância dos doadores em financiar as eleições provinciais comenta: “Isso revela que os doadores não querem financiar problemas e conflitos pós-eleitorais”. A União Europeia por exemplo tem-se revelado relutante em patrocinar eleições enquanto o partido Frelimo não se deixar de usar a sua maioria na Assembleia da República para impedir que as leis que regulam as eleições tomem em consideração as recomendações, sobretudo do Conselho Constitucional depois do último pleito relativo às legislativas e presidenciais de 2004. Uma das principais preocupações dos doadores é a Frelimo não permitir a fiscalização das eleições pelos observadores internacionais em todas as suas fases, incluindo as de apuramento e tabelação.
(Carlos Humbelino)
2007-08-01 06:07:00

Renamo não vai participar nas cerimónias centrais

A Renamo distancia-se da comunhão do evento (comemoração do 15º aniversário do Acordo de Paz) com o governo da Frelimo em virtude de estarmos a constatar um comportamento antidemocrático, arrogante e de exclusão, praticado pelo Senhor Armando Guebuza, que ignora, por completo, o partido Renamo e o seu Presidente” – porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga
Maputo (Canal de Moçambique) - O porta-voz do maior partido da Oposição em Moçambique, o partido Renamo, Dr. Fernando Mazanga, convidou ontem a comunicação social ao seu gabinete de trabalho para, entre várias coisas, dizer que “a Renamo distancia-se da comunhão do evento (comemoração do 15º aniversário do Acordo de Paz) com o governo da Frelimo em virtude de estarmos a constatar um comportamento antidemocrático, arrogante e de exclusão, praticado pelo Senhor Armando Guebuza, que ignora, por completo, o partido Renamo e o seu Presidente”. Mazanga justificou o posicionamento do seu partido pelo facto de “o governo da Frelimo só se lembrar da Renamo quando está em causa uma festa” quando, segundo ele, “ a convivência no dia a dia não é harmoniosa”. A título de exemplo, o porta-voz da Renamo lembrou que, “várias vezes o presidente da Renamo solicitou encontros com o presidente Armando Guebuza, contudo este nunca se dignou a receber o nosso líder”. Por estes motivos, Fernando Mazanga, disse que, “ vamos comemorar o 15ª aniversário do Acordo de Paz em todo país e brevemente vamos dar a conhecer a província onde vão decorrer as nossas cerimónias centrais”.
(Celso Manguana)
2007-08-01 06:14:00